Fato típico Flashcards

(41 cards)

1
Q

Quais as principais diferenças entre crime e contravenção?

A

CRIME: reclusão ou detençãoa tentativa é punívelextraterritorialidadejustiça federal ou estadual PPL máxima 40 anosCONTRAVENÇÃO:prisão simplesnão se pune a tentativanão se admite extraterritorialidadesó justiça estadualPPL máxima 5 anos

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2
Q

O que ocorre nos crimes próprios quando ausente a condição especial do agente exigido pelo tipo penal?

A

se for crime próprio PURO: atipicidade do fato;se for crime próprio IMPURO: desclassificação para outro delito.

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3
Q

Qual a diferença entre crimes formais e de mera conduta?

A

crimes formais: o tipo prevê a conduta e o resultado, porém este é dispensável;crimes de mera conduta: o tipo prevê só a conduta.

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4
Q

Qual a diferença entre crime falho e quase-crime?

A

crime falho = tentativa perfeitaquase-crime = crime impossível

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5
Q

O que é o crime e quais são seus elementos estruturantes?

A

Fato típico: conduta, resultado, nexo causal e tipicidade;Ilícito: legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito;Culpável: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.obs: estudar folha anexada na página 26 da semana 3.

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6
Q

Qual a teoria adotada pela Teoria Clássica para a culpabilidade? O dolo era normativo ou natural?

A

PSICOLÓGICA.
O dolo era NORMATIVO, pois exigia consciência da ilicitude.

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7
Q

Qual a teoria adotada pela Teoria Neoclássica para a culpabilidade? O dolo era normativo ou natural?

A

PSICOLÓGICA-NORMATIVA.
O dolo era NORMATIVO, pois exigia consciência da ilicitude.

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8
Q

Qual a teoria adotada pela Teoria Finalista para a culpabilidade? O dolo era normativo ou natural?

A

NORMATIVA PURA.
O dolo é NATURAL, pois a consciência da ilicitude vira elemento autônomo dentro da culpabilidade e o dolo passa a ser só vontade + consciência.

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9
Q

Quais são os pressupostos do crime omissivo impróprio?

A

dever jurídico específico de agir para evitar o resultado;resultado deve ser evitável pela ação do agente;o agente deve ter a possibilidade de agir para evitar o resultado (nexo de evitação); ocorrência do resultado que devia ser evitado (imprescinbilidade do resultado naturalístico)

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10
Q

Quais são as causas de exclusão da conduta?

A

caso fortuito e força maior;movimentos reflexos;coação física irresistível;sonambulismo e hipnose;embriaguez letárgica.

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11
Q

Qual a diferença entre crime de perigo concreto e crime abstrato de perigosidade real?

A

perigo concreto: perigo deve ser comprovado e deve ser demonstrado o risco para pessoa certa e determinada;perigo abstrato de perigosidade real: perigo deve ser comprovado, mas dispensa a comprovação de risco para pessoa certa e determinada;

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12
Q

Quais as teorias que buscam explicar a relação entre conduta e resultado?

A

Equivalência dos antecedentes causais: toda e qualquer ação/omissão na cadeia da conduta é relevante para o resultado (art. 13, caput);Causalidade adequada: só é relevante para o resultado a ação/omissão que tenha contribuído de eficaz para a produção do resultado (art. 13, §1º);Imputação objetiva: análise do nexo físico e do nexo normativo.

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13
Q

O que diz a Teoria da Imputação Objetiva?

A

Assim, como na teoria da equivalência dos antecedentes causais, analisa o nexo físico, que é a relação entre conduta e resultado. Porém analisa ainda o nexo normativo, que consiste em aferir objetivamente se o fato pode ser imputado ao agente. O dolo ou a culpa é a última coisa a ser analisada.
Como é feita essa imputação objetiva? Para Roxin, através de 3 critérios normativos, ou seja, que dependem de um juízo de valor:criação do risco não permitido;realização do risco no resultado;âmbito de abrangência da norma. Qual o caminho para verificar se determinado agente poder ser responsabilizado por uma conduta?
-analisar se houve conduta
-verificar se houve nexo pela teoria da equivalência dos antecedentes causais
-analisar a tipicidade objetiva (o fato corresponde à algum tipo penal)
-analisar a imputação objetiva(criação do risco não permitido; realização do risco no resultado; âmbito de abrangência da norma)
-analisar a tipicidade subjetiva (dolo ou culpa).

