TUT 9 - Doenças bolhosas autoimunes - Livro dermatologia essencial (cap. 24) Flashcards
(73 cards)
Identifique a doença.
Penfigoide bolhoso.
Apresentação clássica com múltiplas bolhas tensas que surgem sobre pele normal e eritematosa; várias bolhas já se romperam, deixando erosões circulares.
Epidermólise bolhosa adquirida – apresentação inflamatória.
Lesões bolhosas e erosivas em um paciente com mieloma múltiplo. Esta forma se assemelha ao penfigoide bolhoso.
Identifique a doença.
FIG. 24.5 Penfigoide de membranas mucosas (cicatricial) – envolvimento de mucosas.
A Eritema e erosões das margens da gengiva (gengivite descamativa ou erosiva). B Erosões crônicas do palato duro.
Identifique a doença.
Epidermólise bolhosa adquirida – apresentação mecanobolhosa.
Mília e cicatrização que são frequentes em locais de trauma nas articulações, em associação com a fragilidade da pele.
Identifique a doença.
Penfigoide bolhoso.
Pápulas e placas urticariformes, juntamente com bolhas contendo fluido seroso.
Identifique a doença.
Penfigoide de membranas mucosas (cicatricial) – envolvimento cutâneo.
Uma placa eritematosa com atrofia e formação de crostas; observe a alopecia cicatricial. Na variante de Brunsting-Perry, existem lesões cutâneas nas regiões da cabeça e do pescoço, mas mínimo ou nenhum envolvimento de mucosas
Identifique a doença.
Epidermólise bolhosa adquirida – lesões orais.
Múltiplas erosões do palato reminiscentes do penfigoide de membranas mucosas.
Identifique a doença.
Penfigoide bolhoso
Placas urticariformes anulares firmes.
Identifique a doença.
Progressão do penfigoide de membranas mucosas (cicatricial).
A Erosão da margem inferior da pálpebra e eritema, juntamente com escamocrosta do canto interno do olho e da pálpebra inferior.
B Três meses mais tarde, ectrópio e espessamento da pálpebra inferior, além das erosões.
C Seis meses mais tarde, erosões menores, mas formação de cicatrização e de mília.
D Sete anos mais tarde, subsequente cicatrização com significativo encurtamento do fórnice inferior devido ao simbléfaro
Identifique a doença.
Penfigoide bolhoso
Apresentação eczematosa com grandes placas.
Identifique a doença.
Penfigoide bolhoso da infância.
Bolhas generalizadas tanto tensas (recentes) como flácidas (antigas, com reepitelização), além de erosões com crostas hemorrágicas.
Identifique a doença.
Penfigoide bolhoso – variantes clínicas incomuns.
Vesículas e bolhas agrupadas nas palmas das mãos (A) e em dedos dos pés (B) que podem se assemelhar ao ponfólix (penfigoide disidrosiforme). C Placa vegetante na dobra inguinal (penfigoide vegetante). D Lesões semelhantes à necrólise epidérmica tóxica com grandes erosões.
Qual o mecanismo patológico do penfigoide bolhoso?
É uma doença imunobolhosa causada por autoanticorpos IgG circulantes que se ligam a dois componentes dos hemidesmossomas, responsáveis pela adesão entre a epiderme e a derme.
Quais os dois antígenos-alvo nos hemidesmossomas no penfigoide bolhoso?
O colágeno do tipo XVII (BP180 ou APB2) e o BP230 (APB1).
Em que faixa etária o penfigoide bolhoso ocorre com mais frequência?
Em idosos.
Qual medicamento comumente pode induzir penfigoide bolhoso?
Furosemida (entre outros; também podem ser induzidos por UV ou radiação, mas isso é raro).
Quais os achados clínicos típicos no penfigoide bolhoso?
São observadas:7
- placas urticariformes fixas e PRURIGINOSAS,
- bolhas tensas que podem se formar em pele normal ou eritematosa, com erosões decorrentes do rompimento;
- envolvimento oral é raro (10–30% dos pacientes).
Que manifestações podem preceder as lesões cutâneas características no penfigoide bolhoso?
Prurido e lesões eczematosas inespecíficas ou papulares, podendo apresentar variantes disidrosiforme, vegetante, localizada, ou mimetizar prurigo nodular e necrólise epidérmica tóxica.
Qual o achado histológico característico em lesões bolhosas do penfigoide bolhoso?
Bolha subepidérmica com infiltrado de eosinófilos.
Como se apresenta a imunofluorescência direta (IFD) no penfigoide bolhoso?
Mostra depósitos lineares de IgG e/ou C3 ao longo da zona da membrana basal, geralmente localizados no teto (lado epidérmico) da bolha em preparações salt-split.
Qual a sensibilidade dos testes de ELISA e IFI para detectar autoanticorpos no penfigoide bolhoso?
Eles detectam autoanticorpos circulantes em aproximadamente 70 a 80% dos pacientes.
Qual percentual de pacientes com penfigoide bolhoso apresenta eosinofilia periférica?
Pelo menos 50% dos pacientes.
Quais são alguns diagnósticos diferenciais do penfigoide bolhoso?
Dermatose bolhosa por IgA linear (DBAL), epidermólise bolhosa adquirida (EBA), penfigoide de membranas mucosas, diversas formas de pênfigo, reações de hipersensibilidade (incluindo medicamentos), prurido primário, dermatite alérgica de contato, escabiose e urticária (exceto lesões transitórias isoladas).
Quais são as opções terapêuticas recomendadas para penfigoide bolhoso em casos leves e/ou localizados?
- Corticosteroides tópicos superpotentes (evidência 1*)
- Nicotinamida associada a minociclina, doxiciclina ou tetraciclina (evidência 3)
- Eritromicina ou penicilinas (evidência 3)
- Dapsona ou outras sulfonamidas (evidência 3)
- Imunomoduladores tópicos (por exemplo, tacrolimo) (evidência 3)