T1 - Abordagem do Doente com Patologia Reumática: Semiologia Clínica Analítica e Imagiológica Flashcards

1
Q

O que é a Reumatologia?

A

Especialidade médica que lida com a prevenção, o tratamento e a reabilitação de doentes portadores de afeções articulares e músculo-esqueléticas, excluindo traumatologia

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2
Q

Situações mais comuns de Reumatologia?

A
Osteoartrose
Lombalgia
Gota
Fibromialgia
Tendinite / tendinobursite
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3
Q

Como chegar ao diagnóstico?

A

Definir o tipo genérico de patologia: GRANDES SÍNDROMAS

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4
Q

Tipos de Síndromas?

A
Locoregional
Dor generalizada
Raquialgias
Articular
Osteoporótica
Óssea
Muscular 
Sistémica
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5
Q

Tipos de Síndroma Locoregional?

A

Dor periarticular
Dor neurogénica
Dor referida
Monoartropatia

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6
Q

Caraterísticas de Síndroma de dor generalizada?

A

Dor difusa
Migratória
Piora com esforços
Distribuição da dor inconsistente
Dissociação exame objetivo / queixas subjetivas
Exames complementares eventualmente normais

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7
Q

Caraterísticas de Raquialgias?

A

Dor limitada ao raquis (Cervical, Lombar)

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8
Q

Exemplos de Síndroma Articular?

A

Artopatias inflamatórias – Artrite

Artropatias degenerativas – Artrose

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9
Q

Caraterísticas de Ritmo inflamatório?

A
Pior de manhã
Melhora com o movimento continuado
Dor em repouso
Sem posição antálgica
Rigidez matinal prolongada > 30 min
Rigidez pós repouso > 5 min
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10
Q

Caraterísticas de Ritmo mecânico?

A
Pior ao fim do dia
Piora com o movimento continuado
Cede ao repouso
Com posição antálgica
Rigidez matinal curta duração < 10 min
Rigidez pós repouso <2 / 3 min
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11
Q

Caraterísticas de Síndroma osteporótica?

A

EPIDEMIA SILENCIOSA

Pensar em função dos fatores de risco

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12
Q

Causas de Síndroma Óssea?

A

Oncológica (Primitiva ou Metastática)

Metabólica (Doença óssea de Paget)

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13
Q

Caraterísticas de Síndroma Muscular?

A

Diminuição da força muscular
Atrofia muscular
Dor muscular - mialgia

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14
Q

Caraterísticas de Síndroma Sistémica?

A

Associada a sintomas sistémicos (constitucionais, serosas, Fenómeno de Raynaud, Disfagia, Dispneia, Edema MI, Adenopatias, Fraqueza)

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15
Q

Abordagem do doente com patologia reumatológica?

A

Exame físico do sistema músculo-esqueletico
Técnicas especiais: artrocentese
Diagnóstico laboratorial

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16
Q

Passos Exame Físico músculo-esquelético?

A

Inspecção
Palpação
Amplitudes de mobilidade (Activa ou Passiva)
Testes músculo-tendinosos “especiais” (Pontos dolorosos e Contracção muscular voluntária contra resistência)

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17
Q

O que observar na Inspecção?

A
Presença de tumefacção (fundamental para que se possa definir ARTRITE)
Alterações da coloração cutânea
Alterações cutâneas “orientadoras”
Atrofias Musculares
Defeitos posturais
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18
Q

Duas situações de Artrite com rubor articular?

A
Artrite Microcristalina (Gota)
Artrite Séptica
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19
Q

O que observar na Palpação?

A

Dor à palpação (articular ou outra)
Tumefacção
Temperatura
Crepitação à mobilização articular

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20
Q

O que observar nas Amplitudes Articulares?

A

Amplitude articular aumentada (Hiperlaxidez e Sindrome de Marfan)
Mobilização Activa
Mobilização Passiva

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21
Q

Que fatores fazem variar naturalmente as amplitudes articulares?

A

Idade e sexo

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22
Q

Dor à mobilização ativa ativa e não à passiva, qual é tipicamente a causa?

A

Causa da dor é periarticular e não articular

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23
Q

Causas de diminuição de amplitude articular?