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14
Q

Como se dá a responsabilização do agente ocorrendo concausas?

A

concausa ABSOLUTAMENTE independente: sempre responde por tentativa (teoria da equivalência dos antecedentes causais).concausa RELATIVAMENTE independente:
-preexiste e concomitante: responde pelo delito consumado (teoria da equivalência dos antecedentes causais)
-superveniente:
*por si só causou o resultado: tentativa (teoria da causalidade adequada) - IDA *por si só não causou o resultado: consumado (teoria da equivalência dos antecedentes causais) - BIPE

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15
Q

Quais são as teorias do dolo?

A

Teoria da vontade: há dolo quando existe vontade consciente de produzir o resultado (CP adota para o dolo direto);Teoria do assentimento: há dolo quando o agente, mesmo prevendo determinado resultado, decide prosseguir com a sua conduta, assumindo o risco de produzi-la (CP adota para o dolo eventual);Teoria da representação: há dolo quando o agente realiza sua ação ou omissão prevendo o resultado como certo ou provável - não faz distinção entre dolo eventual e culpa consiente.

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16
Q

Quais são os elementos da culpa?

A

conduta humana voluntária;violação de um dever objetivo de cuidado;resultado involuntário;nexo de causalidade;previsibilidade objetiva;tipicidade.

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17
Q

Crime culposo admite tentativa?

A

NÃO.
Exceção: crime culposo impróprio, visto ser um dolo tratado como culpa.culpa própria: o agente não quer o resultado e nem assumiu o risco de produzi-lo;culpa imprópria: o agente, por erro evitável, supõe estar acobertado por uma excludente de ilicitude.

18
Q

Quais são as causas excludentes da culpa?

A

caso fortuito e força maior;princípio da confiança;erro profissional;risco tolerado;risco praticado por outrem.

19
Q

Crime culposo admite participação?

A

NÃO.
Admite apenas coautoria.

20
Q

Quais são as fases do iter criminis?

A

cogitaçãopreparaçãoexecuçãoconsumação

21
Q

Quais as teorias acerca da transição entre atos preparatórios e executórios?

A

teoria subjetiva: o início da execução é a partir do elemento subjetivo ativo, não há distinção entre ato preparatório e executório;teoria da hostilidade ao bem jurídico: ato de execução é aquele que expõe o bem jurídico a perigo, enquanto ato preparatório não altera seu estado de paz;teoria objetivo-formal / lógico-formal: ato de execução é aquele em que o agente começa a praticar o verbo núcleo do tipo, enquanto os atos anteriores são preparatórios (CP);teoria objetivo-individual / objetivo-subjetiva: atos executórios são aqueles em que o agente começa a praticar o verbo núcleo do tipo e também os imediatamente anteriores, de acordo com o plano concreto do agente;teoria objetivo-material: atos executórios são aqueles em que o agente começa a praticar o verbo núcleo do tipo e também os imediatamente anteriores, na visão de um terceiro observador;teoria da impressão: ato de execução é aquele que produz na comunidade a impressão de agressão ao bem jurídico;teoria negativa: a distinção é verificada no caso concreto.

22
Q

Quais são as teorias acerca da punibilidade da tentativa?

A

teoria subjetiva/voluntarista/monista: o agente é punido por sua intenção (CP adota para os crime de atentado);teoria sintomática: o agente é punido em razão de sua periculosidade subjetiva, ou seja, do perigo revelado por ele;teoria objetiva/realística/dualista: o agente é punido em razão do perigo proporcionado ao bem jurídico tutelado pela lei (CP);teoria objetiva-subjetiva/impressão: o que importa é a intenção do agente, porém a atuação do agente deve ser adequada para comover a confiança no OJ e o sentimento de segurança jurídica.

23
Q

A pena da tentativa será sempre diminuída de 1 a 2/3?

