APLV E Intolerância À Lactose Flashcards

(23 cards)

1
Q

Alergia alimentar

A

Se refere às reações adversas decorrentes da sensibilidade de um indivíduo a proteínas alimentares
Como as proteínas do leite são os primeiros antígenos alimentares introduzidos na dieta do recém nascido, a alergia a proteínas do leite de vaca (APLV) constitui a alergia alimentar mais frequente nos primeiros 2-3 anos de vida

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2
Q

APLV

A

Conjunto de reações imunológicas contra as proteínas do leite, principalmente à alfa-lactoalbumina e a caseína
Repercussões nutricionais e gastrointestinais
A APLV é mais comum na população pediátrica e a prevalência gira em torno de 6% em menores de 2-3 anos (vem aumentando)
É muito raro o diagnóstico em indivíduos acima dessa idade, visto que há tolerância oral progressiva à proteína do leite de vaca

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3
Q

Reações imunológicas envolvidas

A

1) mediadas por IgE, com um início imediato dos sintomas após a ingestão (<1-2h)
2) não mediada por IgE, com um início tardio dos sintomas (>24h)
3) sintomas mistos

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4
Q

Fisiopatogenia

A

O principal fator para seu desenvolvimento é a infecção do consumo precoce do leite de vaca na dieta de crianças lactantes - principalmente antes dos seis meses de vida, visto que o organismo infantil é ainda imaturo
A predisposição genética também é um fator de grande relevância

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5
Q

mediada pela IgE

A

Rápida manifestação clínica, geralmente em até 2 horas, podem envolver mais de um sistema ou órgão, não é comum ocorrer via leite materno, o mais comum é que ela seja desencadeada quando uma fórmula é oferecida para essa criança ou na introdução alimentar

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6
Q

Manifestações - mediada pela IgE

A

Cutâneas: urticária e angioedema
Gastrointestinais: dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia
Respiratórias: obstrução nasal, coriza, sibilância e dispneia, podendo estar associado a sintomas oculares tais quais hiperemia e lacrimejamento
Anafilaxia
O choque anafilático evolui rapidamente com acometimento cutâneo, respiratório, queda da pressão arterial, hipotonia, síncope, sintomas gastrintestinais e choque, sendo potencialmente fatal, o que necessita de um diagnóstico rápido e preciso

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7
Q

Não mediada por IgE

A

São reações tardias que podem demorar horas ou dias após exposição ao alérgeno para se tornarem evidentes, sendo a maioria manifestações gastrointestinais
DRGE, esofagite ou gastrite eosinofílica, enterocolite, cólica do lactente (choro excessivo primário), enteropatia perdedora de proteína, proctocolite ou proctite e constipação, com manifestações clínicas variadas como náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, má-absorção e perda ponderal

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8
Q

APLV mista

A

Possui tanto mecanismos IgE mediados quanto não IgE mediados, podendo se apresentar como sintomas agudos e/ou crônicos
Exemplos:
Dermatite atópica que é um processo inflamatório crônico da pele
Esofagite eosinofílica: doença caracterizada por infiltração eosinofílica (acima de 15 por campo) exclusivamente no esôfago e sintomas que incluem vômitos intermitentes, irritabilidade, dores abdominais, regurgutação, disfagia e déficit de crescimento

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9
Q

Síndromes clínicas secundárias à alergia alimentar com ênfase na APLV em lactentes - reação não IgE mediada

A

Manifestações digestivas: RGE, cólica do lactente, enteropatia e enterocolite, proctocolite, constipação
Manifestações cutâneas: -
Manifestações respiratórias: -

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10
Q

Síndromes clínicas secundárias à alergia alimentar com ênfase na APLV em lactentes - reação mista

A

Manifestações digestivas: esofagite eosinofílica, gastroenteropatia eosinofílica
Manifestações cutâneas: dermatite atópica
Manifestações respiratórias: asma

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11
Q

Síndromes clínicas secundárias à alergia alimentar com ênfase na APLV em lactentes - reação de IgE mediada

