Queimaduras Flashcards

(81 cards)

1
Q

Características da queimadura de primeiro grau

A

Acomete a epiderme
Características
Dor
Eritema

Melhora em 48-72 horas
Regeneração em 7 dias

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2
Q

Tratamento de queimadura de primeiro grau

A

Analgesia
Hidratação

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3
Q

Características da queimadura de segundo grau

A

Acomete a epiderme e derme
- Superficial – derme papilar > rosado
- Profunda – derme reticular > rosa pálido

Dor
Eritema
Bolhas

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4
Q

Tratamento de queimadura de segundo grau

A

Analgesia
Hidratação
Curativo
Antimicrobiano tópico – não há consenso em
estourar ou não as flictenas
Desbridamento cirúrgico

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5
Q

Características da queimadura de terceiro grau

A

Acomete toda epiderme e derme, pode acometer tecidos subcutâneos, músculos e ossos

Indolor
Branco nacarado/carbonizado
Firme coriáceo
Deixa cicatriz

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6
Q

Tratamento de queimadura de terceiro grau

A

Cirúrgico

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7
Q

O que são zonas de Jackson?

A

A – Coagulação
Destruição celular total

B – Estase
Células viáveis, com risco de evoluir para morte celular

C – Hiperemia
Vasodilatação compensatória
Todas as células viáveis

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8
Q

Indicação de intubação na lesão de via aérea superior

A

Moderados a graves:

• Franca insuficiência respiratória
• Piora progressiva do padrão respiratório
• Queimaduras extensas e profundas em face
• Rebaixamento do nível de consciência
• Queimaduras >40-50% SCQ
• Edema facial significativo (ex: incapacidade de deglutir)

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9
Q

Conduta na lesão de via aérea superior leve

A

O2 inalatório 100% em mascara

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10
Q

Sinais de lesão de via aérea superior

A

Tosse, rouquidão, estridor, odinofagia,
queimadura intraoral, escarro carbonáceo

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11
Q

Sinais de lesão de via aérea inferior

A

Eritema, edema, apagamento dos anéis traqueais, descamação da mucosa, exsudato fibrinoso, partículas carbonáceas, pneumonia

Broncoscopia

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12
Q

Tratamento de lesão de via aérea inferior

A

FiO2 100%, suporte

Sem consenso na literatura

Corticoterapia sistêmica/tópica endotraqueal
Irrigação brônquica +/- heparina
N-acetilcisteína aerossolizada

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13
Q

Sintomas de acordo com os níveis de carboxihemoglobina

A

0-10% - mínimos
10-20% - náuseas, cefaleia
20-30% - sonolência, letargia
30-40% - confusão, agitação
40-50% - coma, depressão respiratória
> 50% - morte

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14
Q

Diagnóstico de intoxicação por CO

A

Medida sanguínea de carboxihemoglobina > 10%

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15
Q

Tratamento de intoxicação por CO

A

O2 100%

Câmara hiperbárica (eletivo, casos leves)

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16
Q

Diagnóstico de intoxicação por cianeto (HCN)

A

Alta suspeição
Acidose metabólica
Hiperlactatemia persistente

Medição sanguínea de HCN

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17
Q

Tratamento de intoxicação por cianeto (HCN)

A

O2 a 100% + hidroxicobalamina (vit. B12)

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18
Q

Quais as fases da SIRS no grande queimado?

A

1 - Fase hipodinâmica – primeiras 24-72Horas
2 – Fase hiperdinâmica (após 24-72h)

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19
Q

Eventos da fase hipodinâmica da SIRS no grande queimado

A

• Tempestade inflamatória
• Permeabilidade vascular
• Depressão cardíaca - diminuição do débito
• Resistência vascular pulmonar
• Resistência vascular sistêmica
• Vasoconstricção esplâncnica
• Todos os fatores acima somados podem levar a edema intersticial, choque e hipovolemia.

