Abdome Agudo Inflamatório - Colecistite e Colangite aguda Flashcards

1
Q

A metabolização da hemoglobina gera a biliverdina, que posteriormente é convertida em bilirrubina. A bilirrubina inicialmente formada é insolúvel em água e por isso é transportada no plasma ligada a albumina. Essa fração da bilirrubina é chamada de:

A

bilirrubina não conjugada ou bilirrubina indireta

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2
Q

Essa bilirrubina não conjugada é transportada até o fígado, onde é captada pelo hepatócito. No retículo endotelial do hepatócito, 80% da bilirrubina é conjugada pela enzima glucoronil-transferase ao ácido glicurônico. Aproximadamente 10% da bilirrubina é conjugada ao sulfato e 10% se junta a outras substâncias. Após a conjugação, a bilirrubina, que agora é chamada de (1), é excretada pelos hepatócitos para os dúctulos biliares.

A

bilirrubina conjugada ou bilirrubina direta

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3
Q

As principais causas de hiperbilirrubinemia às custas da bilirrubina indireta (não conjugada) são:

A

hemólise,

eritropoiese ineficaz,

síndrome de Gilbert,

síndrome de Crigler-Najjar,

icterícia neonatal fisiológica,

medicamentos (gentamicina e cloranfenicol).

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4
Q

Dentre as causas de hiperbilirrubinemia direta podemos citar:

A

Processos obstrutivos da via biliar,

hepatites virais

colestase intra-hepática da gravidez

síndrome de Dubin-Johnson

síndrome de Rotor

hepatopatia alcoólica,

medicamentos (esteroides anabolizantes, contraceptivos e eritromicina),

hepatite autoimune,

doença de Wilson,

colangite biliar primária e muitas outras condições colestáticas.

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5
Q

As principais causas de colestase intra-hepática são:

A

hepatites virais,

hepatite alcoólica,

hepatite medicamentosa,

cirrose biliar primária,

colangite esclerosante,

hepatopatia congestiva,

hepatite isquêmica,

gestação,

nutrição parenteral total,

sepse,

colestase pós-operatória benigna,

síndromes paraneoplásicas,

doença veno-oclusiva,

doença do enxerto versus hospedeiro,

doenças infiltrativas (linfoma e amiloidose)

e doenças infecciosas (tuberculose, malária e leptospirose).

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6
Q

Dentre as causas de colestase extra-hepática, tem-se:

A

colangiocarcinoma,

câncer pancreático,

câncer da vesícula biliar,

câncer ampular,

comprometimento de linfonodos da porta hepática,

coledocolitíase,

estenoses biliares,

colangite esclerosante,

pancreatite crônica,

colangiopatia da AIDS,

síndrome de Mirizzi e

ascaridíase.

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7
Q

Infiltração celular inflamatória crônica da vesícula biliar, cuja clínica é de cólica biliar, dor em epigástrio ou hipocôndrio direito, que pode irradiar para a escápula, causada pela obstrução temporária do ducto cístico e tende a ocorrer após as refeições, principalmente as ricas em lipídios.

A

Colecistite crônica

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8
Q

Síndrome de dor no quadrante superior direito, febre e leucocitose associada à inflamação da vesícula biliar.

A

Colecistite aguda

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9
Q

Na maioria dos casos (90%), desenvolve-se em pacientes com histórico de cálculos biliares sintomáticos.

A

Colecistite Aguda

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10
Q

É responsável por cerca de 5% a 10% dos casos de Colecistite aguda

A

Colecistite Acalculosa

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11
Q

A diferenciação entre cólica biliar e colecistite aguda é

A

o bloqueio não resolvido do ducto cístico

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12
Q

Na cólica biliar, a obstrução
é (1) e, na colecistite é (2), gerando o processo inflamatório.

A

(1) temporária
(2) constante

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13
Q

EPIDEMIOLOGIA

Colecistite aguda é a complicação mais comum da colelitíase (6% a 11% dos pacientes sintomáticos). Principais fatores de risco para a colelitíase são: (lembre-se do mnemônico dos 4 Fs, do inglês)

A
  • Sexo feminino (Female)
  • Idade > 40 anos (Forty)
  • Obesidade/dislipidemia (Fat)
  • Gravidez/multiparidade (Fertility)
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14
Q

1ª e 2ª maior causa de abdome agudo não obstétrico na gravidez?

A
  • 1ª apendicite aguda
  • 2ª colecistite aguda
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15
Q

Nos idosos, essa doença é a indicação de cirurgia de urgência mais frequente:

A

Colecistite Aguda

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16
Q

Qual a principal causa da Colecistite aguda?

A

Obstrução do ducto cístico, geralmente por cálculo impactado no infundíbulo.

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17
Q

A infecção da bile “estagnada” é considerada um fenômeno secundário e nem sempre ocorre. Por isso, no início do quadro, a inflamação da colecistite é dita “estéril”. As principais bactérias isoladas foram:

A

Escherichia coli (41%),
Enterococcus (12%),
Klebsiella (11%) e
Enterobacter (9 %) e
Anaeróbios (ex: Bacterioides fragilis).

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18
Q

A dor é constante, intensa e geralmente prolongada, superior a 4 horas a 6 horas. Pode irradiar-se para o ombro direito (sinal de Kehr) ou para a escápula direita. Geralmente vem associada a febre, náuseas, vômitos e anorexia.

A

Colecistite aguda

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19
Q

Síndrome decorrente da obstrução do ducto hepático comum, causada por compressão extrínseca de um cálculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula biliar.

