Doenças da Tireoide Flashcards

(134 cards)

1
Q

Vascularização arterial da tireoide

A

A. carótida externa&raquo_space; A. tireoidea superior

Tronco tireocervical (da . subclávia)&raquo_space;A. tireoidea inferior

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2
Q

Inervação da tireoide

A

N. vago&raquo_space;

  • N. laringeo superior (passa pelo tronco braqueocefálico)&raquo_space; estiramento das cordas vocais (timbre)&raquo_space; pode lesar por estar perto da a. tireoidea superior
  • N. laringeo recorrente (passa pelo arco da aorta)&raquo_space; adução/abdução de cordas vocais &raquo_space; pode ocorrer lesão por estar muito perto da a. tireoide ainferior&raquo_space; rouquidão +- insuficiência respiratória
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3
Q

Lesão do n. laríngeo recorrente

A

Perda da abdução/adução&raquo_space; rouquidao + insuficiência respiratória

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4
Q

Lesão do n. laríngeo superior

A

Alteração do timbre da voz

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5
Q

Fisiologia hormonal

A

Hipotálamo&raquo_space; TRH (hormônio liberador de tireotrofina)
»
˜estmula (+) a adenohipófise&raquo_space; TSH (tireotrofina)
»
˜estimula (+) a Tireoide&raquo_space; T4 (de fato o hormônio predominante) e T3
»
˜estimula (-) TRH e TSH

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6
Q

Por que pedir T4L e não T4 total?

A

T4 ligado a globulina não exerce função, somente a forma livre

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7
Q

Como o TSH estimula a produção de T4?

A

TSH se liga ao receptor&raquo_space; TPO (tireoperoxidade) une a matéria prima (iodo) com a proteína específica da tireoide (tireoglobulina)&raquo_space; T3 (3 iodos) e T4 (4 iodos)

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8
Q

Papel do T4

A

T4 entra na célula&raquo_space; encontra a enzima desiodase 1&raquo_space; tira 1 iodo&raquo_space; vira T3, que tem ação biológica no corpo&raquo_space; T3 entra no núcleo da célula e exerce suas funções

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9
Q

Classificação do hipertireoidismo

A

Primário: se origina na glândula&raquo_space; T4L aumentado e TSH diminuído&raquo_space; Doença de Graves

Secundária: se origina do eixo, ex: hipófise&raquo_space; T4L aumentado e TSH aumentado&raquo_space; Tumor de hipófise (adenoma)

Terciário: origem hipotalâmica.

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10
Q

Fácies basedowiana

A

Bócio
Pele quente
Exoftalmia

Doença de Graves

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11
Q

Patogênese da Doença de Graves

A

Doença autoimune

Linfócitos B produzem o autoanticorpo TRAb (anticorpo “contra” o receptor de tiretrofina/TSH)&raquo_space; anticorpo estimula os receptores do TSH e desempenham funções di TSH&raquo_space; alto nível de TSH com hiperativação da tireoide&raquo_space; hipertrofia glandular, aumento da vascularização da glândula, aumento da produção e secreção dos hormônios

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12
Q

Clínica da Doença de Graves

A

TIREOTOXICOSE!&raquo_space; LUTA E FUGA sem níveis aumentados de adrenalina, por aumento de beta receptores adrenérgicos

  • Cansaço extremo
  • Agitação psicomotora
  • Agressividade
  • Queda de cabelo
  • Pele quente e úmida
  • Tremor fino e sustentado
  • Intolerância ao calor
  • Hiperdefecação
  • Amenorreia ou oligomenorreia
  • Perda ponderal
  • Midríase
  • Taquicardia
  • Insônia
  • Agitação
  • Polifagia
  • Sudorese
  • PA divergente: PAS aumenta pelo aumento de receptores B1 no coração&raquo_space; aumento do cronotropismo e inotropismo. PAD não aumenta por conta do aumento dos receptores B2 na periferia, que dilata o vaso e diminui a RVP
  • FA
  • Bócio (aumento homogêneo e simétrico da tireoide)
  • Oftalmopatia de Graves
  • Mixedema pré-tibial
  • Baqueteamento digital (acropatia)
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13
Q

