Infeccao Do Trato Urinario Flashcards

(18 cards)

1
Q

Epidemiologia ITU

A

A infecção do trato urinário (ITU) é uma das
enfermidades mais comuns na nosologia
pediátrica;
EPIDEMIOLOGIA
• Variável de acordo com idade, sexo e raça;
INCIDÊNCIA
• < 1 ano à sexo masculino 3 a 5 : 1;
o Proteus mirabilis (mais comum) e E.
coli;
• > 1 Ano à sexo feminino 10:1;
o E. coli (75-90%), Klebsiella e Proteus;

PREVALÊNCIA DE ITU NOS QUADRO
FEBRIS
• Menores de 2 anos: menina < 2 anos, raça
branca e com T > 39ºC – 16%;
o Aproximadamente 7%;
o Raça branca 2 a 4x mais;
o Meninas 2 a 4x mais;
• Maiores de 2 anos:
o Prevalência total de 8%;
o Quando sintomáticos;

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2
Q

Agentes etimológicos ITU

A

BACTERIANOS
• Escherichia coli – 80% dos casos;
• Klebsiella;
• Proteus – cálculos coraliformes;
• Enterobacter;
• Citrobacter;
• Staphylococcus saprophyticus;
• Enterococcus;
• Staphylococcus aureus;
• Pseudomonas aeruginosa;

VIRAIS
• São muito raros em crianças;
• Adenovírus e enterovírus;
• Coxsackie;
• Echovírus;

FÚNGICOS
• Aparecem em: imunossuprimidos, que fizeram
uso de ATB de amplo espectro prologando e uso
de sondagem vesical;
• Candida spp;
• Aspergillus spp;
• Criptococcus neoformans;

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3
Q

FISIOPATOLOGIA geral ITU

A

• Via Ascendente: principal via de infecção;
o Colonização periuretral;
o Cepa uropatogênica – UPEC;
o Adesão bacteriana – principal fator de virulência à fimbrias na parede celular;
• Fímbrias:
o Tipo I: maioria das cepas de E. coli; não patogênicas; Inibidas pela D-manose;
o Tipo II: cepas orogênicas; manoses resistentes; favorecem adesão e ascensão;

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4
Q

PATOGÊNESE – UPEC ITU

A
          1. A ITU inicia com a migração periuretral da bactéria, que se adere e coloniza a uretra (uretrite) com subsequente
            migração para a bexiga (cistite) à colonização de forma ascendente;
            A UPEC consegue alcançar a bexiga em virtude da acao da alfa-hemolisina, pois ela promove a evasão da
            resposta imune e isso possibilita que a UPEC inicie processo de adesão no uroepitelio por meio das fimbrias
            1 + CNF1 que, além de auxiliar na invasão, também promove o encistamento bacteriano (infecções
            recorrentes);
            As bactérias que ainda não se aderiram, retornam ao lúmen vesical ou invadem as células adjacentes por
            meio da acao de alfa-hemolisina (dano tecidual + apoptose + esfoliação das células da bexiga) à aderência e
            invasão da uretra e bexiga;
            Quando a quantidade de fimbrias tipo 1 diminui e aumenta a quantidade de flagelo, as bactérias passam a
            migrar para o rim;
            A adesão ao epitélio renal ocorre quando a quantidade de flagelo diminui e, por sua vez, aumenta-se a
            quantidade de fimbria P à ativação da alfa-hemolisina (escape das células de defesa, uma vez que é citotóxica)
            à dano tecidual; a colonização renal causa pielonefrite – fator predisponente para sepse;

• Pode ocorrer disseminação hematogênica: mais comum em neonatos – evolui para ITU grave à sepse;

