Valvulopatias - Conferência - 23.04.2025 Flashcards

(127 cards)

1
Q

https://youtu.be/5oCPtZo4pUY?si=3_NkUX8VoR1hnGAo

Sopro estenose mitral

A
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2
Q

Quais são as valvas cardíacas do lado esquerdo do coração?

A

Valva mitral (atrioventricular, bicúspide) e valva aórtica (semilunar)

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3
Q

Quais são as cúspides da valva mitral?

A

Cúspides anterior e posterior

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4
Q

Quais são as cúspides da valva aórtica?

A

Coronariana esquerda, coronariana direita e não coronariana

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Q

Quais são as valvas cardíacas do lado direito do coração?

A

Valva tricúspide (atrioventricular) e valva pulmonar (semilunar)

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6
Q

O que diferencia as valvas atrioventriculares das semilunares em termos anatômicos?

A

As atrioventriculares possuem cordas tendíneas e músculos papilares

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7
Q

Onde estão ancoradas as valvas cardíacas?

A

No anel cartilaginoso valvar (aparelho fibrocartilaginoso)

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8
Q

Quais são os três tipos de lesões valvares possíveis?

A

Estenose, insuficiência e lesões mistas

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9
Q

Quais são as principais causas de valvulopatias?

A

Degenerativa, febre reumática, endocardite, iatrogenia, congênita e outras

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10
Q

Quais etapas compõem a avaliação clínica de valvulopatias?

A

Anamnese, exame físico, exames complementares, definição da gravidade e do tratamento

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11
Q

Quais exames complementares são usados na avaliação de valvulopatias?

A

Eletrocardiograma, ecocardiograma e radiografia de tórax

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12
Q

Qual a principal causa de estenose mitral em países pobres?

A

Febre reumática

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13
Q

Qual o perfil típico de paciente com estenose mitral reumática?

A

Jovem, com histórico de faringite de repetição

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14
Q

Qual a principal causa de estenose mitral em países ricos?

A

Doença degenerativa

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15
Q

Qual o perfil típico de paciente com estenose mitral degenerativa?

A

Idoso, com múltiplas comorbidades e aterosclerose

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16
Q

Qual achado anatômico patológico é típico da estenose mitral reumática?

A

Fusão comissural valvar

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17
Q

Qual imagem clássica do ecocardiograma na estenose mitral reumática?

A

Aspecto em “boca de peixe”

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18
Q

Qual alteração histológica está presente na estenose mitral?

A

Inflamação com fibrose do tecido valvar

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19
Q

Qual é o primeiro efeito hemodinâmico do dano valvar na estenose mitral?

A

Restrição ao esvaziamento do átrio esquerdo (AE)

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20
Q

O que o aumento da pressão no AE provoca nos pulmões?

A

Aumento da pressão capilar pulmonar e extravasamento de líquido para o interstício e alvéolos

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21
Q

Como evolui a hipertensão pulmonar na estenose mitral?

A

Inicialmente reversível, depois leva à sobrecarga de AD e VD

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22
Q

A estenose mitral altera a fração de ejeção do VE?

A

Não, inicialmente o VE é protegido, com fração de ejeção preservada

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23
Q

Quais sintomas surgem pelo aumento da pressão de enchimento pulmonar?

A

Ortopneia, DPN, dispneia aos esforços e hemoptise

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24
Q

Quais sintomas surgem pelo aumento do AE?

