Transtornos Somaticos Flashcards

(5 cards)

1
Q

Geral

A

Bora, Caio! Esse slide tá recheado de informação importante sobre Transtorno de Sintomas Somáticos (TSS), e vou explicar cada linha, palavra e sigla com base no DSM-5-TR, Kaplan & Sadock’s e outras fontes psi top. Vamos nessa:

TRANSTORNOS SOMÁTICOS

Grupo de transtornos caracterizados por sintomas físicos que causam sofrimento significativo, sem explicação médica suficiente, e com foco excessivo no sintoma.

T. SINTOMAS SOMÁTICOS (TSS) – DSM-5-TR

Critério A: “1 ou + sintomas somáticos → perturbação da vida diária”
• Pode ser dor, fadiga, desconforto gastrointestinal, sensação de falta de ar etc.
• O ponto não é a ausência de doença, mas sim o impacto funcional causado pelos sintomas.
• A vida do paciente gira em torno dos sintomas, atrapalhando trabalho, vida social, relacionamentos.

Critério B:

“Pensamentos/Sentimentos/Comportamentos associados aos sintomas ou à preocupação com a saúde (1 ou +)”

Ou seja, o paciente:
• Pensa demais no sintoma (pensamento desproporcional)
• Fica extremamente ansioso com a possibilidade de doença grave (ansiedade alta)
• Dedica muito tempo e energia à saúde (consultas, exames, buscas na internet, observação corporal obsessiva)

Obs: Esse critério diferencia o TSS de pessoas com sintomas físicos que aceitam o sintoma como parte da vida.

Critério C: “Sentimentos presentes por mais de 6 meses”
• A duração crônica é parte do diagnóstico.
• Mesmo que os sintomas mudem, o foco ansioso no corpo permanece.

Especificações importantes do DSM-5:

“ESPECIFICAR: Com dor predominante? Persistente? (+6 meses)”
• Dor predominante: o principal sintoma relatado é dor, sem base orgânica clara.
• Persistente: duração >6 meses, mesmo com oscilações de intensidade.

“GRAVIDADE:”
• Leve: 1 item do critério B
• Moderada: 2 ou mais itens do B
• Grave: 2+ do B e múltiplas queixas ou sintomas graves
(A gravidade não se refere à gravidade do sintoma físico, mas sim da resposta emocional/cognitiva a ele.)

“NÃO é diagnosticado só por ausência de explicação médica”
• Ponto ESSENCIAL do DSM-5-TR!
• Não é mais como no DSM-IV, que exigia “inexplicabilidade médica”. O foco agora é na forma como o sintoma é vivenciado e no sofrimento psíquico associado, mesmo que haja uma condição médica real coexistente.

“Podem ou não estar associado a condição médica”
• Exemplo: uma paciente com fibromialgia pode desenvolver TSS se tiver hipervigilância, distorções cognitivas, sofrimento emocional intenso em relação aos sintomas.

Quadro clínico típico:
• Consulta vários médicos, insatisfeito com todos.
• Intervenções médicas não melhoram ou agravam os sintomas.
• Efeitos adversos mais intensos que o esperado.
• Acha que os médicos “não entendem” ou “escondem” algo.
• Hipervigilância corporal: interpreta qualquer sensação como sinal de doença grave.
• Afetividade negativa/desmoralização: desânimo, sensação de injustiça, descrença em melhora, baixa autoestima.

DX DIFERENCIAL (Não excluem TSS):
• Aqui estão condições que podem coexistir com TSS ou imitar o quadro:
• TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada)
• Transtorno do pânico
• Depressão maior
• Transtornos de ansiedade por doenças
• Conversivo (ex: paralisias, cegueiras sem causa neurológica)
• Transtorno factício (o paciente finge sintomas conscientemente, mas sem ganho externo claro, busca papel de doente)
• Simulação (Malingering): quando há ganho secundário consciente (dinheiro, afastamento, etc.)
• TOC, transtorno dismórfico corporal, delirantes somáticos

