Fratura de Rádio Distal no Adulto Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia da fratura de radio distal?

A

Homem jovem alta energia (<50 anos)
Mulher idosa baixa energia (osteoporose) - 2-3x mais frequente (>40 anos)
Crianças 5-14 anos

17,5% das fraturas dos adultos (atrás apenas de fraturas da mão)

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2
Q

Quais as principais lesões associadas à fratura do radio distal?

A

Lesão fibrocartilagem triangular (+ comum)

Lesão ligamentar do punho (escafosemilunar ou lunopiramidal)

Lesão condral

Síndrome do túnel do carpo (pela contusão ou hematoma)

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3
Q

Cite os critérios de La Fountaine para instabilidade da fratura de radio distal (6)

A

Se 3 ou mais = instabilidade

  • Desvio dorsal > 20º (“11 +9”)
  • Cominuição dorsal
  • Fratura articular radiocarpal
  • Fratura associada da ulna
  • Idade > 60 anos
  • Fratura cominutiva
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4
Q

Cite os principais epônimos das fraturas de radio distal (6).

Quais seus mecanismos de trauma?

A

Colles: metafisária com desvio dorsal (deformidade em garfo).
QPA punho extendido e pronado

Smith: metafisária com desvio volar
QPA punho fletido e supinado

Barton: Luxação ou subluxação da articulação (dorsal)

Barton reverso ou Leternnier: Luxação ou subluxação da articulação (volar)
QPA punho extendido e pronado

Die-Punch: afundamento fossa semilunar
Compressão da fossa

Chauffeur: estiloide radial com lesão do ligamento escafosemilunar.
Punho extendido e desvio ulnar

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5
Q

Classificação AO antiga

A

A - extraarticular
A.1: Ulna simples
A.1: Radio simples + estiloide ulnar
A.2: Radio simples com cominuição

B - intraarticular parcial

1: Chauffeur
2: Barton dorsal
3: Barton volar

C: articular

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6
Q

Descreva os tipos da classificação de Fernandez (baseada no mecanismo de trauma).

A
I - angulação metafisária (Colles)
II - Cisalhamento (Barton)
III - compressão da superfície articular (Die-Punch)
IV - Avulsão ou Fratura-Luxação
V - Combinado (alta energia)
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7
Q

Cite os critérios para manutenção do tratamento conservador após redução do rádio distal (4)

A

Variância ulnar: encurtamento relativo até 2mm
Inclinação palmar (Tilt volar) neutra
Inclinação radial: mínimo 10º
Degrau articular: <2mm

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8
Q

Descreva as técnicas para fixação percutânea nas fraturas do rádio distal (3).

A

DePalma: 1 fio K através da ulna para fixar cruzado

Stein: 2 fios cruzados no rádio

Kapandji: fio dentro do foco, reduz fratura, fio fixado na cortical oposta.

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9
Q

Qual o padrão-ouro para tratamento cirúrgico das fraturas do rádio distal?

A
Placa volar
- Fraturas articulares / cominutivas
- Via de Henry modificada
- Técnica: Watershed (linha divisora de placas) / Visão tangencial (skyline) para avaliar parafuso nos extensores
Complicações: tenossinovite, ruptura
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10
Q

Em relação à utilização de placa dorsal nas fraturas do rádio distal, cite:

1) Indicações
2) Via de acesso
3) Complicações

A

Indicação: fratura sem ruptura da cortical volar / barton dorsal

Via de acesso: entre 3º e 4º compartimento

Complicação: Tenossinovite de extensores

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11
Q

Em relação à fixação de fragmentos específicos, cite:

1) Indicação
2) Via de acesso
3) Técnica
4) Complicação

A

Indicação: fragmentos menores e muito distais
Via de acesso: diversas (de acordo com o fragmento)
Técnica: específica para cada fragmento
Complicação: aderência e tenossinovite

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12
Q

Quais estruturas em risco no acesso de HENRY?

A

Artéria Radial

Ramo Sensitivo do Nervo Radial

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13
Q

Entre quais compartimentos extensores é realizado o acesso dorsal no punho?

A

Entre 3º e 4º compartimento extensores (acesso universal)

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14
Q

Quais as principais lesões neurológicas observadas nas fraturas do rádio distal? (pelo tratamento conservador x cirúrgico)

A

Mediano - pela fratura

Ramo sensitivo nervo radial - pinagem

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15
Q

Cite as principais lesões tendíneas que ocorrem na fratura do rádio distal.

A

Extensor longo do polegar (principal) 3º tunel extensor - ao redor do lister

Flexor longo do polegar: em placa volar

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16
Q

Qual vitamina deve ser utilizada para prevenção síndrome dolorosa regional complexa na fratura do terço distal do rádio?

A

Vitamina C

17
Q

Cite 3 fatores de proteção para fratura do rádio distal.

A

Menopausa tardia
Reposição hormonal
Atividade física

18
Q

Em relação à fratura de rádio distal, descreva os principais parâmetros radiográficos analisados na radiografia em AP do punho (3)

A

AP:
- Comprimento Radial: normal 11 - 13 mm
Ponta do estilóide radial até a cabeça da ulna.