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20
Q

Eventos da fase hiperdinâmica da SIRS no grande queimado

A

• Aumento da FC do DC e da perfusão periférica
• Diminuição da resistência vascular sistêmica
• Hipermetabolismo
• Hipercoagulabilidade
• Pode evoluir a óbito devido a infecções

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21
Q

Conceito de grande queimado

A

Sem definição na literatura

20-30% SCQ em adultos
15% SCQ em crianças

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22
Q

Quando fazer reposição volêmica na queimadura

A

> 20-30% SCQ em adultos

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23
Q

Como é feita a reposição volêmica na queimadura no adulto

A

Formula de Parkland: 4mL x Peso x % SCQ (elétrica)
ATLS: Formula de Brooke modificada: 2mL x Peso x % SCQ (chama e escaldadura)

Cristaloide aquecido (Ringer lactato) ou SF 0,9%
o Metade nas primeiras 8h do trauma
o Outra metade nas 16horas subsequentes

** Estimativa

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24
Q

Como é feita a reposição volêmica na queimadura na criança

A

3mL RL x Peso x SCQ (ATLS)
<30kg: acrescentar glicose

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25
Como ajustar a reposição volêmica na queimadura?
Melhor resposta é a diurese: 0,5 mL/Kg/h – adulto 1mL/kg/hora – criança
26
Indicações de albumina no queimado
Reanimação adequada nas primeiras 24h, sem resposta Aumenta a mortalidade se usada precoce
27
Cálculo de SCQ
Apenas 2° e 3° grau - Adulto: Regra dos 9 (Wallace) / Diagrama de Lund e Browder - Criança: cabeça 9%
28
Método de escolha pra cálculo de SCQ
Diagrama de Lund e Browder
29
Esquema vacina anti-tetânica no queimado
Brasil: 3 doses <1 ano Reforço com 15 meses e 4 anos de idade – a partir daí a cada 10 anos Queimado: Dose de reforço se dose de reforço há mais de 5 anos
30
Vantagens da sulfadiazina de prata
Indolor Amplo espectro Penetração intermediária
31
Desvantagens da sulfadiazina de prata
Leucopenia transitória Lesão de córnea Retarda cicatrização Despigmentação transitória
32
Vantagens da acetato de mafenide
Amplo espectro Alta penetração
33
Desvantagens da acetato de mafenide
Doloroso Acidose metabólica (inibe anidrose carbônica) Hipocalemia
34
Vantagens do nitrato de cério
Imunomodulador (neutraliza LPC) Aplicação precoce – 24-48h Junto com sulfadiazina de prata Primeiras 24h
35
Tratamento da queimadura de primeiro grau
1° grau e 2° grau superficial: clínico 2° grau profundo e 3° grau: cirúrgico
36
Técnica cirúrgica para tratamento de queimadura
Excisão simples – queimaduras profundas e pequenas Excisão fascial: tira independente da vitalidade - Vantagens: Menos sangramento, Melhor controle de infecções invasivas e graves - Desvantagens: Linfedema, Maior deformidade corporal Excisão tangencial seguida de enxertia de pele parcial - Padrão-Ouro - Maior preservação tecidual - Maior sangramento (100mL/1% SCQ desbridada) - máximo 20% SCQ/cirurgia - Precoce – até 5° dia >> “A queimadura aprofunda” - Lâmina ou Malha (1:1.5 / 3:1)
37
Novas tecnologias de enxerto em queimados
Banco de pele (aloenxerto) Matriz dérmica acelular Cultura de queratinócitos Membrana amniótica Xenoenxerto (pele porcina, tilápia)
38
Classificação de queimadura elétrica
Alta voltagem > 1000V • Lesões graves Baixa voltagem < 1000V • Lesões limitadas Tipo de corrente: direta x alternada (contrações tetânicas)
39
Qual a resistência dos tecidos à corrente elétrica?
Osso > Pele > Musculo > vasos > Nervos
40
O que é lei de Joule?
Lei de Joule: maior resistência = maior dissipação de calor Alta resistência: queima de dentro pra fora
41
Quando fazer ECG para queimadura elétrica?
Todos
42
Quando fazer monitorização contínua para queimadura elétrica?