TRATAMENTO (TSS e RELACIONADOS):
• Psicoterapia é o pilar do tratamento.
• Principalmente TCC (terapia cognitivo-comportamental).
• Foca em reestruturação cognitiva, técnicas de enfrentamento, e diminuição da hipervigilância.
• Farmacológico (só em sintomas associados ou comorbidades):
• Benzodiazepínicos (BZDs) → curtos períodos em crises ansiosas intensas (com cautela!)
• ISRS (fluoxetina, sertralina, escitalopram) → se houver ansiedade generalizada, depressão, obsessividade
• Educação do paciente: explicar que o sintoma é real, mesmo que não tenha base orgânica clara, e que o sofrimento pode melhorar com tratamento psicológico.
• Intervenção familiar: essencial para evitar reforço do comportamento somático, que às vezes é inconsciente (ganho secundário).
• Tratar comorbidades psiquiátricas.

Resumo esperto pra prova:
• Sintoma físico + sofrimento psicológico + disfunção = TSS
• Não precisa ser “sem explicação médica”
• O problema está na resposta desadaptativa ao sintoma
• Tratar com psicoterapia + ISRS se necessário

Se quiser, já posso seguir para o próximo transtorno somático (como transtorno de ansiedade de doença, transtorno conversivo, factício etc.) ou o próximo slide. Toca ficha, tamo contigo!

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Q

Transtorno de ansiedade de doença

A

Bora, Caio! Agora é a vez do Transtorno de Ansiedade de Doença, que veio substituir o antigo “hipocondríaco” no DSM-5-TR. Vou explicar cada critério do slide e reforçar os pontos que caem em prova, tudo com base nos manuais tops (DSM, Kaplan e afins).

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA (TAD)

(DSM-5-TR)
É um transtorno caracterizado por preocupação intensa e persistente de estar gravemente doente, mesmo com ausência ou mínima presença de sintomas físicos.

Critério A: “Preocupação em contrair doença grave”
• O foco aqui é a ideia fixa de que a pessoa já tem ou vai desenvolver uma doença grave, como câncer, infarto, HIV etc.
• A pessoa interpreta sensações corporais banais (ex: palpitações, dor de cabeça, gases) como sinais de doença fatal.
• Não é simulação, nem busca de atenção consciente — a preocupação é genuína e intensa, mas irracional.

Critério B: “Sintomas somáticos ausentes/leves. Se há doença, a preocupação é desproporcional”
• Diferença essencial em relação ao Transtorno de Sintomas Somáticos (TSS):
• No TSS, os sintomas físicos estão de fato presentes e atrapalham.
• Aqui, os sintomas são mínimos ou ausentes, mas o medo é extremo.
• Mesmo que exista uma condição médica leve (ex: dor lombar leve), a preocupação é totalmente exagerada, desproporcional à gravidade clínica real.

Critério C: “Muita ansiedade em relação à saúde”
• A pessoa está constantemente ansiosa:
• Checa o corpo o tempo todo
• Fica buscando sintomas online (“cybercondria”)
• Evita hospitais (por medo) ou os frequenta compulsivamente
• Não se convence mesmo após exames normais
• A saúde se torna o foco principal da vida da pessoa.

Outros critérios do DSM-5 (complementares aos do slide):
• Preocupação persiste por ≥6 meses, mesmo que o medo mude de doença ao longo do tempo.
• O comportamento pode ser:
• Excessivamente evitativo (evita notícias, hospitais, exames)
• Excessivamente vigilante (procura médicos, refaz exames)

Diagnóstico diferencial (importante pra prova):
• Transtorno de pânico: o medo é de morrer por algo imediato (infarto, desmaio).
• TAG: a preocupação é mais variada e difusa (família, dinheiro, saúde).
• TOC: pensamentos de contaminação podem se parecer, mas há compulsões associadas.
• Delírio somático: crença é imutável e com quebra de crítica (já entra em transtornos psicóticos).
• TSS: foco está no sintoma físico em si, não na doença subjacente.