A

Síndrome de Mirizzi

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20
Q

É o sinal mais importante no exame físico e que SEMPRE CAI EM PROVA, que consiste na interrupção abrupta da inspiração durante a palpação profunda do rebordo costal direito, ou ponto cístico. Esse sinal tem alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de colecistite aguda

A

SINAL DE MURPHY

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21
Q

QUAIS OS 5 PRINCIPAIS SINAIS, SINTOMAS E ACHADOS DA COLECISTITE CLÁSSICA:

A

✓ Dor em hipocôndrio direito constante, geralmente após ingesta alimentar

✓ Náuseas e vômitos

✓ Febre baixa

✓ Sinal de Murphy positivo

✓ Leucocitose

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22
Q

As 3 principais alterações laboratoriais da COLECISTITE AGUDA são:

A
  • leucocitose com desvio à esquerda;
  • aumento da proteína C reativa (PCR);
  • elevações leve a moderada da fosfatase alcalina, amilase sérica, bilirrubinas e transaminases
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23
Q

É O PRIMEIRO EXAME SOLICITADO NA SUSPEITA DE COLECISTITE AGUDA:

A

ULTRASSONOGRAFIA

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24
Q

ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NA COLECISTITE AGUDA

A

✓ espessamento da parede vesicular (≥ 4 mm) ou edema (sinal da dupla parede);

✓ cálculo impactado e imóvel no infundíbulo;

✓ aumento da vesícula biliar - hidropsia (eixo longo ≥ 8 cm, eixo curto ≥ 4 cm);

✓ líquido perivesicular (halo hipoecoico);

✓ sinal de Murphy ultrassonográfico: hipersensibilidade na topografia da vesícula notada durante a palpação com o transdutor do ultrassom;

✓ presença de gás no fundo da vesícula (sinal de Champagne), indicativa de colecistite enfisematosa;

✓ líquido livre na cavidade (perfuração de vesícula com coleperitônio)

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25
Q

É considerado o exame de imagem PADRÃO-OURO na investigação de Colecistite Aguda, quando a USG é duvidosa:

A

Cintilografia

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26
Q

A CINTILOGRAFIA POSITIVA PARA COLECISTITE AGUDA =

A

VESÍCULA NÃO VISÍVEL

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27
Q

Não é rotineiramente necessária para diagnosticar colecistite aguda. Geralmente, é solicitada para descartar complicações de colecistite aguda em pacientes com sepse, ou seja, necrose ou gangrena da parede vesicular (mais comum), abscesso perivesicular (perfuração bloqueada), peritonite generalizada com coleperitônio (perfuração), empiema de vesícula, abscesso hepático, colecistite enfisematosa ou obstrução intestinal (íleo biliar).

A

TOMOGRAFIA

TC é menos sensível que a USG para o diagnóstico de colecistite aguda

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28
Q

Tem sensibilidade e especificidade para colecistite aguda de aproximadamente 90% a 97% e 71% a 90 %, respectivamente, e é mais confiável em pacientes não ictéricos, com BT < 5 mg/dL.

A

Cintilografia

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29
Q

MODO DE REALIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA CINTILOGRAFIA

A

É realizada com a injeção intravenosa do ácido iminodiacético (HIDA) marcado com tecnécio 99m, que é absorvido seletivamente pelos hepatócitos e excretado na bile. Geralmente, a visualização do contraste no ducto biliar comum, na vesícula e no duodeno, ocorre dentro de 30 a 60 minutos.

Se a vesícula não for visualizada, pode-se obter imagens tardias, após 3 a 4 horas, ou aplicar morfina, que determina a contração do esfíncter de Oddi, com consequente refluxo da bile através do colédoco.

Se a vesícula biliar for preenchida após 30 minutos da aplicação da morfina, afasta o diagnóstico de colecistite aguda.

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30
Q

A cintilografia hepatobiliar com ácido iminodiacético pode auxiliar no diagnóstico diferencial entre:

A

Colecistite Aguda e Pancreatite Aguda

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31
Q

ACHADOS TOMOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS QUADROS DE COLECISTITE AGUDA

A

✓ edema e espessamento de parede vesicular;

✓ realce da parede da vesícula;

✓ vesícula biliar túrgida, distendida;

✓ cálculo impactado no
infundíbulo;

✓ líquido perivesicular ou livre na cavidade (coleperitônio);

✓ bile de alta atenuação;

✓ a presença de interface gás-bile, ou presença de ar em parede vesicular sugere que a bactéria relacionada seja do gênero Clostridium, indicativa de colecistite enfisematosa;

✓ perdas de contornos da vesícula biliar e realce heterogêneo do parênquima hepático.

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32
Q

É um sinal dado pela presença de gás no fundo da vesícula, indicativo de colecistite enfisematosa;

A

Sinal de Champagne

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33
Q

Assim como a tomografia, esse exame estaria indicado quando o diagnóstico definitivo não é dado pela USG e na suspeita de complicações da Colecistite Aguda.

