MED - Dor Abdominal Flashcards

1
Q

Em relação aos métodos diagnósticos de imagem no abdome agudo, qual o melhor exame?

A

TC de abdome!

- exceto na colelitíase, que seria a USG!

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2
Q

O que seria a porfiria?

A

Distúrbio na síntese da porfiria do grupo heme!

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3
Q

Quais os tipos de porfiria?

A

Porfiria cutânea tarda;

Porfiria intermitente aguda!

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4
Q

Qual a clínica da porfiria cutânea tarda?

A
  • bolhas, ulcerações: a partir da exposição solar, que cicatrizam e fazem atrofia cutânea;
  • hipertricose!
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5
Q

Quais os fatores desencadeantes da porfiria intermitente aguda?

A
  • álcool;
  • tabagismo;
  • drogas: lícitas {anticonvulsivantes}, ilícitas;
  • estresse.
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6
Q

Qual a clínica da porfiria intermitente aguda?

A
  • abdome agudo em surtos;
  • hiperatividade simpática: elevação da PA e da FC;
  • distúrbios psiquiátricos;
  • alterações neurológicas {neuropatia}.
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7
Q

Como é feito o diagnóstico da porfiria intermitente aguda?

A
  • dosagem de porfobilinogênio {PBG} urinário;
  • dosagem de ácido aminolevulínico {ALA} urinário;
  • {PBG} deaminase eritrocitária;
  • testes genéticos: história familiar de porfiria intermitente aguda!
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8
Q

Qual o tratamento da porfiria intermitente aguda?

A
  • afastar fatores desencadeantes;
  • hematina ou arginato de heme;
  • no PS: SG a 10%!
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9
Q

O que significa o pontilhado basofílico à hematoscopia? Quais condições se relacionam a esse achado?

A
  • grânulos de RNA dentro da hemácia, liberação de hemácias muito cedo na circulação sanguínea!
  • hemoglobinopatias {talassemia, falciforme};
  • anemias hemolíticas;
  • intoxicação por metais pesados;
  • síntese anormal do heme;
  • hepatopatias!
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10
Q

Quais os fatores de risco relacionados ao saturnismo?

A

Intoxicação pelo chumbo…

Exposição a:

  • baterias;
  • mineradoras;
  • indústria automobilística;
  • tintas;
  • projéteis;
  • destilados clandestinos;
  • {…}
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11
Q

Qual a clínica do saturnismo?

A
  • abdome agudo;
  • anemia;
  • redução do libido, disfunção erétil;
  • encefalopatia, amnésia, demência;
  • distúrbios psiquiátricos;
  • linha gengival de Burton!
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12
Q

Como é feito o diagnóstico de saturnismo?

A
  • clínica; +

- dosagem do chumbo sérico: ≥ 5 mcg/dL, ≥ 40 mcg/dL {sintomas graves}!

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13
Q

Como é feito o tratamento do saturnismo?

A
  • interromper a exposição ao chumbo!

- quelantes do chumbo: dimercaprol, DMSA, EDTA, vitamina C!

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14
Q

Qual o agente etiológico, a forma de transmissibilidade e o fator de risco para a febre tifoide?

A
  • Salmonella enterica {sorotipo Typhi}: bacilo Gram negativo, em humanos!
  • fecal-oral;
  • falta de saneamento e de higiene!
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15
Q

Qual a clínica da febre tifoide?

A

1a semana:

  • febre; +
  • dor abdominal; +/-
  • sinal de Faget: clássico, mas inespecífico; +/-
  • diarreia; +/-
  • constipação.

2a semana:

  • roséolas tíficas;
  • torpor!

3-4a semana:
- hepatoesplenomegalia!

Evolução:

  • resolução: espontânea ou após ATB;
  • complicações: hemorragia digestiva, perfuração intestinal {sinal de Jobert}!
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16
Q

Como é feito o diagnóstico da febre tifoide?

A

ATB:

  • ceftriaxona: 10-14 dias; ou
  • azitromicina: 5 dias;
  • cloranfenicol: 14-21 dias!

Portador crônico: 5% dos casos!

  • ciprofloxacino: 4 semanas; +/-
  • colecistectomia!

Complicações:
- dexametasona: 2-3 dias!