Diagnóstico da Doença de Graves

A

Clínica + laboratório +- imagem

CLÍNICA: tireotoxicose + bócio +- oftalmopatia

LABORATÓRIO: TSH, T4L +- T3

  • TRAb: somente solicitar se dúvida diagnóstica (paciente sem clínca)
  • TSH diminuido e T4L aumentado&raquo_space; hipertireoidismo clássico
  • TSH diminuido e T4L normal&raquo_space; dosar T3&raquo_space; aumentado&raquo_space; T3toxicose (fase inicial da doença)
  • TSH diminuído e T4L normal&raquo_space; T3 normal&raquo_space; hiper subclínico

IMAGEM: US de tireoide

  • Sem nódulos&raquo_space; ok
  • Com nódulos&raquo_space; pode ser algo a mais (ex: plummer, BMT)&raquo_space; realizar cintilografia/RAIU
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14
Q

DD Doença de Graves

A

Bócio Multinodular tóxico
Tireoidite
Doença de Plummer

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15
Q

Quando tratar o hipertireoidismo subclínico?

A

Paciente com muita supressão do TSH e risco de complicação fatal

> 65 anos + TSH < 0,1

Tratar com MMZ ou PTU

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16
Q

Parâmetros da RAIU/Cintilografia

A

RAIU:

  • Normal: 5-20% de captação
  • Tireoidites: < 5%&raquo_space; tireoide destruída, mas consegue liberar hormônio
  • Hipertireoidismo: > 20%&raquo_space; fábrica está a todo vapor. Pode ser BMT ou Graves&raquo_space; cintilografia

CINTILOGRAFIA:

  • Iodo homogeneamente distribuído (difuso)&raquo_space; Doença de Graves
  • Iodo concentrado em 1 único ponto (nódulo único)&raquo_space; Plummer
  • Vários nódulos de captação de iodo&raquo_space; BMT
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17
Q

Tratamento da doença de Graves

A

MEDICAMENTOSO: inibem a produção de hormônios da tireoide

  • Drogas antitireoidianas (DAT): demoram a agir
    a) Metimazol (MMZ): inibe TPO&raquo_space; 1a escolha (dose única)

b) Propiltiouracil (PTU): inibe TPO + desiodade 1&raquo_space; não atravessa a barreira placentária (gestantes)
- BB: melhoram os sintomas cardíacos&raquo_space; propranolol: também inibe a desiodase 1&raquo_space; 20-40 mg 6 a 8/8h. 2ª opção: BCC

Duração do TTO: 1-2 anos&raquo_space; a doença tende a remitir

RADIOABLAÇÃO:

  • Insucesso terapêutico após 1-2 anos
  • Efeitos colaterais: rash cutâneo
  • Contraindicação: gestação e amamentação, oftalmopatia de graves moderada a grave, bócio volumoso (> 50 ml)

CIRURGIA: tireoidectomia total

  • Contraindicações à radioablação
  • Opção do paciente
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18
Q

Preparo pré-operatório de um paciente com Doença de Graves

A

Drogas antitireoideanas: PTU ou MMZ por 6 semanas&raquo_space; evita boom de liberação de hormônio tireoideano&raquo_space; diminui tireotoxicose durante o ato operatório

Lugol (iodo) por 10 dias&raquo_space; diminui o sangramento intraoperatório&raquo_space; efeito Wolff-Chaikoff&raquo_space; quando há ingesta excessiva de iodo, a glândula se desliga (hipotireoidismo)

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19
Q

O que é o efeito Wolff-Chaikoff?

A

chaikOFF

Iodo em excesso&raquo_space; glândula para de funcionar por feedback negativo / organificação é inibida&raquo_space; hipotireoidismo

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20
Q

O que é o efeito Jod-Basedow?

A

basedON

Quando você ingere iodo em quantidades boas que fazem com que a glândula funcione bastante (hipertireoidismo)

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21
Q

Amiodarona pode provocar hipertireoidismo. V ou F?

A

Verdadeiro!!

Amiodarona contém iodo e isso pode causar hipertireoidismo pelo efeito Jod-Basedow

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22
Q

Def. Crise tireotóxica (tempestade tireoidiana)

A

Tireotoxicose + disfunção orgânica&raquo_space; exacerbação do estado de hipertireoidismo, com risco a vida

Emergência médica

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23
Q

Quando suspeitar de crise tireotóxica?

