Abdome Agudo Hemorrágico Flashcards

(47 cards)

1
Q

Caracteriza-se pela presença de sangue livre na cavidade abdominal (hemoperitônio) de origem não traumática.

A

Abdome Agudo Hemorrágico

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2
Q

Não confundir ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO com HEMORRAGIA DIGESTIVA, pois, nesse último:

A

O sangue está dentro do TGI e não livre na cavidade peritoneal.

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3
Q

CAUSAS MAIS COMUNS DE ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

A

Gravidez ectópica rota

Cisto ovariano roto

Ruptura de aneurisma de aorta abdominal (AAA)

Ruptura de aneurisma de artéria esplênica

Ruptura esplênica e hepática espontânea

Adenoma hepático roto

Discrasias sanguíneas

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4
Q

Causa mais comum de ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO :

A

Gravidez Ectópica

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5
Q

Geralmente o paciente apresenta-se com dor abdominal intensa associada a alterações hemodinâmicas secundárias à perda sanguínea (palidez, sudorese fria, pulsos filiformes, taquicardia, hipotensão, taquipneia, RNC).

A

ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

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6
Q

Ambos os Sinais são causados por irritação do nervo frênico no diafragma pelo sangue livre na cavidade peritoneal:

(1) dor referida no ombro, para patologias ginecológicas

(2) dor no ombro esquerdo, devido ruptura esplênica,

A

(1) Sinal de Lafond

(2) Sinal de Kehr

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7
Q

DOR ABDOMINAL AGUDA + CHOQUE HIPOVOLÊMICO =

A

ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO

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8
Q

O Tratamento do Abdome agudo hemorrágico, assim como o do trauma abdominal com lesão de víscera maciça, envolve:

A

Tratar o choque: hidratação EV com cristaloide através de acesso venoso periférico, transfusão sanguínea (se necessária).

Controle da hemorragia imediato: quase sempre cirúrgico, por meio de laparotomia exploradora.

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9
Q

A Laparoscopia está contraindicada no paciente

A

Instável hemodinamicamente

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10
Q

A maioria dos casos de Gravidez Ectópica ocorre na (1) e é mais frequente do (2)

A

(1) tuba uterina (96%)

(2) lado direito

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11
Q

A localização mais comum da Gestação ectópica é na:

A

Região ampular da tuba uterina

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12
Q

No entanto, a rotura na Gestação Ectópica é mais frequente na

A

Região ístmica

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13
Q

PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA GESTAÇÃO ECTÓPICA

A
  • História de doença inflamatória pélvica
  • Gravidez tubária anterior
  • Cirurgia tubária anterior
  • História de endometriose
  • Dispositivo intrauterino permanente (DIU)
  • Tabagismo
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14
Q

Devemos suspeitar de um abdome agudo hemorrágico por gravidez ectópica rota na paciente em idade reprodutiva, com histórico de

A

Amenorreia, sangramento vaginal anormal, que cursa com dor abdominal súbita, de forte intensidade, contínua, inicialmente no abdome inferior, e sinais de choque (taquicardia, hipotensão, sudorese, lipotimia).

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15
Q

Se houver sangramento intraabdominal suficiente para atingir o diafragma, ela pode apresentar dor no ombro, devido à irritação diafragmática =

A

Sinal de Lafond

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16
Q

Um sinal clínico que também pode estar presente, consiste na presença de equimose periumbilical, indicativo de hemorragia intra-abdominal =

A

Sinal de Cullen

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17
Q

No exame especular da Gravidez Ectópica, pode haver abaulamento do fundo de saco de Douglas, indicando a presença de:

A

Hemoperitônio

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18
Q

Durante o toque vaginal na Gravidez Ectópica, ao comprimir-se o fundo de saco, a paciente apresenta dor de forte intensidade, sinal conhecido como:

A

Sinal de Proust ou “grito de Douglas”

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19
Q

O diagnóstico da Gravidez Ectópica é baseado no quadro clínico de dor abdominal aguda, história de atraso menstrual, sangramento vaginal e sinais de choque, em uma paciente em idade fértil, com BHCG positivo e ultrassonografia abdominal e/ou transvaginal evidenciando:

A
  • Líquido livre na cavidade (hemoperitônio);
  • Ausência de gestação intrauterina;
  • Massa extrauterina complexa (saco gestacional), geralmente na tuba uterina.
20
Q

