SCA - IAM com supra de ST Flashcards

1
Q

Características gerais:

A
  • Corresponde a 30% dos casos
  • SUPRA de ST: indica coronária fechada (trombo vermelho) - diagnósitco de IAM sem MNM
  • Deriva de instabildiade da placa
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Critérios diagnósticos no ECG

A

• Elevação do segmento ST, medida no ponto J, ≥ 1 mm em pelo menos duas derivações contíguas
• V2 e V3, o critério depende do gênero e da idade:
1) Se mulher: ≥ 1,5 mm
2) Se homem ≥ 40 anos: ≥ 2,0mm
3) Se homem < 40 anos: ≥ 2,5mm
• V7, V8, V9 e V3R e V4R: ≥ 0,5 mm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Peculiaridades clínicas:

A

• Aprox. 50% tem um fator precipitante

1) Atividade física extenuante
2) Emoção intenção
3) Refeição volumosa

• Periodicidade circadiana - primeiras horas da manhã
1) principal teoria: picos hormonais pela manhã –> aumento da FC e PA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Clínica do IAMST

A

• Dor anginosa (> 20 min) - irradia entre mandíbula e umbigo
• Dor referida no trapézio - pensar: pericardite
• Manifestações autonômicas - náuseas, dispneia, diaforese (sudorese intensa)
• Equivalente anginosos: manifestações de isquemia miocárdica que não seja a dor anginosa - Idosos, mulheres, diabética
1) Dispneia
2) Fadiga/tonteira/sensação de desmaio
3) Sopro transitório de regurgitação mitral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Derivações acometidas a depender da parede

A

Localização do supra de ST:
* Anterior: V1-V6 - ADA
* Lateral alta: DI e aVL - Artéria Circunflexa
* Lateral baixa: V5 e V6 - ADA e ACD
* Inferior: DII, DIII e aVF - ACD
* Posterior: V7 e V8 - ACD (70%)
* VD: V3R e V4R - ACD

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Peculiaridades do infarto de parede inferior:

A

Devido a irrigação e dominância da ACD:
• Se junto tiver: imagem em espelho de V1-V3 –> suspeita de supra em parede posterior (dominância em 80% das pessoas)
• Sempre realizar V3R e V4R - irrigada pela ACD

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Exames a ser solicitado

A
  • ECG: deve ser repetido (50% é normal no sem supra) - achados mais evidentes durante a dor
  • Radiografia de tórax: descartar sinais de congestão, sinais de pneumotórax, alargamento do mediastino (dissecção de aorta)
  • MNM: utilizar a troponina US (repetir 1h a 2) ou troponina normal (repetir 3 a 6h) - determinar a curva - quanto maior e mais duradouro mais extenso o IAM
  • Função renal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Medidas gerais iniciais:

A
  • M - Monitorização não invasiva e contínua
  • O - O2 suplementar, se SatO2 < 90%
  • V - Acesso venoso: coleta de exame e infusão de medicações
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Conceito e diagnóstico de Reinfarto:

A
  • Conceito: novo IAM até 28 dia após IAM-índice

* Diagnóstico: Sintomas de infarto + MNM (novo aumento ≥ 20% da Troponina US em 3-6h)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Principais diagnóstico diferenciais

A

Não cardiovasculares:
• Dor musculoesquelética: síndrome de Tietze e distensão da musculatura peitoral e intercostal
• Dor esofágica: DRGE

Causas cardiovasculares:
• Dissecção aguda de aorta
• Pericardite
• TEP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Importância do EF:

A

• Descartar diagnósticos diferenciais
• Observar sinais de congestão e hipoperfusão
o Congestão: dispneia, ortopneia, estertores pulmonar e B3
o Hipoperfusão: hipotensão arterial, pulsos finos, palidez, sudorese fria, oligúria e confusão mental
• Determinar escala de prognóstico Killip

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Importância de realizar um ecocardiograma:

A

Avaliar:
• Déficit contrátil segmentar
• FEVE - reduzida –> inibidor da SRAA
• Complicações: aneurisma, trombo, pericardite, CIV, salvas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Tratamento de reperfusão:

A
  • Tempo de abertura: < 12h - tempo que normalmente o infarto da região é completado
  • Tipos de tratamento de reperfusão:
    o Angioplastia primária - preferencial
    o Trombolítico:
    1 - Hemodinâmica que pode realizar angioplastia coronária em até 2h –> transferência
    2 - Sem hemodinâmica que pode realizar angioplastia coronária em até 2h –> trombolisar
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Características do trombolítico:

