Disturbios Do Neurodesenvolvimmento Flashcards
(34 cards)
Distúrbios do Neurodesenvolvimento
• Distúrbios de neurodesenvolvimento são
condições neurológicas que aparecem
precocemente na infância, geralmente antes da
idade escolar, e prejudicam o desenvolvimento
do funcionamento pessoal, social, acadêmico
e/ou profissional;
• Normalmente envolvem dificuldades na
aquisição, retenção ou aplicação de habilidades
ou conjuntos de informações específicas;
• Transtornos no desenvolvimento neurológico
podem envolver disfunções em um ou mais dos
seguintes: atenção, memória, percepção,
linguagem, resolução de problemas ou
interação social;
• Distúrbios do neurodesenvolvimento incluem:
o Transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade;
o Transtorno do espectro autista;
o Distúrbios de aprendizagem – dislexia;
o Deficiências intelectuais;
Defina TDAH
consiste em padrão persistente de
desatenção e/ou hiperatividade, mais frequente
do que aquele comumente encontrado em
crianças de nível de desenvolvimento
semelhante, associado a comprometimento
funcional;
TDAH, visão geral
• O TDAH repercute na vida da criança e do
adolescente levando a prejuízos em múltiplas
áreas, como na adaptação ao ambiente escolar,
nas relações interpessoais e no desempenho
escolar;
• O diagnóstico do TDAH é clínico e baseia-se em
critérios estabelecidos na classificação de
doenças mentais do DSM-V), apresentando
prevalência em torno de 5% das crianças em
idade escolar;
• Se manifesta por:
o Hiperatividade;
o Impulsividade;
o Desatenção;
• No geral, o transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH) é cerca de duas
vezes mais comum em meninos, embora os
índices variem de acordo com o tipo;
o O tipo predominantemente
hiperativo/impulsivo ocorre 2 a 9 vezes
mais entre os meninos, embora o tipo
predominantemente desatento ocorra
com igual frequência em ambos os
sexos;
• TDAH afeta cerca de 5 a 15% das crianças (1).
Entretanto, muitos especialistas acreditam que
o TDAH é superdiagnosticado, em grande parte
porque os critérios são aplicados de forma
imprecisa;
• Pouco mais de 5% das crianças portadoras da
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
(TDAH) apresentam evidências de lesão
neurológica;
Manifestações TDAH
Hiperatividade
Impulsividade
Desatenção
Como se manifesta a hiperatividade e impulsividade no TDAH
• Impulsividade refere-se a ações precipitadas
com o potencial de um desfecho negativo (p. ex.,
em crianças, atravessar a rua sem olhar; em
adolescentes e adultos, abandonar de repente a
escola ou o trabalho sem pensar nas
consequências);
• Hiperatividade envolve atividade motora
excessiva; crianças, especialmente as mais
pequenas, podem ter problemas para
permanecer sentadas calmamente quando for
esperado que o façam (p. ex., na escola ou
igreja);
• Sinais importantes:
o Inquietação;
o Dificuldade em permanecer sentado;
o Corre e sobe em locais inapropriados;
o Dificuldade de brincar em silêncio;
o “Conversa muito e fala demais”
o Dificuldade em “esperar a sua vez”;
o Interrompe e incomoda outras pessoas;
o É impaciente – principalmente na
adolescência;
• Esses sinais geralmente ocorrem juntos, tendo
seu surgimento aos 4 anos e o maior pico entre 7
e 8 anos;
• A hiperatividade tende a desaparecer com o
tempo, mas a impulsividade permanece;
Como se manifesta a desatenção no TDAH
Desatenção tende a aparecer quando a criança
está envolvida em tarefas que necessitam
vigilância, reação rápida, investigação visual e
perceptiva e atenção sistemática e constante;
• Sinais importantes:
o Não se atenta a detalhes;
o Descuidado;
o Dificuldade em focar – brincadeiras,
escola e em casa;
o “Não escuta” mesmo quando dirigido a
palavra;
o Não consegue acompanhar as tarefas;