Tratamento (não estava no slide, mas cai muito):
• Psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC) = primeira linha
• ISRS (fluoxetina, sertralina, escitalopram) = para ansiedade intensa ou se houver comorbidades
• Evitar exames desnecessários, mas manter vínculo médico contínuo e empático
• Educar o paciente sobre o transtorno e oferecer validação da angústia, mesmo sem endossar a hipótese de doença

Resumo para revisão:
• Preocupação é com ter/doença grave, não com sintoma
• Sintoma físico = ausente ou leve
• Persistente por ≥6 meses
• Difere de TSS: foco não é no sintoma, é na doença temida
• TCC + ISRS se necessário

Boa, Caio! Esse complemento final fecha com chave de ouro a parte do Transtorno de Ansiedade de Doença (TAD). Vamos esmiuçar cada letra e comentário do slide com base no DSM-5-TR e em estratégias de prova. Bora:

TAD – Continuação dos critérios diagnósticos

D – “Comportamento excessivo em relação à saúde”
• Pode ser de duas formas, como o DSM-5-TR destaca:
1. Busca de cuidados excessiva: o paciente vai a vários médicos, faz exames repetidos, pesquisa sintomas sem parar.
2. Evitação de cuidados: por medo de confirmar que tem uma doença, o paciente evita médicos, hospitais, notícias, etc.
• Esse critério é importante porque muita gente acha que só quem procura médico o tempo todo pode ter TAD, e não é verdade.

E – “Presente pelo menos 6 meses”
• Critério temporal obrigatório.
• O conteúdo da preocupação pode até mudar (ex: câncer → infarto → HIV), mas o padrão de ansiedade com a saúde permanece.

F – “Não é melhor explicada por outro motivo”
• Aqui é o critério de exclusão diagnóstica: não deve haver outra condição que explique melhor o quadro, como:
• TAG
• TOC
• Transtorno somático
• Transtorno psicótico com delírios somáticos
• Depressão grave com hipocondria secundária
• Delírio somático = paciente não tem crítica, crença é 100% fixa. No TAD ainda há dúvidas, mesmo com convicção.

“ESPECIFICAR: Busca cuidado ou evita cuidado?”
• Essa é uma especificação do DSM-5:
• “Tipo de busca de cuidado” ou “Tipo de evitação de cuidado”
• Ajuda a entender o estilo comportamental do paciente e adaptar a abordagem terapêutica.

“Sofrimento pela ansiedade, não pelo sintoma”
• Diferencia fundamental entre TAD e TSS:
• TAD: sofrimento é pela possibilidade da doença (ex: “acho que estou com câncer”)
• TSS: sofrimento é pelos sintomas físicos em si (ex: “essa dor abdominal está me matando”)
• No TAD, os sintomas fisiológicos (taquicardia, tremores, boca seca) são secundários à ansiedade, não o motivo da queixa.

“Preocupação não diminui mesmo com exames negativos e curso benigno”
• Uma das marcas do TAD:
• Mesmo que exames, avaliações e médicos descartem doenças, a ansiedade persiste ou muda de foco.
• Isso é chamado de intolerância à incerteza: o paciente não consegue aceitar que está tudo bem enquanto ainda houver dúvida.

DX DIFERENCIAL: “Transtorno de Adaptação”
• Aqui a diferença é que:
• No transtorno de adaptação, há um estressor real identificado, como uma doença verdadeira, e a reação ansiosa é temporária.
• No TAD, a preocupação é crônica, desproporcional, e persiste mesmo após tranquilizações.
• Pegadinhas de prova: alguém com câncer em fase inicial com medo de morrer → pode ser reação normal ou transtorno de adaptação, mas não TAD se a reação está dentro do esperado.

COMORBIDADES
• Muito comum ter junto:
• TAG
• Transtorno depressivo maior
• TOC
• Transtornos de personalidade (principalmente esquiva e dependente)
• Tratar a comorbidade pode melhorar a ansiedade com a saúde.

Resumo matador pra revisão final de TAD:
• Medo de ter ou desenvolver doença grave
• Sintoma físico ausente ou leve
• Dura > 6 meses
• Sofrimento vem da ansiedade, não do sintoma
• Persistente mesmo com exames normais
• Tratamento = TCC + ISRS se necessário
• Diferenciar de: TSS, TAG, TOC, delírio somático, transtorno de adaptação

Se quiser, agora posso seguir para Transtorno Conversivo (Sintomas Neurológicos Funcionais) ou outro que estiver nos teus slides. Só mandar!