A
  • Principais: alteplase, tenecteplase (melhor e mais fácil posologia), reteplase
  • Trombolisar (Alteplase): mais comumente utilizado
    o 15 mg em bolus EV
    o 0,75 mg/kg em 30 minutos – máximo: 50 mg
    o 0,5 mg/kg em 1 hora –máximo: 35 mg
    o > 65 kg – considerar as doses máximas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Contraindicações absolutas de trombolíticos:

A
  • AVCh prévio - independe do tempo
  • AVCi < 3 meses
  • Trauma importante < 3 meses
  • Tumor
  • MAV
  • Dissecção aguda de aorta
  • Sangramento ativo (exceto menstruação)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Tratamento antitrombótico (antiplaquetários):

A
  • ASS + tienopiridinas
  • Tienopiridinas: clopidogrel, prasugrel, ticagrelor
  • Prasugrel e Ticagrelor: MELHORES PARA ANGIOPLASTIA, PORÉM NÃO USAR SE FOR TROMBOLISAR
  • AAS
    o Ataque: 300mg macerados
    o Mantem: 100 mg/dia VO - ad eternum
  • Clopidogrel
    o Ataque: 300 mg para fibrinólise (600 mg se ICP - independe da idade)
    o Mantem: 75 mg/dia VO - por 1 ano
    o > 75 anos - não realizar ataque
17
Q

Tratamento antitrombótico (anticoagulantes):

A

Indicado em todos os casos, opções:
Heparina não fracionada (HFN):
Indicações: clearance < 15mL/min e obesos com peso > 150kg
Inicia: 60-70 U/kg (máximo 5000 U) EV
Segue: 12-15 U/kg/h
TTPA entre 1,5-2,5x

Enoxaparina (HBPM):
- 30 mg EV em bólus (< 75 anos)
- Dose habitual: 1 mg/kg SC 2x/dia
- > 75 anos: 0,75 mg/kg SC 2x/dia
- ClCr 15-29: 1 mg/kg SC 1x/dia
- ClCr < 15: não recomendada
- Até angioplastia, até 8 dias ou até alta - o que acontecer primeiro
- Nos indivíduos submetidos a ICP primária, não é necessária anticoagulação plena logo após

18
Q

Terapia antianginosa/anti-isquêmica:

A
  • Objetivo: reduzir consumo de O2 pelo miocárdio
  • Nitratos
    o Isossorbida: SL 5 mg - até 3x a cada 5 min
    o Nitroglicerina: 25 mg/5 mL 10 mL + SG 240 mL, correr EV BIC dose inicial de 5-10 mcg/min ou 1,5-3 mL/h
    o Titular para cima (5mcg) até: melhora da dor, redução da pressão (10% normotensos, 25% hipertensos) ou efeitos colaterais do fármaco (cefaleia)
    o Contraindicações: uso de sildenafil, suspeita ou confirmação de infarto de VD e hipotensão
  • Betabloqueadores (altera mortalidade)
    o Reduzir a FC cardíaca - alvo: 60 bpm
    o Metoprolol (seletivo): 25-100 mg VO 1x/dia
    o Propranolol: 10-80 mg VO 2-3x/dia
    o Bisoprolol: 2,5-10 mg 1x/dia
    o Contraindicações: hipotensão, FC < 60 bpm, intervalo PR > 240 ms, broncoespasmo, IC descompensada, DAOP crítica, broncoespamos.
  • Morfina
    o 2 a 4mg diluídos a cada 5min até - máximo: 25mg
    o Contraindicações: hipotensão e infarto de VD
19
Q

Indicação para anticoagulação a longo prazo

A

Tempo: 3-6 meses
1 - FA persistente ou paroxística - ad eternum
2 - Tromboembolismo (pulmonar ou sistêmico)
3 - Trombo de VE
4 - Acinesia extensa da parede anterior
5 - Disfunção sistólica GRAVE de VE, com ou sem clínica de IC

20
Q

Uso de inibidores do SRAA

A
  • Iniciar nas primeiras 24h com pcte ESTÁVEL
  • IECA melhor que BRA
  • CI: PAS < 100 mmHg, hipercalemia, disfunção renal grave, angioedema
  • Ação: reduz o remodelamento cardíaco e altera mortalidade
  • Enalapril 5-20 mg VO 2x/dia
  • Manter a longo prazo: HAS, FEVE reduzida
  • FEVE ≤ 40% + NYHA II e/ou DM - adicionar antagonista da aldosterona (espironolactona 25 mg)
21
Q