o Desorganização;
o Evita atividades que requerem
concentração;
o Perde objetos;
o Se distrai facilmente e se esquece das
coisas;
• O surgimento é entre os 8 e 9 anos e permanece
por toda a vida;
Critérios diagnósticos do DSM-V para TDAH
• Para menores de 17 anos à 6 ou mais sintomas
que traduzem hiperatividade, impulsividade e
desatenção;
• Para maiores de 17 anos à 5 ou mais sintomas;
• Os critérios devem ocorrer com frequência e
presentes em mais de um ambiente – escola,
casa e locais públicos;
• Os sintomas precisam durar pelo menos 6
meses;
• Início dos sintomas antes dos 12 anos;
• Precisa haver comprometimento funcional:
o Acadêmico;
o Social;
o Ocupacional;
• Excluir sempre:
o Causas físicas ou orgânicas;
o Causas situacionais;
o Outras causas;
Subtipos
1. Predominância Desatenção;
2. Predominância de Hiperatividade-
Impulsividade;
3. Combinado;
Fisiopatologia TDAH
• A etiologia é desconhecida;
• Alguns estudos apontam alterações genéticas
que modificam o metabolismo das
catecolaminas no córtex – dopamina, serotonina
e glutamato;
OBS: alguns fatores de risco incluem baixo peso <
1.500 g no nascimento, traumatismo craniano,
deficiência de ferro, apneia obstrutiva do sono,
exposição ao chumbo e também exposição fetal a
álcool, tabaco e cocaína;
• Alterações anatômicas podem estar presentes:
o Menor córtex pré-frontal;
o Menor volume cerebral e cerebelar;
o Mais substância cinzenta na região
temporo-parietal;
• Alterações funcionais:
o Menor ativação dos núcleos da base;
o Menor ativação do lobo frontal;
• Fatores ambientais:
o Instabilidade doméstica;
o Depressão materna;
o Ambiente educacional inapropriado;
o Maus tratos e abusos;
Diagnósticos diferencias do TDAH e explicação
VARIAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
• Atraso cognitivo;
• Alta habilidade
• Variações da normalidade (sem
comprometimento funcional);
• Dificuldade de aprendizagem específica –
leitura, escrita, matemática e verbal;
• Atraso na aquisição da linguagem;
• Transtorno do Espectro Autista;
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS
• Sd. Genética – X Frágil, Alcoólico-Fetal e
Klinefelter;
• Epilepsia;
• Sequelas neurológicas – trauma, infecção SNC e hipóxia;
• Distúrbios metabólicos;
• Distúrbios da coordenação motora;
TRANSTORNO DO COMPORTAMENTO
• Ansiedade;
• Depressão;
• TOC – transtorno obsessivo compulsivo;
• Desafio e oposição;
• PTSD – transtorno do estresse pós-traumático;
• Abuso de substâncias;
OBS: 50% dos casos de TDAH tem associação com transtornos do comportamento;
OUTRAS ALTERAÇÕES ORGÂNICAS
• Má acuidade visual/auditiva;
• Transtornos do sono;
• Anemia;
• Desnutrição;
• Endocrinopatias e cardiopatias;
• Medicamentos e intoxicação crônica;
Avaliação do TDAH
• Queixas frequentes:
o “Vai mal na escola”;
o “Não se comporta”;
o “Não se dá bem com os colegas,
professores e familiares”;
o “Não obedece e não me escuta”;
o “Não para quieto”;
o “Esquece tudo”;
o “Não sabe esperar”;
• Avaliação deve ser multidisciplinar:
o Médica;
o Psicológica e comportamental;
o Educacional;
• Várias consultas para fechar o diagnóstico;
o Presença e persistência dos sintomas;
o Comprometimento funcional;
o Problemas emocionais coexistentes;
o Excluir os diagnósticos diferenciais;
• Como fazer a avaliação educacional:
o Diário do comportamento escolar;
o Verificar o desempenho na escola;
o Presença de dificuldades especificas de
aprendizagem;
• A criança deve ser encaminhada para
especialistas principalmente quando houver
retardo cognitivo, atraso na aquisição da
linguagem, atraso motor, déficit visual / Auditivo,
epilepsia;
o Psicoterapia, fonoaudióloga;
o Oftalmologista, neurologia e psiquiatria;
Tratamento TDAH
• Os 5 princípios básicos no tratamento do TDAH
são:
o Estabelecer um programa de
tratamento que leve em consideração
tratar-se de doença crônica;
o Traçar objetivos do tratamento com a
família e a escola;
o Terapia com drogas estimulantes e/ou
terapia cognitivo-comportamental;
o Quando o tratamento escolhido não
atingir seus objetivos, reavaliar o
diagnóstico, presença de comorbidade,
escolha da terapia e aderência a ela;
o Monitorar objetivos e efeitos adversos,
tanto por informações da família quanto
da escola;
• O tratamento é multidisciplinar e deve envolver
familiares e ambientes frequentados pela
criança;
• Metas de tratamento:
o Melhorar os relacionamentos – família,
professores e colegas;
o Melhorar desempenho acadêmico;
o Melhorar a disciplina;
• Visa também tratar as desordens associadas;
OBS: é importante realizar terapia comportamental e
mudança ambiental;
TERAPIA COMPORTAMENTAL E
AMBIENTAL
• Rotina diária;
• Minimizar distrações;
• Local de estudo adequado;
• Promover organização (brinquedos, roupas);
• Propor metas realísticas;
• Reforço positivo;
• Evitar reforço negativo;
• Retirar a criança de situações estressantes
• Buscar atividades em que a criança tenha
“sucesso” (esporte, hobby);
• Proporcionar tempo para descanso;
• Distrações entre as atividades;
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
• Para quem o tratamento é indicado:
o Pré-escolares com: história familiar de
TDAH, falha no tratamento
comportamental, expulsão, agres-
sividade com risco de lesão;
o Escolares e adolescentes: início
imediato combinado à terapia
comportamental;
• O tratamento medicamentos:
o Melhora: os relacionamentos, a
produtividade, o foco, a acuraria e a
agressividade;
o Não melhora: desempenho escolar,
habilidades sociais, desordens de
aprendizagem e transtorno opositor;
• Além disso, o tratamento medicamentoso
facilita a psicoterapia e terapia comportamental;
Prognóstico TDAH
• Quando não há um tratamento adequado, a
pessoa pode estar predisposta a:
o Tentativas de suicídio;
o Transtorno da personalidade
antissocial;
o Acidentes automobilísticos;
o Abandono escolar;
o Uso de drogas ilícitas (maconha e
cocaína) e lícitas (tabaco e álcool);
• O diagnóstico pode mudar na vida adulta:
o Ansiedade;
o Autismo;
o Desordens de aprendizagem;
Pontos chaves TDAH
O transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade (TDAH) envolve
desatenção, hiperatividade/impulsividade, ou
uma combinação; ele normalmente aparece
antes dos 12 anos, inclusive na idade pré-
escolar;
• A causa é desconhecida, mas há vários fatores
de risco suspeitos;
• Diagnosticar utilizando critérios clínicos e
manter-se em alerta para outras doenças que
podem inicialmente se manifestar de forma
semelhante (p. ex., doenças do espectro do
autismo, certos distúrbios de aprendizagem ou
comportamento, ansiedade, depressão);
• As manifestações tendem a diminuir com a
idade, mas adolescentes e adultos podem ter
dificuldades residuais;
• Tratar com fármacos estimulantes e terapia
cognitivo-comportamental; somente terapia
comportamental pode ser apropriada para
crianças em idade pré-escolar;
TEA definicao e caracterização
Definição: distúrbio do neurodesenvolvimento
caracterizado por deficiente interação e
comunicação social, padrões estereotipados e
repetitivos de comportamento e
desenvolvimento intelectual irregular;
• Trata-se de um transtorno pervasivo e
permanente, não havendo cura, ainda que a
intervenção precoce possa alterar o prognóstico
e suavizar os sintomas;
• Caracterizado por:
o Distúrbios da comunicação e interação
social;
o Padrões repetitivos;
DSM-V TEA
O transtorno do espectro autista pode ser
classificado em leve, moderado ou grave;
• O DSM-IV considerava: autismo, síndrome de
Asperger, síndrome de Rett, transtorno
deficiente da infância;