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Q

TRANSTORNO CONVERSIVO (Sintomas Neurológicos Funcionais)

A

Maravilha, Caio! Agora é a vez do Transtorno Conversivo, também chamado de Transtorno de Sintomas Neurológicos Funcionais (como aparece no DSM-5-TR). Esse tema é pegadinha clássica de prova, porque os sintomas parecem neurológicos, mas a causa é psicológica e inconsciente. Vamos destrinchar cada item do slide, linha por linha, com tudo que precisa saber:

TRANSTORNO CONVERSIVO (Sintomas Neurológicos Funcionais)

Critério A: “1 ou + sintomas motores/sensoriais alterado”
• Exemplos:
• Motor: paralisia, fraqueza, movimentos involuntários (tipo distonia, tremores), crises convulsivas não epilépticas (QNEP)
• Sensorial: perda de visão, audição, anestesias, formigamentos

Critério B: “EF → incompatibilidade entre sintomas e condições neurológicas conhecidas”
• O exame clínico e a apresentação não fazem sentido com a anatomia/fisiologia neurológica.
• Ex: paralisia que não respeita dermátomos ou padrões neuromusculares reais
• Ex: crise convulsiva com olhos fechados fortemente, sem alteração de consciência verdadeira
• DSM chama isso de “incompatibilidade clínica” — é crucial para o diagnóstico.

Critério C: “Não é melhor explicado por outra condição”
• Sempre excluir:
• Esclerose múltipla
• AVC
• Epilepsia
• Miastenia gravis
• Lesão medular

Critério D: “Causa sofrimento ou prejuízo funcional”
• O sintoma tem impacto real na vida do paciente, mesmo que não tenha base neurológica.
• O paciente não está “inventando” ou “fingindo” de propósito.

“ESPECIFICAR: Agudo (< 6 meses) ou Grave (> 6)” / Com ou sem estressor”
• Importante para prognóstico e manejo:
• Agudo e com estressor claro (luto, trauma, estresse súbito) costuma ter prognóstico melhor.
• Crônico e sem estressor → curso mais arrastado e mais resistente.

SINTOMAS comuns (segundo DSM-5):
• Motor:
• Fraqueza/paralisia
• Movimentos anormais (tremores, distonias, mioclonias)
• Crises psicogênicas (QNEP – crises não epilépticas psicogênicas)
• Sensorial:
• Alterações visuais, auditivas, anestesias
• Fala e deglutição
• “Especial ou misto”: combinações ou sintomas incomuns

“Diagnóstico PODE ser em quem tem doença neurológica (ex: EM, epilepsia)”
• Isso confunde muita gente:
• Um paciente com doença neurológica real (tipo esclerose múltipla) pode também ter sintomas conversivos
• O diagnóstico é de exclusão do sintoma específico, não da doença como um todo

Outros pontos essenciais:
• “Não diagnosticar só porque parece estranho ou bizarro”: precisa haver incompatibilidade clínica, e não apenas estranheza.
• “Belle indifférence”: o paciente aparenta estar tranquilo demais frente ao sintoma grave (ex: não se preocupar com paralisia). Clássico, mas não obrigatório.
• “Médicos acham que há ganho secundário”:
• É comum o estigma: “tá fingindo”, “quer atestado”.
• Mas no transtorno conversivo, os sintomas são involuntários e inconscientes.

“Pode ser explicado por motivo cultural e NÃO causar sofrimento → não faz dx”
• Ex: em certas culturas, manifestações como tremores ou quedas “espirituais” podem ser socialmente aceitas, sem sofrimento ou prejuízo funcional → não se diagnostica como transtorno.