A
  1. Dano articular – ósseo ou cartilagíneo
  2. Derrames articulares volumosos (“sobre tensão”)
  3. Corpos livres intra-articulares
  4. Sub-luxação articular
  5. Anquilose (fusão da articulação - fibrose ou óssea)
  6. Contracção da cápsula articular ou estruturas músculo-tendinosas
  7. Dor peri-articular – limitação por “defesa”
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24
Q

Componentes do exame físico por segmentos?

A

Membro superior

Membro inferior

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25
Q

O que ver no membro superior?

A

◦ Mãos
◦ Punhos
◦ Cotovelos
◦ Ombros

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26
Q

O que ver no membro inferior?

A

◦ Anca
◦ Joelho
◦ Pés

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27
Q

Exame físico da mão?

A

◦ Sinovite das Metacarpofalangicas (MCF), Interfalangicas Proximais (IFP) e eventualmente Interflangicas Distais (IFD)
◦ Nódulos de Heberden (IFD) / Bouchard (IFP)
◦ Quistos sinoviais

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28
Q

Exame físico dos Punhos?

A
◦ Sinovite
◦ Tenossinovites (ex. dos extensores)
◦ Quistos sinoviais
◦ Rizartrose (Tumerfaçao por artrose terapezometacarpica)
◦ Etc.
29
Q

Exame físico dos Cotovelos?

A

◦ Bursite olcraneana
◦ Sinovite
◦ Epicondilites (“Tennis Elbow” ou “Golfers Elbow”)

30
Q

Exame físico dos Ombros?

A

◦ Artrite gleno-umeral
◦ Tendinopatias da coifa
◦ Bursite subacromial

31
Q

Exame físico das Ancas?

A

◦ Bursite trocantérica / isquiática.
◦ Tendinopatia da insersão do médio nadegueiro
◦ Artropatia da coxo-femural (Manobra de Patrick) (Dor na zona abdominal)

32
Q

Exame físico dos Joelhos?

A

◦ Estabilidade articular
◦ Patologia da art. Fémuro-patelar e fémuro-tibial
◦ Tendinopatia da “pata de ganso”
◦ Tumefacções

33
Q

Exame físico do Pé?

A
◦ Defeitos posturais
◦ Alterações do:
 Retro-pé
 Médio-pé
 Ante-pé
34
Q

Qual a importância da artrocentese?

A

Diagnóstico de artrite microcristalina e artrite séptica

35
Q

Para que serve a infiltração com glicocorticoides?

A

Meio útil e prático de controlo de uma articulação inflamada

36
Q

Que aspetos avaliar na análise do liquido?

A
Lipidez e cor.
 Viscosidade
 Contagem celular. (Normal < 200 células/µL)
 Pesquisa de cristais.
 Cultura
37
Q

Classes de líquido sinovial?

A

◦ Classe I – Não inflamatório
◦ Classe II – Inflamatório
◦ Classe III – Séptico
◦ Classe IV - Hemorrágico

38
Q

Caraterísticas de Líquido não Inflamatório na Artrocentese?

A
◦ Límpido / Amarelo
◦ Transparente
◦ Alta viscosidade
◦ Pouco celular (< 2000 Leuc./µL)
◦ Cultura negativa
39
Q

Diagnósticos quando Líquido não Inflamatório?

A

◦ Osteoartrose;
◦ Traumático;
◦ Osteonecrose;
◦ Artropatia de Charcot

40
Q

Caraterísticas de Líquido Inflamatório na Artrocentese?

A
◦ Amarelo / Branco
◦ Translúcido a opaco
◦ Viscosidade variável
◦ Contagem celular intermédia
◦ Cultura negativa
41
Q

Diagnósticos quando Líquido Inflamatório?

A

◦ AR e outras patologias inflamatórias crónicas
◦ Gota e Condrocalcinose
◦ Sarcoidose
◦ Infecções indolentes (víricas; micobactérias; fungos)

42
Q

Caraterísticas de Líquido Séptico na Artrocentese?

A
◦ Amarelo / Branco
◦ Opaco
◦ Baixa viscosidade
◦ Alta celularidade
◦ Culturas positivas
43
Q

Diagnósticos quando Líquido Séptico?