GESTAÇÃO ECTÓPICA =

A

BHCG SEMPRE POSITIVO

21
Q

O tratamento da gravidez ectópica rota é cirúrgico de emergência. Geralmente, o acesso à cavidade abdominal é por laparotomia convencional, uma vez que instabilidade hemodinâmica é contraindicação à laparoscopia. A cirurgia mais comumente realizada é a:

A

Salpingectomia

22
Q

A ruptura fisiológica de pequenos cistos foliculares que ocorre a cada ciclo ovulatório geralmente não é significativa clinicamente. Na maioria das mulheres, é assintomática ou há dor leve no meio do ciclo (também conhecida como mittelschmerz ou “dor do meio”). Mas, pode ocorrer sangramento significativo e evoluir para um abdome agudo hemorrágico.

A

CISTO OVARIANO ROTO

23
Q

A apresentação clássica da Ruptura de Cisto Ovariano é:

A

início súbito de dor intensa, unilateral e localizada no quadrante inferior do abdome (direito ou esquerdo), geralmente durante atividades físicas extenuantes, como exercícios ou relações sexuais.

24
Q

Para o Diagnóstico de CISTO OVARIANO ROTO, é importante excluir a gravidez ectópica rota por meio da:

A

dosagem do BHCG

25
Excluindo uma Gravidez Ectópica Rota, o diagnóstico de Cisto Ovariano Roto pode ser feito pela ultrassonografia, em que será visualizada
**massa anexial e líquido livre na pelve.**
26
Pacientes com ruptura de cisto ovariano geralmente sangram uma quantidade pequena ou moderada e o sangramento é autolimitado, podendo ser conduzida de forma conservadora, com internação, repouso, hidratação endovenosa, analgesia, controle hematimétrico, exame físico e ultrassonografia seriados. No entanto, se a paciente já se apresentar com instabilidade hemodinâmica ou houver falha durante a observação clínica, o tratamento deverá ser cirúrgico, com:
**Laparotomia ou laparoscopia (se estável) e controle da hemorragia por meio de uma *cistectomia ou ooforectomia*.**
27
O aneurisma da aorta abdominal (AAA) é mais frequente no: segmento
**Infrarrenal**
28
**FATORES DE RISCO** PARA ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA)
Diâmetro do aneurisma superior a 5,5 cm (diretamente proporcional ao risco de rotura). Aneurisma sacular. Crescimento > 0,5 cm em 6 meses ou > 1 cm em um ano. Aneurismas sintomáticos. Tabagismo. Sexo feminino. DPOC. Transplantado cardíaco ou renal.
29
O principal fator de risco para Ruptura de um Aneurisma de Aorta Abdominal é o
**diâmetro**
30
A **TRÍADE CLÁSSICA do Aneurisma Abdominal Roto** está presente em 50% dos casos e é composta por:
- **Dor abdominal e/ou lombar intensa** - **Hipotensão** - **Massa abdominal pulsátil**
31
Um **sinal clínico** que pode estar presente na ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA) é a presença de equimose em flancos, indicativo de hemorragia retroperitoneal (também presente nos casos de pancreatite necrohemorrágica):
**Sinal de Grey-Turner**
32
Sobre o **Diagnóstico**, em pacientes com suspeita de ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA), **ESTÁVEIS hemodinamicamente**, é um exame útil para o planejamento cirúrgico:
**ANGIOTOMOGRAFIA**
33
Sobre o **Diagnóstico**, em pacientes com suspeita de ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA), **INSTÁVEIS hemodinamicamente**, esse exame pode ser realizado, mas não é obrigatório:
**ULTRASSONOGRAFIA**
34
Pacientes sabidamente portadores de **ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL (AAA) ÍNTEGRO** que se apresentam com quadro clínico típico (dor abdominal/dorsal, massa pulsátil e hipotensão) e instabilidade hemodinâmica não necessitam de nenhum exame complementar e devem:
ser levados imediatamente ao centro cirúrgico para controle imediato da hemorragia e reparo do aneurisma
35
Quando o AAA roto é identificado, o **reparo deve ser realizado imediatamente** para que o paciente tenha chance de sobrevivência. A reposição volêmica é essencial nessas ocasiões. Apesar disso, há um **conceito de que evitar reposição volêmica agressiva e permitir uma pressão arterial sistólica tão baixas quanto 50 a 70 mmHg**, sendo uma estratégia útil para prevenir mais lacerações da aorta e limitar a perda sanguínea, devendo ser considerada para os pacientes conscientes, ou seja, sem sinais de hipoperfusão cerebral.