A

RNM

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34
Q

COMPLICAÇÕES DA COLECISTITE AGUDA:

A
  1. COLECISTITE GANGRENOSA
  2. PERFURAÇÃO
  3. ABSCESSO HEPÁTICO
  4. COLECISTITE ENFISEMATOSA
  5. EMPIEMA DE VESÍCULA BILIAR
  6. FÍSTULA COLECISTOENTÉRICA
  7. ÍLEO BILIAR
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35
Q

É a complicação mais comum da Colecistite (até 20% dos casos), mais frequente na Colecistite Alitiásica. Acomete, principalmente, pacientes do sexo masculino, idosos e diabéticos:

A

COLECISTITE GANGRENOSA

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36
Q

Essa complicação é uma evolução da necrose da parede e ocorre, principalmente, no fundo da vesícula biliar. Pode haver formação de abscesso perivesicular ou, se ocorrer livre para a cavidade, coleperitônio com peritonite difusa, o que aumenta as taxas de mortalidade. A presença de coleperitônio exige tratamento cirúrgico de urgência (colecistectomia):

A

PERFURAÇÃO

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37
Q

Essa complicação ocorre por disseminação direta da infecção biliar (colecistite, colangite), que está presente em 40% a 60% dos casos. As manifestações clínicas típicas são febre, presente em 90% dos casos, e dor abdominal. Ultrassom e tomografia computadorizada são os exames de imagem normalmente usados para identificação. O tratamento consiste em antibioticoterapia e drenagem.

A

ABSCESSO HEPÁTICO

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38
Q

Essa complicação ocorre nos casos de colecistite aguda com infecção secundária da parede da vesícula por bactérias formadoras de gás, como o Clostridium (Ex: Clostridium perfringens, Clostridium welchii). A clínica é semelhante à da colecistite aguda:

A

COLECISTITE ENFISEMATOSA

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39
Q

Complicação que pode apresentar crepitação da parede abdominal, sendo este um sinal bastante sugestivo. Acomete principalmente homens, com idade superior a 60 anos e
diabéticos.

A

COLECISTITE ENFISEMATOSA

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40
Q

É considerado o melhor exame para o diagnóstico de colecistite enfisematosa, que demonstra a presença de interface gás-bile, ou ar na parede vesicular.

A

TC DE ABDOME

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41
Q

Nessa complicação da Colecistite Aguda, normalmente, o paciente apresenta febre, além de massa palpável e dolorosa no hipocôndrio direito.

A

Empiema da Vesícula Biliar

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42
Q

Essa complicação resulta da perfuração da vesícula biliar diretamente na luz intestinal.

A

Fístula Colecistoentérica

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43
Q

A maioria das fístulas colecistoentéricas é do tipo:

A

Fístula colecistoduodenal

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44
Q

Cerca de 15% das físculas colecistoentéricas são do tipo colecistocolônicas, e são mais comuns na topografia de:

A

Flexão hepática

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45
Q

A fístula colecistoentérica complica em

A

2% a 3% de todos os casos de litíase na vesícula biliar

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46
Q

É uma complicação rara de litíase vesicular que ocorre com uma frequência de 0,3% a 0,5% dos casos e 2% a 3% na presença de colecistite aguda. Acomete, principalmente, pacientes do sexo feminino e idosos. Pode apresentar a síndrome de Mirizzi coexistente.

A

Íleo Biliar

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47
Q

Caracteriza-se pela impactação de um ou mais cálculos vesiculares no intestino. Decorre da passagem de um cálculo, geralmente maior que 2,5 cm, através de uma fístula colecistoduodenal, que geralmente se impacta no íleo terminal, próximo à válvula ileocecal, causando um quadro de obstrução intestinal alta, com dor e distensão abdominal associadas a vômitos bilioso:

A

Íleo Biliar

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48
Q

Síndrome decorrente de cálculo biliar que é impactado dentro do canal pilórico ou duodeno, causando obstrução da saída gástrica. Os sintomas apresentados são início abrupto de dor epigástrica, náuseas e vômitos

A

Síndrome de Bouveret

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49
Q

O diagnóstico do ÍLEO BILIAR é confirmado por exames de imagem, sendo o exame de escolha:

A

Tomografia de abdome

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50
Q

ACHADOS TOMOGRÁFICOS DO ÍLEO BILIAR

A

✓ Espessamento da parede da vesícula biliar.

✓ Pneumobilia (aerobilia) – 30% a 60% dos pacientes, é um achado inespecífico.

✓ Padrão de obstrução intestinal alta (distensão de alças, níveis hidroaéreos, empilhamento de moedas).

✓ Cálculo biliar > 2,5 cm impactado no íleo terminal.

51
Q

ACHADOS RADIOGRÁFICOS DO ÍLEO TERMINAL – TRÍADE DE RIEGLER

A

✓ Sinais de obstrução intestinal alta (distensão de alças, níveis hidroaéreos, “empilhamento de moedas”).

✓ Pneumobilia (aerobilia) – difícil visualização à radiografia simples.

✓ Cálculo biliar ectópico, geralmente observado na fossa ilíaca direita (topografia do íleo terminal).

52
Q
  1. O tratamento do íleo biliar é cirúrgico de urgência:
  2. Se houver isquemia ou perfuração do segmento intestinal, é necessária sua:
A
  1. Laparotomia com enterotomia, retirada do cálculo e enterorrafia.
  2. Ressecção
53
Q

Na presença da síndrome de Bouveret isolada, em que o cálculo está impactado no piloro ou no duodeno, o tratamento de escolha é:

A

Litotripsia endoscópica do cálculo

54
Q

ÍLEO BILIAR - RESUMO

A

✓ Mulheres e idosos.

✓ Colelitíase, fístula bilioentérica e obstrução intestinal.

✓ Local mais comum da obstrução: íleo terminal.

✓ Tríade de Riegler (radiografia de abdome): obstrução de delgado, cálculos biliares ectópicos e pneumobilia.

✓ Diagnóstico: geralmente por tomografia (obstrução intestinal alta, cálculo > 2,5 cm no íleo terminal, PNEUMOBILIA).

