TUT 1 - DRGE - Resumo L - Objetivas Flashcards
(62 cards)
- Um homem de 36 anos relata sensação de queimação retroesternal recorrente há 6 meses, principalmente após refeições copiosas. Refere também leve regurgitação ácida. Ao exame físico, não há alterações significativas. Não apresenta sinais de alarme. Considerando os mecanismos fisiopatológicos da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), qual o principal fator envolvido no desencadeamento dos sintomas apresentados?
A. Hipertonia do esfíncter esofágico inferior (EEI)
B. Relaxamento transitório do EEI mediado pelo nervo vago
C. Perda de motilidade esofágica causada por lesão neural
D. Hiperatividade da crura diafragmática durante a deglutição
E. Aumento da produção de ácido gástrico basal
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. A hipertonia do EEI protege contra o refluxo, não o favorece.
B. Correta. O relaxamento transitório do EEI (RTEEI) é o principal mecanismo fisiopatológico da DRGE, mediado pelo nervo vago e relacionado à distensão gástrica.
C. Incorreta. Lesões neurais podem afetar a motilidade, mas não são o principal fator da DRGE.
D. Incorreta. A crura diafragmática auxilia na pressão do EEI e sua inibição durante o RTEEI favorece o refluxo, não sua hiperatividade.
E. Incorreta. A hipersecreção ácida isolada é rara na DRGE e não é o principal fator fisiopatológico.
- Paciente com diagnóstico recente de DRGE deseja compreender melhor a anatomia envolvida na proteção contra o refluxo. O médico explica que uma estrutura atua como principal barreira antirrefluxo, combinando aspectos anatômicos e funcionais. Qual estrutura é essa?
A. Crura diafragmática
B. Ligamento frenoesofagiano
C. Junção esofagogástrica
D. Fundo gástrico
E. Ângulo de Hiss
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. A crura participa da barreira, mas sozinha não é suficiente.
B. Incorreta. O ligamento ajuda na fixação do EEI, mas não é a principal barreira.
C. Correta. A junção esofagogástrica (JEG) é a principal barreira antirrefluxo, formada por múltiplos componentes, como o EEI, a crura diafragmática e o ângulo de Hiss.
D. Incorreta. O fundo gástrico pode influenciar o RTEEI, mas não é parte da barreira direta.
E. Incorreta. O ângulo de Hiss contribui, mas isoladamente não caracteriza a principal barreira.
- Um homem de 48 anos é submetido a endoscopia por sintomas de refluxo. O exame mostra uma hérnia hiatal por deslizamento de 4 cm. Com base na fisiopatologia, qual é a principal consequência funcional desse achado anatômico?
A. Diminuição do tônus do esôfago distal
B. Aumento da secreção ácida basal
C. Interrupção da peristalse primária esofágica
D. Separação entre o EEI e a crura, levando à incompetência da barreira
E. Obstrução parcial do corpo gástrico proximal
Gabarito: D
Justificativas:
A. Incorreta. O tônus esofágico pode se manter mesmo com hérnia.
B. Incorreta. A hérnia não aumenta a secreção ácida diretamente.
C. Incorreta. A hérnia não interrompe a peristalse primária.
D. Correta. A hérnia por deslizamento causa separação entre o EEI e a crura, reduzindo a competência da barreira antirrefluxo.
E. Incorreta. A hérnia não obstrui o estômago, mas sim altera a posição do EEI.
- Mulher de 41 anos relata episódios frequentes de tosse seca, pigarro e sensação de “bola na garganta”, mas nega pirose. A EDA não revelou erosões. O quadro é sugestivo de DRGE não erosiva. Qual mecanismo é mais provável para os sintomas apresentados?
A. Refluxo ácido grave com esofagite não visualizada
B. Lesão direta da mucosa esofágica pela bile
C. Refluxo não ácido associado à hipersensibilidade visceral
D. Alteração da motilidade esofágica causada por acalasia
E. Exposição excessiva ao suco pancreático
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. A ausência de erosões não apoia essa hipótese.
B. Incorreta. O papel da bile é secundário e raro.
C. Correta. Refluxo não ácido, associado à hipersensibilidade visceral, é comum em pacientes com sintomas atípicos e sem esofagite.
D. Incorreta. Acalasia é uma condição distinta, não compatível com o quadro.
E. Incorreta. Não há evidência de envolvimento pancreático na DRGE.
- Um paciente com sintomas clássicos de DRGE tem sua condição agravada após grandes refeições. Qual explicação fisiopatológica justifica o aumento de episódios de refluxo nesse contexto?