Perda de consciência Alterações no ECG Arritmias ou RCP
43
Quais os fatores de risco para síndrome compartimental
• Alta voltagem > 1000V • Queimaduras circunferenciais profundas • Lesões por esmagamento • Fraturas associadas • Extremidades
44
Classificação de hipotermia
Leve (32-35) Moderada (28 - 32) Grave (<28)
45
O que é Crestadura ou Frostnip?
Forma mais leve de lesão pelo frio Dor, palidez e diminuição da sensibilidade da parte acometida Reversível com aquecimento e não resulta em perdas teciduais.
46
Como é a lesão por congelamento?
Cristais de gelo dentro das células + por oclusão microvascular, >> morte tecidual Lesão anestesiada, endurecida, fria e pálida
47
Como é a lesão não congelante?
Conhecido como pé (ou mão) de trincheira Exposição a ambientes úmidos e a temperatura pouco acima do ponto de congelamento da água Alternância de vasoespasmo e de vasodilatação arterial Tecidos frios e anestesiados no início > hiperemia em 24 a 48 horas.
48
Cuidados imediatos com queimaduras por frio
Toupas úmidas e apertadas Cobertores aquecidos Líquidos quentes por via oral se puder + EV se rebaixamento Colocação da parte do corpo acometida em água circulante a 40 graus, até que ocorra o retorno da perfusão e coloração do membro Evitar abrir as vesículas (diminui infecção)
49
Sintomas de síndrome compartimental
• Dor (Pain) • Parestesia • Poiquilotermia • Palidez • Perda do pulso: TARDIA
50
Diagnóstico de síndrome compartimental
• Membro firme, Edemaciado, Tenso, Duro à palpação • Dosagem de CPK • Pressão compartimental > 30mmHg
51
Ultimo achada de exame fisico na síndrome compartimental
Perda de pulso
52
Quais os compartimentos dos MMSS e MMII?
MMSS: Flexores, extensores, lateral MMII; Anterior, Lateral, Posterior superficial, Posterior profundo
53
Tratamento de síndrome compartimental
Fasciotomia; - CC - Cobertura temporária - Revisão cirúrgica em 24-72h
54
Diagnóstico de rabdomiólise
• Aumento de CPK • Hipercalemia • Hipocalcemia • Mioglobinúria
55
Tratamento da rabdomiólise
Hidratação venosa p/ diurese? o 1 -1,5 mL/Kg/h - 100 mL/h em adultos o 2 mL/Kg/h em crianças < 30kg Alcalinização urinária? Manitol?
56
Clínica de queimadura por raio
Lesões cutâneas mínimas a queimaduras profundas Queimaduras de espessura total nas pontas dos dedos dos pes Lesão de Lichtenberg: patognomônica
57
Qual a lesão patognomônica de queimadura por raio?
Lesão de Lichtenberg
58
O que é lesão de Jellinek?
Entrada da corrente elétrica
59
Complicação crônica de trauma elétrico
Oftálmicas (5-20%) – catarata Neuropsiquiátricas
60
O que é queimadura por flash burn/arco voltaico?
Lesão por dissipação, corrente não circula no corpo Trata igual por chama, na dúvida, tratar como elétrica
61
Quais os mecanismos possíveis de queimadura química?
Corrosivo – desnaturação de proteínas Envenenamento protoplásmico: quelação/ inibição de eletrólitos Vesicante: isquemia e necrose Dessecante: desidratação e liberação de calor
62
Clínica e tratamento de queimadura por fenol/ ácido carbólico
Peelings o Manifestações: § Dermatite § Arritmias § Lesão renal aguda § Edema pulmonar o Tratamento § Polietilenoglicol (PEG) § Bic. Sódio
63
Clínica e tratamento de queimadura por Ácido clorídrico (muriático) e Ácido sulfúrico
Clínica: Úlceras brancas/acinzentadas Lesão inalatória e de mucosas; dor abdominal Tratamento: Irrigação e desbridamento
64
Clínica e tratamento de queimadura por Ácido fluorídrico
o Corrosivo e envenenamento protoplasmático o Manifestações: § Dor § Arritmias § Insuficiência respiratória § Tetania o Tratamento § Gluconato de cálcio § Correção DHE § Bic. Sódio § Hemodiálise
65
Laboratório da queimadura por Ácido fluorídrico
Hipo-CA Hipo-Mg Hiper-K Acidose metabólica
