Neoplasia de ESTÔMAGO Flashcards

1
Q

O CA DE ESTÔMAGO é o segundo tumor que mais mata no mundo, mais comum em homens > 50 anos (adenocarcinoma subtipo intestinal). Em mulheres
jovens, predomina o adenocarcinoma subtipo difuso.
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO:

A
  • Baixo nível socioeconômico.
  • Anemia perniciosa.
  • História familiar.
  • Grupo sanguíneo A.
  • Dieta rica em nitrosaminas.
  • Infecção pelo H. pylori.
  • Tabagismo.
  • Gastrite crônica atrófica.
  • Cirurgia gástrica prévia.
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2
Q

QUADRO CLÍNICO de NEO DE ESTÔMAGO:

A
• Anorexia, saciedade precoce levando à
perda ponderal acentuada.
• Dor abdominal.
• Anemia ferropriva.
• Disfagia baixa em caso de obstrução da
cárdia.
• Evidências de doença incurável: massa abdominal,
linfadenopatia supraclavicular ou
axilar, nódulo umbilical palpável, prateleira
de Blumer, acometimento ovariano (tumor
de Krukenberg) e nodularidade anterior e
extraluminal na parede do reto, observada
ao toque retal.
• Síndromes paraneoplásicas: acantose nigricans,
síndrome de Trousseau (tromboflebite
migratória), sinal de Leser-Trélat
(ceratose seborreica difusa), neuropatia
periférica e a dermatomiosite.
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3
Q

O DIAGNÓSTICO DE NEO DE ESTÕMAGO

A

• EDA com biópsias, escovado e citologia do
lavado gástrico.
• À endoscopia: toda úlcera gástrica tem indicação
de biópsia!
• Seriografia esofagogastroduodenal: sugere
presença de tumor/úlcera, mas requer
posterior EDA.

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4
Q
Fator de risco para o adenocarcinoma gástrico
é o seguinte:
a) Úlcera péptica gástrica.
b) Pólipos gástricos adenomatosos.
c) Alcoolismo.
d) Síndrome de Zollinger-Ellison.
e) Uso prolongado de inibidores de bomba de
prótons.
A

B

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5
Q

Homem idoso refere epigastralgia, anorexia e
emagrecimento de 15 kg há 6 meses. No exame
físico, constatou-se mucosas descoradas
e sinal da prateleira de Blumer positivo. Ao
exame de endoscopia, notou-se lesão ulcerada
com bordas infiltradas restrita ao estômago
distal, cuja biópsia resultou em adenocarcinoma,
classificado como sendo do tipo intestinal,
e associado a áreas de metaplasia intestinal.
A tomografia permitiu identificar espessamento
parcial da parede antral, múltiplas imagens
nodulares sugestivas de metástases hepáticas
e moderada quantidade de líquido livre na
cavidade peritonial. Qual manobra propedêutica
permite diagnosticar a prateleira de Blumer?
Qual é a via de disseminação tumoral
envolvida nesse sinal?

A

toque retal (exame proctológico)
/ disseminação peritoneal (implante
peritoneal, descamação peritoneal).

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6
Q

Assinale a alternativa que não apresenta uma
condição pré-cancerosa no câncer do estômago.
a) Adenoma gástrico.
b) Gastrite erosiva.
c) Hipocloridria ou acloridria com anemia perniciosa.
d) Pós-gastrectomia (Billroth II).
e) Helicobacter pylori.

A

B

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7
Q

O carcinoma gástrico precoce pode ser definido
como lesão:
a) Confinada à mucosa.
b) Confinada à mucosa e à submucosa.
c) Estendida por meio da submucosa em direção
à parede muscular, sem ultrapassá-la.
d) Confinada à serosa.
e) Estendida por toda a parede, até a serosa,
sem ultrapassá-la.

A

B

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8
Q

Qual das seguintes assertivas melhor descreve
a relação entre um nódulo conhecido como
sinal de Irmã Maria José (Sister Mary Joseph)
e o câncer gástrico?
a) Linfonodo axilar esquerdo metastático.
b) Linfonodo supraclavicular esquerdo metastático.
c) Massa ovariana metastática.
d) Metástase umbilical, sugerindo carcinomatose
peritoneal.
e) Massa palpável no fundo de saco de Douglas.