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17
Q

Como é feita a profilaxia da febre tifoide?

A
  • medidas de higiene;
  • vacina: viajantes para áreas endêmicas, baixa imunogenicidade!
  • doença de notificação imediata!
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18
Q

Que pistas sugerem o abdome agudo clínico?

A

Quadro neuropsiquiátrico: fraqueza, depressão, convulsões,…

  • intoxicação: exposição ocupacional;
  • metabólico: histórico familiar, fatores precipitantes.

Febre {previamente}: infecção!

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19
Q

Como é feito o diagnóstico de febre tifoide?

A

Culturas:

  • sangue;
  • fezes;
  • medula.
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20
Q

Qual a fisiopatologia da apendicite aguda?

A
  • obstrução luminal do apêndice por fecalito {maioria}, hiperplasia linfoide {crianças}, entre outras causas…
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21
Q

Qual a clínica da apendicite aguda?

A
  • dor abdominal;
  • hiporexia, anorexia;
  • vômitos;
  • febre;
  • irritação peritoneal {peritonite}!
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22
Q

Que sinais sugerem irritação peritoneal na apendicite aguda?

A
  • Blumberg: ponto de McBurney!
  • Rovsing: compressão da FIE!
  • Lapisnky: compressão da FID, elevação do MID esticado!
  • Dunphy: tosse!
  • ileopsoas: extensão e abdução do MID, apendicite aguda retrocecal!
  • obturador: flexão e rotação externa do MID, apendicite aguda pélvica!
  • Lenander: temperatura retal > axilar em 1oC!
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23
Q

Como é feito o diagnóstico da apendicite aguda?

A
Clínico {maioria};
Escore de Alvarado: 
01 ponto:
- náuseas, vômitos;
- anorexia;
- dor com migração para FID;
- DB em FID;
- febre {≥ 37,5oC};
- desvio para esquerda!

02 pontos:

  • dor à palpação em FID;
  • leucocitose!

Conduta:

  • ≥ 07 pontos: TTO cirúrgico!
  • < 07 pontos, sexo feminino, criança, idoso, tardia {≥ 48h}, complicação: exame de imagem!
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24
Q

Qual a principal indicação não obstétrica de cirurgia durante a gravidez?

A

Apendicite aguda!

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25
Q

Para quem indicar a USG na suspeita de apendicite aguda?

A
  • crianças, gestantes!
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26
Q

Que achados sugerem apendicite aguda na USG?

A
  • aumento do diâmetro {≥ 7 mm};
  • espessamento;
  • vascularização aumentada {USGD}!
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27
Q

Para quem indicar TC de abdome na suspeita de apendicite aguda?

A
  • sexo masculino, não gestantes!
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28
Q

Que achados sugerem apendicite aguda na TC de abdome?

A
  • aumento do diâmetro {≥ 7 mm};
  • espessamento;
  • borramento da gordura;
  • abscesso;
  • apendicolito!
29
Q

A disúria pode estar presente na apendicite aguda?

A

SIM!

30
Q

Quais as fases da apendicite aguda?

A
  • catarral: distensão, edema;
  • flegmonosa: inflamação;
  • gangrenosa: necrose;
  • perfurativo: peritonite!
31
Q

Quando indicar a apendicectomia na apendicite aguda?

A
  • apendicite aguda precoce {< 48h} e não complicada, associada à ATB profilático!
32
Q

Quando indicar drenagem na apendicite aguda?

A
  • apendicite complicada {abscesso}, associada à ATB terapêutico e colonoscopia após 4-6 semanas!
33
Q

Qual a principal complicação da apendicectomia?

A
  • infecção de sítio cirúrgico, especialmente nas cirurgias abertas!
34
Q

Que germes devem ser contemplados no esquema ATV profilático na apendicite aguda?

A

Gram negativos e anaeróbios:

  • amoxicilina + clavulanato;
  • ciprofloxacino + metronidazol;
  • ampicilina + sulbactam!
35
Q

Num quadro de baixo risco para apendicite aguda {Alvarado entre 0-3 pontos}, o que fazer?

A
  • considerar outro diagnóstico;
  • USG/TC de abdome inconclusivo;
  • se dor refratária, observação clínica por 8-12h;
  • se dor refratária ou progressiva, videolaparoscopia!
36
Q

No contexto de apendicite aguda, quando se pensa em perfuração, quais as possibilidade de tratamento?