A. Redução da secreção de muco protetor gástrico
B. Hipotonia esofágica secundária ao consumo de gorduras
C. Formação da “bolsa ácida” sobre o conteúdo gástrico
D. Hiperatividade vagal levando a contrações anormais do EEI
E. Aumento do tônus do esfíncter pilórico impedindo o esvaziamento gástrico
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. O muco gástrico não previne refluxo, mas protege a mucosa.
B. Incorreta. Gorduras influenciam o RTEEI, mas o fator principal é outro.
C. Correta. A bolsa ácida se forma no fundo gástrico pós-prandial, promovendo refluxo ácido mesmo com pH gástrico geral mais alto.
D. Incorreta. O RTEEI não resulta de hiperatividade, mas de distensão gástrica.
E. Incorreta. O esfíncter pilórico não está diretamente relacionado ao refluxo
- Um homem de 42 anos apresenta queixa de sensação de queimação retroesternal recorrente há 3 meses, especialmente após refeições fartas ou ao deitar-se. Também refere regurgitação ácida ocasional. Não apresenta perda ponderal, disfagia nem histórico familiar relevante. Qual o diagnóstico mais provável com base no quadro clínico?
A. Dispepsia funcional
B. Esofagite eosinofílica
C. Doença do refluxo gastroesofágico
D. Acalasia
E. Úlcera péptica gástrica
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. Dispepsia funcional cursa com sintomas epigástricos e não retroesternais.
B. Incorreta. A esofagite eosinofílica está associada a disfagia, especialmente em jovens.
C. Correta. A pirose e regurgitação são sintomas típicos da DRGE.
D. Incorreta. Acalasia costuma causar disfagia e regurgitação de alimentos não digeridos.
E. Incorreta. Úlceras gástricas cursam com dor epigástrica, não retroesternal.
- Uma mulher de 55 anos com história de DRGE controlada refere surgimento recente de rouquidão persistente e sensação de pigarro. Nega pirose, perda de peso ou disfagia. Qual hipótese explica melhor os sintomas atuais?
A. Progressão para câncer de esôfago
B. Refluxo gastroesofágico com manifestações atípicas
C. Esofagite viral por imunossupressão latente
D. Exacerbação de asma brônquica crônica
E. Hemorragia digestiva oculta
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. Não há sintomas de alarme ou disfagia.
B. Correta. Rouquidão e pigarro são manifestações atípicas comuns da DRGE.
C. Incorreta. Não há sinais clínicos de imunossupressão ou dor.
D. Incorreta. Asma pode coexistir, mas não justifica rouquidão isolada.
E. Incorreta. Não há sinais ou sintomas compatíveis.
- Homem de 50 anos relata dor torácica que não melhora com repouso, mas piora após refeições e ao se deitar. ECG e marcadores de necrose miocárdica são normais. Qual das seguintes opções melhor descreve essa manifestação da DRGE?
A. Tosse crônica desencadeada por broncoespasmo
B. Regurgitação ácida com odinofagia
C. Dor torácica não cardíaca
D. Sensação de globus desencadeada por hipersensibilidade
E. Dor epigástrica com irradiação dorsal
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. Tosse não foi mencionada.
B. Incorreta. Não há relato de regurgitação ou dor à deglutição.
C. Correta. Dor torácica não cardíaca é manifestação atípica da DRGE, comum e de difícil diagnóstico diferencial.
D. Incorreta. A sensação de globus não se encaixa neste caso.
E. Incorreta. Dor epigástrica com irradiação remete a úlcera ou pancreatite.
- Mulher de 37 anos apresenta sensação constante de “nó na garganta” e tosse seca persistente, sem sinais respiratórios ao exame físico. Refere melhora parcial com IBP, mas sem resolução completa. Qual das manifestações abaixo é classificada como atípica da DRGE e mais associada ao caso?
A. Regurgitação ácida pós-prandial
B. Tosse seca crônica
C. Disfagia progressiva
D. Anorexia
E. Dor epigástrica com queimação
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. Trata-se de sintoma típico.
B. Correta. Tosse seca crônica é um dos sintomas atípicos mais comuns na DRGE.
C. Incorreta. Disfagia progressiva é sinal de alarme.
D. Incorreta. Anorexia é achado inespecífico e não está relacionado diretamente.
E. Incorreta. A queimação epigástrica é mais comum em dispepsia.
- Um paciente de 59 anos com história de DRGE apresenta laringite crônica. O exame otorrinolaringológico confirma inflamação laríngea. Qual o mecanismo provável envolvido na gênese desse sintoma atípico?
