Abortamento de Repetição e Insuficiência Istmocervical Flashcards
(20 cards)
Definiçao de abortamento de repetiçao
CLÁSSICA: * Três ou mais perdas gestacionais espontâneas e
consecutivas antes de 20 semanas de gestação
MODERNA: * Duas ou mais perdas gestacionais documentadas pelo ultrassom ou exame histopatológico
COMO CLASSIFICAR O ABORTAMENTO EM PRECOCE/TARDIO E PRIMARIO/SECUNDARIO
PRECOCE: antes de 12 sem - alteracoes geneticas/cromossomicas
TARDIO: depois de 12 sem - IIC
PRIMÁRIO: Mulher nao tem nenhum filho vivo
SECUNDARIO: Mulher ja teve gestaçao anterior com filho vivo
Risco de uma nova perda aumenta a cada episódio
EXCETO para o primeiro abortamento.
V OU F: 1 um único abortamento aumento o risco de outro
FALSO. a partir do 2º abortamento que há aumento de risco para o 3º
QUAIS AS CAUSAS DE ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
Genética: Rearranjos cromossômicos: translocações , inversões e
mosaicos
Uterinas/anatômicas Anomalias mullerianas, leiomiomas, sinéquias e
insuficiência istmocervical
Endocrinológicas Deficiência de fase lútea, tireoidopatias, diabetes descompensada e síndrome dos ovários policísticos
Imunológicas Síndrome dos anticorpos antifosfolípides
Hematológicas Trombofilias hereditárias
FATORES DE RISCO PARA ABORTAMENTO DE REPETIÇÃO
Idade do casal > 40 anos
Número de abortos espontâneos prévios
Ausência de gestação bem sucedida prévia
Idade gestacional tardia das perdas gestacionais
QUANDO INVESTIGAR CAUSAS DE ABORTAMENTO DE REPETICAO
OMS: iniciar investigação após duas perdas gestacionais.
Investigar no intervalo intergestacional.
Como realizar a Investigação diagnóstica de abortamento de repeticao
Cariótipo do casal
Ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia,
histerossonografia, histeroscopia ou ressonância magnética
Pesquisa de anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico
e anti-B2 glicoproteina. (SAF)
Pesquisa de função tireoidiana e diabetes
Qual a Principal causa de abortamento precoce esporádico
Anomalias cromossômicas
**Principal causa de abortamento habitual precoce: 20 a 40% dos casos
Alterações mais frequentes
Investigação: translocação balanceada, inversão e
mosaico.
Investigaçao: cariótipo do casal, cariótipo fetal, biopsia
pré-implantacional, aconselhamento genético.
Qual a principal causa GERAL do abortamento de repetiçao
IDIOPATICA
Quais as causas uterinas de abortamento de repeticao
15-30% dos casos de abortamento de repetição.
Investigar com ultrassom, histeroscopia, histerossalpingografia,
ressonância magnética
-Anomalias mullerianas : ÚTERO SEPTADO - Mais comum - septostomia
- Pólipos endometrias e leiomiomas submucosos - histeroscopia cirurgica
obs:APENAS O SUBMUCOSO INTERFERE EM ABORTAMENTO - Insuficiência Ístmocervical: historia obstétrica, histerossalpingografia e provada vela 8
tto: Cerclagem uterina
Quais as causas endocrinologicas de abortamento de repeticao
Deficiência de fase lútea: produção inadequada de progesterona.
Tireoidopatias e diabetes mellitus : podem ser causa de aborto de repetição.
Tratamento : controle do DM e das tireoidopatias
Quais as causas imunologicas de abortamento de repeticao
SAF
CLINICA: Tromboses, perdas fetais de repetição,
plaquetopenia e livedo reticular
DX: Pesquisa de anticorpo anticardiolipina,
anticoagulante lúpico e anti-Beta 2
glicoproteína.
TTO: heparina e AAS
Quais as causas Hematologicas de abortamento de repeticao? quando investigar?
Pesquisar Se história familiar ou pessoal de trombose (APENAS)
Deficiência de anti-trombina
Mutação genética do fator V de Leiden
Mutação do gene da protrombina
Deficiência de proteína C e proteína S
Conceito da insuficiencia istmo cervical
Colo uterino não suporta o aumento da pressão intrauterina
- Congênita : menor concentração de colágeno no colo uterino- síndrome Ehlers-Danlos.
- Adquirida: curetagem, laceração pós-parto, amputação ou conização
CLINICA INSUFICIENCIA ISTMO CERVICAL
Dilatação cervical INDOLOR
Ausência de contrações uterinas
Pouco sangramento
Protrusão das membranas fetais
Parto pouco doloroso com nascimento de feto vivo
Como Diagnosticar insuficiencia istmo cervical
Diagnostico geralmente é retrospectivo
Baseado na historia obstétrica pregressa
Abortamento recorrente do SEGUNDO trimestre (12-20sem)
Partos prematuros extremos ( antes de 28 semanas)
- Duas ou mais perdas gestacionais ou dilatação cervical progressiva no
segundo trimestre, resultando em prolapso de membrana, rotura prematura
pré-termo de membranas, aborto tardio ou parto prematuro extremo.
NO PERIODO INTERPARTAL:
- Histerossalpingografia: largura do istmocervical > 8 mm
- Prova da vela 8: usa-se vela de hegar - se entrar a partir da vela 8 ja faz o dx
SE HISTORIA DUVIDOSSA DE IIC NA GESTAÇAO:
USG TRANSVAGINAL COM COLO < 25 mm ENTRE 14-26semanas
oBS: Excluir outras causas de
parto prematuro ou perdas
gestacionais. –> ultrassom morfológico, urocultura e cultura de secreção vaginal
Quando realizar usg transvaginal para investigar insuf istmo cervical em paciente suspeitas ou com fatores de risco
14-26 semanas
se colo <= 25 mm: tratar
se colo 26-30mm: USTV semanal até 26 semanas
se colo > 30 mm: USTV quinzenal ate 26 sem
Qual o tto da insuficiencia istmo cervical
Cerclagem uterina: deixar até 37 sem
Remover os pontos se: TPP, sangramentos, obito fetal, 37 sem
Técnicas: Shirodkar,
McDonald, McDonald
modificada por Pontes.
- CERCLAGEM UTERINA
PROFILÁTICA (Indicado pela história clínica): 12 a 16 semanas - NAO INTERESSA A MEDIDA DO COLO
* História clássica de IIC
* Cerclagem prévia devido a dilatação cervical indolor no segundo trimestre(de emergencia)- História de trauma ou cirurgia cervical prévia
- CERCLAGEM DE
EMERGÊNCIA (indicado pelo exame físico): Antes de 24 semanas
–> Dilatação cervical de 1-4cm, sem contração uterina, com ou sem exposição da
membrana - CERCLAGEM TERAPÊUTICA
( indicado pela historia + ultrassom): Antes de 26 semanas
- Parto prematuro espontâneo antes de 34 semanas
E
- colo uterino ≤ 25mm
antes de 26 semanas
Quais os fatores de risco para insuficiencia istmo cervical
- conizaçao
- curetagem
- procedimentos no colo
- dilataçao manual do colo
Conduta em gestantes com historico de prematuridade < 34 sem em relaçao a IIC
- Progesterona vaginal
(16 a 34 semanas) - fazer Ultrassom transvaginal (medida colo 14 a 24 semanas)
- SE Colo uterino ≤ 25mm: Manter progesterona vaginal
ou considerar cerclagem
uterina