66
Clínica e tratamento de queimadura por Ácido fosfórico
o Produtos de limpeza, fertilizantes, aditivos, pesticidas, fogos de artificio e armas militares (Ucrânia x Russia) o Manifestações § Ulceras dolorosas e amareladas § Lesões oculares e respiratórias § Odor de alho o Tratamento § Irrigação § Retirada mecânica das partículas § Sulfato de cobre %
67
Clínica e tratamento de queimadura por Álcalis
Necrose por liquefação, mais profundas e dolorosas (cal, cimento e etc) Irrigação
68
Clínica e tratamento de queimadura por Piche
Queimaduras apos resfriamento – liquenificação Tratamento: Remoção com substâncias oleosas.
69
O que é contratura?
Contração patológica que leva a perda de função
70
Objetivo da zetaplastia na contratura
Alongar uma cicatriz Quebrar uma linha reta Ambiente fechado Mover tecidos de uma área a outra Obliterar ou criar uma fenda
71
O que é úlcera de Marjolin?
CEC invasivo indiferenciado agressivo em cicatriz de queimadura
72
Latência média de úlcera de Marjolin
30 anos
73
Prognóstico da úlcera de Marjolin
Metástase linfonodal em 30% Sobrevida em 5 anos <10%
74
Tratamento da úlcera de Marjolin
• Excisão cirúrgica com margens amplas • Linfonodo sentinela • Esvaziamento linfonodal • Amputação
75
Indicações de internação de queimado
1. Queimadura de 3º grau > 5% se superfície corporal queimada (SCQ); 2. Queimaduras de 2º grau >15% SCQ; 3. Queimaduras de face, extremidades, pescoço e períneo; 4. Queimadura circunferencial de extremidades ou do tórax; 5. Queimaduras elétricas; 6. Inalação de fumaça ou lesões de vias aéreas.
76
Indicações de transferência para centro de queimados
1. Queimaduras de espessura parcial com mais de 10% da área total da superfície corporal; 2. Queimaduras que envolvem a face, mãos, pés, genitália, períneo ou grandes articulações; 3. Queimaduras de terceiro grau em qualquer faixa etária; 4. Queimaduras elétricas, incluindo ferimentos causados por raios; 5. Queimaduras químicas; 6. Lesão por inalação; 7. Lesão por queimadura em pacientes com distúrbios médicos preexistentes que podem complicar o manejo, prolongar recuperação ou afetar a mortalidade; 8. Pacientes com queimaduras e traumas associados em que a represente maior risco de morbidade ou mortalidade; 9. Crianças queimadas caso o hospital não possua equipe ou equipamentos adequadas para a faixa etária; 10. Queimadura em pacientes que necessitarão de intervenção social, emocional ou de reabilitação especial.
77
Lesões primárias na explosão
Mecanismo: impacto da onda de choque supersônica no corpo - Barotrauma pulmonar (explosão pulmonar) - Ruptura da membrana timpânica e danos na orelha média - Hemorragia abdominal e perfuração intestinal - Ruptura do globo ocular - TCE
78
Lesões secundárias na explosão
Mecanismo: Impacto de detritos da explosão no corpo - Lesões penetrantes ou fechadas - Penetração nos olhos (evidente ou oculta)
79
Lesões terciárias na explosão
Mecanismo: Impacto do corpo lançado pela explosão em superfícies ambientais ou fragmentos - Fraturas e amputações traumáticas - Lesão cerebral fechada e aberta
80
Lesões quaternárias na explosão
Mecanismo: Processos independentes de lesão por explosão primária, secundária ou terciária - Queimaduras - Lesões por esmagamento traumático com rabdomiólise e síndrome compartimental - Lesão no trato respiratório de tóxicos inalados - Asma, angina ou infarto do miocárdio deflagrados pelo evento
81
Lesões quinquenárias na explosão
Mecanismo: Presume-se que resultem de materiais tóxicos absorvidos pelo corpo a partir da explosão. Atingem o sistema imunitário e, talvez, o sistema nervoso autônomo > estado hiperinflamatório imediato - Febre - Diaforese - Baixa pressão venosa central - Edema tecidual