Epidemiologia TEA
Mais frequente nos meninos – 4:1;
• Prevalência variável: 2 a 20:1000;
• Irmãos (3 a 10%);
• Gêmeos homozigotos (36 a 96%);
Patognese TEA
• Existe uma teoria epigenética para o autismo:
o Ativação de um gene anormal no
período neonatal;
o Expressão de outros genes – não
mutados;
o Comprometimento do desenvolvimento
da comunicação social;
OBS: a base genética é conhecida, mas a
fisiopatologia é desconhecida;
Quadro clinico TEA
• É um espectro à aumento da gama de
apresentações do transtorno;
• Geralmente os sintomas aparecem no segundo
ano de vida;
• Formas mais leves até o 6º ano de vida;
SINAIS SUGESTIVOS NO PRIMEIRO ANO
• Perder habilidades já adquiridas, como balbucio
ou gesto dêitico de alcançar, contato ocular ou
sorriso social;
• Não se voltar para sons, ruídos e vozes no
ambiente;
• Não apresentar sorriso social;
• Baixo contato ocular e deficiência no olhar
sustentado;
• Baixa atenção à face humana (preferência por
objetos);
• Demonstrar maior interesse por objetos do que
por pessoas;
• Não seguir objetos e pessoas próximos em
movimento;
• Apresentar pouca ou nenhuma vocalização;
• Não aceitar o toque;
• Não responder ao nome;
• Imitação pobre;
• Baixa frequência de sorriso e reciprocidade
social, bem como restrito engajamento social
(pouca iniciativa e baixa disponibilidade de
resposta)
• Interesses não usuais, como fixação em
estímulos sensório-viso-motores;
• Incômodo incomum com sons altos;
• Distúrbio de sono moderado ou grave;
• Irritabilidade no colo e pouca responsividade no momento da amamentação;
COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO SOCIAL
• É o marco principal do espectro – atraso
importante no desenvolvimento da linguagem;
• Sem desejo de comunicação;
• Déficit de reciprocidade emocional ou social;
• Não percebe a presença de outro indivíduo;
• Falta de empatia;
• Não compartilha emoções ou interesses;
• Falta de comunicação não verbal – contato com
o olhar, expressão facial, gestos e postura
corporal;
• Falha nas relações sociais;
o Desinteresse em desenvolver
amizades;
o Preferem brincar sozinhos;
• A interação na família é baixa, raramente é nula,
podendo ser discreta – pais acham que os filhos
são independentes ou autossuficientes;
COMPORTAMENTO RESTRITIVO E
REPETITIVO
• Tríade afetada: comportamento, interesses e
atividades;
• Comportamento estereotipado:
o Maneirismo motores – por vezes de
corpo inteiro;
o Auto estimulantes;
o 37 a 95% dos casos;
o Aparece no período escolar;
• Esse comportamento pode ser autoagressivo:
o Bater a cabeça;
o Se estapear, morder ou beliscar;
o Atraso cognitivo – frustração, ansiedade
e excitação;
• Rituais estereotipados:
o Alinhar brinquedos e outros objetos;
o Fixação por determinado número;
• Inflexibilidade:
o Não aceita mudanças – rotina rígida;
o Por vezes não funcional – estereotipada
ou ritualística;
• Interesses restritos: fixação em determinados
temas ou objetos – dinossauros;
• Percepção sensorial: causam respostas
aberrantes, exageradas e por vezes discretas;
CONDIÇÕES ASSOCIADAS
• Pode haver um atraso intelectual em relação a:
comunicação verbal, interpretação, raciocínio e
abstração;
• Linguagem: atraso ou ausência da linguagem
falada;
o Não há compensação com outras
formas – gestos ou mímicas;
o A criança pode falar, mas não usa a fala
para a comunicação;
• Distúrbios motores – movimentos repetitivos e
descoordenados;
• Habilidades especiais: matemática, memória,
música e quebra-cabeças;
Diagnóstico TEA
• A avaliação clínica depende da história, exame
físico e observação do comportamento da
criança;
• Déficit persistente em comunicação e
interação – ter os 3 critérios obrigatoriamente;
o Reciprocidade social e emocional;
o Comunicação não verbal;