✓ Tratamento: laparotomia e enterotomia.

✓ Pacientes de baixo risco: acrescentar procedimento íleo-biliar (colecistectomia e fechamento da fístula).

55
Q

É definida como obstrução do ducto hepático comum, causada por compressão extrínseca de um cálculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula biliar. Pacientes podem apresentar icterícia, febre e dor no quadrante superior direito.

A

Síndrome de Mirizzi

56
Q

TIPOS DE SÍNDROME DE MIRIZZI

TIPO 1:

TIPO 2:

TIPO 3:

TIPO 4:

TIPO 5:

A

TIPO 1: COMPRESSÃO EXTRÍNSECA DO DUCTO BILIAR COMUM, POR UM CÁLCULO IMPACTADO.

TIPO 2: FÍSTULA COLECISTOBILIAR ENVOLVENDO 1/3 DA CIRCUNFERÊNCIA DO DUCTO BILIAR COMUM, DEVIDO À EROSÃO PELO CÁLCULO.

TIPO 3: FÍSTULA COLECISTOBILIAR ENVOLVENDO 2/3 DA CIRCUNFERÊNCIA DO DUCTO BILIAR COMUM.

TIPO 4: FÍSTULA COLECISTOBILIAR ENVOLVENDO A CIRCUNFERÊNCIA DO DUCTO BILIAR COMUM.

TIPO 5: QUALQUER TIPO COM A FÍSTULA COLECISTOENTÉRICA.

- 5A: SEM ÍLEO BILIAR
- 5B: COM ÍLEO BILIAR

57
Q

Nas Diretrizes de Tokyo são estabelecidos CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS e CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE da colecistite e colangite aguda, bem como a CONDUTA TERAPÊUTICA.

Os critérios de diagnóstico do TG18 para colecistite aguda constituem a combinação de achados clínicos, laboratoriais e de imagem para diagnóstico.

Repare que, para o diagnóstico definitivo, SEMPRE é necessário um exame de imagem.

TAIS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS SÃO:

A

A. Sinais locais de inflamação

1) Sinal de Murphy.
2) Massa QSD*/dor/sensibilidade.

*Quadrante superior direito.

B. Sinais sistêmicos de inflamação

1) Febre.
2) PCR Elevado.
3) Contagem elevada de leucócitos.

C. Resultados da imagem
Achados de imagem característicos da colecistite aguda.

- Diagnóstico suspeito: 1 item em A + 1 item em B.

- Diagnóstico definitivo: 1 item em A + 1 item em B + C

58
Q

Nas Diretrizes de Tokyo são estabelecidos CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS e CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE da colecistite e colangite aguda, bem como a CONDUTA TERAPÊUTICA.

TAIS CRITÉRIOS DE GRAVIDADE SÃO:

A

Colecistite aguda grau III (grave): associada à disfunção de qualquer um dos seguintes órgãos / sistemas:

1) Disfunção cardiovascular: hipotensão que requer tratamento com dopamina ≥ 5 μg/kg por minuto ou qualquer dose de noradrenalina.

2) Disfunção neurológica: diminuição do nível de consciência.

3) Disfunção respiratória: relação PaO2/FiO2 < 300.

4) Disfunção renal: oligúria, creatinina > 2,0 mg/dl.

5) Disfunção hepática: PT - INR > 1,5.

6) Disfunção hematológica: contagem de plaquetas < 100.000/mm³.

Colecistite aguda grau II (moderada): associada a qualquer uma das seguintes condições:

1) Contagem elevada de leucócitos (> 18.000/mm³).
2) Massa macia palpável no quadrante abdominal superior direito.
3) Duração das reclamações > 72h.
4) Inflamação local marcada (colecistite gangrenosa, abscesso pericolecístico, abscesso hepático, peritonite biliar, colecistite enfisematosa).

Colecistite aguda grau I (leve):

A colecistite aguda “Grau I” não atende aos critérios de colecistite aguda “Grau III” ou “Grau II”.
Também pode ser definida como colecistite aguda em um paciente saudável, sem disfunção orgânica e alterações inflamatórias leves na vesícula biliar, tornando a colecistectomia um procedimento cirúrgico seguro e de baixo risco.

59
Q

A base do TRATAMENTO da colecistite aguda é a COLECISTECTOMIA, preferencialmente por via (1). Além disso, o momento da cirurgia depende da gravidade dos sintomas e do risco cirúrgico do paciente. Além da cirurgia, é primordial os cuidados de suporte com jejum oral, hidratação intravenosa, correção de distúrbios eletrolíticos, analgesia e antibióticos.

A

Laparoscópica

60
Q

USO DE ATB NA COLECISTITE

1. Colecistite aguda não complicada:

2. Colecistite aguda complicada:

A
  1. Colecistite aguda não complicada: antibioticoprofilaxia.
  2. Colecistite aguda complicada: antibioticoterapia (4 a 7 dias).
61
Q

TRATAMENTO DA COLECISTITE AGUDA

1- Colecistite aguda -paciente de baixo risco (ASA I e II) =

A

COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA PRECOCE (até 72 horas) e ANTIBIOTICOPROFILAXIA.

62
Q

TRATAMENTO DA COLECISTITE AGUDA

2- Colecistite aguda - paciente de alto risco (ASA III, IV e V) =

A

ANTIBIOTICOTERAPIA

Se houver falha no tratamento conservador = DRENAGEM DA VESÍCULA BILIAR / COLECISTECTOMIA

63
Q

TRATAMENTO DA COLECISTITE AGUDA

3- Colecistite aguda – paciente instável =

A

COLECISTOSTOMIA (drenagem percutânea da vesícula biliar guiada por exame de imagem – USG ou TC) e ANTIBIOTICOTERAPIA.

