Amenorreias secundárias Flashcards
(8 cards)
Quando a amenorreia secundária deve ser investigada?
Deve ser invesigada quando a menstruação não ocorre por três meses ou três ciclos menstruais consecutivos;
Na avaliação da amenorreia secundária são realuzados exames divididos em “passos”, quais são eles? Explique
Passo 1: dosa-se TSH e PRL e faz o teste da progesterona - TP (10 mg de progesterona por 10 dias);
- TP: avalia o nível de proliferação endometrial (simula o corpo lúteo) e trato de saída;
Se TP positivou (menstruou): significa que o endométrio foi estimulado pelo estrogênio (endométrio íntegro);
Se exames normais: anovulação crônica;
Se exames alterados:
- PRL → hiperprolactinemia: alteram a pulsatilidade do GnRH, bloqueando a liberação do FSH e LH;
- TSH → hipotireoidismo → aumento de TSH → que é um potente liberador de PRL → aumento de PRL; além de redução de SHBG (gloulina carreadora dos esteroides sexuais) → aumento de androgênio livre (normal: 3% livres e 97% conjugados). Hipertireoidismo: aumenta SHBG → redução de androgênio;
Se TP negativo: defeito no trato de saída ou útero não foi estimulado previamente pelo E ou endométrio não respondeu –> passo 2;
Passo 2: se TP negativo:
- Solicita-se FSH e LH e administra-se E+P, simulando um ciclo artificial (estrogenios por 21 dias e progesterona nos últimos por 10 dias);
- Se E+P negativos com FSH e LH normais → defeito no útero ou trato de saída: sínd. Ascerman (sinequias uterinas), hímen imperfurado, septo vaginal;
- Se FSH e LH aumentados → insuficiência ou falência ovariana prematura (FOP) aos 40 anos ou insensibilidade ovariana (Savage);
- Se E+P positivos com FSH e LH reduzidos ou normais significa que o endométrio responde ao estímulo do E exógeno, e portanto conclui-se que o endométrio e o trato de saída são normais. É necessário distinguir se a falta do E é hipofisário ou hipotalâmico → passo 3;
Passo 3:
- Se E+P positivos:
- Teste do GnRH;
- Se ocorrer aumento do FSH e LH → hipófise está normal e responde ao estímulo do GnRH e o problema é hipotalâmico;
- Se FSH e LH não alterar, baixo ou normal, a hipófise não está respondendo ao GnRH – problema hipofisário (insensibilidade ao GnRH – tumores ou necrose). RNM: descarta tumores ou agenesia hipofisária;
Qual é o evento patognomônico da SOP?
Fatores endócrinos: hipersecreção de LH é o evento patognomômico;
Qual a ação da hiperinsulinemia na SOP?
Hiperinsulinemia tem efeito direto na produção de androgênios ovarianos, por ação sinérgica ao LH nas células da teca;
A hiperinsulinemia reduz a proteína carreadora de androgênios (SHBG) pelo fígado e aumenta a testosterona livre;
Qual é o quadro clínico da SOP?
- Oligomenorréia/amenorreia, acne, hirsutismo;
- Infertilidade;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Pubarca precoce e menarca tardia;
- Aborto de repetição;
Quais os critérios para diagnóstico da SOP?
Hiperandrogenismo clínico, e/ou laboratorial, oligomenorreia e critérios ultrassonográficos:
- Hiperandrogenismo: hirsutismo;
- Contagem folicular ao ultrassom: 20 ou mais folículos com diâmetro entre 2 a 9 mm, num mesmo ovário, sendo que um único ovário já caracteriza alteração;
- Oligomenorreia: intervalo intermenstrual maior que 35 dias ou amenorreia, se intervalo menstrual maior que 90 dias;
Presença de pelo menos 2 dos 3 critérios, nenhum obrigatório;
Depois de quanto tempo da mernarca pode se fazer o diagnóstico de SOP?
Na adolescência o diagnóstico se faz após 8 anos da menarca!!!
Fale sobre o tratamento da SOP: objetivos, quais medicamentos são usados e orientações adicionais
- O objetivo do tratamento visa inibir a produção de esteroides ovarianos (androgênio) e diminuir a sua biodisponibilidade através do aumento da SHBG;
- Os anticoncepcionais orais (ACO), são os medicamentos de primeira linha para tratamento da SOP;
- Metformina → dessensibiliza os receptores de insulina (1000 a 2000mg);
- Dieta e exercícios diminuem a resistência insulínica;