o Desenvolvimento, manutenção e
compreensão das relações
interpessoais;
• Comportamento repetitivo e restritivo: 2 ou
mais para ser diagnosticado;
o Repetição estereotipada – movimentos,
ecolalias e uso de objetos;
o Rotina inflexível ou comportamento
ritual;
o Fixação em determinados interesses;
o Alteração na resposta a estímulos
sensoriais;
• Pode ser necessário realizar uma avaliação
complementar:
o Acuidade auditiva e visual;
o Avaliação da linguagem;
o Avaliação da inteligência;
o Habilidades adaptativas;
o Avaliação motora e sensorial;
• Papel do Pediatra:
o Acolher as preocupações dos pais;
o Examinar: visão, audição, linguagem e
comportamento;
o Exame físico: sinais dismórficos, exame
neurológico e observação do
comportamento;
o Verificar os marcos do DNPM:
principalmente os relacionados a
comunicação – sorriso social, contato
com o olhar, apontar objetos e
responder ao nome;
• Prestar atenção aos antecedentes familiares –
forte componente genético;
• Sempre que houver suspeita à encaminhar para
o especialista;
Explique os critérios do DSM-V para TEA (A ao E)
• Critério A: déficits persistentes na comunicação
social e na interação social em múltiplos
contextos, conforme manifestado pelo que
segue, atualmente ou por história prévia;
o Déficits na reciprocidade
socioemocional, variando, por exemplo,
de abordagem social anormal e
dificuldade para estabelecer uma
conversa normal a compartilhamento
reduzido de interesses, emoções ou
afeto, a dificuldade para iniciar ou
responder a interações sociais;
o Déficits nos comportamentos
comunicativos não verbais usados para
interação social, variando, por exemplo,
de comunicação verbal e não verbal
pouco integrada a anormalidade no
contato visual e linguagem corporal ou
déficits na compreensão e uso gestos, a
ausência total de expressões faciais e
comunicação não verbal;
o Déficits para desenvolver, manter e
compreender relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade
em ajustar o comportamento para se
adequar a contextos sociais diversos a
dificuldade em compartilhar
brincadeiras imaginativas ou em fazer
amigos, a ausência de interesse por
pares;
• Critério B: padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades,
conforme manifestado por pelo menos dois dos
seguintes, atualmente ou por história prévia;
o Movimentos motores, uso de objetos ou
fala estereotipados ou repetitivos (p.
ex., estereotipias motoras simples,
alinhar brinquedos ou girar objetos,
ecolalia, frases peculiares);
o Insistência nas mesmas coisas, adesão
inflexível a rotinas ou padrões
ritualizados de comportamento verbal
ou não verbal (p. ex., sofrimento
extremo em relação a pequenas
mudanças, dificuldades com
transições, padrões rígidos de
pensamento, rituais de saudação,
necessidade de fazer o mesmo caminho
ou ingerir os mesmos alimentos
diariamente);
o Interesses fixos e altamente restritos
que são anormais em intensidade ou
foco (p. ex., forte apego a ou
preocupação com objetos incomuns,
interesses excessivamente
circunscritos ou perseverativos);
o Hiper ou hiporreatividade a estímulos
sensoriais ou interesse incomum por
aspectos sensoriais do ambiente (p. ex.,
indiferença aparente a
dor/temperatura, reação contrária a
sons ou texturas específicas, cheirar ou
tocar objetos de forma excessiva,
fascinação visual por luzes ou
movimento);
• Critério C: Os sintomas devem estar presentes
precocemente no período do desenvolvimento
(mas podem não se tornar plenamente
manifestos até que as demandas sociais
excedam as capacidades limitadas ou podem
ser mascarados por estratégias aprendidas mais
tarde na vida);
• Critério D: os sintomas causam prejuízo
clinicamente significativo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo no presente.