A

D

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9
Q

Qual a definição de câncer gástrico precoce?
a) Tumor menor que 2 cm, restrito à mucosa,
sem linfonodos acometidos.
b) Tumor menor que 4 cm, restrito à mucosa
e/ou submucosa, sem linfonodos acometidos.
c) Tumor menor que 3 cm, restrito à mucosa,
com ou sem linfonodos acometidos.
d) Tumor restrito à mucosa, sem linfonodos
acometidos.
e) Tumor restrito à mucosa ou submucosa, com
ou sem linfonodos acometidos.

A

E

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10
Q

Sobre o câncer gástrico precoce NÃO é correto:
a) Pode apresentar metástase.
b) Pode invadir a camada muscular.
c) Corresponde a 30% dos cânceres gástricos
do Japão.
d) Pode ser curado a partir da ressecção endoscópica.
e) Pode acometer grande extensão da mucosa
do órgão.

A

B

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11
Q

O câncer gástrico precoce é definido como:
a) Uma lesão primária limitada à mucosa e à
muscular com ou sem metástases linfonodais.
b) Uma lesão primária limitada à mucosa e à
submucosa com ou sem metástases linfonodais.
c) Uma lesão primária de toda parede gástrica
menor que 0,5 cm.
d) Uma lesão primária envolvendo a mucosa,
a submucosa, a muscular e a serosa, porém
sem envolvimento linfonodal.
e) Uma lesão primária limitada à mucosa, à
submucosa, à muscular e à serosa com ou
sem envolvimento linfonodal.

A

B

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12
Q

É a classificação mais utilizada. Divide o câncer

gástrico em dois tipos histológicos:

A

Classificação Histológica de Lauren

tipo intestinal E tipo difuso

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13
Q

O tipo intestinal:

A

É o que possui melhor prognóstico. É bem diferenciado, acomete mais homens e indivíduos mais velhos, apresentando disseminação hematogênica

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14
Q

O tipo difuso:

A

É pouco diferenciado, acomete
mais o sexo feminino e indivíduos jovens
sem história de gastrite. Está relacionado ao
grupo sanguíneo A.

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15
Q

Em relação à patologia do Adenocarcinoma
Gástrico (AG), se pode afirmar que:
a) O prognóstico é menos favorável para pacientes
com o subtipo histológico intestinal.
b) Na forma intestinal de AG, as células malignas
tendem a formar glândulas.
c) A forma difusa de AG apresenta típica formação
de glândulas tubuliformes.
d) A forma intestinal do AG está associada com
menor frequência de metaplasia intestinal e
displasia.

A

B

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16
Q

TRATAMENTO DA DOENÇA LOCALIZADA:
• Câncer Gástrico Precoce (CGP) – T1aN0M0
limitado à mucosa, intestinal, não ulcerado,
< 2 cm:

A

mucosectomia endoscópica

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17
Q

TRATAMENTO DE Demais pacientes com doença não metastática:

- Tumores proximais:

A

gastrectomia total com
reconstrução em Y de Roux + linfadenectomia
a D2*.

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18
Q

TRATAMENTO DE Demais pacientes com doença não metastática:

-Tumores distais:

A

gastrectomia radical subtotal
com reconstrução à Billroth II + linfadenectomia
a D2*.

  • No Brasil e no Japão o padrão é a linfadenectomia
    a D2; nos EUA se usa mais a D1
    (menos linfonodos ressecados).
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19
Q

TRATAMENTO DE Demais pacientes com doença não metastática:

- Tratamento adjuvante:

A

QT + RT nos tumores

T3/T4/N+.

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20
Q

TRATAMENTO DE Demais pacientes com doença não metastática:

- Abordagem alternativa (tumores avançados):

A

QT neoadjuvante – cirurgia – QT adjuvante.

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21
Q

Os principais exames utilizados para o estadiamento

clínico de CA GÁSTRICO são:

A
  • Tomografia Computadorizada (TC) de tórax e abdome
  • Ultrassom Endoscópico (USE )
  • Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET )
  • Videolaparoscopia
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22
Q

Homem, 58 anos de idade. HMA: refere
plenitude pós-prandial há 8 meses, com piora
no último mês quando passou a se alimentar
de dieta líquida, pois vomita ao ingerir sólidos.
Perdeu 16 kg no período. EF: não apresenta
linfonodos periféricos ou massas abdominais
palpáveis. Presença de prateleira de Blumer.
ES: gastroscopia demonstra lesão úlcero-infiltrativa
da região antropilórica cuja biópsia
revelou adenocarcinoma. US: não evidenciou
metástases hepáticas no abdome. O estadiamento
oncológico é:
a) I. c) III.
b) II. d) IV.