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5
Q

Condições predisponentes ITU

A

• Obstrução ao fluxo urinário;
o Válvula de uretra posterior;
o Estenose da junção uretero-pielo-
calicial;
o Mielomeningocele;
• Litíase;
• Refluxo vesicoureteral;
• Alterações funcionais (esvaziamento
incompleto, hábito retentivo e constipação) à
comum em situações de desfralde;
• Atividade sexual;
• Cateterização (demora ou intermitente);
• Condições da mucosa;
• Uretra mais curta (nas mulheres);
• pH urinário;
• Lisozimas, IgA, IgG;
• Treinamento da continência;

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6
Q

Quadro clinico ITU

A

• A apresentação clínica da ITU é heterogênea,
variando de acordo com o grupo etário e com a
localização da infecção;
• O quadro clínico varia de uma “bacteriúria
assintomática” até uma pielonefrite aguda,
podendo culminar em um quadro de urossepse
(especialmente em lactentes);

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A LOCALIDADE
• Cistite: disúria, polaciúria, urgência,
incontinência e dor suprapúbica;
o Odor fétido, geralmente afebril e sem
lesão renal;
• Pielonefrite: dor (lombar e flancos), febre,
prostração, náuseas, vômitos e diarreia;
o Grave: a mais comum em < 2 anos com
FSSL;
o Pode resulta em lesão renal;

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
• Urocultura positiva sem manifestações clínicas;
• Mais comum em meninas;
• Incidência < 1% e reduz com a idade;
• Benigna – não causa lesão renal;

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A IDADE
• Lactentes (0 a 2 meses):
o Mal ganho ponderal;
o Febre;
o Prostração;
o Inapetência;
o Dor abdominal, vômitos e diarreia;
o Palidez;
o Irritabilidade;
OBS: raramente há sinais ou sintomas ligados ao
trato urinário, como polaciúria, gotejamento urinário,
disúria ou urina com odor fétido;
• 2 meses a 2 anos:
o Febre;
o Inapetência;
o Urina com odor fétido;
o Dor abdominal e vômitos;
o Irritabilidade;
OBS: mesmo com pielonefrite, faltam sintomas
localizatórios – alto risco de lesão renal;
• Pré-Escolares:
o Sintomas urinários: disúria e polaciúria;
o Febre – pode estar ausente se somente
cistite;
o Enurese;
o Dor abdominal ou pélvica;
o Urina turva e com odor fétido;
• Escolares e Adolescentes:
o Sintomas mais típicos;
o Dor lombar, pélvica e abdominal;
o Febre – pode estar ausente se somente
cistite;
o Enurese e incontinência;
o Urina turva, fétida e hematúria;

SINTOMAS POUCO RECONHECIDOS
• Mal ganho ponderal;
• Febre monossintomática;
• Icterícia (bilirrubina direta) no RN;
• Incontinência;
• Enurese secundária;

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7
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A LOCALIDADE ITU

A

• Cistite: disúria, polaciúria, urgência,
incontinência e dor suprapúbica;
o Odor fétido, geralmente afebril e sem
lesão renal;
• Pielonefrite: dor (lombar e flancos), febre,
prostração, náuseas, vômitos e diarreia;
o Grave: a mais comum em < 2 anos com
FSSL;
o Pode resulta em lesão renal;

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8
Q

ITU - BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA

A

• Urocultura positiva sem manifestações clínicas;
• Mais comum em meninas;
• Incidência < 1% e reduz com a idade;
• Benigna – não causa lesão renal;

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9
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE ACORDO
COM A IDADE ITU

A

• Lactentes (0 a 2 meses):
o Mal ganho ponderal;
o Febre;
o Prostração;
o Inapetência;
o Dor abdominal, vômitos e diarreia;
o Palidez;
o Irritabilidade;
OBS: raramente há sinais ou sintomas ligados ao
trato urinário, como polaciúria, gotejamento urinário,
disúria ou urina com odor fétido;
• 2 meses a 2 anos:
o Febre;
o Inapetência;
o Urina com odor fétido;
o Dor abdominal e vômitos;
o Irritabilidade;
OBS: mesmo com pielonefrite, faltam sintomas
localizatórios – alto risco de lesão renal;
• Pré-Escolares:
o Sintomas urinários: disúria e polaciúria;
o Febre – pode estar ausente se somente
cistite;
o Enurese;
o Dor abdominal ou pélvica;
o Urina turva e com odor fétido;
• Escolares e Adolescentes:
o Sintomas mais típicos;
o Dor lombar, pélvica e abdominal;
o Febre – pode estar ausente se somente
cistite;
o Enurese e incontinência;
o Urina turva, fétida e hematúria;

