ET4 Flashcards

1
Q

Qual o principal tipo de erosão?

A

A erosão hídrica é a principal causa de degradação de solos agrícolas devido à remoção de partículas de solo e de nutrientes da camada superficial. Ela é provocada pelo desprendimento e a consequente desagregação das partículas do solo pelo impacto da chuva, ocasionando o selamento superficial, reduzindo a taxa de infiltração de água e aumentando o escoamento superficial.

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2
Q

Quais as principais consequências diretas e indiretas da erosão do solo?

A

As consequências diretas da erosão são a redução da capacidade produtiva dos solos em razão da perda da camada de solo com melhor condição de fertilidade, estrutura e conteúdo de matéria orgânica.
As principais consequências indiretas são o assoreamento dos rios e reservatórios e a contaminação dos recursos hídricos pelo carreamento de fertilizantes.

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3
Q

Quais os principais fatores estabelecidos pela Equação Universal de perdas do Solo (EUPS)?

A

A = R K L S C P

A = Perdas de Solo (ton/ha/ano)
R = Erosividade (poder erosivo das chuvas) (MJ.mm/ha.h.ano)
K = Erodibilidade do solo (suscetibilidade dos solos à erosão) (t.h/MJ.mm)
LS = Fator topográfico - comprimento de rampa e declividade (adimensional)
C = Fator uso/cobertura vegetal e manejo (adimensional)
P = Fator práticas conservacionistas (adimensional)

A = perda anual média de solo, Mg ha–1 ano–1;

A Erosividade (Fator R) é a capacidade potencial da chuva causar erosão no solo, sendo esta uma função das propriedades da chuva como: energia cinética e momento, que são dependentes da distribuição do tamanho e da velocidade terminal das gotas.

O fator de erodibilidade do solo (K) indica a susceptibilidade de um solo à erosão.
O valor K atribuído a um determinado tipo de solo, indica a quantidade de solo perdido por unidade de energia erosiva da chuva.

O fator de topográfico (LS) reflete a influência do comprimento e da declividade da encosta na erosão do solo.

Fator C – COBERTURA E MANEJO DO SOLO
As variáveis uso e manejo são avaliadas em conjunto. Desta forma, diferentes combinações dessas variáveis apresentam diferentes efeitos nas perdas de solo.

Fator P – PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS
Este fator mede a relação entre a perda de solo e determinada prática
conservacionista com a correspondente perda quando a cultura está implantada no sentido do declive.

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4
Q

Qual a combinação de práticas de controle da erosão compõe o planejamento conservacionista da lavoura?

A

O terraceamento da lavoura é uma prática de combate à erosão fundamentada na construção de terraços com o propósito de disciplinar o volume de escoamento das águas das chuvas. Essa prática deve ser utilizada concomitantemente com outras práticas edáficas (são formas de manejo ou tratos ou manipulação do solo), como por exemplo, a cobertura do solo com palhada, calagem e adubação fertilizante balanceadas, e com práticas de caráter vegetativo, por exemplo, rotação de culturas com plantas de cobertura e cultivo em nível ou em contorno.

》A combinação dessas práticas de controle da erosão compõe o planejamento conservacionista da lavoura.

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5
Q

O que é o terreceamento?

A

O terraceamento consiste na construção de uma estrutura transversal ao sentido do maior declive do terreno. Apresenta estrutura composta de um dique e um canal e tem a finalidade de reter e infiltrar, nos terraços em nível, ou escoar lentamente para áreas adjacentes, nos terraços em desnível ou com gradiente, as águas das chuvas.

A função do terraço é a de reduzir o comprimento da rampa, área contínua por onde há escoamento das águas das chuvas, e, com isso, diminuir a velocidade de escoamento da água superficial. Ademais, contribui para a recarga de aquíferos.

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6
Q

Quais são terraços recomendados para solos de boa permeabilidade?

A

São terraços construídos sobre as niveladas demarcadas em nível e com as bordas bloqueadas, cuja função é interceptar a enxurrada e permitir que a água seja retida e infiltre.
São terraços recomendados para solos de boa permeabilidade, como os Latossolos, Nitossolos, anteriomente denominados Terras Roxas Estruturadas, além dos arenosos, como os Neossolos Quartzarênicos, Areias Quartzosas.