Se houver falha = COLECISTECTOMIA.

  • Colecistectomia após 3 a 6 meses se condições as clínicas forem favoráveis.
  • Extração percutânea/litotripsia pela colecistotomia se mantiver alto risco cirúrgico.
64
Q

CONDUTA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE TOKYO

1. BAIXO RISCO (ASA ≤ 2)

TOKYO I: .

TOKYO II:

TOKYO III SEM DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA/RESPIRATÓRIA/BT
≥ 2 mg/dl
:

2. ALTO RISCO (ASA ≥ 3)

TOKYO I:

TOKYO II:

TOKYO III COM DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA/RESPIRATÓRIA/ BT ≥ 2 mg/dl:

A

1. BAIXO RISCO (ASA ≤ 2)

TOKYO I: COLECISTECTOMIA PRECOCE.

TOKYO II: COLECISTECTOMIA PRECOCE.

TOKYO III SEM DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA/RESPIRATÓRIA/BT
≥ 2 mg/dl
: COLECISTECTOMIA PRECOCE (após reanimação).

2. ALTO RISCO (ASA ≥ 3)

TOKYO I: ATB = PROGRAMAR COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA ELETIVA.

TOKYO II: ATB COM OU SEM COLECISTOSTOMIA = PROGRAMAR COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA ELETIVA.

TOKYO III COM DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA/RESPIRATÓRIA/ BT ≥ 2 mg/dl: COLECISTOSTOMIA = PROGRAMAR COLECISTECTOMIA SE HOUVER MELHORA DO RISCO CIRÚRGICO.

65
Q

Vamos resumir o tratamento da colecistite aguda calculosa:

1. Paciente estável, baixo risco cirúrgico (ASA I ou II):

2. Paciente estável, alto risco cirúrgico (ASA≥ 3):

3. Paciente instável, com disfunção orgânica:

A

1. Paciente estável, baixo risco cirúrgico (ASA I ou II): colecistectomia, preferencialmente laparoscópica. Antibioticoprofilaxia.

2. Paciente estável, alto risco cirúrgico (ASA≥ 3): antibioticoterapia e programação de colecistectomia eletiva.

3. Paciente instável, com disfunção orgânica: antibioticoterapia e drenagem percutânea trans-hepática da vesícula biliar guiada por exame de imagem (USG ou TC) (colecistostomia).

66
Q

Na Colecistectomia aberta, é a incisão mais utilizada.

A

Incisão subcostal direita (Kocher)

67
Q

Em regra, segundo a escala de gravidade de Tokyo, as colecistostomias percutâneas estão indicadas para pacientes com qual grau de classificação?

A

Colecistite Aguda Grau III

68
Q

Devido ao intenso processo inflamatório que dificulta a identificação segura da via biliar, pode ser necessário colecistectomia parcial, deixando-se a parede posterior aderida ao fígado, com cauterização da mesma e drenagem da cavidade.

Essa técnica é chamada de:

A

Técnica de Torek

69
Q

VISÃO CRÍTICA DA SEGURANÇA:

A

É importante na colecistectomia laparoscópica, e consiste na exposição adequada do trígono de Calot, por meio da tração cranial do fundo da vesícula e ínfero-lateral direita do infundíbulo, dissecando e deixando o trígono livre de todos os tecidos, exceto o ducto cístico e a artéria, que devem ser identificadas antes da secção

70
Q

Quais são os limites do trígono de Calot:

✓ Superior:
✓ Inferior:
✓ Medial:
✓ Contém…

A

✓ Superior: borda hepática.
✓ Inferior: ducto cístico.
✓ Medial: ducto hepático comum.
✓ Contém a artéria cística.

71
Q

Geralmente, acomete pacientes gravemente enfermos, que necessitam de cuidados intensivos. Está associada a altas taxas de morbimortalidade, pois há uma maior incidência de complicações (50% podem apresentar gangrena de parede e 10%, perfuração).

A

COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA

72
Q

A COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA é mais frequente no sexo

A

masculino.

73
Q

A maioria dos pacientes com COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA apresenta múltiplos Fatores de Risco, sendo os principais:

A

Infecções/ Sepse/ Hipotensão

Trauma grave

Uso prolongado de nutrição parenteral total,

Pós-operatório de Cirurgia Não Biliar,

Grandes Queimados,

Diabetes e imunossupressão.

74
Q

Qual o método Diagnóstico para COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA

A

Ultrassonografia

75
Q

O Tratamento da COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA é semelhante ao da Colecistite Aguda Litiásica, e inclui:

  • Medidas de suporte:
  • BAIXO RISCO CIRÚRGICO E ANESTÉSICO (ASA ≤ 2):
  • ALTO RISCO CIRÚRGICO E ANESTÉSICO (ASA ≥ 3), INSTÁVEIS:
A
  • Medidas de suporte: jejum, hidratação, correção hidroeletrolítica, controle da dor e antibioticoterapia de largo espectro (colher hemocultura antes).
  • BAIXO RISCO CIRÚRGICO E ANESTÉSICO (ASA ≤ 2): colecistectomia VLP.
  • ALTO RISCO CIRÚRGICO E ANESTÉSICO (ASA ≥ 3), INSTÁVEIS: COLECISTOSTOMIA (drenagem percutânea da vesícula biliar guiada por exame de imagem)
76
Q

Paciente com quadro de colecistite litiásica e colangiografia peroperatória evidenciando cálculos em colédoco. Procedeu-se a coledocotomia com retirada dos cálculos e colocação de dreno de Kehr. Com relação ao dreno, a conduta no pós-operatório é:

A

Fechar o dreno quando o débito for menor que 500 ml e retirar o dreno em 3 semanas, após colangiografia normal

OBSERVAÇÃO:

Se a drenagem estiver alta pelo dreno de Kehr, isso mostra que há estenose abaixo do dreno, não indicando o fechamento do mesmo.