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10
Q

SINTOMAS POUCO RECONHECIDOS ITU

A

• Mal ganho ponderal;
• Febre monossintomática;
• Icterícia (bilirrubina direta) no RN;
• Incontinência;
• Enurese secundária;

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11
Q

Diagnóstico ITU

A

• A história e a sintomatologia clínica direcionam
para o diagnóstico de ITU;
• A confirmação do diagnóstico é feita pela cultura
da urina, que evidenciará a proliferação de
microrganismos no trato urinário;
• Para o diagnóstico correto de ITU, é importante,
além da contagem de unidades formadoras de
colônias (UFC) na cultura, a análise correta da
presença de piócitos na urinálise e de bactérias
na bacterioscopia pelo método de coloração de
Gram em gota de urina não-centrifugada;
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
URINA I
• Coleta é baseada no controle miccional da
criança:
o Sondagem ou punção suprapúbica (se a
criança ainda não tiver controle) – saco
coletor pode ter muita contaminação;
o Jato médio se controle;
• Nitrito: boa especificidade (98%) e baixa
sensibilidade (50%);
o Pelo menos 4 horas de retenção para
acúmulo adequado;
• Leucocitúria: > 10 cél/mm3;
• Hematúria;
• A presença de poucas células epiteliais indica
uma boa coleta;

BACTERIOSCOPIA
• Pesquisa de bactérias em gota de urina não-
centrifugada;
• Coloração de gram à normalmente gram-
negativas (E. coli);
• Presença de qualquer quantidade;

UROCULTURA
• O diagnóstico de ITU é confirmado pela
bacteriúria significativa, que é a presença na
urina de um número igual ou superior a 100.000
UFC de uma única bactéria;

OBS: achado inferior a 10.000 UFC é considerado
negativo, representando a flora ou população
bacteriana usual da uretra anterior, e entre 10.000 e
100.000 UFC, um exame duvidoso, devendo ser
repetido;
• Quantidades:
o Jato médio à > 100.000 UFC;
o Sondagem à > 50.000 UFC;
o Punção suprapúbica à qualquer
quantidade;
OBS: o saco coletor não é recomendado – facilidade
de contaminação cruzada;
OBS: a identificação de 2 ou mais cepas de bactérias
diferentes em uma mesma amostra deve ser
considerada como contaminação da urina durante a
coleta ou no procedimento do exame;

OUTROS
• Fazer se evidência de doença sistêmica;
• Hemograma e Hemocultura à para verificar se
há sepse;
• Ureia e creatinina à verificar se há lesão renal;

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12
Q

Tratamento ITU

A

• Objetivos do tratamento:
o Eliminar a infecção;
o Prevenir a sepse;
o Aliviar sintomas;
o Prevenir recorrência e complicações a
longo prazo;
• Fatores de risco para lesão renal:
o Febre > 38ºC ou persistente por mais de
48h;
o Toxemia;
o Dor lombar;
o Imunodeficiência;
o Anomalias urológicas;

TRATAMENTO PRECOCE
• > 48h: aumente em 50% o risco de lesão renal;
• Iniciar imediatamente se Urina I sugestiva;
• Reavaliar após urocultura;

ESCOLHA DO ATB
• Inicialmente deve ser feita de forma empírica
para cobertura de gram negativos à E. Coli
(80%);
• Pode solicitar Bacterioscopia (Gram) para
direcionar;
• Duração de 7 a 14 dias;
• Melhora clínica após 24 a 48h;