A

D

Podemos notar que o enunciado da questão
não nos traz informações suficientes para
determinarmos avaliação do tumor e do comprometimento
linfonodal de acordo com o
estadiamento TNM; contudo, neste caso, isto
é desnecessário, porque a presença da chamada
prateleira de Blumer (tumoração no
fundo de saco identificada pelo toque retal)
denota à presença de metástase peritoneal!
Logo, se há metástase à distância (M1), o
paciente é obrigatoriamente classificado
como estágio IV, independente do tumor (T)
e do comprometimento linfonodal (N).

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23
Q
A profundidade de câncer gástrico nas camadas
da parede é mais facilmente definida pelo
seguinte método:
a) Ecoendoscopia.
b) Ressonância magnética.
c) Endoscopia Digestiva Alta.
d) Tomografia Computadorizada.
e) Ultrassonografia color Doppler.
A

A

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24
Q

Paciente do sexo masculino com 68 anos
de idade, apresenta quadro de epigastralgia
há 6 meses e, há 2 meses, empachamento
pós-prandial. Refere perda de 10 kg no período.
Realizou endoscopia digestiva alta,
que diagnosticou lesão ulcerada, infiltrativa
em pequena curvatura, estendendo-se para a
parede posterior e anterior do antro gástrico.
Foi realizada tomografia computadorizada de
abdome para estadiamento, que evidenciou
ausência de metástases e pequena quantidade
de líquido livre em cavidade abdominal.
Qual a conduta?
a) Gastrectomia subtotal com reconstrução em Y de Roux, epiplectomia e linfadenectomia D2.
b) Gastrectomia subtotal com reconstrução à
Bilroth II, epiplectomia e linfadenectomia D2.
c) Gastrectomia subtotal com reconstrução em
Y de Roux, epiplectomia, linfadenectomia D2
e esplenectomia.
d) Gastrectomia total com reconstrução em
Y de Roux, epiplectomia, linfadenectomia D2
esplenectomia.
e) Laparoscopia para estadiamento intraoperatório.

A

E

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25
Q

Dentre os diversos tipos de cânceres conhecidos,
pode-se dizer que o câncer gástrico
precoce apresenta a seguinte característica:
a) Ser mais comum em mulheres.
b) Não apresentar metástases linfonodais.
c) Ser passível de tratamento endoscópico.
d) Acometer exclusivamente a camada mucosa

A

C

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26
Q

Os princípios da cirurgia curativa na NEO DE ESTÔMAGO incluem

A
  • ressecção do tumor com margens de segurança
    (pelo menos 6 cm) e
  • linfadenectomia
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27
Q

O procedimento cirúrgico de escolha para NEO DE ESTÔMAGO TIPO Tumores proximais É

A
  • gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux.
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28
Q

O procedimento cirúrgico de escolha para NEO DE ESTÔMAGO TIPO Tumores distais É:

A

gastrectomia radical subtotal

A reconstrução do trânsito é feita geralmente por gastrojejunostomia a Billroth II, geralmente com alça
aferente longa e entero-entero anastomose
(Billroth II a Braun).

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29
Q

Os indivíduos submetidos à ressecção curativa de NEO DE ESTÔMAGO com tumor T3, T4 ou linfonodo positivo devem receber tratamento adjuvante com

A

radioterapia associada à quimioterapia.

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30
Q
Num paciente portador de adenocarcinoma
gástrico submetido à ressecção cirúrgica do
tumor, o cirurgião, ao descrever o procedimento,
colocou que a cirurgia foi R1. Assinale a alternativa
que apresenta o significado do termo R1.
a) Ressecção com margens microscópicas
negativas.
b) Ressecção com margens microscópicas
positivas para o tumor.
c) Ressecção com margens macroscópicas
positivas para o tumor.
d) Ressecção com margens negativas, mas
com linfonodos positivos.
e) Ressecção com margens negativas com
metástases hepáticas.
A

B

Podemos ter três tipos de ressecção tumoral:

R0: ressecção completa, sem resíduo tumoral;

R1: ressecção incompleta, com doença residual microscópica;

R2: ressecção incompleta, com doença residual macroscópica.