77
Q

OBSERVAÇÕES DA COLECISTOSTOMIA NA COLELITÍASE AGUDA ALITIÁSICA:

Aproximadamente 90% dos pacientes melhoram com a drenagem. O dreno pode ser retirado após resolução da colecistite e drenagem mínima (< 10 ml, geralmente, após 4 a 6 semanas). Como a recorrência é baixa, não está indicada colecistectomia posteriormente.

A
78
Q

É a segunda causa de abdome agudo não obstétrico na gestante (1-6: 10.000)

A

COLECISTITE AGUDA

79
Q

GESTANTE COM COLECISTITE

O tratamento ideal para a colecistite aguda depende da idade gestacional:

✓ Baixo risco (ASA ≤ 2):

  • 1º e 2º trimestre:
  • 3° trimestre:

✓ Alto risco (ASA ≥ 3), instável:

A

✓ Baixo risco (ASA ≤ 2):

  • 1º e 2º trimestre: colecistectomia laparoscópica.
  • 3° trimestre: administrar antibióticos, postergar a colecistectomia para o pós-parto (6 semanas), pelo risco de trabalho de parto prematuro.

✓ Alto risco (ASA ≥ 3), instável: drenagem percutânea (colecistostomia).

80
Q

A colecistectomia laparoscópica está indicada para gestante com colecistite aguda no 1º e 2º trimestres de gestação. No 3º trimestre, a melhor conduta é iniciar a antibioticoterapia e programar a colecistectomia para 6 semanas após o parto.

A
81
Q

Em qualquer trimestre de gestação, é a técnica preferida em mulheres grávidas:

A

Colecistectomia Laparoscópica

82
Q

É uma síndrome clínica, caracterizada por febre, icterícia e dor abdominal que se desenvolve como resultado de obstrução, estase e infecção no trato biliar.

A

COLANGITE AGUDA

83
Q

Causas mais frequentes de obstrução biliar:

A

✓ Cálculos biliares (28% a 70%)
✓ Estenose biliar benigna (5% a 28%)
✓ Malignidade (10% a 57%)

84
Q

A Colangite Aguda é causada principalmente por infecção bacteriana em um paciente com obstrução biliar. Outro fator importante: aumento da pressão intraluminal entre 18 cmH2O e 29 cmH2O. De um modo geral, a flora bacteriana na colangite aguda é polimicrobiana.

Quais os 3 patógenos mais isolados?

A

E. coli é a principal bactéria Gram negativa isolada (25% a 50%)

Klebsiella (15% a 20%) e

Enterobacter (5% a 10%)

OUTROS:

Bacilos gram-negativos (Pseudomonas) e anaeróbios, como Bacteroides e Clostridium, também podem estar presentes como parte de uma infecção mista.

85
Q

TRÍADE DE CHARCOT =

A

Dor abdominal, febre e icterícia (presente em 50% a 75% dos casos).

A dor abdominal não apresenta sinais de peritonite.

86
Q

PÊNTADE DE REYNOLDS =

A

Dor abdominal, febre, icterícia, hipotensão e alteração do sensório(sonolência, confusão mental, torpor).

Presente na colangite aguda grave.

87
Q

As principais alterações laboratoriais na COLANGITE AGUDA são:

A

✓ leucocitose com desvio à esquerda;

✓ aumento da proteína C reativa (PCR);

✓ elevações da fosfatase alcalina, gama glutamil transpeptidase e de bilirrubinas (predominantemente a fração direta).

✓ pode haver um aumento importante das transaminases, se houver necrose aguda de hepatócitos e formação de microabscessos no fígado.

88
Q

Para o Diagnóstico definitivo de Colangite Aguda, é necessário, obrigatoriamente, exame de imagem que demonstre dilatação da via biliar ou até mesmo o fator obstrutivo.

A
89
Q

Nesse exame, as alterações mais importantes incluem a dilatação biliar e visualização de cálculos no ducto biliar. Geralmente, consideramos um colédoco dilatado a partir de 6 mm.

A

ULTRASSONOGRAFIA DE ABDOME

90
Q

É um exame útil no diagnóstico de complicações locais, como abscesso hepático ou trombose da veia porta. Tem alta sensibilidade para identificar a dilatação do ducto biliar e pode identificar estenose biliar (por exemplo, carcinoma biliar, câncer de pâncreas ou colangite esclerosante), mas tem baixa sensibilidade para cálculos do ducto biliar.

A

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

91
Q

Esse exame pode delinear claramente o ducto biliar sem o uso de contraste e **POSSUI MAIOR PRECISÃO DIAGNÓSTICA NA IDENTIFICAÇÃO DA CAUSA DA OBSTRUÇÃO BILIAR quando comparada aos demais exames. É, geralmente, solicitada quando a USG ou a TC não fecham o diagnóstico.

A

COLANGIORESSONÂNCIA (CRNM)

92
Q

É um exame que tem excelente acurácia para o diagnóstico de coledocolitíase. Apresenta sensibilidade e especificidade de 97% e 90%, respectivamente. Em relação à colangiorressonância, tem a vantagem de identificar melhor cálculos pequenos (< 6 mm), mas também é um exame pouco disponível.