A
  • ATB terapêutico isolado: para fleimão!

- drenagem: para abscesso!

37
Q

Quais os tumores de apêndice mais comuns? Como é feito o tratamento destes?

A
  • tumores carcinoides {maioria}: apenas apendicectomia, exceto se invasão de mesoapêndice, na base do apêndice ou > 2 cm;
  • adenocarcinoma: tratar como tumor de ceco, independente do tamanho, através de colectomia direita!
38
Q

O que seria a diverticulose?

A
  • herniação das camadas mucosa e submucosa dos cólon: pseudodivertículo!
39
Q

Quais os fatores de risco para a diverticulose?

A
  • dieta ocidental: pobre em fibras;
  • constipação;
  • sedentarismo;
  • obesidade;
  • idade avançada {> 50 anos};
  • uso de AINEs e AAS;
  • sínd. do intestino irritável!
40
Q

Quais as complicações relacionadas à diverticulose?

A
  • diverticulite aguda;
  • hemorragia;
  • obstrução!
41
Q

Qual a fisiopatologia da diverticulite aguda?

A
  • obstrução luminal do divertículo por fecalito {maioria}!
42
Q

Como é feito o diagnóstico da diverticulite aguda?

A
  • TC de abdome com contraste {IV}!

- não solicitar colonoscopia ou clister para Dx de diverticulite aguda!

43
Q

Como é feito o tratamento da diverticulite aguda não complicada?

A
  • ambulatorial: dieta líquida e sem resíduos, ATV VO {ciprofloxacino + metronidazol, cefalosporina de 3a geração + metronidazol}, colonoscopia {após 4-6 semanas}!
  • hospitalar: dieta zero, hidratação venosa, ATB IV, colonoscopia {após 4-6 semanas}!
44
Q

Como é feito o diagnóstico da diverticulite aguda complicada?

A

Abscesso grande {≥ 4-6 cm}, peritonite!

Cirurgia eletiva: sigmoidectomia com anastomose primária!

  • complicação prévia {abscesso, peritonite};
  • imunossupressão;
  • impossibilidade de exclusão de CCR;
  • fístula colovesical {maioria}: fecalúria, pneumatúria, ITU de repetição!
45
Q

Descreva a classificação de Hinchey e de Kaiser para diverticulite aguda.

A

0: leve {não complicada}, espessamento = ATB!

IA: fleimão {pré-abscesso}, densificação de gordura = ATB!

IB: abscesso pericólico = drenagem {≥ 4 cm}!

II: abscesso pélvico = drenagem {≥ 4 cm}!

III: peritonite purulenta, gás e coleções, espessamento peritoneal = lavagem laparoscópica ou sigmoidectomia com reconstrução à Hartmann!

IV: peritonite fecal, gás e coleções, espessamento peritoneal = sigmoidectomia com reconstrução à Hartmann!

46
Q

Qual a fisiopatologia da pancreatite aguda?

A
  • autodigestão enzimática do pâncreas, que culmina em inflamação!
47
Q

Quais as etiologias da pancreatite aguda?

A
  • litíase biliar {maioria};
  • álcool;
  • drogas;
  • hipertrigliceridemia;
  • {…}
48
Q

Qual a clínica da pancreatite aguda?

A
  • dor abdominal: epigástrica, em barra, que irradia para dorso;
  • náuseas, vômitos;
  • sinal de Cullen;
  • sinal de Grey-Turner;
  • sinal de Fox: base do pênis!
49
Q

Como é feito o diagnóstico da pancreatite aguda?

A
  • clínica; +
  • amilase, lipase ≥3x LSN; +/-
  • TC de abdome: idealmente, após 3-5 dias!
50
Q

Que enzima pancreática apresenta maior especificidade para o diagnóstico de pancreatite aguda?

A

Lipase, com tendência à manutenção de elevação por mais tempo em relação à amilase!

51
Q

Os níveis de amilase e lipase se relacionam diretamente com o prognóstico da pancreatite aguda?

A

NÃO!

52
Q

Quais as classes do critério de Atlanta Revisado?