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7
Q

Quais são os terraços recomendados para solos com permeabilidade moderada ou lenta?

A

Terraço em gradiente, desnível, de escoamento ou de drenagem.
São construídos com pequeno gradiente ou desnível transversalmente ao maior declive da rampa. Acumula o excedente de água e permite seu escoamento lentamente para fora da área protegida, por uma ou duas extremidades abertas, até canais escoadouros vegetados. São recomendados para solos com permeabilidade moderada ou lenta que dificultam a infiltração de água da chuva na intensidade necessária. São recomendados para solos das classes dos Cambissolos, Argissolos, antigos Podzólicos e Neossolos Litólicos.

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8
Q

O que é terraço Tipo Nichols?

A

Na sua construção, o solo é cortado com arado, e não se deve usar grade aradora, e movimentado sempre de cima para baixo, de modo que a massa de solo que forma o camalhão é retirada da faixa imediatamente superior, o que resulta no canal.

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9
Q

O que são TERRAÇOS TIPO PATAMAR?

A

É construído através da movimentação de terra com cortes e aterros, que resultam em patamares em forma de escada. A plataforma do patamar deve apresentar pequena inclinação com direção ao seu interior e um pequeno dique, a fim de evitar o escoamento de água de um terraço para outro, o que poderia provocar erosão no talude.
No patamar deve ser plantada a cultura, e o talude deve ser recoberto com vegetação rasteira, desde que não seja invasora, para manter sua estabilidade. Em solos pouco permeáveis esse tipo de prática não é recomendada.
É construído manualmente ou com trator de esteira equipado com lâmina frontal. Em virtude do alto custo de construção, é normalmente recomendado para exploração de culturas de alta rentabilidade econômica.

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10
Q

O que é compactação do solo? Seus efeitos benéficos e deletérios:

A

Compactação é a compressão do solo não saturado, durante a qual ocorre um aumento da sua densidade em consequência da redução do seu volume de poros.

A compactação dos solos agrícolas pode ser benéfica em algumas poucas circunstâncias, como pela melhoria do contato solo-semente na semeadura e no aumento da disponibilidade de água em solos extremamente porosos.

Contudo, seus efeitos negativos são muito mais expressivos, incluindo:
* aumento da resistência mecânica do solo;
* redução da aeração (redução da macroporosidade);
* alteração na disponibilidade e nos fluxos de água, calor e nutrientes;
* redução da infiltração e da drenagem interna do solo;
* aumento das perdas de solo por erosão;
* redução da atividade biológica;
* sistema radicular pouco profundo e mal-formado;
* redução do crescimento de plantas e da produtividade.

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11
Q

O que é poluição do solo e quais os principais poluentes que podem o afetar?

A

Poluição do solo é uma forma de degradação causada por materiais estranhos (contaminantes ou poluentes) inorgânicos, orgânicos e biológicos.

Os principais poluentes que afetam os solos são os metais pesados (áreas industriais, mineração), resíduos (industriais, mineração, esgoto, lixo), material radioativo (depósitos de resíduos radioativos, acidentes em usinas nucleares), agroquímicos (agrotóxicos, fertilizantes) e chuva ácida.

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12
Q

A persistência de contaminantes no solo depende das suas características e do solo, sendo resultado de um balanço entre os processos de retenção, transporte e transformação. Defina cada um desses processos.

A

A retenção indica a capacidade do solo de reter um contaminante, sendo o somatório dos processos de absorção, adsorção e precipitação.

A absorção corresponde à passagem do contaminante para o interior das plantas.

A precipitação envolve a formação de precipitados na superfície das partículas do solo ou a formação de ligações covalentes de alta energia entre os contaminantes e o solo.

Já a adsorção é um fenômeno reversível decorrente da interação entre o contaminante e a superfície dos coloides do solo (argilas e substâncias húmicas da matéria orgânica).

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13
Q

O que é sorção?