A

FA, palpitações, eventos embólicos, disfagia, disfonia e tosse

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25
Quais estruturas são comprimidas pelo AE aumentado na estenose mitral?
Esôfago (disfagia), nervo laríngeo recorrente (disfonia), vias aéreas (tosse)
26
Qual achado facial clássico pode estar presente na estenose mitral?
Fácies mitral (hiperemia facial)
27
Qual alteração no pulso venoso é comum na estenose mitral?
Onda 'a' proeminente no pulso venoso jugular
28
Quais achados de ausculta são característicos da estenose mitral?
B1 hiperfonética, estalido de abertura, sopro diastólico em ruflar com reforço pré-sistólico
29
Como auscultar melhor o sopro da estenose mitral?
Com campânula, em decúbito lateral esquerdo, entre ápice e bordo esternal esquerdo
30
Qual achado eletrocardiográfico é clássico na estenose mitral?
Índice de Morris (área da onda P > 1 mm²)
31
Qual arritmia pode surgir como complicação da estenose mitral?
Fibrilação atrial
32
Quais achados radiográficos sugerem sobrecarga do AE na estenose mitral?
Cefalização da trama, sinal do duplo contorno, sinal da bailarina (ângulo da carina aumentado)
33
Quais são os critérios ecocardiográficos de estenose mitral importante?
Área valvar < 1,5 cm², gradiente médio > 10 mmHg, PSAP > 50 mmHg
34
Qual é o passo 1 no tratamento da estenose mitral segundo a diretriz de 2020?
Avaliação da gravidade anatômica da estenose mitral
35
O que fazer se a estenose mitral não for importante anatomicamente?
Seguimento individualizado de acordo com a etiologia
36
Qual é o passo 2 após identificar estenose mitral importante?
Avaliar a etiologia (reumática, degenerativa ou causas raras)
37
Qual é o passo 3 no tratamento da estenose mitral?
Avaliação de sintomas, especialmente dispneia
38
Qual conduta é indicada em estenose mitral importante com dispneia?
Intervenção (valvoplastia mitral com balão – VMCB, cirurgia ou implante transcateter)
39
Em paciente assintomático com estenose mitral importante, qual é o próximo passo?
Avaliar a presença de complicadores (hipertensão pulmonar ou FA de início recente)
40
Qual conduta é indicada se o paciente tem estenose mitral importante, sem sintomas, mas com complicadores?
Intervenção (VMCB, cirurgia ou implante transcateter)
41
Qual conduta é indicada se o paciente tem estenose mitral importante, sem sintomas e sem complicadores?
Seguimento individualizado de acordo com a etiologia
42
Qual o tratamento preferencial na doença mitral reumática?
Valvoplastia mitral com balão (VMCB)
43
Qual o objetivo da valvoplastia com balão na estenose mitral reumática?
Romper a fusão ou calcificação das comissuras
44
Qual a vantagem da VMCB em relação à cirurgia aberta?
Evita a necessidade de cirurgia aberta
45
Qual o tratamento preferencial na doença mitral degenerativa?
Troca valvar
46
Quais são os dois tipos de próteses utilizadas na troca valvar mitral?
Mecânica (metálica) e biológica
47
Qual é a principal desvantagem da prótese mecânica (metálica)?
Necessidade de anticoagulação com varfarina
48
Qual é a durabilidade média da prótese valvar biológica?
Duração máxima de 20–25 anos, com média de 10–15 anos
49
Qual tecnologia permite troca valvar percutânea em pacientes selecionados?
Técnica valve-in-valve com cateter
50
Qual prótese valvar é geralmente indicada para idosos?
Prótese mecânica
51
Qual prótese valvar é geralmente indicada para pacientes jovens?
Prótese biológica
52
Quais medidas clínicas são indicadas para pacientes sintomáticos em espera por intervenção valvar?
Restrição hidrossalina, controle da frequência cardíaca e uso de diuréticos
53
Quais medicamentos são usados para controle da frequência cardíaca nesses pacientes?
Betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio e ivabradina
54
Quais são as formas de classificação da insuficiência mitral?
Primária e secundária
55
Quais são as principais causas de insuficiência mitral primária?
Febre reumática e degeneração mixomatosa (prolapso mitral)
56
Quais são as principais causas de insuficiência mitral secundária?
Dilatação do anel mitral e tração dos músculos papilares por dilatação ventricular
57
Quais sintomas da insuficiência mitral decorrem do aumento das pressões pulmonares?
Ortopneia, dispneia paroxística noturna, dispneia aos esforços e hemoptise
58
