FIBRILAÇÃO ATRIAL Flashcards

1
Q

Mecanismo:

A
  • Surge da estrutura atrial deformada e c/ fibrose
  • Múltiplos microcircuitos de reentrada
    1) Átrio deixa de contrair e passa a fibrilar
  • Frequência de fibrilação: 400 a 600 fibrilações/min
    1) Nó AV barra a maioria dos estímulos - determina a FC
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2
Q

Alterações do ECG - diagnóstico:

A
  • QRS: estreito
  • Ritmo: irregularmente irregular
  • Linha de base em padrão de serrilhado fino - s/ onda P
  • Serrilhado fino pode estar ausente
    1) Movimentos fibrilatórios do átrio
  • FA predispõe fibrose, cresce e dilata
    1) Se durar bastante pode parar de conduzir os estímulos fibrilatórios - NÃO VÊ MAIS SERRILHADO NA LINHA DE BASE
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3
Q

FA pode ter RR regular?

A
  • Sim! quando o foco de automatismo ventricular assume o controle da FC no caso de bloqueio do nó AV (BAVT)
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4
Q

História clínica:

A
  • 25% é assintomática
  • Primeiro sintoma: eventos embólicos
  • Sintomas gerais: tonturas, palpitações, mal estar
  • Sintomas de IC
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5
Q

Exame físico:

A
  • Taquicardia
  • Ritmo cardíaco irregular
  • Pulso irregular
  • FC > Freq. de pulso:
    1) Anisocardioesfigmia (dissociação pulso-precórdio)
    2) Ocorre pois alguns batimentos são vazios e outros cheios
  • Pulso venoso c/ ausência de onda “a”
  • Ausência de B4 (B4 deriva da cont. atrial, ausente na FA)
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6
Q

Causas reversíveis de FA:

A
  • Ingestão excessiva de álcool (holiday heart syndrome)
  • Hipertireoidismo
  • Drogas estimulantes - cocaína, crack, termogênicos
  • Cirurgias cardíacas e torácicas
  • Choque elétrico
  • Infarto do miocárdio
  • Miocardite e pericardite
  • Embolia pulmonar
  • Doenças metabólicas
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7
Q

Classificação da FA - temporal:

A
  • Paroxística:
    1) Reverte espontaneamente ou c/ ajuda médica em até 7d
  • Persistente:
    1) Mais de 7 dias c/ perspectivas de reversão
    2) Ainda há pretensão de reverter a arritmia
  • Persistente de longa duração:
    1) Dura > 1 anos e ainda c/ perspectiva de reversão
    2) Menor chance de reversão
  • Permanente:
    1) Dura > 7 dias e que NÃO é optado por reverter o ritmo
    2) A mais comum (40 a 50%)
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8
Q

Classificação: FA valvar x não valvar

A
  • Valvar: formam mais coágulos fora da aurícula esquerda (30-40%, ainda é a minoria)
    1) Estenose mitral moderada a grave
    2) Prótese valvar biológica
    3) Prótese valvar metálica
    4) Plastia valvar mitral
  • Não valvar: formam mais coágulos na aurícula esquerda (90%)
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9
Q

Escore CHA2DS2VASc - calcular anticoagulação:

A

CHA2DS2VASc: quem define a anticoagulação
- Escore 0: Não anticoagular
- Escore 1: individualizar a possibilidade de anticoagular
- Escore ≥ 2: Anticoagular ad eternum

É O CHA2DS2VASc QUE DECIDE ANTICOAGULAÇÃO!!
1) Calcular o escore, exceto nas situações abaixo!

Duas exceções - indicações diretas de ACO independente do escore
- FA valvar
- FA miocardiopatia hipertrófica:

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10
Q

Escore CHA2DS2VASc:

A
  • C: Insuficiência cardíca - 1 ponto
  • H: Hipertensão - 1 ponto
  • A2: Idade ≥ 75 anos - 2 pontos
  • D: Diabetes mellitus - 1 ponto
  • S: AVC ou AIT - 2 pontos
  • V2: Vasculopatias (IAM prévio, DAOP e placa na aorta) - 2 pts
  • A: Age - idade 65 a 75 anos - 1 ponto
  • Sc: sexo feminino - 1 ponto
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11
Q

Escore HASBLED - calcular risco de sangramento da FA:

A
  • NÃO CONTRAINDICA anticoagulação, porém é importante levar em consideração
    1) HASBLED ≥ 3 - maior risco de sangramento
  • Possui fatores modificáveis p/ reduzir o escore
  • O escore:
    1) H - Hipertensão arterial (PAS > 160 mmHg)
    2) A - Alteração hepática e renal (1 ponto de cada)
    3) S - Stroke (AVE)
    4) B - Bleeding - sangramento prévio ou predisposição ao sangramento
    5) L - Labilidade do RNI
    6) E - Elderly - Idade ≥ 65 anos
    7) D - Drogas que interfiram na varfarina ou uso de álcool (1 ponto cada)
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12
Q

Anticoagulantes orais (DOACS - ANTICOAGULANTES ORAIS DIRETOS):

A
  • Preferenciais à Varfarina:
    1) Posologia simples
    2) Não necessita de coagulograma p/ controle de dose
  • Mecanismos de ação:
    1) Inibidor direto da trombina (Dabigatrana)
    2) Inibidor direto do fator Xa (apiXAbana, rivaroXAbana e edoXAbana)
  • Suspensão da droga
    1) 24-48h passa o efeito (pior no caso de esquecimento)
  • Reversores pouco disponíveis
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13
Q