Tratamento de estatina de alta potência

A

Altera mortalidade
* ATORVASTATINA 80 mg/dia

22
Q

Ações na complicações: IC

A

IVE aguda:
• Diurético + nitrato (diminuir pré-carga)
• Vasodilatador (diminuir pós-carga)
• Suporte mecânico (BIA - balão intra-aórtico)
• Casos excepcionais: inotrópico

IVD aguda:
• Expansão volêmica (aumento da pré-carga)
• Turgência jugular, hepatomegalia congestiva, porém com pulmões limpos

23
Q

Estratificação pós-IAM

A

TE submáximo antes da alta (> 5 dias pós-IAM) e ou TE máximo após 4-6 semanas
• Avalia:
o Isquemia residual = coronariografia
o Instabilidade elétrica = estudo eletrofisiológico
o Reabilitação cardíaca

24
Q

Evolução do Supra de ST:

A
  • Fase hiperaguda (primeiros minutos): onda T apiculada que precede o supra de ST - onda R pode aumentar amplitude
  • Fase aguda (primeiras horas): Supra de ST c/ convexidade p/ cima - surgimento de ondas Q patológicas e redução progressiva da onda R
  • Fase subaguda (12-24h): supra de ST c/ convexidade p/ baixo - onda T invertidas e complexo QS
  • Fase crônica (após semanas): supra de ST desaparece - onda Q permanece, ondas T voltam ao normal ou permanece invertida
25
Q

Tempos do IAM:

A

TEMPO É MÚSCULO
- Porta eletro: 10 minutos
- Porta agulha: < 30 min
- Porta balão: < 90 min (se transf. < 120 min)

26
Q

ICP primária

A
  • Padrão-ouro
  • Idealmente: até 12h
  • ICP tardia (12-24): pode fazer se: isquemia persistente, inst. hemodinâmica e arritmias ventriculares graves
27
Q

ICP de resgate

A
  • Realizada após falha do uso do fibrinolítico
  • Feita até 180 min depois do fibrinolítico
  • Critérios de reperfusão após trombólise química
    1) Redução do supra de ST > 50% em 60 a 90 min
    2) Melhora da dor
    3) Arritmias de reperfusão (idioventricular acelerado - ausência de onda P, QRS largo e FC 60-120 bpm)
    4) Pico precoce dos marcadores miocárdicos
28
Q

ICP eletiva após fibrinólise:

A
  • Mesmo após SUCESSO de fibrinólise -> ICP
  • Tempo: 2 a 24h p/ realizar ICP
  • Objetivo: recanalização definitiva
29
Q

Indicações de rasvc. cirúrgica de urgência no IAMCSST:

A
  • Insucesso da intervenção coronariana percutânea c/ instabilidade hemodinâmica
  • Isquemia recorrente
  • Arrtimias ventriculares complexas (ex: taquicardia ventricular)
  • Choque cardiogênico
  • Complicações mecânicas do infarto (ruptura do VE, comunicação interventricular, ruptura do músculo papilar)
30
Q

Infarto de VD - aspectos gerais e clínica:

A
  • Comum após 40% do IAM de parede inferior/índero-dorsal
  • ACD é quase sempre a responsável
  • Tríade: hipotensão + turgência jugular + ausculta pulmonar limpa
  • Outros sinais: sinal de Kusmaull e pulso paradoxal
31
Q

Infarto de VD - ECG:

A
  • Supra V3R e V4R
  • Supra DIII > DII
  • BRD
  • BAV 2ª e 3º grau
32
Q

Infarto de VD - quando pensar:

A
  • Supra de ST de parede inferior
  • Supra de DIII > DII
  • Supra nas derivações direita: V3R e V4R
  • Presença de BAV de 2º e 3º grau
  • Presença de BRD
  • Tríade clássica: hipotensão, estase jugular e pulmões limpos
33
Q

Infarto de VD - Tratamento:

A
  • Otimizar pré carga:
    1) Reposição volêmica
    2) Evitar diuréticos e vasodilatadores venoso (nitroglicerina)
    3) Marca passo (BAV avançado)
  • Suporte inotrópico
    1) Dobutamina
  • Reperfusão coronariana: ICP primária