A
Tireotoxicose
Febre elevada
Delirium/agitação/psicose/coma
Diarreia/icterícia
Taquicardia/FA
IC de alto débito
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24
Q

Tratamento da crise tireotóxica

A

Monitorização em UTI
PTU&raquo_space; ação mais ampla (inibe a desiodase 1)
Iodo&raquo_space; tentar fazer efeito Wolff-Chaikoff
Corticoide&raquo_space; diminui a produção de adrenalina pela adrenal
BB&raquo_space; diminui o efeito adrenérgico

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25
Tratamento do BMT
Tireoidectomia subtotal ou total | Pode esconder um CA
26
Tratamento da Doença de Plummer
Tireoidectomia parcial
27
Diagnóstico da tireoidite
RAIU < 5% + VHS aumentado + aumento de tireoglobulina
28
Quando suspeitar de tireotoxicose factícia
``` RAIU < 5% VHS normal ou diminuído TSH suprimido Elevação de T3 e/ou T4 Ausência de bócio e oftalmopatia ```
29
Quando realizar nodulectomia?
NUNCA!! Não deve ser mais realizada porque há muita complicação hemorrágica
30
Diferença entre os tipos de tireoidectomia
T. parcial >> lobectomia + istmectomia (conduta estética) >> nódulos unilaterais T total >> preferida por menor recorrência, mas aumenta o risco de complicações T subtotal >> deixa um pouco de parênquima para não interferir no nervo. Mantidos 1 a 2 g bilateralmente T quase total >> mantidos apenas 1 a 2h contralateral
31
Complicação mais temida da tireoidectomia
Hematoma cervical >> insuficiência respiratória por compressão
32
Complicação mais grave da tireoidectomia
Lesão do n. laringeo recorrente >> insuficiência respiratória quando cordas vocais param em adução
33
Complicação mais comum da tireoidectomia
Hipoparatireoidismo primário >> hipocalcemia transitória Lesão transitória por isquemia 20-30%
34
Sempre realizar sinal de Chvostek e Trousseau após tireoidectomia. V ou F?
Verdadeiro, para analisar a possibilidade de hipocalcemia (complicação cirúrgica)
35
Peso normal da tireoide
10-20 g
36
Divisão anatômica da tireoide
Lobo direito Lobo esquerdo Istmo Lobo piramidal: eventuamente encontrado
37
Hormônio secretado pelas células parafoliculares, localizadas entre os folículos tireoideanos
Calcitonina
38
Enzima determinante na formação dos hormônios tireoideanos
TPO (tireoperoxidase) Tireoglobulina >> TPO ioda as tirosinas desses peptídeos
39
Enzima presente no interior das celus que convertem o T4 em T3 (hormônio ativo)
Desiodase tipo 1
40
Molécula de peptídeos formada a base de tireosina que é a matriz dos hormônios da tireoide
Tireoglobulina
41
Forma ativa dos hormônios tieoidianos
T3
42
Hormônios glicoproteicos que possuem a unidade alfa em comum com o TSH
LH, FSH, beta-HCG
43
Valor de referência normal do TSH
0,5 a 5 mU/L
44
Agentes endógenos e exógenos que podem suprimir a secreção do TSH
- Hormônios tireoidianos e análogos - Dopamina e agonistas dopaminérgicos - Dobutamina - Glicocorticoides em altas doses de forma aguda - TNF-alfa, IL-I, IL-6 - Fenitoína
45
Função do T3
CRISE ADRENÉRGICA - Estimula SNC - Aumenta o metabolismo - Aumento dos receptores beta adrenérgicos do coração Aumento do consumo de O2 e produção de calor pelos tecidos Estimula a concentração, rapidez de raciocínio Aumento da contratilidade muscular cardíaca e squelética Aumento da motilidade do TGI Catabolismo: aumentam a reabsorção óssea, o catabolismo proteico, a glicogenólise, lipólise e gliconeogênese
46
Valor de referência normal do T4L
0,92 - 2 ng/dl
47
Clínica do hipotireoidismo congênito
Após o nascimento o RN ainda possui quantidade razoável de T4 materno Síndrome do cretinismo: retardo mental + nanismo (se não tratado dentro dos primeiros 3 meses de vida) Persistência da icterícia fisiológica Constipação Sonolência Hérnia umbilical
48
Mecanismo do hipertireoidismo subclínico
Ocorre no hipertireoidismo primário: Aumento dos hormônios tireoidianos >> diminuição do TSH por feedback negativo >> T3L e T4L podem ficar no seu valor normal pela menor estimulação do TSH
49
Valor do TSH no hipertireoidismo primário
TSH < 0,5
50
Valor do TSH no hipotireoidismo primário
TSH > 5
51