DX DIFERENCIAL:
• Doenças neurológicas reais (epilepsia, esclerose múltipla, miopatias)
• Transtornos somáticos (preocupação com saúde + múltiplos sintomas, mais “cognitivos”)
• Transtorno factício:
• O paciente simula sintomas conscientemente, sem ganho externo claro (busca o papel de doente)
• Simulação (malingering): aqui há intenção e ganho externo (aposentadoria, evitar obrigações)
• Transtornos dissociativos: frequentemente coexistem, com sintomas como amnésia, despersonalização

Resumo esperto de T. Conversivo pra prova:
• Sintomas neurológicos sem explicação médica
• Incompatíveis com exame neurológico real
• Sem simulação consciente
• Pode coexistir com doença neurológica real
• Diagnóstico é clínico, baseado em exclusão e incompatibilidade
• Tratamento: psicoterapia + reabilitação física + ISRS se necessário

Se quiser, sigo agora pro transtorno factício, dissociativo ou o que vier na sequência dos teus slides. Só dizer!

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TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS (DSM-5-TR)

A

Maravilha, Caio! Esse slide tá completíssimo sobre os Transtornos Dissociativos, que são frequentemente confundidos com quadros psicóticos, conversivos ou factícios — então vamos destrinchar tudo que tá escrito aqui, ponto por ponto, com base no DSM-5-TR, Kaplan, e prática clínica. Bora:

TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS (DSM-5-TR)

Grupo de transtornos caracterizado por uma desconexão entre mente e consciência, afetando memória, identidade, percepção, emoção e comportamento. Normalmente associados a traumas ou abusos intensos, especialmente na infância.

“Intrusões na consciência/comportamento”
• Ocorrem interrupções súbitas e involuntárias nos processos normais de consciência, como se o paciente perdesse o controle da mente, corpo ou ações.

“Incapaz de acessar informações da memória de fácil acesso”
• Informações autobiográficas que deveriam estar disponíveis (como o nome do pai, o que comeu ontem, ou onde estudou) ficam inacessíveis — diferente de amnésia comum.

“Associado a traumas, abusos, pode ser desencadeado por trauma, há muito suicídio”
• Fortíssimo vínculo com traumas intensos, repetitivos e precoces (ex: abuso sexual, violência doméstica).
• Altíssimo risco de suicídio e automutilação, especialmente em casos de transtorno dissociativo de identidade.
• Pode haver desencadeamento agudo após trauma atual que “reacende” traumas passados.

  1. Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI)

“IDENTIDADE: 2 ou + personalidades”
• Antiga “personalidade múltipla”
• O paciente possui duas ou mais identidades distintas, que assumem o controle do comportamento em momentos diferentes.
• Pode ser:
• Visível: mudança clara de fala, trejeitos, nome
• Sutil: alterações de humor, lacunas de memória

“Lacuna de memória, não é por droga ou religião/cultura”
• Exclusão diagnóstica: sintomas não explicados por estados alterados induzidos (droga, rituais religiosos).
• DSM exige que a dissociação cause sofrimento ou prejuízo funcional.

“Despersonaliza, escuta vozes, ‘o corpo não é meu’, QNEPS”
• Despersonalização: sensação de que o corpo não pertence a si.
• Vozes: não são necessariamente psicóticas — são “vozes internas dissociativas”, podendo simular psicose.
• QNEPs: crises psicogênicas (convulsões não epilépticas) podem aparecer como manifestação corporal da dissociação.

  1. Amnésia Dissociativa

“Alterações no senso de si / Amnésias Dissociativas recorrentes”
• Lacunas de memória significativas, especialmente ligadas à história pessoal ou eventos traumáticos.

Subtipos:
• Localizada: perda de memória de um período específico (ex: “não lembro da semana em que fui abusado”).
• Seletiva: esquece partes específicas de um evento traumático.
• Generalizada: esquece toda a história de vida; mais rara e grave.
• Sistematizada: esquece categorias inteiras de informação (ex: tudo sobre a família, sobre religião).
• Contínua: amnésia contínua desde certo ponto, como se o presente não fosse registrado.

“Fuga dissociativa”
• Subtipo específico da amnésia dissociativa, em que a pessoa desaparece, muda de cidade/identidade, sem lembrar quem é, e pode assumir nova vida temporariamente.

