Doenças das vias biliares Flashcards
(107 cards)
Vias biliares extra-hepáticas (anatomia)
Ducto hepático direito + esquerdo ➡ ducto hepático comum ➡ recebe o ducto cístico ➡ formam o colédoco ➡ se junta com o ducto de Wirsung (pancreático principal) ➡ formação da ampola de Vater, controlado pelo esfincter de Oddi
Limites do triângulo de Calot
Borda hepática
Ducto cístico
Ducto hepático comum
O que passa dentro do triângulo de Calot?
Artéria cística
Tipos de cálculos das vias biliares e suas características
- Cálculos de colesterol ➡ mais comum, amarelo ➡ não pigmentado, radiotransparente, formado na vesícula
- Cálculos pigmentares pretos (de bilirrubinato de cálcio) ➡ 2o mais comum ➡ pigmentado, formado na vesícula ➡ HEMÓLISE CRÔNICA, cirrose (não conjuga bilirrubina)
- Cálculos pigmentares castanhos (de bilirrubinato + colesterol) ➡ mais raro ➡ formado dentro da via biliar (colédoco) ➡ obstrução do colédoco + colonização bacteriana ➡ estenose, atresia
Fatores de risco para a formação dos cálculos de colesterol
- Mulher
- Estrogênio ➡ estimula colesterol através da bile ➡ Aco
- Idade ➡ ⬇ contratibilidade da bile
- Obesidade
- Emagrecimento rápido ➡ eliminação maior de gordura pelo colesterol da bile
- Clofibrato ➡ mesmo motivo do emagrecimento rápido
- Doenças ileais (Crohn, ressecções) ➡ diminuição da absorção dos sais biliares, que são solventes do colesterol (evitam a formação de cálculo)
Tipo do cálculo que forma a coledocolitíase primária
Cálculos castanhos: únicos que se formam DENTRO DO COLÉDOCO ➡ dilatação e estase por obstrução crônica
Def. colelitíase
Cálculo na vesícula biliar
Clínica da colelitíase
Assintomático se não impactado
Se impactado no infundíbulo:
- Cólica biliar (vesícula contrai) ➡ principalmente após libação alimentar (alimentos gordurosos) ➡ desobstrução espontânea ➡ alívio dentro de 6 horas
- Vômitos, náuseas
- Dispepsia
Diagnóstico da colelitíase
USG ➡ padrão-ouro ➡ imagem hiperecoica com sombra acústica posterior
Tratamento da colelitíase
AINE
Colecistectomia videolaparoscópica
Indicação de cirurgia da colelitíase
- Paciente sintomático
- História de complicação prévia independente do estado sintomático atual
- Paciente assintomático se:
- Cálculo > 3 cm
- Cálculo + pólipo ➡ fator de risco para CA
- Vesícula em porcelana ➡ calcificação da parede da vesícula ➡ fator de risco para CA de vesícula
- Anomalia congênita
- Cálculos + anemia hemolítica ➡ fator de risco para cálculos pretos
- Cálculos + Prótese valvar metálica ➡ fator de risco para cálculos pretos
- Cirurgia bariátrica e Tx cardíaco (questionável)
Tratamento farmacológico caso paciente refratário ou com risco cirúrgico proibitivo
Cálculos de colesterol pequenos (< 5 mm) ➡ ÁCIDO URSODESOXICÓLICO
Def. Colecistite aguda
Inflamação por um cálculo obstruindo a vesícula
Impactação com obstrução persistente ➡ irritação química e inflamação
Clínica da colecistite aguda
- Cólica biliar com duração > 6 horas ➡ pode haver irradiação para região infraescapular
- Febre baixa/moderada
- Vômitos, náuseas
- Sinal de Murphy positivo (paciente interrompe de maneira súbita a inspiração profunda durante a palpação do ponto cístico)
Diagnóstico da colecistite aguda
- USG ➡ primeiro exame ➡ edema (espessamento) da parede da vesícula biliar > 3 mm + cálculo impactado + Murphy sonográfico + líquido perivesicular
- Cintilografia biliar ➡ padrão-ouro ➡ ausência de contraste dentro da vesícula biliar (não visualização da vesícula)
Tratamento da colecistite aguda
- Medidas gerais ➡ internação hospitalar, analgesia, correção de distúrbios hidroeletrolíticos, dieta zero
- ATBterapia. Ex: cipro + metro
-Colecistectomia VLP PRECOCE (ideal < 72 h) ➡ tecido não está tão friável, não há muitas aderências ➡ porém
é seguro até 10 dias após início do quadro
- Colecistostomia percutânea para paciente que não tolera a cirurgia (PACIENTE GRAVE) ➡ avalia a pressão intravesicular
- Esperar o processo inflamatório esfriar está caindo em desuso
Complicações da colecistite aguda (2)
- Perfuração
- Colecistite enfisematosa aguda: gás na parede da vesícula ➡ infecção por clostridium (anaeróbios) ➡ paciente idoso, DM ➡ colecistec emergencial
Tríade do íleo biliar (fístula biliodigestiva)
Tríade de Rigler:
- Obstrução de delgado
- Pneumobilia ➡ ar no interior da vesícula biliar
- Cálculo ectópico
Classificação das consequências da perfuração da colecistite aguda
a) Livre ➡ peritonite ➡ paciente não consegue bloquear a inflamação. Ocorre geralmente quando paciente é imunocomprometido ➡ Cirurgia de urgência
b) Bloqueada ➡abscesso ➡ avaliar drenagem (colecistostomia)
c) Fístula ➡ ÍLEO BILIAR
Def. Colecistite aguda alitiásica
Colecistite sem a presença do cálculo ➡ bile represada, lama biliar ➡ infecção
Fatores de risco para Colecistite aguda alitiásica
Pacientes graves em CTI
NPT
Jejum prolongado
Clínica da Colecistite aguda alitiásica em paciente internado no CTI e conduta
Paciente grave
Febre
Leucocitose
Fazer USG
Def. Síndrome de Mirizzi
Compressão extrínseca do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico
Clínica da Síndrome de Mirizzi
Icterícia ➡ obstrução da via biliar principal ⬆ FA \+ -Cólica biliar com duração > 6 horas -Febre -Sinal de Murphy