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31
Q

Antônio, 52 anos, sem comorbidades, tem
diagnóstico de tumor ulcerado de corpo gástrico
de 4 cm, cuja biópsia evidenciou adenocarcinoma
pouco diferenciado. Os exames de
imagem não evidenciaram doença a distância.
Assinale a alternativa CORRETA em relação
ao tratamento a ser instituído:
a) Radio-quimio somente.
b) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2.
c) Gastrectomia polar superior com linfadenectomia
D3.
d) Gastrectomia total com linfadenectomia D2.
e) Gastrectomia total + linfadenectomia D2
com esplenectomia.

A

D

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32
Q

O tratamento cirúrgico do adenocarcinoma de
estômago é a opção terapêutica formal e, na
ausência de uma disseminação metastática à
distância, justifica-se uma ressecção cirúrgica
agressiva. Com relação a esse tipo de tratamento,
assinale a opção ERRADA:
a) Os tumores da cárdia e da parte proximal
do estômago são responsáveis por 35 a 50%
dos tumores e em geral implicam na ressecção
total do estômago.
b) Já os tumores distais são responsáveis
por cerca de 35% de todos os cânceres que
acometem o estômago e em geral implicam
na ressecção parcial do estômago.
c) A esplenectomia deve ser definida como
procedimento de rotina na gastrectomia total
com linfadenectomia a D2.
d) Em casos de metástases à distância, o
tratamento paliativo se impõe e tem como
objetivo principal o alívio dos sintomas com
morbidade mínima.

A

C

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33
Q

Mulher de 62 anos, assintomática, submetida
a exames de rotina, apresenta pesquisa de
sangue oculto nas fezes positiva. Endoscopia
digestiva alta mostra uma lesão ulcerada de 2
cm no antro gástrico junto à pequena curvatura.
Biópsia revela tratar-se de um adenocarcinoma.
Tomografia de tórax e abdome não demonstra
metástases à distância. Escolha qual a melhor
opção terapêutica para esta paciente.
a) Combinação de quimioterapia e radioterapia.
b) Quimioterapia isolada.
c) Gastrectomia parcial com linfadenectomia D2.
d) Ressecção endoscópica.
e) Gastrectomia total com esplenectomia e
linfadenectomia D2.

A

C

34
Q

Paciente, sexo feminino, 61 anos de idade,
com história de epigastralgia e perda ponderal
de 7 kg há 3 meses, tratada desde então com
inibidor de bomba de prótons, sem sucesso.
Submetida à endoscopia digestiva alta, que
evidenciou lesão ulceroinfiltrativa em corpo
gástrico distal, na grande curvatura, distando
nove centímetros da junção esofagogástrica e
cuja biópsia endoscópica revelou se tratar de
adenocarcinoma grau II de Broders. O caso
exposto conduz a provável diagnóstico de:
a) Neoplasia maligna originada no tecido estromal
gástrico.
b) Lesão Borrmann III.
c) Lesão de alto grau histológico.
d) Tipo difuso de Lauren.
e) Câncer gástrico precoce.

A

B

35
Q

Homem de 65 anos, previamente hígido,
consultou por quadro de anorexia, cansaço
e perda de 5 kg, iniciado há 3 meses. O hemograma
mostrou anemia (hemoglobina de
10,5 mg/dl). A endoscopia digestiva alta com
biópsia demonstrou lesão dilacerada de 2 cm de diâmetro na pequena curvatura alta, 4 cm
abaixo da linha Z. O exame anatomopatológico
revelou adenocarcinoma pouco diferenciado.
Os exames de estadiamento não identificaram
doença metastática.
Qual a opção terapêutica mais adequada?
a) Gastrectomia total.
b) Gastrectomia proximal.
c) Gastrectomia proximal, tratamento adjuvante
(quimioterapia e radioterapia).
d) Ressecção da lesão com margem e exame
anatomopatológico por congelação no transoperatório.
e) Tratamento neoadjuvante (quimioterapia e
radioterapia) seguido de gastrectomia geral.

A

A

36
Q
O tumor maligno do estômago mais comum
depois do adenocarcinoma é o:
a) Lipossarcoma.
b) Linfoma.
c) Fibrossarcoma.
d) Leiomiossarcoma.
e) Carcinoide.
A

B

37
Q

Trata-se de uma neoplasia relativamente incomum
(menos de 15% dos cânceres gástricos,
menos de 2% dos linfomas), embora o estômago
seja um sítio extralinfonodal comum. Sua incidência tem aumentado nos
últimos 30 anos. Clinicamente, não é possível
diferenciá-lo do adenocarcinoma, pois também
se apresenta com as mesmas manifestações.