A

◦ Artrite Bacteriana

44
Q

Caraterísticas de Líquido Hemorrágico na Artrocentese?

A

◦ Vermelho
◦ Opaco
◦ Cultura variável

45
Q

Diagnósticos quando Líquido Hemorrágico?

A
◦ Trauma
◦ Sinovite vilonodular pigmentada
◦ Tumor
◦ Coagulopatia
◦ Tuberculose
◦ Artropatia de Charcot
46
Q

Quando é necessário a Biópsia Sinovial Fechada?

A

Diagnóstico de infecções indolentes ou artrites granulomatosas não infecciosas

47
Q

Quais os Marcadores inflamatórios no Diagnóstico Laboratorial?

A

◦ Velocidade de sedimentação globular (VS ou VSG)

◦ Proteína C reactiva (PCR)

48
Q

Velocidade de Sedimentação?

A

Velocidade com que os elementos figurados do sangue (eritrócitos) se depositam.
Sempre em sangue fresco.

49
Q

Valores Normais de Velocidade de Sedimentação?

A
Mulheres:
• < 20 mm na 1ª hora (idade < 50 anos)
• < 25 mm na 1ª hora (idade > 50 anos)
Homens:
• < 15 mm na 1ª hora (idade < 50 anos)
• < 20 mm na 1ª hora (idade > 50 anos)
50
Q

Fatores que aumentam a velocidade de sedimentação? Valores que não alteram?

A
Idade
Sexo feminino
Dçs inflamatória / maligna
Gravidez (3º trimestre)
Anemia 
Síndrome Nefrótica
IR Crónica
...

Temperatura do corpo
AINES/Aspirina

51
Q

Valores Normais de Proteína C Reativa?

A

Depende da técnica utilizada

52
Q

Elevação moderada da PCR? Elevação importante da PCR?

A

Conectitvites. Artrites.

53
Q

Comparação cinética VS/PCR?

A

PCR aumenta primeiro e diminui rápido, VS lenta a aumentar e diminuir

54
Q

VS normal e PCR aumentado?

VS aumentado e PCR normal?

A
    • Processo inflamatório inicial
    • Crioglobulinemia
    • Gravidez (> 4o mês)
    • Anemia
    • Idoso
    • Insuficiência renal
    • LES
55
Q

Fator Reumatóide?

A

Auto-anticorpos dirigidos contra a Fração cristalizada da IgG

56
Q

Relação entre FR e AR?

A

Descoberto em doentes com AR. Não é específico da AR.

57
Q

Situações de positividade do FR?

A

Sem Patologia, Patologia Autoimune, Infecções crónicas e Infecções víricas

58
Q

Anticorpos Anti-Proteinas Citrulinadas (ACPA)?

A

Os Anti-CCP são ACPAS (Anticorpos Anti Proteinas Citrulinadas).
O Peptídeo Citrulinado Cíclico é um antigénio artificial que permite detetar os ACPAs.

59
Q

Anti-CCP de 2ª geração e AR?

A

◦ Especificidade de 97%
◦ Sensibilidade de 70 a 80%
Para a ARTRITE REUMATOIDE

60
Q

Anticorpos Anti-Nucleares?

A

Detetados por imunofluorescência podem dar padrões variados.

61
Q

Correlação entre padrões de ANA e patologia subjacente?

A

Correlação muito fraca.

Exceção poderá ser o padrão centromérico que tem uma especificidade considerável para a Esclerodermia.

62
Q

Anti-dsDNA e Anti-Sm?

A

LES

63
Q

Anti-Centrómero e Anti-Scl70?

A

Esclerodermia

64
Q

SS-A e SS-B?

A

Sind. Sjogren e LES

65
Q

Anti-Histonas?

A

Lupus Iatrogénico

66
Q

Quando se avalia o Complemento?

A

Lupus. Valores diminuídos.

67
Q

CH-50?

A

Avalia a activação da via clássica do complemento

Excelente teste de “screening”

68
Q

C4’?

A

Avalia (juntamente com C3) a activação da via clássica activada por doenças com imunocomplexos

69
Q

C3’?

A

Quando diminuido, tendo C4 normal – bom indicador de activação da via alterna do complemento.
Considerado “factor nefrítico” – associado a glomerulonefrite membranoproliferativa.