Quais sintomas da insuficiência mitral decorrem da dilatação do átrio esquerdo?
Fibrilação atrial, palpitações, eventos embólicos e tosse
59
Quais achados podem ser vistos na inspeção de pacientes com insuficiência mitral?
Pulso arterial amplo e ictus hiperdinâmico desviado para a esquerda
60
Quais achados auscultatórios são típicos da insuficiência mitral?
Hipofonese de B1, possível B3, sopro sistólico holossistólico e regurgitativo
61
Para onde o sopro da insuficiência mitral pode irradiar?
Base do pescoço ou dorso
62
Quais alterações eletrocardiográficas podem indicar insuficiência mitral?
Sinais de sobrecarga de ventrículo esquerdo
63
Quais achados radiográficos sugerem insuficiência mitral?
4º arco proeminente, sinal da bailarina, duplo contorno e cardiomegalia
64
O que o ecocardiograma avalia na insuficiência mitral?
Gravidade da regurgitação, área do orifício regurgitante, tamanho do AE e VE
65
Qual é o primeiro passo no tratamento da insuficiência mitral primária?
Avaliação da gravidade anatômica da insuficiência mitral
66
Qual conduta deve ser adotada se a insuficiência mitral for discreta ou moderada?
Seguimento individualizado de acordo com a etiologia
67
Após confirmar insuficiência mitral importante, qual é o próximo passo?
Avaliar a etiologia (reumática, prolapso, outras causas)
68
Qual o passo seguinte após avaliar a etiologia da insuficiência mitral importante?
Avaliar sintomas, especialmente dispneia
69
Qual conduta é indicada se o paciente com insuficiência mitral importante apresenta dispneia?
Indicação de intervenção: cirurgia (plástica ou troca valvar) ou transcateter
70
O que avaliar em pacientes assintomáticos com insuficiência mitral importante?
Presença de complicadores
71
Quais são os complicadores que indicam intervenção mesmo em pacientes assintomáticos com insuficiência mitral importante?
FEVE < 60%, DsVE ≥ 40 mm, PSAP ≥ 50 mmHg, FA de início recente
72
Qual conduta é indicada para paciente assintomático, sem complicadores, com insuficiência mitral importante?
Seguimento individualizado de acordo com a etiologia
73
Quais são as opções cirúrgicas para tratamento da insuficiência mitral?
Valvoplastia (em prolapso mitral) e MitraClip (clipagem da válvula)
74
O que é o MitraClip?
Técnica percutânea que grampeia as cúspides da válvula mitral para reduzir a regurgitação
75
Quais medidas clínicas são indicadas na insuficiência mitral sintomática?
Restrição hidrossalina, uso de diuréticos
76
Qual é a principal diferença no uso de vasodilatadores no tratamento da insuficiência mitral?
Indicados na insuficiência mitral primária, mas não na secundária
77
Qual é o foco do tratamento clínico na insuficiência mitral secundária?
Tratamento da cardiopatia de base (ex: insuficiência cardíaca)
78
Quais são as principais causas de estenose aórtica?
Degenerativa, congênita (aorta bicúspide) e febre reumática
79
Qual a malformação congênita mais comum associada à estenose aórtica?
Aorta bicúspide
80
Como evolui a prevalência da estenose aórtica com a idade?
Aumenta progressivamente com o envelhecimento
81
Como é o prognóstico da estenose aórtica sintomática sem tratamento?
Alta mortalidade e morbidade
82
Qual é a tríade clássica da estenose aórtica sintomática?
Dispneia, dor torácica (anginosa) e síncope (aos esforços)
83
Por que ocorre dor torácica na estenose aórtica?
Aumento da pressão intracavitária e redução da perfusão miocárdica
84
Por que ocorre síncope na estenose aórtica?
Hipoperfusão cerebral durante o esforço
85
Qual é a característica clássica do pulso na estenose aórtica grave?
Pulso parvus et tardus (lento e de baixa amplitude)
86
Como é o sopro da estenose aórtica?
Sopro sistólico ejetivo rude, crescendo-decrescendo, que irradia para fúrcula e carótidas
87
O que é o fenômeno de Gallavardin?
Sopro sistólico da estenose aórtica audível no foco mitral devido à vibração do anel calcificado
88
Quais alterações podem ser vistas no ECG em estenose aórtica?
Strain ventricular, sobrecarga de AE e VE
89
Qual achado na radiografia de tórax sugere estenose aórtica?
Cardiomegalia
90
O que a tomografia de tórax pode mostrar na estenose aórtica?
Calcificação do anel da valva aórtica
91
Quais critérios ecocardiográficos definem estenose aórtica grave?
Área valvar < 1 cm² e gradiente transvalvar (∆P) > 40 mmHg
92