A. Lesão direta da mucosa pela bile pancreática
B. Refluxo ácido com aspiração direta ou reflexo via nervo vago
C. Compressão esofágica por adenocarcinoma
D. Irritação mecânica por alimentos fibrosos
E. Inibição da produção salivar pela medicação
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. O refluxo biliar é raro e não está comprovado como causa direta da laringite.
B. Correta. A laringite relacionada à DRGE pode ocorrer por aspiração direta do conteúdo gástrico ou estímulo vagal indireto.
C. Incorreta. Não há sinais de massa ou disfagia.
D. Incorreta. Irritação mecânica não explica inflamação laríngea crônica.
E. Incorreta. Redução salivar não é causa primária de laringite.
- Um paciente de 39 anos procura atendimento com queixa de queimação retroesternal há 4 meses, principalmente após refeições e ao deitar. Também relata gosto amargo na boca em algumas ocasiões. Não há dor torácica nem sinais de alarme. Qual a classificação correta desses sintomas?
A. Típicos da DRGE
B. Atípicos da DRGE
C. Inespecíficos e sem valor diagnóstico
D. Sinais de alarme para neoplasia esofágica
E. Exclusivamente sintomas de úlcera péptica
Gabarito: A
Justificativas:
A. Correta. Pirose (queimação) e regurgitação são os sintomas típicos clássicos da DRGE.
B. Incorreta. Sintomas atípicos incluem tosse, rouquidão, etc.
C. Incorreta. Esses sintomas são fortemente sugestivos de DRGE.
D. Incorreta. Não há sinais de alarme nesse quadro.
E. Incorreta. A úlcera péptica causa dor epigástrica, não retroesternal.
- Um homem de 62 anos apresenta emagrecimento de 6 kg nos últimos 3 meses, disfagia progressiva e episódios de vômito pós-prandial. Refere que anteriormente sentia queimação no peito, mas o foco atual são os novos sintomas. Qual deve ser a conduta diante desse quadro?
A. Prescrever IBP e reavaliar em 30 dias
B. Solicitar impedâncio-pHmetria esofágica
C. Iniciar antidepressivo tricíclico para dor funcional
D. Realizar endoscopia digestiva alta em até 2 semanas
E. Diagnosticar refluxo funcional e tranquilizar o paciente
Gabarito: D
Justificativas:
A. Incorreta. Há sinais de alarme que exigem investigação imediata.
B. Incorreta. A impedâncio-pHmetria é usada em DRGE refratária, sem alarme.
C. Incorreta. Dor funcional não se aplica aqui.
D. Correta. Disfagia, vômitos persistentes e perda de peso são sinais de alarme que exigem EDA precoce.
E. Incorreta. Tranquilizar o paciente sem investigar pode ser perigoso.
- Uma paciente de 47 anos relata tosse crônica seca há meses, pigarro frequente e rouquidão intermitente. Nega tabagismo, asma ou pirose. A endoscopia digestiva alta foi normal. Qual das opções abaixo representa corretamente essas manifestações?
A. Sinais de alarme para câncer de laringe
B. Sintomas típicos da DRGE
C. Sintomas atípicos da DRGE
D. Sintomas exclusivos de rinite alérgica
E. Complicações esofágicas graves
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. Não há sinais típicos de malignidade laríngea.
B. Incorreta. Tosse, pigarro e rouquidão são sintomas atípicos da DRGE.
C. Correta. Essas manifestações são extradeglutitivas/laringofaríngeas da DRGE.
D. Incorreta. Não há sintomas nasais, e rinite não explica todos os achados.
E. Incorreta. Não há evidências de lesões esofágicas.
- Qual das seguintes combinações apresenta corretamente dois sintomas considerados “típicos” da doença do refluxo gastroesofágico?
A. Disfagia e odinofagia
B. Tosse crônica e globus
C. Rouquidão e pigarro
D. Pirose e regurgitação
E. Anorexia e perda de peso
Gabarito: D
Justificativas:
A. Incorreta. São sinais de alarme, não sintomas típicos.
B. Incorreta. São sintomas atípicos.
C. Incorreta. Também são atípicos.
D. Correta. Pirose e regurgitação são os sintomas típicos mais comuns.
E. Incorreta. Esses são sinais de alarme, sugerindo doença grave.
- Em relação aos sinais de alerta na DRGE, qual das seguintes situações exige investigação endoscópica imediata?