• Critério E: essas perturbações não são mais
bem explicadas por deficiência intelectual
(transtorno do desenvolvimento intelectual) ou
por atraso global do desenvolvimento;
deficiência intelectual ou transtorno do espectro
autista costumam ser comórbidos; para fazer o
diagnóstico da comorbidade de transtorno do
espectro autista e deficiência intelectual, a
comunicação social deve estar abaixo do
esperado para o nível geral do desenvolvimento;
Tratamento TEA
• Objetivos do tratamento:
o Melhorar as funções sociais –
relacionamentos e brincadeiras;
o Melhoras a comunicação e habilidades
adaptativas;
o Reduzir os comportamentos negativos;
o Melhor a cognição e funções
acadêmicas;
• O TEA não tem cura, mas tem a melhora dos
sintomas quando há intervenção precoce;
• A família precisa estar envolvida e engajada no
tratamento:
o Programa individualizado para cada
criança;
o Ambiente organizado;
o Estruturas previsíveis;
o Enfoque na atenção, interação,
comunicação e brincadeiras;
• Seguimentos importantes:
o Multidisciplinar – psicologia, fono e
terapia ocupacional;
o Especializado – psiquiatria, genética e
neurologia;
• Pode ser fazer uso de tratamento medicamentos
se houverem sintomas específicos:
o Hiperatividade, impulsividade e
desatenção;
o Agressividade;
o Depressão;
o Ansiedade;
o Obssessividade;
o Distúrbios do sono;
Pontos-chave TEA
• As crianças têm alguma combinação
caracterizada por deficiente interação e
comunicação social, padrões estereotipados e
repetitivos de comportamento e
desenvolvimento intelectual irregular,
frequentemente com retardo mental;
• A causa é geralmente desconhecida, mas
parece haver um componente genético; vacinas
não são causadoras;
• Os testes de triagem incluem o Modified
Checklist for Autism in Toddlers, Revisado, com
Seguimento (M-CHAT-R/F) e, para crianças
maiores, o Social Communication
Questionnaire;
• Testes diagnósticos formais geralmente são
feitos por psicólogos ou pediatras especialistas
em desenvolvimento e comportamento;
• O tratamento é geralmente multidisciplinar e
utiliza abordagens baseadas no comportamento
que encorajam a interação e a comunicação;
• Fármacos (p. ex., antipsicóticos atípicos) podem
ajudar em distúrbios comportamentais graves
(p. ex., autolesão, agressão).
Quais são as principais características e
sinais cardinais associados ao TDAH, e como
eles se manifestam em diferentes fases da
vida?
Os sinais cardinais associados ao TDAH são a
impulsividade, hiperatividade e a desatenção; a
impulsividade diz respeito a realizar ações sem
6º PERÍODO pensar nas consequências (atravessar a rua sem
olhar) e a hiperatividade se relaciona com agitação
motora (incapacidade de ficar sentado quieto),
esses sinais tendem a aparecer aos 4 anos de idade
e com pico entre os 7 e 8 anos, a hiperatividade tende
a desaparecer com o tempo, enquanto a
impulsividade permanece; a desatenção diz respeito
a incapacidade de se manter concentrada em
atividades que requeiram vigilância, reação rápida e
atenção sistêmica e constante, o surgimento é entre
os 8 e 9 anos, permanecendo pelo resto da vida;
Explique os critérios diagnósticos
estabelecidos pelo DSM-5 para o TDAH e a
importância de diferenciá-lo de outras
condições.
O DSM-V faz o diagnóstico de TDAH com base na
presença e permanência de sintomas; para menores
de 17 anos são necessários 6 sintomas ou que
traduzem hiperatividade, impulsividade e
desatenção, enquanto em maiores de 17 anos são 5
sintomas ou mais; esses sintomas devem ocorrer
com frequência, apresentar-se em diversos
ambientes (escola, casa e ambiente social), iniciar
antes dos 12 anos de idade e causarem
comprometimento acadêmico e/ou social; além
disso, precisa excluir causas orgânicas que causam
esses sintomas;