A

ECOENDOSCOPIA – ULTRASSOM ENDOSCÓPICO

93
Q

Esse exame utiliza a endoscopia e a fluoroscopia para injetar contraste por meio da ampola de Vater. É um exame diagnóstico e terapêutico para drenar a via biliar e retirar de cálculos, geralmente realizada após confirmação diagnóstica da colangite por exames de imagem menos invasivos (ultrassom, tomografia, colangiorressonância)

A

COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA - CPRE

94
Q

Complicação mais comum da CPRE

A

Pancreatite Aguda

95
Q

Outras complicações possíveis da CPRE:

A

Colangite,
Perfuração duodenal e
Sangramento

96
Q

CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO TOKYO TG18/TG13 PARA COLANGITE AGUDA

A. Inflamação sistêmica

  1. Febre (> 38 °C) e/ou calafrios.
  2. Dados laboratoriais: evidência de resposta inflamatória:
    ► contagem anormal dos leucócitos: < 4 ou > 10 x 1.000 / μL;
    ► aumento PCR ≥ 1 mg/dL;
    ► outras alterações indicando inflamação.

B. Colestase

  1. Icterícia (bilirrubina ≥ 2 mg/dL).
  2. Dados laboratoriais: marcadores de lesão hepática anormais (FA, GGT, TGO ou TGP > 1,5 vezes o limite superior do normal).

C. Imagem

  1. Dilatação biliar.
  2. Evidência da etiologia na imagem (estenose, cálculo, stent etc.).

INTERPRETAÇÃO DIAGNÓSTICA:

A

Diagnóstico suspeito: 1 item em A + 1 item em B ou C.

Diagnóstico definitivo: 1 item em A, 1 item em B e 1 item em C.

97
Q

As taxas de mortalidade para pacientes com colangite aguda grave são de aproximadamente

A

20% a 30%

98
Q

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DO TG18 PARA COLANGITE AGUDA

Colangite aguda grau III (grave): associada ao aparecimento de disfunção, pelo menos em qualquer um dos seguintes órgãos/sistemas:

Colangite aguda grau II (moderada): associada a 2 das seguintes condições:

Colangite aguda grau I (leve)

A

Colangite aguda grau III (grave): associada ao aparecimento de disfunção, pelo menos em qualquer um dos seguintes órgãos/sistemas:

1. Disfunção cardiovascular: hipotensão requerendo dopamina ≥ 5 μg/kg por minuto ou qualquer dose de noradrenalina.
2. Disfunção neurológica: perturbação da consciência.
3. Disfunção respiratória: relação PaO2 / FiO2 < 300.
4. Disfunção renal: oligúria, creatinina sérica > 2,0 mg/dl.
5. Disfunção hepática: PT ‐ INR > 1,5.
6. Disfunção hematológica: contagem de plaquetas < 100.000/mm3.

Colangite aguda grau II (moderada): associada a 2 das seguintes condições:
1. Contagem de leucócitos anormais (> 12.000/mm3, < 4.000/mm3).
2. Febre alta (≥ 39 °C).
3. Idade (≥ 75 anos).
4. Hiperbilirrubinemia (bilirrubina total ≥ 5 mg/dl).
5. Hipoalbuminemia (< DST × 0,7).

Colangite aguda grau I (leve)

A colangite aguda “Grau I” não atende aos critérios de Colangite Aguda “Grau III (grave)” ou “Grau II (moderado)” no diagnóstico inicial.

  • DST: limite inferior do valor normal
99
Q

O TRATAMENTO da colangite aguda baseia-se em:

A

✓ Medidas de suporte: jejum, hidratação intravenosa, correção de distúrbios eletrolíticos e controle da dor.

✓ Antibioticoterapia EV: cobrir bactérias Gram negativas, positivas e anaeróbios.

✓ Drenagem da via biliar.

100
Q

As vias de drenagem biliar mais utilizadas são:

A

endoscópica (CPRE)

transparieto-hepática

via cirúrgica

101
Q

É o tratamento de escolha PADRÃO-OURO, para a colangite aguda.

A

DRENAGEM ENDOSCÓPICA - CPRE

102
Q

É realizada quando a drenagem endoscópica não está disponível ou é malsucedida ou inacessível (por exemplo, anastomose em Y de Roux ou ressecção de Whipple ou estreitamento duodenal). No entanto, requer dilatação da via biliar intra-hepática, é mais invasiva e não deve ser realizada em pacientes com coagulopatias

A

DRENAGEM TRANSPARIETO-HEPÁTICA - DTPH

103
Q

É indicada para pacientes com alto risco de complicações com a CPRE ou CTPH. Feita com colocação de stent.

A

DRENAGEM POR ECOENDOSCOPIA

104
Q

Por tratar-se de pacientes geralmente graves, a técnica mais realizada é a coledocotomia e colocação de um tubo T (dreno de Kehr). Em pacientes hemodinamicamente estáveis, uma colecistectomia e a retirada do cálculo obstrutivo podem ser realizadas ao mesmo tempo

A

DRENAGEM CIRÚRGICA

105
Q

INDICAÇÕES DE DERIVAÇÃO BILEODIGESTIVA

A

✓ Necessária estabilidade hemodinâmica.

✓ Via biliar dilatada (> 2 cm) e/ou com múltiplos cálculos.