DOACs- contraindicações:

A
  • ClCr < 15
  • Estenose mitral grave a moderada
  • Próteses cardíacas metálicas
  • Trombofilias
  • Gestação
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14
Q

Anticoagulantes orais (Varfarina) - aspectos gerais:

A

Antagonista de vitamina K (cumarínicos) - ação dupla:
- Efeito anticoagulante:
1) Após 48h: inibe fat. de coag. dep. de vit. K (II, VII, IX, X)
- Efeito procogaulante:
1) Até 48-72h - Inibie fat. anticoagulantes (proteína C e S)

Utilizar nos primeiros 3 dias:
- Heparina parenteral p/ cobrir o efeito procoagulante
- Utilizar até estabilização do INR pela dose da varfarina

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15
Q

Varfarina - manejo da dose:

A
  • Faixa terapêutica do INR:
    1) Geral: 2 a 3
    2) Prótese metálica 2,5 a 3,5 se prótese valvar metálica
  • Alterando a dose:
    1) INR < 2: elevar a dose da varfarina
    2) INR > 3 diminuir a dose
  • Necessário:
    1) Verificação frequente do INR
  • Vantagens: barato, usado no DRC, prótese metálica, estenose mitral moderada a grave
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16
Q

Antídotos dos ACO:

A
  • Varfarina - vitamina K 10 mg EV
  • Dabigatrana - Idarucizumab
  • Rivaroxabana, apixabana e edoxabana - Andexanet

Para todos:
- PFC (mais disponível) OU
- Concentrado de complexo protrombínico (preferível)

17
Q

Reversão de ritmo:

A

Primeira pergunta: estável ou instável?
Instabilidade hemodinâmica
- 4 D’s: dispneia, dor torácica, diminuição da PA, diminuição do nível de consciência
- Se instabilidade: DEVE revertar - cardioversão elétrica
- Realizar sedação e aplicar o choque
1) Bifásico: 120 a 200J
2) Monofásico: 200J

Segunda pergunta, se estável, possibilidade de trombo?
- Descartar probabilidade de trombo:
1) FA c/ menos de 48h
2) Pcte em anticoagulação > 3 semanas
3) ECO TE - s/ trombos

  • Descartado prob. de trombo: PODE reverter!

APÓS CARDIOVERSÃO ANTICOAGULAR POR PELO MENOS 4 SEMANAS A DEPENDER DO CHADSVASC

18
Q

Não se deve fazer reversão de ritmo, se:

A
  • FA > 48h - tempo de formação de trombos
  • Pcte s/ anticoagulação > 3 semanas - dissolver coágulo
  • Impossibilidade de ECO TE ou c/ trombo
19
Q

Situações que pode fazer controle de ritmo FA:

A
  • Sintomas relacionados c/ arritmia (palpitações, mal-estar, fadiga) ou descompensação de IC relacionado ao surgimento de arritmia
  • Pacientes jovens ou em 1º episódio de FA ou se houver fator desencadeante reversível p/ arritmia ou AE normal/aumento discreto
  • Pcte com IC c/ etiologia presumível de taquicardiomiopatia secundária à FA
  • Pctes c/ difícil controle da FC
20
Q

Drogas utilizada p/ controle de ritmo:

A
  • Propafenona (apenas VO):
    1) Melhor opção
    2) não usar em CARDIOPATIAS ESTRUTURAIS (uso limitado)
    3) Pill in the pocket - paciente se tira da crise
  • Sotalol (betabloqueador)
    1) Poder alargar QT
    2) NÃO USAR EM CARDIOPATIAS ESTRUTURAIS - sobretudo na disfunção sistólica
  • Amiodarona EV (mais disponível):
    1) Não é eficaz em reverter o ritmo
    2) Útil p/ manter paciente em ritmo sinusal
    3) Usada em cardiopatias estruturais
    4) Alto perfil de intolerância - toxicidade
21
Q

Efeitos adversos da amiodarona:

A

“PPONHA TIREIOIDE”
- Pulmão: pneumonite intersticial ou fibrose pulmonar, pleurite e bronquiolite
- Pele: fotossensibilidade e coloração cinza-azulada
- Olho: microdepósitos corneanos e visão turva (neuropatia óptica)
- Neuro: tremor extrapiramidal, dist. do sono e pesadelos
- Hepáticos: aumento de TGO/TGP e hepatite medicamentosa
- Arritmias: BAV avançados, prolongar QT e torsades
- Tireoide: hiper ou hipotireoidismo

22
Q

Drogas utilizadas p/ controle da FC:

A

Betabloqueadores (EV ou VO):
- Mais utilizados
- Úteis sobretudo na ICFER e coronariopatias
- Limitação: pneumopatas, hipotensos e vasculopatias

BCC não diidropiridínicos: verapamil e diltiazem (EV ou VO)
- Tolerado por pneumopatas
- CI: disfunção sistólica do VE (efeito inotrópico negativo)

Digitálicos: digoxina e deslanosídeo (VO e EV)
- Útil na FEVE ≤ 45% - inotrópico + e cronotrópico -
- Início de ação lenta: demora p/ controle
- Drogas de alta toxicidade - atenção aos nefropatas

Amiodarona e sotalol em dose baixa pode controlar FC
- Reversão inadmitida do ritmo
- Alta toxicidade