Como funciona o exame de cintilografia da glândula tireoide?
A cintilografia se constitui d 2 fases: - A IMAGEM (cintilografia em si), que determina a topografia das regiões funcionantes da glândula - A CAPTAÇÃO (RAIU), que avalia a função glandular, em % >> capta a liberação excessiva de iodo radioativo por um tecido tireoidiano hiperfuncionante
52
Diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose
Tireotoxicose: qualquer estado clínico resultane do excesso de hormônios tireoidianos nos tecidos, com a função da tireoide podendo estar normal ou alterada Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireoide, que cursa com tireotoxicose
53
A doença automune da tireoide pode alternar fases de hipertireoidismo com fases de hipotereoidismo. V ou F?
Verdadeiro! Depende de qual tipo de autoanticorpo está sendo produzido: estimuladores ou bloqueadores.
54
Tireoide com nódulo + diagnóstico de Doença de Graves. Conduta:
Retirar nódulo! Aumento da chance de CA de tireoide com comportamento mais agressivo pelo estímulo do TRAb
55
Oftalmopatia de Graves melhora com o tabagismo. V ou F?
Falso, muito pelo contrário!
56
Laboratório do hipertireoidismo subclínico
Apenas o TSH suprimido | T4L normal
57
Suspeita de hipertireoidismo. TSH suprimido e T4L normal. Conduta
Solicitar T3 total ou livre >> sempre se encontra elevado em todos os casos de hipertireoidismo (enzima desiodase 1 fica estimulada nesses casos)
58
Tsh suprimido, T4L normal e T3 elevado. Diagnóstico?
T3-toxicose
59
O que acontece na T4-toxicose?
pacientes com doenças graves podem possuir prejuízo da conversão periférica de T4 em T3, com níveis normais de T3L e aumentado de T4L
60
Como é feita a monitoriação da função tireoidiana nos pacientes em tratamento para Doença de Graves?
Apenas com T4L, com alvo de eutireoidismo (0,9 - 2) >> reduzir dose pela metade em cerca de 4-8 sem após atingir esses níveis TSH pode demorar até 1 ano a se normalizar
61
Complicação mais temida do uso de tionamidas
Agranulocitose
62
Tratamento da oftalmopatia de Graves
Prednisona 1 mg/kg/dia por +- 4 sem se formas graves Colírio de metilcelulose
63
Preparatório pré-ablação com radioiodo
TTO com drogas antitireoidianas por 1 mês, suspendendo 3-7 dias antes da ablação Dieta probre em iodo >> facilita a captação do iodo radioativo
64
Drogas que devem ser evitadas quando paciente apresenta oftalmopatia de Graves
Tiazolidinedionas (pioglitazona)
65
Consequência inevitável a terapia com radioiodo
Hipotireoidismo pós-ablação
66
DD de tireotoxicose na gestação
Doença trofoblástica gestacional
67
Principal causa de tempestade tireotóxica
Paciente com Graves + infecção
68
O que é bócio multinodular tóxico (BMT)?
Formação de múltiplos nódulos de tamanhos variados, que são responsáveis pelo crescimento da glândula (bócio), além de sinais de hipertireoidismo primário
69
Complicação do bócio multinodular tóxico
Se transformar em tóxico e começar a provocar hipertireoidismo
70
O que é a síndrome de Marine-Lenhart?
Coexistência de BMT e Graves
71
Diferença entre BMT e Graves
BMT: - Sem oftalmopatia - T3 bem mais elevado do que o T4L - Cintilografia mosra múltiplos nódulos de captação variável
72
O que é Doença de Plummer (adenoma tóxico)?
Nódulo tireoidiano autônomo hiperfuncionante que produz quantidade suprafisiológicas de hormônios
73
Adenoma tóxico pode cursar com dor. V ou F?
Verdadeiro, caso sofra hemorragia central, evoluindo com necrose espontânea e calcificação
74
Fisiopatologia do Adenoma tóxico
Mutação somática nos receptores de TSH de um grupo de células foliculares
75
Laboratório do hipertireoidismo secundário
TSH normal ou alto | T4L elevado
76
Etiologia mais comum de hipertireoidismo secundário
Adenoma hipofisário (geralmente macroadenoma) hipersecretor
77
Exame diagnótisco do hipertireoidismo secundário
TC ou RNM (melhor) de sela túrcica
78
Tratamento do hipertireoidismo secundário por adenoma hipofisário
Ressecção transesfenoidal Octeotride LAR >> suprime a produção autônoma de TSH caso impossibilidade cirúrgica
79
Complicação do adenoma hipofisário mais temida