A

Manifestações digestivas: alergia digestiva imediata, síndrome alérgica oral
Manifestações cutâneas: angioedema, urticária aguda e crônica, urticária de contato
Manifestações respiratórias: rinite, crise de sibilância

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12
Q

Diagnóstico

A

Se inicia com a suspeita e termina com o teste de provocação oral (TPO)
TPO: mais confiável para estabelecer ou excluir diagnóstico
Testes de hipersensibilidade (prick test ou IgE específica): podem auxiliar, mas não são superiores e nem substituem - só pedi-los no contexto de uma suspeita de uma alergia IgE mediada para alimentos que tenham uma correlação clínica para isso.

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13
Q

Suspeita clínica

A

Teste terapêutico - em média, após 2 semanas, há melhora. Posteriormente, faz TPO e observa se os sintomas retornaram (se eles não retornarem, não era APLV; era imaturidade)

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14
Q

Quem não pode fazer o TPO em casa?

A

Crianças que tem histórico de reações graves (reações IgE mediada)
Dermatite atópica (uma reação mista)
= encaminhar para o especialista

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15
Q

Tratamento

A

Evitar o desencadeamento dos sintomas e progressão da doença
Proporcionar crescimento e desenvolvimento adequado
Cuidado com medicamentos
Para os pacientes não amamentados ao seio, as formulações de proteína extensamente hidrolisadas são as mais indicadas
Em pacientes com APLV IgE mediada, a fórmula de aminoácidos livres deve ser prescrita como primeira opção nos casos de anafilaxia, dermatite atópica grave, desnutrição e outras formas mistas (IgE mediada e não mediada) de APLV - são as únicas consideradas não alergênicas

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16
Q

A fórmula de soja pode ser considerada para crianças sem manifestação gastrointestinal mas não está indicada em crianças menores de 6 meses de idade, pela presença de fitoestrógenos (V ou F)

17
Q

Não indicados

A

Leite de outros mamíferos - reação cruzada
Fórmulas parcialmente hidrolisadas
Fórmulas poliméricas isentas de lactose
Leite de soja

18
Q

Intolerância à lactose

A

Deficiência da enzima lactase (a quantidade de lactose que causa sintomas é individualmente determinada)
Fatores que influenciam: grau de deficiência da lactase, quantidade de lactase ingerida, forma que a lactose é ingerida;

19
Q

Tipos de tolerância à lactase - deficiência congênita de lactase

A

Raro, extremamente grave. Ao primeiro contato com o leite materno ou com a fórmula comum que contém lactose, essa criança vai ficar extremamente grave (diarreia gravíssima, vômitos, acidose)

20
Q

Tipos de tolerância à lactose - deficiência primária de lactase

A

Ausência relativa ou absoluta de lactase e ocorre com maior frequência em crianças a partir dos 4 anos de idade

21
Q

Tipos de intolerância à lactose - Deficiência secundária de lactase

A

Resulta de lesões no intestino delgado, pode ocorrerem qualquer idade, associada a diarreia aguda ou persistente, sobre crescimento bacteriano, doença celíaca, DII
É um quadro transitório e secundário

22
Q

Diagnóstico

A

Anamnese: faixa etária, HDA adequada, capaz de estabelecer a relação entre a ingestão de lactose e sintomas (ela não atrapalha a criança de ganhar peso, não causa sangue nas fezes, não causa dermatite, os sintomas são gastro-intestinais)
Teste terapêutico, a avaliação do pH fecal (ácido), substâncias redutores nas fezes (positiva), teste do H2 expirado, teste de tolerância à lactose

23
Q

Tratamento

A

Nutricional - no mínimo 2 semanas sem ingerir produtos com lactose, até o desaparecimento dos sintomas, depois se inicia a introdução gradual (até a identificação da quantidade consumida que não cause sintomas)
Suplementação de vitamina D, se necessário (aumenta a absorção)
Enzima lactase