A

LINFOMA GÁSTRICO

38
Q

A grande maioria são linfomas gástricos são

A

Linfoma não Hodgkin de células B, principalmente o difuso de grandes células

39
Q

Para os pacientes com linfoma difuso de grandes células B ou com linfoma MALT refratários à erradicação do H. pylori, o melhor tratamento se faz
com

A

Quimioterapia com o esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) +

Rituximab

40
Q

Homem, 48 anos, realiza endoscopia digestiva
alta por dor epigástrica e dispepsia, evidenciando
lesão de 2 cm, não ulcerada em região
antropilórica e presença do Helicobacter pylori,
além de teste da urease positivo. Qual, entre
as doenças abaixo, está relacionada com o
achado descrito?
a) Carcinoide gástrico.
b) Tumor gástrico estromal-GIST.
c) Linfoma gástrico tipo MALT.
d) Adenocarcinoma esofágico.
e) Leiomioma gástrico.

A

C

41
Q

qual é neoplasia está associada ao H. pylori?

A

Linfoma gástrico tipo MALT.

42
Q

A concepção de que os linfomas gástricos de
baixo grau têm aspectos semelhantes aos
tecidos linfoides associados à mucosa (MALT
– mucosa associated lymphoid tissue) constitui
um avanço importante na compreensão
dos linfomas gástricos. Em relação ao linfoma
MALT, assinale a alternativa CORRETA.
a) A quimioterapia é o tratamento de escolha.
b) A radioterapia é o tratamento de escolha.
c) A regressão completa dos linfomas de baixo
grau, com o tratamento antibiótico, tem sido
relatada em 70 a 100% dos casos.
d) A associação de radioterapia e quimioterapia
é o tratamento de escolha.
e) A gastrectomia total deve ser o tratamento de
eleição devido ao padrão infiltrativo da doença.

A

C

43
Q

Paciente de 55 anos, feminina, com quadro de
dispepsia. Realizou endoscopia com presença
de uma úlcera localizada em corpo gástrico.
Realizada biópsia, que ao estudo anatomopatológico
mostrou tratar-se de linfoma tipo MALT,
de baixo grau, com positividade para H. pylori.
Melhor conduta terapêutica:
a) Gastrectomia total sem linfadenectomia, associada
à quimioterapia e radioterapia.
b) Erradicação da H. pylori com antibioticoterapia.
Acompanhamento trimestral com endoscopia
e biópsia.
c) Gastrectomia total com linfadenectomia D2
associada à quimioterapia e radioterapia.
d) Quimioterapia inicial, uma vez que a doença
estende-se além do estômago.
e) Gastroduodenopancreatectomia e linfadenectomia
com a intenção de remoção de todo
o tecido tumoral associado a quimioterapia e
radioterapia.

A

B

44
Q

São tumores originários do mesênquima (origem embrionária do tecido conjuntivo) e representam 3% das neoplasias gástricas malignas.

A

SARCOMAS GÁSTRICOS

45
Q

Os principais dos SARCOMAS GÁSTRICOS representantes são os

A

GIST (Gastrointestinal StromalTumor)

46
Q
O local mais comum de tumores estromais do
trato gastrointestinal é o:
a) Estômago.
b) Esôfago.
c) Duodeno.
d) Jejuno.
e) Íleo.
A

A

47
Q

Qual a localização mais comum no trato digestivo
do GIST (tumor estromal gastrointestinal):
a) Intestino delgado.
b) Estômago.
c) Intestino grosso.
d) Esôfago.
e) Pâncreas