A

NÃO.
Nos crimes de atentado a pena da tentativa é a mesma que a do crime consumado.

24
Q

Quais crimes não admitem tentativa?

A

culpososde atentadopreterdolososunissubsistentesomissivos própriosde perigo abstratocontravenção penalcrime obstáculohabitual

25
O que é "tentativa qualificada / tentativa abandonada"?
Desistência voluntária e arrependimento eficaz.
26
O arrependimento eficaz é cabível em qualquer tipo de tentativa?
NÃO. Só se configura em relação à tentativa perfeita, pois o agente deve ter praticado todos os atos da execução.
27
É possível a ocorrência de desistência voluntária ou arrependimento eficaz nos crimes formais?
NÃO. Só é possível nos crimes materiais, onde o agente tem a possibilidade de impedir a consumação, visto que ele não poderá ser beneficiado com esses institutos caso o resultado venha a ocorrer. Obs: nos crimes formais e nos de mera conduta a simples realização da conduta já implica a consumação do delito.
28
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz se comunicam ao partícipe?
SIM. A conduta do partícipe é acessória, não podendo ser punido se não houver crime. A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são causas de exclusão da tipicidade.
29
Quais são os requisitos para a incidência do arrependimento posterior?
crime sem violência dolosacrime sem grave ameaçareparação voluntária até o recebimento da denúnciaArt. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
30
Quais crimes não admitem o arrependimento posterior?
Crimes contra a fé pública e crimes não patrimoniais, dada a impossibilidade de reparação do dano ou restituição da coisa.
31
Cabe arrependimento posterior em caso de violência culposa?
SIM. Pois nesse caso não houve violência na conduta, mas sim no resultado.
32
A redução da pena no arrependimento posterior considera quais parâmetros?
Celeridade e voluntariedade. STJ: variando o índice de redução da pena em função da maior ou menor celeridade no ressarcimento do prejuízo à vítima.
33
O arrependimento posterior exercido por um dos réus se estende aos demais?
SIM. No arrependimento posterior, a reparação do dano ou a restituição da coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, ainda que efetivada por um só agente, é circunstância objetiva e deve comunicar-se aos demais réus.
34
O que diferencia o crime impossível da tentativa?
A inidoneidade do meio.inidoneidade relativa: tentativainidoneidade absoluta: crime impossível
35
A aferição da idoneidade do meio para diferenciação entre crime impossível e tentativa deve ser realizada em que momento?
se o meio já era inidôneo antes da execução: crime impossívelse o meio se tornou inidôneo concomitantemente ou após a execução: tentativa
36
Quais são as teorias sobre o crime impossível?
Subjetiva: deve receber a mesma punição do crime consumadoSintomática: revela a periculosidade do agente, devendo receber medida de segurançaObjetiva pura: a inidoneidade absoluta ou relativa gera crime impossívelObjetiva temperada: inidoneidade absoluta gera crime impossível e inidoneidade relativa configura tentativa (CP).
37
O dolo no sistema clássico era normativo ou avalorado?
Avalorado (muitas provas de concurso cobram que é normativo, inclusive cespe). Em que pese alguns manuais de direito penal falarem que o dolo seria normativo, tendo em vista que nele se encontraria a potencial consciência da ilicitude, isso não é verdade. Os principais autores do sistema clássico, Liszt e Belling, explicam em seus tratados que não existe potencial consciência da ilicitude no dolo do sistema clássico, sendo ele, portanto, avalorado.
38
Quais foram os principais autores do sistema clássico?
Rudolph Von JheringFranz Von LisztErnst Von BellingGustav Radbruch
39
Rudolph Von JheringFranz Von LisztErnst Von BellingGustav Radbruch
Quais foram os principais autores do sistema clássico?
40
No sistema clássico, qual era a relação entre tipicidade e ilicitude?
NENHUMA. No sistema clássico o tipo era acromático, neutro, de forma que era adotada a teoria da absoluta independência do tipo.
41
NENHUMA. No sistema clássico o tipo era acromático, neutro, de forma que era adotada a teoria da absoluta independência do tipo.
No sistema clássico, qual era a relação entre tipicidade e ilicitude?