Compressão do quiasma óptico >> cefaleia, defeitos do campo visual
80
Fisiopatologia das tireoidites
Inflamação e destruição glandular >> liberação súbita de hormôno previamente armazenados no coloide
81
O que é struma ovarii
Tumor ovariano que contém tecido tireoideo, secretante de T4 e T3
82
Eixo endócrino no hipotireoidismo primário
``` T4L baixo TSH aumentado (pelo feedback positivo) ```
83
Principal causa de hipotireoidismo primário no nosso meio
Tireoidite de Hashimoto (tireoidite linfocítica crõnica) Em alguns países: carência de iodo
84
Eixo endócrino no hipotireoidismo secundário
``` TSH baixo (hipófise preguiçosa) T4L baixo TRH aumentado >> hipófise pode produzir em excesso prolactina ```
85
Principal causa de hipotireoidismo secundário
Hipopituitarismo
86
Sinais de hiperprolactinemia
Galactorreia | Amenorreia
87
Clínica de hipotireoidismo
-Bocio (80%) >> TSH estimula o tecido folicular remanescente, apesar desta estar preguiçosa. Se presença de TRAb bloqueador, pode não haver bócio - Lentificação do metabolismo: bradipsiquismo, depressão, aumeto de peso (acúmulo de glicosaminoglicanos), intolerância ao frio, bradicardia, constipação, lentificação da voz. Pele fria e pálida, pele seca e quebradiça, madarose, anemia hipoproliferativa, HAS (acúmulo de glicosaminoglicanos nos vasos), diminuição do libido, ejaculação retardada, disfunção erétil, amenorreia/oligomenoreia * PS: apetite é preservado - Hashitireotoxicose (5%): no início da apresentação - Hiperprolactinemia: galactorreia e amenorreia - Dislipidemia pela lentificação da degradação de lipídeos - Fácies mexedematosa: pele espessa, grosseira, seca, um pouco amarelada, sem pelos, edema em torno dos olhos - Mixedema generalizado, duro e sem cacifo >> acúmulo de glicosaminoglicana na derme
88
Fisiopatologia da tireoidite de Hashimoto
Inflamação da tireoide >> perda de coloide >> tireotoxicose ou Hashitoxicose (aumento da liberação de T3 e T4) >> tireoide inflamada não consegue produzir mais hormônio e os estoques se esgotam >> hipotireoidismo Via humoral (autoimune) >> autoanticorpos: anti-TPO (95-100%), anti-TG, TRAb Via celular >> fibrose crônica
89
Características da Tireoidite aguda
Causa infecciosa >> S. aureus, S. pyogenes Raro! Ocorre e a pessoa nem percebe pois resolve rápido (subclínica) Dor na tireoide, febre, supuração, sinais de tireotoxicose TTO: ATB + drenagem
90
Características da Tireoidite subaguda
1ª fase: tireotoxicose 2ª fase: hipotireoidismo 3ª fase: resolução do quadro >> eutireoidismo DD com Graves, pois o que mais chama atenção é a tireotoxicose
91
Características da | Tireoidite subaguda granulomatosa dolorosa de Quervain
Doença reativa pós-viral (reação cruzada) Dor cervical após 1-3 sem de infecção viral. Mal-estar, mialgia, febre baixa Tireotoxicose em 50% VHS aumentado TTO: AINE. SE refratário em 24/48h >> corticoide (De Quervain é uma "dor que vein")
92
Característica da tireoidite crônica fibrosante de Riedel
Como se fosse a fibrose pulmonar idiopática Raro! Hipotireoidismo pela inflamação crônica
93
Autoanticorpos da tireoidite de Hashimoto
Anti-TPO Anti-TG (tireoglobulina) TRAb bloqueadoro
94
Bx de tireoide encontrou célula de Askanazy. Diagnóstico?
Tireoidite de Hashimoto (patognomônico) São células fibrosadas pela via celular
95
Diagnóstico de tireoidismo de Hashimoto
Clínica TSH elevado T4L baixo, baixo ou normal (depende do estágio, mas geralmente é baixo) Não é necessário solicitar autoanticorpos (anti-TPO) PAAF com Askanazy (não fazer na prática)
96
Tratamento do hipotireoidismo
Levotiroxina (puran/T4): 1-2 micrograma/kg/dia pela manhã, 1 hora antes do café >> pode causar insônia grave *Dose inicial menor em idosos e/ou coronariopatas T4 tem a 1/2 vida mais longa do que a T3 Objetivo: manter o TSH dentro da faixa de referência (0,5 a 5 mU/L). Dosar TSH após 4-6 sem
97
Tireoidismo de Hashimoto aumenta o risco de que neoplasia?
LINFOMA
98
Quando suspeitar de transformação para linfoma de Hashimoto?
Aumento súbito do bócio
99
Características do hipotireoisimo subclínico