A

Absorção + adsorção + precipitação dos contaminantes do solo.

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14
Q

O que é a lixiviação?

A

Lixiviação é o nome dado ao processo de retirada dos nutrientes do solo pela ação da água que penetra nas camadas superficiais do substrato.
Acontece de forma natural, sendo potencializada pela remoção da vegetação nativa e exposição do solo aos agentes intempéricos, como as chuvas.

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15
Q

O que define a tendência do contaminante do solo sofrer transporte por lixiviação ou não?

A

A sorção e a solubilidade.

Quanto menor a sorção e maior a solubilidade, mais facilmente o contaminante é transportado através do perfil do solo para camadas mais profundas ou para o lençol freático.

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16
Q

Qual a principal forma de perder o agrotóxico aplicado?

A

Através da volatização.

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17
Q

Os agrotóxicos aplicados na terra podem ser perdidos por quais processos?

A

Os agrotóxicos aplicados ao solo podem ser perdidos para a atmosfera (volatilização) ou pela água (escoamento superficial, erosão, lixiviação).

Podem ser degradados pela ação de microrganismos ou de reações químicas; e podem ser absorvidos pelas plantas e organismos do solo, entrando assim nas cadeias tróficas.

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18
Q

A persistência de contaminantes no solo depende de alguns fatotes. Quais são?

A
  • Relacionados ao solo (teores de argila e matéria orgânica, mineralogia, pH, população de microrganismos);
  • Ao ambiente (umidade, temperatura, precipitação);
  • Das práticas culturais (sistema de plantio, doses aplicadas);
  • E ao próprio contaminante (recalcitrância à ação microbiana, estabilidade química).
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19
Q

A desertificação pode ser causada pela intervenção humana em ecossistemas de elevada fragilidade. Quais são as ações que favorecem esse processo?

A

Dentre as ações que favorecem esse processo de degradação estão o desmatamento, o sobrepastejo, o manejo inadequado do solo, a erosão e a salinização.

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20
Q

O que é a eutrofização?

A

Eutrofização é aumento da concentração de nutrientes num ecossistema aquático, levando ao aumento da produtividade (principalmente de algas) e, consequentemente, a alterações em todo esse ecossistema.

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21
Q

De acordo com a lei 9.433, quais as competências das agências de água?

A

Manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos em sua área de atuação;

Manter o cadastro de usuários de recursos hídricos;

Efetuar, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

Analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso de recursos hídricos e encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos;

Acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos em sua área de atuação;

Gerir o sistema de informações sobre recursos hídricos em sua área de atuação;

Celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de suas competências;

Elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-la à apreciação do respectivo ou respectivos comitês de bacia hidrográfica;

Promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de atuação;

Elaborar o plano de recursos hídricos para apreciação do respectivo comitê de bacia Hidrográfica;

Propor ao respectivo ou respectivos comitês de bacia hidrográfica:

a) o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes;

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos;

c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.

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22
Q

A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas quais circunstâncias?

A

I -não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga;

II - ausência de uso por três anos consecutivos;

III - necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas adversas;

IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental;

V - necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha de fontes alternativas;

VI - necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água.

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23
Q

Por infração de qualquer disposição legal ou regulamentar referente à execução de obras e serviços hidráulicos, derivação ou utilização de recursos hídricos, ou pelo não atendimento das solicitações feitas, o infrator, a critério da autoridade competente, ficará sujeito à quais Penalidades?

A

I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das irregularidades;

II - multa, simples ou diária, proporcional à gravidade da infração, de R$ 100,00 a R$ 50.000.000,00.

III - embargo provisório, por prazo determinado, para execução de serviços e obras necessárias ao efetivo cumprimento das condições de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao uso, controle, conservação e proteção dos recursos hídricos;

IV - embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para repor incontinenti, no seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens.

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24
Q

Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão quais conteúdo mínimo?

A

I - diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;

II - análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo;

III - balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais;

IV - metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis;

V - medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento das metas previstas;

VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos;

IX - diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

X - propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.

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25
Q

O que é Sistema agroflorestal?