A

B

48
Q

As principais manifestações dos SARCOMAS GÁSTRICOS são

A

sangramento intestinal,
dor abdominal e
dispepsia

49
Q

Em relação aos tumores estromais do trato
gastrointestinal (GIST), assinale a alternativa
INCORRETA.
a) O GIST é o tumor mesenquimal mais comum
do trato gastrointestinal, geralmente
se origina do estômago e intestino delgado
e, menos frequentemente, do cólon, reto e
esôfago, embora possa ser encontrado no
omento, mesentério e retoperitônio.
b) Embora a maioria dos pacientes com GIST
primário tenha bom prognóstico, certos subtipos
de pacientes apresentam alto risco de
recorrência, tipicamente, os indivíduos com
grandes tumores, alta taxa mitótica e história
de ruptura tumoral no ato cirúrgico.
c) O imatinibe pode ser recomendado como
terapia neoadjuvante para os pacientes com
GIST primário localmente avançado, com
o objetivo de melhorar a ressecabilidade e
reduzir a morbidade cirúrgica ao minimizar
a necessidade de ressecções multiviscerais
extensas.
d) A principal modalidade terapêutica para
os GIST primários é sua completa ressecção
cirúrgica, como raramente esses tumores
mesenquimais apresentam metástases
linfonodais, a linfadenectomia formal não é
necessária, a não ser que haja comprometimento
dos linfonodos locorregionais.
e) Embora a minoria dos pacientes com GIST
apresente mutações no receptor da tirosina
kinase KIT (CD117), o uso do mesilato de
imatinibe (inibidor da tirosina kinase TKI) é
considerado como opção terapêutica efetiva
para os pacientes com mutações no exon 11.

A

E

50
Q

Paciente de 38 anos, sexo masculino, procura
assistência médica com queixas de empachamento
pós-prandial, motivo pelo qual é
solicitada uma endoscopia digestiva alta, onde
se observa um abaulamento de aspecto tumoral,
sem comprometimento da mucosa, de
aproximadamente 6 cm, na grande curvatura,
transição corpo-antro. À ecoendoscopia, a
lesão é bem delimitada na parede gástrica,
sem comprometer serosa e mucosa, sugerindo
tratar-se de Tumor de Células Estromais
(GIST). Qual das opções abaixo apresenta o
tratamento mais adequado para esse caso e
qual o critério diagnóstico mais específico para
que o tumor seja realmente um GIST?
a) Gastrectomia subtotal e expressão imuno-
-histoquímica do oncogene HER2.
b) Gastrectomia subtotal e expressão imuno-
-histoquímica do oncogene CD117.
c) Gastrectomia em cunha e expressão imuno-
histoquímica do oncogene c-KIT.
d) Gastrectomia em cunha e expressão imuno-
-histoquímica do oncogene PDGFR- alpha.

A

C

51
Q

Com relação ao GIST (tumores estromais
gastrointestinais) gástrico, considere as afirmativas
a seguir.
I. A ressecção gástrica, com margem macroscópica
de 1 cm livre de tumor, é suficiente.
II. O tumor não pode ser fraturado ou rompido
durante sua retirada da cavidade abdominal.
III. No tratamento radical, a linfadenectomia
D2 ou D1 deve ser realizada junto com a ressecção
gástrica.
IV. A ressecção em cunha translaparoscópica
pode ser empregada nas lesões exofíticas.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A

D

52
Q
Qual a localização mais comum dos tumores
estromais gastrointestinais (GIST):
a) Esôfago.
b) Estômago.
c) Duodeno.
d) Cólon.
e) Apêndice vermiforme.
A

B

53
Q
Melhor escolha para o tratamento não operatório
dos GISTs múltiplos associados com a
mutação germline KIT K642E:
a) Imatinib.
b) Epirubixina.
c) Carboplatina.
d) Docetaxel.
A

A

54
Q

Qualquer massa que surja na superfície interna
do trato gastrointestinal causando elevação
da mucosa em direção à sua luz. Podem ser
únicos ou múltiplos, pedunculados ou sésseis, encontrados isoladamente ou fazendo parte das síndromes

A

Pólipos Intestinais

55
Q

Como classificamos os pólipos?

A

• Neoplásicos: benignos (adenoma) e malignos
(adenocarcinoma).

• Não neoplásicos: hiperplásicos, inflamatórios e hamartomas (polipose juvenil e síndrome de Peutz-Jeghers).

• Pólipos serrilhados: contêm tecido adenomatoso
e hiperplásico.

56
Q

Como abordar os pólipos adenomatosos?

A

Todo pólipo colônico deve ser ressecado e

submetido à análise histopatológica!

57
Q

Quais são as principais complicações dos

pólipos?

A

Sangramento e malignização.

58
Q

Qual é o tratamento dos adenomas?

A

A polipectomia endoscópica é um procedimento diagnóstico e terapêutico.

Entretanto, quando estamos diante de um adenoma
maligno que não preenche os critérios
de cura após a polipectomia endoscópica (ver
tabela), está indicado o procedimento cirúrgico
(colectomia segmentar).

59
Q

Após ressecção completa de um pólipo séssil,
medindo 2,0 x 1,5 cm, encontrado à distância de
um dedo da margem cutâneo mucosa, o patologista
descreve a lesão como adenoma viloso
que contém carcinoma in situ. A conduta é:
a) Nova biópsia excisional com ampliação das
margens de ressecção.
b) Ressecção do reto e sigmoide por via abdominoperineal.
c) Radioterapia.
d) Nenhum tratamento complementar.