A. Tosse crônica e pigarro
B. Dor torácica desencadeada por esforço físico
C. Regurgitação e náusea após refeições
D. História familiar de câncer gastrointestinal e anemia
E. Dor epigástrica com alívio após uso de antiácidos
Gabarito: D
Justificativas:
A. Incorreta. São sintomas atípicos, mas não indicam urgência.
B. Incorreta. Deve ser investigada por causas cardíacas antes.
C. Incorreta. São sintomas típicos da DRGE.
D. Correta. Anemia e história familiar de câncer GI são sinais de alarme clássicos.
E. Incorreta. Sugere dispepsia funcional ou úlcera, sem sinais de alarme.
- Um homem de 34 anos, previamente saudável, relata episódios de queimação retroesternal e regurgitação há 2 meses, sempre após refeições gordurosas. Não apresenta disfagia, perda de peso nem histórico familiar relevante. Qual é a conduta inicial mais adequada?
A. Solicitar endoscopia digestiva alta de rotina
B. Iniciar IBP em dose padrão por 8 semanas sem investigação complementar
C. Solicitar manometria esofágica para avaliar motilidade
D. Realizar pHmetria esofágica de 24 horas ambulatorial
E. Iniciar antidepressivo tricíclico por possível dor funcional
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. Em pacientes <45 anos, sem sinais de alarme, a investigação inicial pode ser clínica.
B. Correta. A terapia empírica com IBP é recomendada para pacientes jovens com sintomas típicos e sem sinais de alarme.
C. Incorreta. A manometria não é indicada na investigação inicial da DRGE.
D. Incorreta. A pHmetria é reservada para casos refratários ou duvidosos.
E. Incorreta. Não há indicação de dor funcional nem sintomas sugestivos.
- Um paciente de 59 anos com diagnóstico prévio de DRGE apresenta dor ao engolir (odinofagia) e perda de peso progressiva. Refere piora dos sintomas nas últimas semanas. Qual o próximo passo mais indicado?
A. Continuar IBP e reavaliar em 4 semanas
B. Prescrever antiácidos e observar evolução
C. Realizar endoscopia digestiva alta o mais breve possível
D. Solicitar pHmetria de 24h para confirmar diagnóstico
E. Realizar radiografia contrastada do esôfago
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. A presença de sinais de alarme exige investigação imediata.
B. Incorreta. Antiácidos são apenas sintomáticos.
C. Correta. Odinofagia + perda de peso são sinais de alarme → indicação de EDA precoce.
D. Incorreta. A pHmetria não é indicada em pacientes com sinais de alarme.
E. Incorreta. O esofagograma é reservado para disfagia, e não é o exame de escolha.
- Um homem de 43 anos com sintomas típicos de DRGE faz uso de IBP há 8 semanas sem melhora significativa. A EDA foi normal. Qual exame deve ser considerado agora para esclarecer a etiologia dos sintomas?
A. Cintilografia de trânsito esofágico
B. Impedâncio-pHmetria esofágica
C. Manometria esofágica de rotina
D. Tomografia de tórax
E. Biópsia gástrica para H. pylori
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. A cintilografia é usada em pediatria, não em adultos.
B. Correta. A impedâncio-pHmetria avalia refluxos ácidos e não ácidos e sua relação com os sintomas.
C. Incorreta. A manometria é indicada apenas para investigação de motilidade e preparo cirúrgico.
D. Incorreta. A TC de tórax não contribui aqui.
E. Incorreta. H. pylori não está relacionado diretamente com DRGE.
- Em quais das situações abaixo a manometria esofágica está formalmente indicada como parte da avaliação diagnóstica da DRGE?
A. Pacientes jovens com pirose típica
B. Todos os casos refratários ao IBP
C. Antes de cirurgia antirrefluxo para afastar distúrbios motores
D. Para avaliação da eficácia do tratamento com IBP
E. Em casos de sintomas respiratórios atípicos
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. A manometria não é necessária em casos típicos.
B. Incorreta. Não é indicada de forma sistemática.
C. Correta. A manometria deve ser feita antes de cirurgia, para afastar distúrbios motores que contraindiquem o procedimento.
D. Incorreta. A eficácia é avaliada clinicamente.
E. Incorreta. Não é o exame de escolha para sintomas atípicos.
- Sobre o teste terapêutico com IBP como ferramenta diagnóstica para DRGE, qual alternativa está CORRETA?
