Bradiarritmias e PCR Flashcards

(58 cards)

1
Q

Como determinar a FC em um ritmo irregularmente irregular

A

Contar 15 quadradões
Contar a quantidade de QRS nesses 15 quadradões
Quantidade de QRS multiplicado por 20 é a FC média

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2
Q

Bradicardia sustentada mais comum

A

Bradicardia sinusal

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3
Q
  • Bradicardia
  • Onda P positiva em D2 antes de todos os QRS
  • Intervalo PR entre 120-220 ms

Ritmo?

A

Bradicardia sinusal

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4
Q

Conduta na bradicardia sinusal

A

PACIENTE SINTOMÁTICO (baixo débito): atropina 0,5 mg a cada 3-5 min. Máx: 3 mg. Se refratário:

  • Marca-passo OU
  • Adrenalina OU
  • Dopamina

PACIENTE ASSINTOMÁTICO: observar

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5
Q

Classificação dos BAVs

A
  1. Supra-hissinanos: acima do feixe de His&raquo_space; BENIGNOS. Ex: BAV 1o grau, BAV 2o grau Mobitz 1
  2. Intra-hissianos (no feixe de His)&raquo_space; MALIGNOS. Ex: BAV 2o grau Mobitz 2
  3. Infra-hissianos (abaixo do feixe de His)&raquo_space; MALIGNOS. Ex: BAV 3o grau (BAVT)
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6
Q

Eletro com onda P morfologicamente normal, bradicardia e intervalo PR aumentado, sempre com QRS após onda P (nunca bloqueia). Ritmo?

A

BAV 1o grau

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7
Q

Eletro mostrando bradicardia, com onda P morfologicamente normal, intervalo PR aumentado e com P as vezes não seguida de QRS (as vezes bloqueia), com alargamento progressivo do intervalo PR até antes do bloqueio (fenômeno de Wenckebach). Ritmo?

A

BAV 2o grau Mobitz 1

*fenômeno de Wenckebach ocorre por aumento progressivo do tônus vagal a cada ciclo cardíaco

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8
Q

Eletro mostrando bradicardia, com onda P morfologicamente normal, intervalo PR NORMAL e com P as vezes não seguida de QRS (as vezes bloqueia) (fenômeno de Hay). Ritmo?

A

BAV 2o grau Mobitz 2

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9
Q

Eletro mostrando bradicardia, com onda P morfologicamente normal, mas que não consegue gerar um QRS (SEMPRE BLOQUEIA)&raquo_space; não há correspondência entre a onda P e o complexo QRS (assincronia átrio-ventricular). Ritmo?

A

BAV 3o grau

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10
Q

Quem assume a função de marca-passo no BAV 3o grau para gerar a sístole ventricular?

A

O próprio ventrículos (automatismo)

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11
Q

Conduta nos BAVs benignos (BAV 1o grau e BAV 2o grau Mobitz 1)

A

(mesma conduta da bradicardia sinusal)

PACIENTE SINTOMÁTICO (baixo débito): atropina 0,5 mg a cada 3-5 min. Máx: 3 mg. Se refratário:

  • Marca-passo OU
  • Adrenalina OU
  • Dopamina

PACIENTE ASSINTOMÁTICO: observar

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12
Q

Conduta nos BAVs malignos (BAV 2o grau Mobitz 2 e BAV de 3o grau)

A

Marca-passo

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13
Q

Qual o marca-passo da emergênica?

A

MP transcutâneo&raquo_space; pás adesivas: uma no tórax anterior e outra no tórax posterior

2 botões: 1 da FC e 1 da intensidade do choque

A FC que determinamos irá corresponder a FC do MP com a alterações da intensidade do choque (procurar o limiar de captura e deixar entre 10 a 20 % dese limiar).