  • Inclinação do Rádio: normal 20-25º
    Ângulo entre superficie articular e perpendicular do eixo da diáfise do rádio (traçar 2 pontos na diáfise)
  • Variância ulnar: ulna plus ou minus (+- 2mm diferença)
    Região medial da superfície articular da ulna até ponto mais distal do estilóide ulnar.
    Usado para medir o encurtamento do RÁDIO.
19
Q

Em relação à fratura de rádio distal, descreva os principais parâmetros radiográficos analisados na radiografia em PERFIL do punho (3)

A

PERFIL:
- Alinhamento carpal: eixo da diáfise cruzando eixo do semilunar e capitato

  • Tilt volar: normal 12-15º
    Perpendicular eixo diáfise x superfície rádio
  • Avaliação da fossa semilunar
    Ângulo em lágrima: entre eixo da diáfise e borda volar da fosse semilunar (normal 70º)
20
Q

Descreva a classificação de Mayo para fratura do rádio distal.

A

I: extraarticular
II: intraarticular radioescafóide
III: intraarticular radiossemilunar
IV: intraarticular radioescafossemilunar

21
Q

De acordo com o conceito das colunas, cite as estruturas presentes nas 3 colunas.

A

Coluna radial: estilóide radial e fossa do escafóide

Coluna intermediária: Fossa do semilunar + incisura sigmóide

Coluna ulnar: estilóide ulnar (com CFCT e ligamentos)

22
Q

Descreva a Manobra de Agee e o que ela reestabelece.

A

Reestabelece o Tilt Volar.

Tração aplicada no 2º e 3º dedo seguido de hiperdeformidade da fratura e flexão (força volar).

23
Q

Cite 6 indicações para tratamento cirúrgico na fratura de rádio distal.

A

Instabilidade metafisária prevista ou estabelecida

Fratura intraarticular cominutiva com desvio

Fraturas expostas

Fratura do carpo associada

Lesão neurovascular/tendínea associada

Fratura bilateral ou extremidade contralateral aferada

24
Q

Descreva a técnica para colocação de fixador externo transarticular e radiorradial em fraturas do rádio distal.

A

Rádio: entre ERCC e ERLC (evitar nervo sensitivo radial). 7,5 a 11cm proximal ao estiloide radial.

MTC: metáfise, 45º com plano horizontal

Fragmento distal do rádio: 1 pino em cada lado do Lister (ou em cada fragmento articular). Paralelos à articulação.

25
Q

Cite as principais diferenças do fixador externo transarticular (ponte) e radiorradial (não ponte) nas fraturas de rádio distal.

A

Transarticular: ligamentotaxia, não previne perda do tilt volar e pior ganho funcional.

Radiorradial: joystick com redução direta, restaura e mantem o tilt volar, melhor ganho funcional.

26
Q

Cite as principais complicações dos fixadores externos e fixação percutânea nas fraturas de rádio distal.

A

Excesso de distração:

  • Distrofia simpático reflexa
  • Diminuição ADM dedos por tensão extensores

Disestesia
- Lesão nervo sensitivo radial (20%)

Infecção do trajeto dos pinos

  • Fio K: 6-33%
  • Schanz: 1-8%
27
Q

Cite as 2 principais osteotomias corretivas para tratamento de consolidação viciosa e suas indicações.

A

Sintomáticos: dor, fraqueza preensão, redução ADM e deformidade.

Sauvé-Kapandji: fusão ARUD com parafusos + osteotomia ulna

Darrach: excisão ulna distal

28
Q

Descreva a classificação de Palmer para lesão da fibrocartilagem triangular.

A

1: Traumática
- 1A: central
- 1B: avulsão da inserção ulnar (com ou sem fratura do estilóide)
- 1C: lesão nos ligamentos ulno-carpais
- 1D: avulsão na borda ulnar do rádio

2: Degenerativas
- 2A: desgaste sem perfuração ou condromalacia
- 2B: desgaste com condromalacia
- 2C: perfuração FCT com condromalacia do semilunar
- 2D: perfuração FCT, condromalacia ulna e semilunar, perfuração do ligamento semilunopiramidal, sem VISI
- 2E: perfuração e artrose

29
Q

Descreva a classificação de Fernandez para lesão da ARUD.

A

Tipo I: lesão estável com congruência articular e CFCT intacto

  • A: avulsão estilóide da ulna
  • B: fratura estável do colo da ulna

Tipo II: instáveis com subluxação ARUD e CFCT lesionada

  • A: lesão maciça CFCT
  • B: avulsão base estilóide ulnar

Tipo III: lesões potencialmente instáveis devido alteração morfológica da junta

  • A: alteração da incisura sigmóide
  • B: alteração da cabeça da ulna
30
Q

Quais as estruturas (7) responsáveis pela estabilidade da ARUD?

A
Fibrocartilagem triangular
Ligamentos ulno-carpais
Fossa sigmóide
Membrana interóssea
Retináculo extensor
Extensor ulnar do carpo
Pronador quadrado
31
Q

Quais os critérios de instabilidade, segundo a AO (8)

A
Cominuição dorsal >50% da espessura do rádio
Cominuição volar
Inclinação dorsal inicial >20º
Translação >1cm
Encurtamento inicial >0,5cm
Fratura articular
Fratura da ulna associada
Idade – osteoporose