A
  • leve: sem falência orgânica;
  • moderadamente grave: falência orgânica transitória {< 48h};
  • grave: falência orgânica persistente {≥ 48h}!
53
Q

Quais os critérios de Ranson de admissão na suspeita de pancreatite aguda?

A

Admissão: LEGAL!

  • Leucocitose > 16-18.000/mm3;
  • Enzima hepática {TGO/AST} > 250 UI/L;
  • Glicose > 200-220 mg/dL;
  • Age > 55-70 anos;
  • LDH > 350-400 UI/L!
54
Q

Quais os critérios de Ranson após 48h na suspeita de pancreatite aguda?

A
  • Fluidos perdidos > 4-6 L;
  • Excess base -4 a -5;
  • Cálcio < 8 mg/dL {acidose metabólica};
  • Ht reduzido > 10 % {pós-hidratação};
  • Oxigênio {PaO2} < 60 mmHg {não-biliar};
  • Ureia > 10 mg/dL!
55
Q

O que sugere proteína C reativa ≥ 150 mg/dL por mais de 48h na pancreatite aguda?

A

Pior prognóstico!

56
Q

Como é feito o tratamento da pancreatite aguda?

A
  • internação hospitalar;
  • nutrição: dieta zero, suporte nutricional;
  • hidratação, correção de DHE e DAB;
  • analgesia {opioide}: tramadol {leve}, morfina {grave}, meperidina {grave};
  • anti-emético;
  • CPRE;
  • USG endoscópica.
57
Q

Quando considerar a realização de USG endoscópica na pancreatite aguda?

A
  • na suspeita de microlitíase biliar, não observada na USG!
58
Q

É necessário fazer ATB de rotina na pancreatite aguda?

A

NÃO!

59
Q

Quais as complicações agudas {< 4 semanas} da pancreatite aguda?

A

Fluido {exsudato}:

  • coleção fluida {peripancreática};
  • coleção fluida infectada {peripancreática}!

Sólido misto:

  • necrose;
  • necrose infectada!
60
Q

Quais as complicações crônicas {≥ 4-6 semanas} da pancreatite aguda?

A

Fluido {exsudato}:

  • pseudocisto;
  • pseudocisto infectado {abscesso}!

Sólido misto:

  • walled-off necrosis {WON};
  • walled-off necrosis infectado!
61
Q

Qual a conduta na coleção fluida infectada, complicação da pancreatite aguda?

A
  • punção guiada; +

- ATB {imipenem}!

62
Q

Qual a conduta na necrose infectada, complicação da pancreatite aguda?

A
  • punção guiada; +
  • ATB {imipenem}; +/-
  • necrosectomia: postergada {2 meses}, por videolaparoscopia ou de forma conservadora!
63
Q

No pseudocisto pancreático sintomático, o que deve ser feito?

A

Especialmente, a partir de 6 cm de diâmetro…

  • abordagem endoscópica: drenagem transgástrica;
  • cirurgia!
64
Q

Qual as principais etiologias da pancreatite crônica?

A
  • álcool {80%};

- fibrose cística!

65
Q

Qual a clínica da pancreatite crônica?

A
  • dor abdominal: que piora após alimentação ou por compressão neural;
  • esteatorreia;
  • DM!
66
Q

Como é feito o diagnóstico da pancreatite crônica?

A
  • clínica; +
  • imagem {TC}: calcificações; +
  • teste da secretina; +
  • glicemia!
67
Q

Qual o diagnóstico diferencial da pancreatite crônica?

A
  • câncer de pâncreas!

- na dúvida diagnóstica, se lesão ressecável, ressecar; se lesão irressecável, biopsiar!

68
Q

Qual é o tratamento da pancreatite crônica?

A
  • abstinência alcoólica;
  • cessação do tabagismo;
  • correção da dislipidemia;
  • esteatorreia: fracionamento das refeições + IBP + enzimas pancreáticas!
  • DM: hipoglicemiante oral +/- insulina!
  • dor: analgesia escalonada, esfincterotomia ou papilotomia {CPRE}, cirurgia de Puestow modificada, pancreatectomia segmentar!
69
Q

Em que consiste a técnica da cirurgia de Puestow modificada?

A
  • drenagem do ducto pancreático principal diretamente para alça de intestino ‘suturada’!