106
Q

Técnicas de DERIVAÇÃO BILEODIGESTIVA:

Hepatoduodenostomia látero-lateral:

Hepatojejunostomia em Y de Roux:

A

Hepatoduodenostomia látero-lateral: única anastomose e tem acesso endoscópico posteriormente. Maior risco de colangite recorrente, processo conhecido como síndrome de Sump (restos alimentares provenientes do duodeno, que obstruem a anastomose ou ducto pancreático).

Hepatojejunostomia em Y de Roux: menor risco de refluxo e colangite, mas fica inacessível ao endoscópico

107
Q

Segundo as diretrizes de Tokyo 2018, o momento da drenagem biliar depende da gravidade da doença.

Colangite grau I (leve):

A

Colangite grau I (leve): na maioria dos casos, o tratamento inicial incluindo antibióticos é suficiente e a maioria dos pacientes não necessita de drenagem biliar. No entanto, a drenagem biliar deve ser considerada se um paciente não responder ao tratamento inicial nas 24 horas iniciais.

108
Q

Segundo as diretrizes de Tokyo 2018, o momento da drenagem biliar depende da gravidade da doença.

Colangite grau II (moderada):

A

Colangite grau II (moderada):é indicada uma drenagem biliar endoscópica (CPRE) ou percutânea trans-hepática precoce.

109
Q

Segundo as diretrizes de Tokyo 2018, o momento da drenagem biliar depende da gravidade da doença.

Colangite grau III (supurativa):

A

Colangite grau III (supurativa):é indicada uma drenagem biliar endoscópica (CPRE) ou percutânea trans-hepática URGENTE (dentro de 24 horas). Melhorar a condição do paciente com tratamento inicial e controle respiratório/circulatório para a drenagem.

110
Q

A CPRE pode ser efetiva para extração dos cálculos, podendo evitar um procedimento aberto inicial, mas cerca de 50% dos pacientes podem ter recidiva se não tratados também com colecistectomia, devendo esta ser realizada, preferencialmente:

A

na mesma internação hospitalar

111
Q

RESUMINDO - TRATAMENTO DA CAUSA DA COLANGITE:

Cálculos biliares:

Estenose biliar benigna, lesão iatrogênica do ducto biliar:

Estenoses malignas:

A

Cálculos biliares: colecistectomia eletiva, preferencialmente na mesma internação, após a resolução da colangite, para evitar recorrência.

Estenose biliar benigna, lesão iatrogênica do ducto biliar: terapia endoscópica ou reparo cirúrgico.

Estenoses malignas: ressecção, biliodigestiva e colocação de stent.

112
Q

É um distúrbio progressivo crônico de etiologia desconhecida, caracterizado por inflamação, fibrose e estreitamento de ductos médios e grandes na árvore biliar intra-hepática e / ou extra-hepática. A maioria dos pacientes tem retocolite ulcerativa subjacente; por conta disso, sempre deve ser investigada a presença de retocolite ulcerativa nesses pacientes.

A

Colangite Esclerosante Primária

113
Q

Paciente submetida à colecistectomia, com perfuração da vesícula biliar, no ato operatório, com vazamento de bile para cavidade. A paciente evoluiu, no pós operatório, com dor em região de HD irradiada para região subescapular ipsilateral. Trata-se de:

A
114
Q

Paciente submetida a colecistectomia, por colelitíase, apresenta quadro de icterícia flutuante no 3°mês de pós-operatório. A causa mais provável é:

A

LITÍASE RESIDUAL DE COLÉDOCO

115
Q

Paciente idosa, diabética e renal crônica, com dor abdominal em hipocôndrio direito com irradiação para o dorso, associada a vômitos, icterícia, colúria e calafrios. Temos dois possíveis diagnósticos:

A
  1. Uma colelitíase complicando com uma coledocolitíase e até uma possível colangite, uma vez que a paciente apresenta dor, icterícia e calafrios. Lembre-se da Tríada de Charcot presente nas colangites agudas: Dor abdominal + Icterícia + febre. Nesses casos o exame diagnóstico seria uma ultrassonografia de abdome.
  2. Pancreatite aguda. A dor apresentada pela paciente em andar superior do abdome com irradiação para o dorso associado a náuseas e vômitos, falam muito a favor de uma pancreatite. Mas icterícia, colúria e calafrios já falam contra Pancreatite. Aqui uma dosagem de amilase contribuiria muito ao diagnóstico, pois nas pancreatites agudas, principalmente de causa biliar, a amilase encontra-se bastante elevada, geralmente maior que três vezes o valor da normalidade.
116
Q

É a enzima que tem maior ESPECIFICIDADE no diagnóstico da Coledocolitíase:

A

Fosfatase Alcalina

117
Q

É a enzima que tem maior SENSIBILIDADE no diagnóstico da Coledocolitíase:

A

Gamaglutamiltransferase

118
Q

O principal constituinte dos cálculos primários de colédoco é:

A

Colesterol

119
Q

A afecção mais frequentemente associada à Colangite Esclerosante Primária é a:

A

Colite ulcerativa

120
Q

A colecistectomia é o procedimento cirúrgico de escolha para o tratamento da colecistite aguda e, na doença não complicada, deverá ser realizada em caráter:

A

Caráter de Urgência

121
Q

Na suspeita de complicações, como empiema, abscesso perivesicular e gangrena de vesícula biliar, a Colecistectomia está indicada em caráter

A

Caráter de de Emergência

122
Q

Em regra, segundo a escala de gravidade de Tokyo, as colecistostomias percutâneas estão indicadas para pacientes com qual grau de classificação?

A

Colecistite Aguda Grau III

123
Q
A