• Sulfametoxazol + trimetoprim:
Dose: 40 mg + 8 mg/kg/dia
Número de doses por dia: 2
• Cefadroxil:
Dose: 30 a 50 mg/kg/dia
Número de doses por dia: 2
• Cefalexina:
Dose: 50 a 100 mg/kg/dia
Número de doses por dia: 4
• Ácido nalidíxico:
Dose: 60 mg/kg/dia
Número de doses por dia: 4
• Amoxicilina + clavulanato:
Dose: 40 mg/kg/dia
Número de doses por dia: 2

OBS: solicitar nova URC é controversa (?) e deve ser
feita somente após 48h se piora/ausência da
melhora;
INTERNAÇÃO E ATB INTRAVENOSO
• Indicado majoritariamente para < 2 meses –
evitar sepse (precoce ou tardia);
• Para as crianças com grave acometimento do
estado geral, especialmente lactentes, com
vômitos, desidratadas e com distúrbios
metabólicos, é necessário iniciar o tratamento
parenteral até que as condições clínicas
possibilitem a troca para a medicação via oral;
• Além de:
o Sepse;
o Imunodeficiências;
o Incapacidade de tolerar medicação via
oral;
o Incapacidade de segmento adequado;
o Falha do tratamento ambulatorial;
o Reincidência;

• Ceftriaxona:
Dose: 50 a 100 mg/kg/dia
Via: EV ou IM
Número de doses por dia: 1 a 2
• Gentamicina:
Dose: 7,5 mg/kg/dia
Via: EV ou IM
Número de doses por dia: 3
• Amicacina:
Dose: 15 mg/kg/dia
Via: EV ou IM
Número de doses por dia: 1 a 2

PROFILAXIA
• Não deve ser feita de rotina à fazer apenas em
pacientes com refluxo vesicoureteral e outras
anomalias que levam a estase;

• Nitrofurantoína:
Dose: 1 a 2 mg/kg/dia
Posologia: Dose única diária
• Sulfametoxazol + trimetoprim:
Dose: 1 a 2 mg/kg/dia de trimetoprim
Posologia: Dose única diária
• Cefalosporina de 1ª geração:
Dose: 1/4 da dose de tratamento
Posologia: Dose única diária

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13
Q

Investigação ITU

A

• A principal condição de defesa do trato urinário contra invasão, fixação e multiplicação bacteriana é o livre
fluxo da urina, desde sua formação no parênquima renal até seu armazenamento temporário na bexiga,
seguido da micção;
• A investigação por imagens do trato urinário está indicada após o 1º episódio bem documentado de infecção
urinária, em qualquer idade e para ambos os sexos, e justifica-se pela frequente associação de ITU a
anomalias do trato urinário, principalmente o refluxo vesicoureteral (RVU) e os processos obstrutivos;

ULTRASSONOGRAFIA DE RINS E VIAS
URINÁRIAS
• Se o 1º episódio for com menos de 2 anos;
• Avaliar tamanho e ecotextura renal;
o Hidronefrose;
o Espessamento vesical;
URECISTOGRAFIA MICCIONAL
• Qualquer idade se 2 ou mais episódios ou < 2
anos no 1º episódio se:
o Alterações ao US:
§ Lesão renal;
§ Hidronefrose;
UROGRAFIA EXCRETORA
• 30 dias a 2 anos com alteração no US;
• Alterações no US:
o Lesão renal;
o Hidronefrose;
o Dilatação pielocalicial;
o Cicatrizes renais;
o Estenose da JUP;
o Válvula uretral posterior;
CINTILOGRAFIA – DMSA E DTPA
• Presença de:
o Estenose;
o Dilatações;
o RVU;

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14
Q

Analise os fatores epidemiológicos que
influenciam a incidência de ITU em diferentes
faixas etárias, abordando diferenças de
gênero e prevalência entre crianças menores
e maiores de 2 anos.