A

D

Há margens micro e macroscópicas livres. Perceba que adenocarcinoma in situ por si só não quer dizer muita
coisa em termos de conduta.

60
Q

São condições pré-malignas nos tumores do
intestino grosso:
a) Pólipos hiperplásicos.
b) Pólipos adenomatosos.
c) Tanto pólipos hiperplásicos como hamartomatosos.
d) Tanto pólipos adenomatosos como hamartomatosos.

A

B

61
Q

Os pólipos hiperplásicos:
a) Estão distribuídos igualmente por todo o cólon.
b) Costumam ser maiores que os pólipos adenomatosos.
c) Tendo grande potencial de malignização, o
seguimento endoscópico pós-retirada deve ser
anual.
d) Não sendo neoplásicos, não são precursores
de câncer.
e) São raros em pessoas acima de 40 anos.

A

D

OBS: Só para acrescentar: os pólipos hiperplásicos,
a princípio, não têm potencial de malignização,
a não ser que exista no pólipo um foco
adenomatoso. O achado de apenas um pólipo
pequeno (< 7 mm) na retossigmoidoscopia,
cuja biópsia revelou ser hiperplásico, não indica
a colonoscopia.

62
Q

Homem, 70 anos, sem comorbidades, apresenta
sangramento de pequena monta ao evacuar. A colonoscopia indica pólipo no sigmoide
de 2 cm, séssil e que foi ressecado. O
histopatológico revela adenoma viloso com
displasia de alto grau. A conduta é:
a) Ressecção segmentar do sigmoide.
b) Conduta expectante, aguardando novo episódio
de sangramento.
c) Colonoscopias seriadas com biópsias.
d) Ressecção endoscópica de 1 cm da mucosa
ao redor do pólipo.

A

C

63
Q

É a síndrome de polipose hereditária mais
comum. Acomete ambos os sexos igualmente
e tem início na adolescência. Possui herança
autossômica dominante e sua patogênese está
relacionada à presença do gene APC mutante,
alelo disfuncionante, que não bloqueia o crescimento
celular desordenado, acarretando a
formação de inúmeros pólipos intestinais.

A

Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)

64
Q

A Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) é uma doença não se restringe ao cólon, isto é, podemos encontrar pólipos adenomatosos em todo o trato gastrointestinal (estômago, duodeno, etc.) assim
como manifestações extracolônicas como a

A

hiperpigmentação retiniana hipertrófica (achado clássico da síndrome).

65
Q

A probabilidade de ocorrência de câncer colorretal nos portadores da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) aproxima-se de 100% até os 40-45 anos de idade. Desta forma, todos os pacientes devem ser submetidos à

A

colectomia profilática assim que a doença for detectada.

66
Q

Os procedimentos cirúrgicos principais

incluem:

A

1- Colectomia total (proctocolectomia) +
ileostomia;

2- Colectomia total + anastomose ileoanal
com bolsa ileal: procedimento de escolha;

3- Colectomia subtotal (preserva o reto) + anastomose ileorretal: exige o acompanhamento com sigmoidoscopia periódica (3-6 meses) para remoção dos pólipos retais. O uso crônico de celecoxib parece prevenir a formação de novos pólipos no
reto remanescente.

67
Q

As variantes da PAF são duas síndromes
com as mesmas características da síndrome
de polipose, porém com manifestações
extraintestinais específicas. Sendo assim,
possuem o mesmo prognóstico e a mesma
conduta em relação à terapia definitiva ao
rastreamento de familiares.

A

Síndrome de Turcot

Síndrome de Gardner

68
Q

Síndrome associada a tumores
do sistema nervoso central, como
meduloblastoma (principal), glioblastoma e ependimoma. Hipertrofia congênita do
epitélio retiniano pode ser identificada.

A

Síndrome de Turcot

69
Q

Síndrome que faz associação com osteomas
(ossos longos, mandíbula e crânio), tumores de tecidos moles (dermoides, cistos epidermoides, fibromas, lipomas), hipertrofia congênita do epitélio retiniano e presença de dentes supranumerários. Os pólipos em duodeno eventualmente malignizam, fenômeno que pode originar um tumor periampular com icterícia obstrutiva.