**HIPOTENSÃO PERMISSIVA**
36
Outra estratégia importante no tratamento de ROTURA DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL, principalmente nos pacientes **instáveis**, consiste na **passagem percutânea de um balão que deverá ser insuflado na aorta proximal ao aneurisma roto, antes do reparo aberto ou endovascular, permitindo, dessa forma, controle do sangramento e melhora hemodinâmica**:
**Passagem do balão intra-aórtico**
37
Os aneurismas com ruptura podem ser reparados por 2 métodos:
* Cirurgia aberta convencional * Reparo endovascular (REVA):
38
Envolve a substituição do segmento aórtico roto por um enxerto protético, que pode ser simples ou bifurcado. As opções de enxerto são de poliéster (por exemplo, Dacron) e politetrafluoroetileno (PTFE).
**Cirurgia aberta convencional**
39
É a **via de escolha**, desde que haja disponibilidade e as condições anatômicas do aneurisma permitam. Envolve a colocação de endoprótese aórtica autoexpansível, que reveste a aorta e exclui o saco aneurismático da circulação, geralmente por meio de punção das artérias femorais. Essa técnica parece estar associado a uma menor morbidade e mortalidade perioperatória.
**Reparo endovascular (REVA)**
40
As principais contraindicações ao reparo endovascular dos aneurismas de aorta abdominal são:
* Aneurismas localizados na altura ou acima das artérias renais. * Colo aórtico < 0,7 cm. * Presença de trombo ou calcificação circunferencial na região proximal de fixação da prótese
41
Apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas, na anestesia cardiovascular e nos cuidados intensivos, a mortalidade cirúrgica após o reparo aberto do AAA rompido permanece alta, em torno de:
30 a 50%
42
Uma das **complicações** no reparo de AAA roto, e que as bancas adoram cobrar, é decorrente de uma *ligadura inadvertida da artéria mesentérica inferior, obstrução de seu óstio pela prótese aórtica ou mesmo pela hipotensão severa, comum nesses casos.*
**Isquemia Colônica**
43
O diagnóstico da Isquemia Colônica é feito por
**Colonoscopia ou Sigmoidoscopia**
44
São causas de hemoperitônio, EXCETO: A. Rotura de útero. B. Rotura de Baço. C. Laceração renal. D. Laceração hepática.
C Os rins são órgãos RETROPERITONEAIS; portanto, a laceração renal NÃO é causa de hemoperitônio.
45
Presença de icterícia associada a vesícula biliar palpável e indolor em pacientes com câncer de pâncreas, recebendo o nome de
**Sinal de Courvoisier-Terrier**
46
Os sinais clássicos da pancreatite hemorrágica são:
Sinal de Cullen (equimoses periumbilicais) e Sinal de Grey-Turner (equimoses nos flancos)
47
Você está na emergência e atende uma mulher de 29 anos que apresentou quadro de dor súbita em fossa ilíaca esquerda há 2 horas, com náuseas e sem vômito. Apresenta ciclos menstruais normais e regulares. Durante o atendimento você verificou muita dor a palpação abdominal, porém sem sinais de irritação peritoneal. Dados vitais estáveis e RX com distribuição homogênea de gases intestinais. Com base nestes dados você provavelmente está diante de um abdome agudo de qual tipo? A. Inflamatório. B. Obstrutivo. C. Hemorrágico. D. Isquêmico.
D OBSERVAÇÕES: **Incorreta alternativa “c"**: O abdome agudo hemorrágico, assim como o abdome agudo perfurativo, também costuma ser caracterizado por dor de início abrupto, associado à redução dos ruídos hidroaéreos e irritação peritoneal. O abdome agudo hemorrágico em homens jovens, habitualmente é secundário à ruptura de um aneurismas víscerais e em mulheres, costuma estar associado à afecções ginecológicas como a gravidez tubária rota. Não raro, o abdome agudo hemorrágico costuma estar associado a alterações hemodinâmicas. **A ausência de irritação peritoneal e os ciclos menstruais normais, falam contra a presença de abdome agudo hemorrágico.** **Correta alternativa “d”** : A dor intensa de início abrupto, localizada em fossa ilíaca, associada a náuseas e vômitos, febre baixa e defesa abdominal caracterizam sintomas plenamente compatíveis com um quadro de **torção ovariana.**