NÃO ESQUECER SEDO-ANALGESIA&raquo_space; BDZ, opioides

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14
Q

Tipos de marca-passos

A

MP Transcutâneo: o ruim é que a impedância torácica vai aumentando, necessitando de ajuste da intensidade do choque.

MP Transvenoso: cateter colocado dentro do ventrículos dá um choque bem menor e não sofre influência da impedância torácica.

MP definitivo: 2 cabos no ventrículo e 1 cabo no AD. Para doenças crônicas que não melhoram sem o MP.

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15
Q

Definição de PCR

A

Cessação súbita da circulação

Diferente de morte!!

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16
Q

1a coisa a se fazer em casos de PCR

A

Avaliar a segurança da cena! Se no hospital: paramentação.

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17
Q

Diagnóstico médico de PCR

A
  • Inconsciência (irresponsividade)
  • Respiração agônica (gasping) ou apneia
  • Ausência de pulso em grandes atéria&raquo_space; CHECAR POR ATÉ 10 s. Não é necessário!
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18
Q

Fluxograma PCR

A
  • Avaliar a segurança da cena
  • Identificar se paciente realmente se encontra parado
  • Chamar ajuda (carrinho de parada, SAMU, desfibrilador)
  • Iniciar o BLS (CABD)
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19
Q

Situação em que o BLS se equipara ao ATLS e inicia pelo ABCD

A

Vítima de afogamento

Bônus: paciente covid

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20
Q

Como proceder o BLS

A
  • Circulação: iniciar compressões. Empurrar 5-6 cm, mãos entrelaçadas, com frequência de 100-120/min, deixar o tórax voltar antes de uma nova compressão
  • Airway: abrir via aérea, com extensão cervical + elevação do queixo
  • Breathing: 2 ventilações
  • DESFIBRLAÇÃO! se ritmo chocável. Gel nas pás, pedir para afastar.
  • Voltar IMEDIATAMENTE para a manobra por 5 ciclos. Checar o ritmo após.
  • Se refratário: iniciar ACLS (advanced)

RITMO = 30 compressões : 2 ventilações

Trocar obrigatoriamente a pessoa que está fazendo a manobra depois de 5x 30:2

Desfibrilação mais precoce possível

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21
Q

Ritmos chocáveis na PCR

A

FV ou TV sem pulso

Choque único: monofásico 360 J // bifásico 200 J

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22
Q

Como proceder o ACLS

A
  1. VA avançada: quando mais cedo, melhor&raquo_space; TOT, máscara laríngea, combitubo&raquo_space; + capnografa&raquo_space; não precisa mais respeitar 30:2 (compressão 100-120/min), ventilar 1x/6s, trocar a cada 2 min
  2. Acesso venoso / intra ósseo
  3. Tratar a arritmia
  4. Identificar e corrigir causas
  5. Cuidados pós-parada
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23
Q

Parâmetros da captografia que indicam prognóstico ruim

A

ETCO2 < 10 mmHg depois de 20 min de RCP

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24
Q

Como tratar a arritmia no ACLS?

A

O 1o choque já foi dado

RITMO FV/TV SEM PULSO:

  • Desfibrilar novamente
  • Adrenalina 1 mg a cada 3-5 min
  • RCP 5x 30:2 ou 2 min se VA avançada
  • Checar o ritmo: mesmo ritmo
  • Desfibrilar novamente
  • Amiodarona 300 mg ou lidocaína 1 a 1,5mg/kg
  • RCP 5x 30:2
  • Checa pulso
  • Reiniciar. 2a dose de amiodarona é de 150 mg e de lidocaína é 0,5 mg/kg

*Após a dose de 150 mg, a amiodarona deve ser substituída por lidocaína, com doses progressivamente menores

ASSISTOLIA (não-chocável):
-Protocolo da linha reta (CAGADA): checar cabos, banhos e derivação

ASSISTOLIA/AESP (não-chocável):