A

Síndrome de Gardner

70
Q
Na síndrome de Gardner os pólipos intestinais
são:
a) Hiperplásicos. d) Fibróticos.
b) Adenomatosos. e) Fibromiomatosos.
c) Inflamatórios.
A

b

71
Q

O teste genético indicado no rastreamento de
pacientes com suspeita de polipose adenomatosa
familiar é
a) Defeito no gene de reparo hMLH1.
b) Mutação no gene APC.
c) Mutação no gene DCC.
d) Defeito no gene de reparo hMSH2.

A

B

72
Q
Pacientes que tem parentes próximos com
polipose adenomatosa familiar devem ser
submetidos à:
a) Colonoscopia de três em três anos após
20 anos.
b) Colonoscopia anual após os 40 anos.
c) Retossigmoidoscopia anual após os 10
anos.
d) Retossigmoidoscopia de dois em dois anos
após os 25 anos.
A

C

73
Q

Os osteomas fazem parte das manifestações
extraintestinais da Síndrome de Gardner e são
encontrados, com maior frequência:
a) Na bacia e nos fêmures.
b) Nos ossos longos.
c) Nos ossos do crânio e na mandíbula.
d) Na coluna vertebra

A

C

74
Q

A síndrome polipoide que está associada a
pólipos adenomatosos colônicos e apresenta
como manifestações extraintestinais múltiplos
osteomas, tumores desmoides de parede abdominal
e retroperitônio, carcinoma de tireoide
e periampular é:
a) Gardner. c) Cowden.
b) Turcot. d) Peutz-Jeghers.

A

A

75
Q
A identificação de hipertrofia congênita do
epitélio pigmentar da retina deve levar à suspeita
de:
a) Agenesia anorretal.
b) Doença de Hirschsprung.
c) Doença de Crohn.
d) Polipose adenomatosa familiar.
e) Doença celíaca.
A

D

76
Q
Esta é mais uma desordem de herança autossômica
dominante. Caracterizada pela presença
de dez ou mais pólipos hamartomatosos
no cólon e raramente no estômago e
intestino delgado. Os hamartomas são
geralmente pedunculados e medem entre
1-3 cm. Manifesta-se na infância/adolescência
com hematoquezia e anemia ferropriva,
já que as lesões tendem a sangrar.
A

Polipose Juvenil Familiar

77
Q
Possui as mesmas
características da polipose juvenil
familiar, entretanto, está associada à
presença de pólipos hamartomatosos
extraintestinais, de localização em pele e
mucosas, assim como a tumores faciais
e à hiperceratose palmoplantar. Não há
potencial para malignização.
A

Síndrome de Cowden

78
Q
Na síndrome de Peutz-Jeghers, as lesões
hiperpigmentadas estão associadas a:
a) Hemangiomas do intestino delgado.
b) GIST.
c) Adenomas das glândulas de Brunner.
d) Linfoma.
e) Hamartomas gastrointestinais.
A

E

79
Q

Paciente de 17 anos, feminina, foi atendida no
Ambulatório de Coloproctologia com queixas
de eliminação de sangue nas fezes há dois
meses. Ao exame clínico, encontrava-se com
bom estado geral, corada e o exame proctológico
evidenciou a presença de múltiplos pólipos
pequenos, sésseis e pediculados em reto sigmoide.
Relata que o pai faleceu com o câncer
de reto aos 38 anos e tem dois tios que foram
operados devido a tumores no intestino. Após
realizar uma colonoscopia, retornou com o resultado
que revelou polipose múltipla em todo
o cólon e reto, o laudo histopatológico foi adenomas.
A hipótese diagnóstica mais provável é:
a) Polipose adenomatosa familiar.
b) Polipose juvenil.
c) Síndrome de Peutz-Jeghers.
d) Síndrome de Lynch.

A

A

80
Q
Seguindo a questão anterior... A conduta
terapêutica mais recomendada para a paciente
é:
a) Proctocolectomia total e anastomose
ileoanal.
b) Proctocolectomia total e ileostomia.
c) Polipectomias endoscópicas seriadas.
d) Proctocolectomia total e anastomose bolsa-
ileoanal.
A

D

81
Q
Das síndromes de poliposes hereditárias citadas
abaixo, qual apresenta menor potencial de
malignização para câncer colorretal?
a) Síndrome de Turcot.
b) Doença de Cowden.
c) Polipose adenomatosa familiar.
d) Síndrome de Gardner.
e) Síndrome de Peutz-Jegher.
A

B