Sem clínica TSH elevado T4L normal Repetir a dosagem após 1-3 meses antes de confirmar diagnóstico, pois o TSH pode estar aumentado em outras condições TTO: controverso. Fazer se: - TSH > 10 - Gestante - Anti-TPO alto - Sintomas atribuíveis: depressão, dislipidemia
100
Conduta no achado de nódulo tireoidiano
1º: Anamnese + exame físico >> avaliar a presença de fatores de risco 2º: Avaliar função tireoidiana (TSH) >> CA não altera função. Se houver alteração da função, provavelmente não é CA a) TSH suprimido >> cintilografia >> se quente / hipercaptante >> provavelmente é um adenoma tóxico. Se frio, pode ser CA, sendo conduzido como se TSH fosse normal b) TSH normal ou elevado >> USG >> avaliar características. I. < 1 cm: seguimento USG II. >= 1 cm ou suspeito: PAAF 3º: Avaliação da PAAF (classificação de Bethesda) 1. Insatisfatória >> refazer PAAF 2. Benigno >> seguimento 3. Atipia indeterminada >> refazer PAAF ou fazer análise genética 4. Folicular >> cirurgia ou fazer análise genética (e ver se faz só o acompanhamento) >> CA folicular ou adenoma folicular 5. Suspeito >> cirurgia 6. Maligno >> cirurgia
101
Características de um nódulo suspeito
- História de irradiação - Crescimento rápido - Rouquidão - Microcalcificação - Nódulos fixos a estruturas adjacentes - Linfonodomegalia ipsilteral - Sólidos hipoecoico e irregular - Chammas IV e V (hipervascularização) - Ausência de halo hipoecogênico
102
Classificação de CA de tireoide
-Bem diferenciado: Mais comum Mulher jovem Bom prognóstico -Pouco difereciado: Pior prognóstico Pct com mais idade, sexo masculino
103
Subtipos de CA bem diferenciados
- Papilífero | - Folicular
104
Subtipos de CA pouco diferenciados
- Medular | - Anaplásico
105
Características do CA tipo papilífero
- Mais comum - Mulher, 20-40 anos - 80% dos casos de tu tireoidiano em crianças - Excelente prognóstico - Indivíduo eutireoideo, com massa de crescimento lento,não dolorosa, com presença de linfonoso palpável - Disseminaçao linfática - Fat. risco: irradiação prévia - Presença de corpos psamomatosos (acúmulo de Ca nos folículos) >> aspecto de papila - Diagnóstico: PAAF!!!
106
PAAF mostra diagnóstico citológico ou histopatológico?
Citológico!! Quando ocorre alteração da célula
107
Tratamento do CA do tipo papilífero
< 1 cm >> tireoidectomia parcial >= 1 cm ou extensao extratireoidiana, metástase ou exposição prévia a RT >> tireoidectomia total *Se criança < 15 anos >> total >> maior risco de multifocal Dissecar linfonodos apenas na presença de adenomegalia palpável ou detectável por métodos de imagens Radioablação em praticamente todos os casos, a menos quando tu < 1 cm sem fatores de risco alto (mesmo que hajam múltiplas lesões, se todas < 1 cm)
108
Características do CA tipo folicular
- 2º mais comum - Mulher, 40-6 anos - Bom prognóstico - Disseminação hematogênica - Fat. risco: carência de iodo - Aumento de cels foliculares - Não pode ser confirmado pormeio da PAAF, pois as alterações do carcinoma folicular são idênticas as do adenoma folicular (benigno)
109
Diagnóstico de CA papilífero
PAAF
110
Diagnóstico de CA folicular
Histopatológico Biópsia de congelação não define!
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Tratamento do CA folicular
A chance de u tu folicular representar CA é diretamente proporcional ao tamanho da lesão: <= 2 cm: tireoidectomia parcial >> se adenoma folicular, deixar parcial, se CA, totalizar > 2 cm >> tireoidectomia total (chance de ser adenoma nesse tamanho é pequeno)
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Seguimento dos CA bem diferenciados
- Supressão do TSH >> este hormônio estimula a tireoide >> levotiroxina - USG em 6 meses - Avaliar níveis de tireoglobulina (> 1-2 ng/dL) >> resto de tireoide, CA? >> conduzir com ablação - Cintilografia (+) >> ablação
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Características do CA medular
- Se desenvolve nas células C (células parafoliculares), produtoras de calcitonina - Marcador: calcitonina - Relacionada com o proto-oncogene RET - Diagnóstico: PAAF - 80% é esporádico, 20% é familiar, podendo estar associado a neoplasia endócrina múltipla do tipo 2