A

epidemiologia da ITU é variável de acordo com
idade, sexo e raça; é mais comum nos meninos
menores de 1 ano de idade (agentes Proteus e E. coli)
e mais comum nas meninas maiores de 1 ano
(Klebsiella e E.coli e Proteus); podem apresentar
febre os menores de 2 anos quando meninas
brancas; os maiores de 2 anos só vão apresentar
febre quando tiverem outros sintomas associados;

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15
Q

Explique a fisiopatologia da ITU, destacando a
via ascendente como principal mecanismo de
infecção e os fatores relacionados à adesão
bacteriana.

A

fisiopatologia da ITU ocorre a partir da colonização
periuretral; a bactéria principal é a cepa
uropatogênica da E. coli, seu principal fator de
virulência é a adesão bacteriana por meio das suas
fímbrias (fímbria tipo I restrita a bexiga e fímbria tipo
II para favorecer a ascensão renal); além disso, essa
bactéria é capaz de se disseminar via sangue,
levando a sepse;

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16
Q

Compare os quadros clínicos de cistite,
pielonefrite e bacteriúria assintomática,
descrevendo os sintomas específicos e suas
implicações clínicas.

A

Bacteriúria assintomática: é definida pela urocultura
positiva, mas com ausência de manifestações
clínicas, é mais comum nas meninas, benigna e não
causa lesão renal; Cistite é a ITU restrita a bexiga e se
manifesta com disúria, polaciúria, urgência,
incontinência e dor suprapúbica, além de odor
fétido; é geralmente afebril e não causa lesão renal;
Pielonefrite é a ITU que ascendeu aos rins, se
manifesta com dor lombar, febre, prostração,
náusea, vômitos e diarreia; é grave e pode resultar
em lesão renal;
Além da caracterização localizatória a ITU tem
diferentes quadros clínicos de acordo com a idade;
nos lactentes raramente se observam sintomas
ligados ao trato urinário, o mais comum é o mal
ganho ponderal, febre, prostração, inapetência, dor
abdominal e diarreia; dos 2 meses aos 2 anos
começam a aparecer sintomas relacionados ao trato
urinário (odor fétido), mas se mantém a prostração,
febre, inapetência e dor abdominal (mesmo com
pielonefrite há ausência de sinais localizatórios -
risco de lesão renal); nos pré-escolares e escolares
já se apresentam os sintomas típicos de disúria, polaciúria, urina turva e com odor fétido, dor lombar,
febre (apenas se pielonefrite);

17
Q

Discuta as condições predisponentes ao
desenvolvimento de ITU, como refluxo
vesicoureteral, obstruções e alterações
funcionais, e como elas contribuem para a
recorrência de infecções.

A

Existem algumas condições que são
predisponentes: obstrução do fluxo urinário (válvula
de uretra posterior, estenose da JUP e
mielomeningocele) litíase, refluxo vesicoureteral,
alterações funcionais no desfralde, cateterização
(demora ou intermitente); essas condições
contribuem para a recorrência da infecção pois
todas estão associadas a estase urinária, o que leva
a proliferação bacteriana;

18
Q

Detalhe os principais métodos diagnósticos
para ITU, incluindo urina I e urocultura, e
explique como a coleta adequada influencia a
confiabilidade dos resultados.

A

A urina I é fundamental para análise física e química
da urina: presença de leucocitúria ou hematúria,
presença de nitrito (bactérias) e aspectos físicos
como turgor e odor; já a urocultura é usada para
confirmar bacteriúria significativa com mais de
100.000 UFC de uma única bactéria; achados
inferiores a 10.000 são considerados negativos e
entre 10.000 e 100.000 precisa repetir a coleta; se
identificar duas cepas bacterianas é considerado
como contaminação; além da urocultura é possível
de ser feito uma bacterioscopia para ajudar a guiar o
ATB e é necessário a presença de qualquer
quantidade; outros exames como hemograma e
hemocultura (verificar sepse), creatinina e ureia
(indicativas de lesão renal) serão solicitados para
averiguar a presença de doença sistêmica;