  1. Flashbacks dissociativos
    • Revivência do trauma como se estivesse acontecendo agora (sem o julgamento de tempo real).
    • Comum em TEPT, mas também pode ocorrer em TDI.
    • Diferente de alucinação: aqui é memória sensorial intensa invadindo a consciência, não delírio ou percepção falsa.

  1. Despersonalização e Desrealização
    • Despersonalização: sensação de estar separado do próprio corpo, observando-se como um espectador.
    • Desrealização: o mundo ao redor parece irreal, artificial ou em câmera lenta, como num sonho.

“Teste de realidade intacto”
• Crucial para diferenciar de psicose:
• No dissociativo, o paciente sabe que a sensação é estranha.
• No psicótico, o paciente acredita que aquilo é real (quebra de crítica).

“Pode ter alterações visuais/auditivas”
• Mas sempre com manutenção da crítica, diferentemente de esquizofrenia.
• São mais “experiências perceptivas alteradas” do que verdadeiras alucinações.

Resumo final dos transtornos dissociativos pra prova:

Transtorno Característica principal
TDI 2 ou mais identidades + lacunas de memória
Amnésia dissociativa Incapacidade de lembrar eventos pessoais importantes
Fuga dissociativa Amnésia + fuga física/identitária
Despersonalização/desrealização Sensação de estar desconectado de si ou do mundo, mas com crítica preservada

Se quiser, posso seguir agora pro transtorno factício (se ainda tiver nos slides), ou partir pra revisar tudo com questões rápidas ou mapa mental. Tu manda!

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Extra

A

Perfeita essa pergunta, Caio — tua organização tá afiadíssima. A gente já cobriu os três principais transtornos somáticos do DSM-5-TR com profundidade:
1. Transtorno de Sintomas Somáticos (TSS)
2. Transtorno de Ansiedade de Doença (TAD)
3. Transtorno de Conversão (Sintomas Neurológicos Funcionais)

Mas pra garantir que nenhuma questão te pegue de surpresa, aqui vai um complemento com o que ainda pode aparecer em prova e que não apareceu nos slides anteriores — tudo direto e sem tabela, como combinamos:

  1. Transtorno Factício
    – O paciente finge ou provoca sintomas físicos ou psicológicos de forma consciente, mas sem ganho externo direto.
    – Motivo: desejo de assumir o papel de doente, atrair atenção, admiração, ou manipular ambiente hospitalar.
    – Diferente de simulação (malingering), em que há ganho externo objetivo (aposentadoria, fugir de responsabilidade etc).
    – Pode ser autoinduzido (em si mesmo) ou por procuração (induzir sintomas em outro, ex: mãe no filho).

  1. Critério comum a todos os transtornos somáticos
    – Nenhum deles exige ausência total de doença médica.
    – O foco está sempre em como o paciente reage ao sintoma, e não apenas na presença ou ausência dele.
    – Provas adoram confundir isso: um paciente com câncer pode ter TSS ou TAD se tiver resposta emocional desproporcional.

  1. Manejo geral dos transtornos somáticos (importantíssimo para prova e vida real)
    – Evitar reforçar a hipocondria, mas validar o sofrimento do paciente.
    – Evitar polifarmácia e exames excessivos.
    – Criar um vínculo médico fixo, com consultas regulares programadas, para diminuir busca compulsiva por outros médicos.
    – Psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC) é linha de frente em quase todos.
    – ISRS se tiver ansiedade ou depressão comórbida.

  1. Diagnóstico diferencial que pode cair como pegadinha:
    – TOC somático: obsessões com o corpo, mas com compulsões e crítica preservada.
    – Delírio somático: crença absolutamente rígida de que algo está errado com o corpo (sem crítica, entra nos transtornos psicóticos).
    – Transtorno de pânico: quando o foco está em medo de morte súbita (ex: infarto), mas os sintomas são episódicos e intensos.
    – Transtornos dissociativos: sintomas neurológicos + alteração de identidade ou percepção de si (sem foco hipocondríaco direto).

Se tu quiser, posso montar um resumo final em estilo revisão pré-prova, com foco em diferenciações diagnósticas e condutas — ou já seguir pro próximo tema dos slides. Tu escolhe o caminho!

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