A. Deve ser evitado, pois piora o diagnóstico diferencial
B. É indicado apenas após confirmação endoscópica da doença
C. É útil para pacientes com sinais de alarme
D. É considerado uma estratégia aceitável em pacientes com sintomas típicos e sem sinais de alarme
E. É o padrão-ouro diagnóstico da DRGE
Gabarito: D
Justificativas:
A. Incorreta. É uma ferramenta útil em muitos casos.
B. Incorreta. Pode ser usado antes da endoscopia, em pacientes sem fatores de risco.
C. Incorreta. Sinais de alarme contraindicam abordagem empírica.
D. Correta. O teste terapêutico com IBP é aceitável em pacientes com sintomas típicos e sem sinais de alarme.
E. Incorreta. O padrão-ouro é a pHmetria de 24h, não o teste terapêutico.
- Um paciente de 45 anos inicia tratamento para DRGE com omeprazol 20 mg/dia. Após 8 semanas, apresenta melhora completa dos sintomas. No entanto, três semanas após a interrupção da medicação, os sintomas retornam. Qual a conduta mais adequada nesse caso?
A. Reiniciar IBP em dose dobrada indefinidamente
B. Iniciar bloqueador H2 em monoterapia contínua
C. Estabelecer tratamento de manutenção com IBP na menor dose eficaz ou sob demanda
D. Substituir IBP por antiácido de uso contínuo
E. Solicitar pHmetria esofágica de rotina
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. A dose dobrada é reservada para refratários.
B. Incorreta. Antagonistas H2 têm menor eficácia para manutenção.
C. Correta. Pacientes que recaem após suspensão devem seguir com tratamento de manutenção, preferencialmente com menor dose eficaz ou uso sob demanda.
D. Incorreta. Antiácidos são paliativos e não sustentam controle adequado.
E. Incorreta. Não há indicação de exames neste contexto.
- Um paciente em uso de IBP relata queimação retroesternal principalmente à noite, apesar de boa resposta durante o dia. Qual o fenômeno descrito e a explicação provável?
A. Tolerância farmacológica ao IBP por polimorfismo genético
B. Escape ácido noturno por curta meia-vida do IBP
C. Hipersensibilidade ao refluxo não ácido
D. Refluxo alcalino associado ao uso de antiácidos
E. Interação medicamentosa com anti-histamínico H1
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. Embora existam polimorfismos no CYP2C19, não justificam escape ácido noturno isolado.
B. Correta. O escape ácido noturno ocorre porque os IBPs têm meia-vida curta e só inibem as bombas ativas no pico plasmático.
C. Incorreta. Hipersensibilidade pode causar sintomas persistentes, mas não seletivamente noturnos.
D. Incorreta. Refluxo alcalino é raro e não está associado ao uso de antiácidos.
E. Incorreta. H1 não afeta diretamente o controle ácido gástrico.
Um paciente em uso adequado de IBP duas vezes ao dia relata queimação retroesternal persistente no período noturno. Qual medida adjuvante pode ser utilizada para melhorar os sintomas de escape ácido noturno nesse paciente?
A. Substituir IBP por procinético isolado
B. Trocar o IBP por anti-histamínico H2 como terapia de base
C. Adicionar alginato de sódio ao regime noturno
D. Introduzir tratamento com antiácido a cada 4 horas
E. Iniciar antidepressivo tricíclico para modulação visceral
Gabarito: C
Justificativas:
A. Incorreta. Procinéticos não têm ação antissecretora significativa e não controlam escape ácido.
B. Incorreta. Antagonistas H2 têm menor eficácia como monoterapia e não são recomendados como substitutos dos IBP.
C. Correta. Alginatos, quando usados no período noturno, podem formar uma barreira mecânica sobre o conteúdo gástrico e proteger contra o refluxo, sendo úteis no escape ácido noturno.
D. Incorreta. O uso contínuo de antiácidos é ineficaz a longo prazo e não substitui os IBPs.
E. Incorreta. Antidepressivos são usados em casos de hipersensibilidade visceral, não para escape ácido.
- Um homem de 50 anos apresenta sintomas típicos de DRGE que persistem mesmo com uso adequado de IBP duas vezes ao dia. Endoscopia e pHmetria revelam refluxo não ácido correlacionado aos sintomas. Qual a conduta terapêutica recomendada nesse caso?
A. Aumentar a dose de IBP para três vezes ao dia
B. Introduzir baclofeno como adjuvante terapêutico
C. Associar procinético e antagonista H2
D. Realizar cirurgia antirrefluxo imediatamente
E. Suspender o IBP e iniciar antiácido em dose alta
Gabarito: B
Justificativas:
A. Incorreta. Doses acima de 2x/dia não são padrão.
B. Correta. O baclofeno reduz a frequência de RTEEI e é indicado para refluxo não ácido refratário.
C. Incorreta. Procinéticos têm efeito limitado, e H2 não trata refluxo não ácido.
D. Incorreta. Cirurgia não é a primeira escolha nesse cenário.
E. Incorreta. O refluxo não ácido não responde a antiácidos.