Qual é o Passo 1 no tratamento da estenose aórtica?
Avaliação da gravidade anatômica da estenose
93
Qual conduta é indicada em estenose aórtica discreta ou moderada?
Seguimento individualizado conforme etiologia
94
Qual é o Passo 2 após confirmar estenose aórtica importante?
Identificar a etiologia (degenerativa, bicúspide ou reumática)
95
Qual é o Passo 3 no fluxograma da estenose aórtica?
Avaliação de sintomas: dispneia, angina ou síncope
96
Qual conduta está indicada se o paciente apresentar sintomas (dispneia, angina ou síncope)?
Intervenção com TAVI, cirurgia ou VACB
97
O que avaliar em pacientes com estenose aórtica importante, mas assintomáticos?
Presença de complicadores
98
Quais são os complicadores que indicam intervenção na estenose aórtica mesmo em pacientes assintomáticos?
FEVE < 50%, teste ergométrico positivo, ou estenose aórtica crítica
99
Qual conduta é indicada se o paciente com estenose aórtica importante for assintomático e sem complicadores?
Seguimento individualizado conforme etiologia
100
O que significa TAVI?
Implante percutâneo de válvula aórtica (Transcatheter Aortic Valve Implantation)
101
Quais são as três opções de intervenção para estenose aórtica importante com indicação?
TAVI, cirurgia convencional, ou VACB (valvotomia aórtica com balão)
102
Qual é o método de troca valvar preferido para pacientes com estenose aórtica acima de 70 anos?
Troca valvar por cateter (TAVI)
103
Qual é o método de troca valvar preferido para pacientes com estenose aórtica abaixo de 50 anos?
Troca valvar cirúrgica
104
Quais são as duas medidas clínicas indicadas na estenose aórtica sintomática em espera de cirurgia?
Restrição hidrossalina e uso de diuréticos
105
Quais classes de medicamentos são contraindicadas na estenose aórtica?
Betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio
106
Quais são as principais causas da insuficiência aórtica?
Degenerativa, reumática, congênita (aorta bicúspide) e dilatação do anel aórtico
107
Como é classificada a insuficiência aórtica?
Primária ou secundária ## Footnote Ex.: aneurisma da aorta
108
Quais são os três principais sintomas da insuficiência aórtica?
Dispneia aos esforços, síncope e angina
109
Qual o mecanismo da angina na insuficiência aórtica?
Redução da pressão de perfusão coronária
110
Qual é o sopro típico da insuficiência aórtica?
Sopro diastólico
111
O que é o pulso de Corrigan?
Pulso em martelo d’água – colapso rápido após pulso amplo
112
O que é o sinal de Musset?
Balanço rítmico e involuntário da cabeça com o pulso arterial
113
O que é o sinal de Muller?
Pulsação visível da úvula
114
O que é o sinal de Quincke?
Pulsação capilar visível no leito ungueal
115
Quais achados no ECG podem estar presentes na insuficiência aórtica?
Fibrilação atrial e padrão de strain ventricular
116
Quais achados na radiografia de tórax sugerem insuficiência aórtica?
Dilatação do botão aórtico, ectasia (4–5 cm) ou aneurisma (> 5 cm)
117
O que o ecocardiograma avalia na insuficiência aórtica?
Área do orifício regurgitante e volume regurgitante
118
Qual é o passo 1 no tratamento da insuficiência aórtica?
Avaliação da gravidade anatômica da insuficiência aórtica
119
Qual conduta é indicada se a insuficiência aórtica for discreta ou moderada?
Seguimento individualizado conforme a etiologia
120
Qual é o passo 2 após confirmar insuficiência aórtica importante?
Identificar a etiologia (reumática, degenerativa, bicúspide, aortopatia)
121
Qual é o passo 3 no tratamento da insuficiência aórtica?
Avaliação de sintomas: dispneia, síncope e angina
122
Qual conduta é indicada em paciente com insuficiência aórtica importante e sintomática?
Cirurgia (troca valvar)
123
O que avaliar em pacientes assintomáticos com insuficiência aórtica importante?
Presença de complicadores (FEVE < 50%, dilatação ventricular)
124
Quais valores de dilatação indicam cirurgia em pacientes reumáticos assintomáticos com insuficiência aórtica?
DDVE > 75 mm ou DSVE > 55 mm
125
Quais valores de dilatação indicam cirurgia em pacientes não reumáticos com insuficiência aórtica?
DDVE > 70 mm ou DSVE > 50 mm
126
Qual valor de FEVE indica cirurgia mesmo em paciente assintomático?
FEVE < 50%
127
Qual conduta é indicada se o paciente assintomático não tiver complicadores?
Seguimento individualizado conforme a etiologia