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Paciente com diagnóstico de CA medular. Conduta com a família?
Pesquisar em parentes de 1º grau o pro-oncogene RET. Se positivo, fazer tireoidectomia profilática
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Marcador do CA medular
Calcitonina
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Tratamento do CA medular
Tireoidectomia total + linfadenectomia Não é responsivo à RT, abalção ou terapia supressiva com hormônio tireoidiano
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Seguimento do CA medular
Dosagem de calcitonina
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Características do CA anaplásico (indiferenciado)
- Mais raro - Pior progóstico - Paciente mais idoso - Fat. risco: deficiência de iodo - Cresce muito rápido, geralmente paciente já chega com CA avançado - Presença de células gigantes
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Diagnóstico de CA anaplásico
PAAF Presença de células gigantes
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Tratamento do CA anaplásico
Paliativo | Traqueostomia + QT/RT
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O que é o carcinoma de células de Hurthle
Varante mais agressiva e menos diferenciada do carcinoma folicular
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Tratamento do carcinoma de células de Hurthle
Tireoidectomia total + linfadenectomia
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Fatores de risco para hipotireoidismo
``` Idade > 65 aos Sexo feminino Puerpério HF Irradiação prévia de cabeça e pescoço Doenças autoimunes Amiodarona, lítio, INF-a Síndrome de Down e turner Dieta pobre em iodo Infecção crônica pelo HCV ```
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Paciente com hipertireoidismo autoimune pode evoluir para hipotireoidismo e vice-versa. V ou F?
Verdadeiro. Tanto no hiper pode haver desenvolvimentode anti-TPO como no hipo pode have desenvolvimento do TRAb
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Hipotireoidismo reduz o clearance de vários medicamentos. Ex: anticoagulantes, antiepilépticos, hipnóticos e opioies. V ou F?
Verdadeiro
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Formação da tireoide no feto
Se inicia a partir da 10-12º semana e não se desenvolve completamente até o nascimento Crucial para a formação do SNC prrincipalmente no 1º trimestre
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Síndrome do eutireoideo doente
Doenças sistêmicas graves levam à produção exacerbada de citocinas, causando anormalidades noTSH / T4L na ausência de doença tireoidiana
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Causa mais comum de bócio difuso atóxico (bócio simples / bócio endêmico)
Deficiência de iodo. Outros: tireoidite de Hashimoto
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Tratamento do bócio simples
Meramente estético Levotiroxina para suprimir o TSH Outros: radioablação, cirurgia
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Caracteríticas da tireoidite pós-parto
Tireoidite autoimune indolor subaguda que se manifesta dento do 1º ano após o parto Se comporta como tireoidite subaguda
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Nódulo tireoidiano + diarreia. Suspeitar de que tipo de tumor tireoidiano?
Carcinoma medular Calcitonina ocasiona maior secreçao jejunal de água e letrólitos
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Característica evidenciada na prática que define o subtipo de carcinoma de células de Hurthle
Abundância de células oxifilicas (oncócitos)
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Classificação de Chammas
Avalia a vacularização do nódulo pelo USG Doppler I. Ausência de vascularização II. Vascularização periférica III. Vascularização periférica maio ou igual à central IV. Vascularização central maior que a periférica V. Vascularização apenas central
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Antesd a realização da PAAF, o ideal é suspender anticoagulantes e antiplaquetários. V ou F?
Falso!