  • Adrenalina 1 mg a cada 3-5 min
  • RCP 5x 30:2 ou 2 min
  • Checar ritmo
  • Repetir adrenalina
25
Etiologias da PCR
5 H's e 5 T's ``` Hidrogênio (acidose) >> HCO3 Hiper/hipo K >> HCO3 se hiperk Hipovolemia >> HV Hipotermia Hipóxia ``` TEP >> fibrinolítico Toxinas >> HCO3 se tricíclicos, salicilatos e cocaína Tamponamento >> pericardiocentese Tensão pneumotórax >> toracotomia/toracocentese Trombose coronariana (IAM) >> fibrinolítico
26
Cuidados pós-parada (PARA QUALQUER RITMO)
- SatO2 >= 94% com a menor FiO2 possível (evita toxicidade do O2) - PAS > 90 e PAM >= 65 - Manter pCO2 entre 40-45 - Não hiperventilar - Paciente comatoso: considerar hipotermia (32 a 36 oC por <= 24h) - Dosar lactato de maneira seriada - Controle hidroeletrolítico - Hemodiálise de IRA - Alvo glicêmico: 144-180. Tratar se glicemia < 80 - UTI - Se possível: monitorização invasiva
27
Características do ritmo idiojuncional no ECG
- QRS estreito - FC 40-60 bpm - Onda P pode aparecer como onda retrógrada (p'), negativa em D2 e colada ao QRS, antes ou depois. - Intervalo PR diminuído
28
Características eletocardiográficas da bradicardia sinusal
- Onda P positiva em D2 e D1, precedendo cada QRS | - FC < 60
29
Drogas cronotrópicas negativas (que agem inibindo o nodo sinusal e diminuindo a FC)
``` Bb Digitálicos Verapaml Diltiazem Amiodarona Sotalol Propafenona Clonidina ```
30
Tratamento da síncope vasovagal de primeira escolha
BB cardioseletivos (atenolol, metoprolol)
31
Por que os BAVs supra-hissianos são considerados benignos e os outros, não?
Os BAVs proximais, que ocorremno nodo AV, possuem bom prognóstico por serem inervados pelo nervo vago, diferente dos distais. Assim, esse bloqueios respondem às drogas vagolíticas (atropina).
32
Característias eletrocardiográficas do BAV de 1o grau
Intervalo PR > 200 ms (5mm) Onda P fisiológica QRS estreito Bradicardia
33
Característias eletrocardiográficas do BAV de 2o grau Mobitz 1
Eventuais ondas P bloqueadas (sem QRS) Aumento progressivo do PR até o bloqueio da P Intervalo PR antes da P bloqueada > intervalo PR depois da P bloqueada
34
Condição bastante associada, na prática médica, aos BAVs benignos (1o grau de 2o grau Mobitz 1), mas podendo causar BAVT transitório
Fase aguda do IAM de parede inferior
35
Característias eletrocardiográficas do BAV de 2o grau Mobitz 2
Eventuais ondas P bloqueadas (sem QRS) Intervalo PR antes do bloqueio da P são iguais entre si QRS pode ser alargado (bloqueio infra) ou estreito (intra)
36
Característias eletrocardiográficas do BAVT (3o grau)
Completa dissociação AV (entre P e QRS), com onda P em várias posições em relação ao QRS, inclusive dentro do complexo, antes, depois, em cima da onda T etc Intervalos PP e RR regulares O QRS pode ser estreito (juncional) ou alargado (ventricular)
37
Característias eletrocardiográficas do bloqueio de ramo direito (BRD)
- Onda R' alargada em V1 | - Ondas S alargadas em D1 e V6
38
Característias eletrocardiográficas do bloqueio de ramo esquerdo (BRE)
- Onda S alargada em V1 | - Onda R alargada + ausência de onda Q em D1 e V6
39
Principais etiologias da morte cardíaca súbita extra-hospitalar
- Doença coronariana aterosclerótica (80%) >> isquemia miocárdica - Cardiomiopatias - Cocaína
40
Únicas medidas que comprovadamente podem reduzir a mortalidade nas vítimasde PCR
Massagem cardíaca bem-feita | Pronta desfibrilação. Extra-hospitalar: DEA. Para TV/FV.
41
Na PCR por asfixia (hipóxia), ex: afogamento, obstrução das VA por corpo estranho, deve-se realizar 1 ciclo de RCP antes de chamar ajuda. V ou F?
Verdadeiro. Tais pacientes apresentam hipóxia desde o início da PCR, sendo que reestabelecendo a oxigenação já pode reverter a PCR antes da chegada da equipe de socorro.
42
Drogas que podem ser feitas pelo tubo traqueal em casos onde não foi possível pegar o AVP ou o AVC
Naloxona Epinefrina Lidocaína
43
Por que a preferência de AVC para infusão de aminas vasoativas?
O extravasamento em veia periférica "estourada" induz necrose da pele e subcutâneo
44
Pacientes que tiveram PCR nas 1as 48h de um IAM possuem risco diminuído de nova PCR após a alta. V ou F?
Verdadeiro se paciente evoluir com boa FEVE. Significa que a arritmia foi consequência direta do IAM.
45
O que é ritmo de escape?'
O ritmo de escape ocorre quando a região responsável por comandar a despolarização cardíaca (nodo sinusal), por algum motivo, deixa de comandar. Então, a região logo posterior passa a assuimir o comando por automatismo. Caso essa região não seja capaz, a região abaixo desta assume. Quanto mais distante do sono situsal esta região for, menor a FC. Ex: ritmo idioatrial, idiojuncional ou idioventricular
46
Características eletrocardiográficas do ritmo idioatrial
- QRS estreito - FC 40-60 bpm - Onda P com morfologia não sinusal que se repete - PR normal (o nodo AV está normal)
47
Característias eletrocardiográficas do marca-passo atrial migratório
- QRS estreito - FC 40-60 bpm - Onda P com pelo menos 3 morfologias diferentes na mesma derivação - PR normal (o nodo AV está normal)
48
Características eletrocardiográficas do ritmo idioventicular
- FC < 40 bpm | - QRS alargado e aberrante (padrão BRE ou BRD)
49
Fisiopatologia e clínica da doença do nódulo sinusal
Processo fibro-degenerativo do nodo, podendo se estender para o átrio e causar taquiarritmias. Pacintes possuem clínica de síncope por pausas sinusais.
50
Características eletrocardiográficas da doença do nódulo sinusal
- Bradicardia sinusal crônica sem ser por fatores precipitantes - Pausas sinusais > 3s, sem escape adequado (bloqueio sinoatrial) - Síndrome "bradi-taqui" se processo degenerativo também estiver presente nos átrios
51
Síndrome de Stoke-Adams
Paciente com doença do nódulo sinusal que evolui com síncope
52
Conduta na doença do nódulo sinusal
marca-passo definitivo
53
Drogas dromotrópicas negativas fazem o que?
Agem bloqueando o nodo AV e retardando a condução do estímulo elétrico do átrio para o ventrículo
54
O que é BAV avançado?
É o BAV que ocorre quando há > 1 onda P bloqueada em sequência. Ex: 6:1 >> 6 ondas P pra 1 QRS
55
A estimulação que o marca-passo produz no coração humano sempre acompanha de QRS alargado. V ou F?
Verdadeiro, pois o estímulo elétrico é passada de miócito a miócito
56
AESP pode ter qualquer ritmo, inclusive o sinusal. V ou F?
Verdadeiro, por dissociação eletro-mecânica
57
Ritmos mai comuns no extra-hospitalar e no intra
Extra: FV/TV >> doença coronariana Intra: assistolia, AESP >> SEPSE, falência orgânica de múltiplos órgãos
58
Fatores de associados a morte súbita (2)
Obesidade | Tabagismo