A

Sistema agroflorestal é uma forma de uso da terra que abrange múltiplas culturas, aliando uma reserva florestal em conjunto com a criação de animais, produção agrícola ou fruticultura.

As agroflorestas são uma importante alternativa para alguns produtores rurais, conciliando rendas no curto, médio e longo prazo, ou seja, promovem benefícios econômicos e ecológicos.

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26
Q

Os Comitês de Bacia Hidrográfica são compostos por quais representantes?

A

I - da União;

II - dos Estados e do Distrito Federal cujos territórios se situem, ainda que parcialmente, em suas respectivas áreas de atuação;

III - dos Municípios situados, no todo ou em parte, em sua área de atuação;

IV - dos usuários das águas de sua área de atuação;

V - das entidades civis de recursos hídricos com atuação comprovada na bacia.

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27
Q

Nos Comitês de Bacia Hidrográfica, de bacias cujos territórios abranjam terras indígenas, devem ser incluídos quais representantes?

A

I - da Fundação Nacional do Índio - FUNAI, como parte da representação da União.

II - das comunidades indígenas ali residentes ou com interesses na bacia.

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28
Q

Os Comitês de Bacia Hidrográfica serão dirigidos por quem?

A

Os Comitês de Bacia Hidrográfica serão dirigidos por um Presidente e um Secretário, eleitos dentre seus membros.

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29
Q

A criação das Agências de Água será autorizada por quem?

A

A criação das Agências de Água será autorizada pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos mediante solicitação de um ou mais Comitês de Bacia Hidrográfica.

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30
Q

Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento, quais atividades com uso de água de bacias Hidrográficas?

A

I -o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;

II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;

III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.

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31
Q

O que é Intemperismo?

A

É o processo de deterioração e desgaste das rochas e dos solos, através de processos químicos, físicos e biológicos, causados pela sua exposição aos agentes externos no decorrer do tempo.

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32
Q

O estado de um solo, quando sua umidade se encontra entre os limites de plasticidade e de contração, é denominado?

A

Semi-sólido.

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33
Q

O que é ciclo hidrológico?

A

Denomina-se ciclo hidrológico o processo natural de evaporação, condensação, precipitação, detenção e escoamento superficial, infiltração, percolação da água no solo e nos aquíferos, escoamentos fluviais e interações entre esses componentes.(Righetto, 1998).

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34
Q

Quais são os princípios básicos para o funcionamento do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos?

A

I -descentralização da obtenção e produção de dados e informações;

II-coordenação unificada do sistema;

III-acesso aos dados e informações garantido à toda a sociedade.

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35
Q

O que é Limite de contração do solo?

A

Teor de umidade no qual o volume de um solo alcança seu menor valor ao ser seco.

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36
Q

O que é Limite de plasticidade do solo?

A

Umidade abaixo da qual o solo é frágil.

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37
Q

O que é Limite de liquidez do solo?

A

Teor de umidade acima do qual o solo flui como um líquido (lama).

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38
Q

Quais são os limites de Atterberg ou limites de consistência do solo?

A

São apenas os três: liquidez, plasticidade e contração.

São utilizados para classificar os solos quanto à plasticidade/consistência, assim como são parâmetros para avaliar a qualidade do solo para fins de obras.

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39
Q

O que as práticas de controle da erosão visam?

A

Visam à redução do desprendimento de partículas da superfície do solo e à redução do escoamento superficial ou sua capacidade de transportar sedimentos em suspensão.

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40
Q

Quais são as práticas edáficas de controle de erosão do solo?

A

As práticas edáficas buscam a adequação do sistema de cultivo de modo a favorecer o desenvolvimento das culturas e, com isso, promover melhor cobertura do solo.

● Controle do fogo: o emprego de queimadas destrói a cobertura protetora do solo, tornando-o altamente suscetível à erosão pelas chuvas subsequentes.

● Calagem: a acidez do solo e os altos teores de Al3+ tóxico são uma grande limitação dos solos tropicais. A aplicação de calcário tem inúmeros benefícios além da correção da acidez e da neutralização do Al3+, como fornecimento de Ca2+ e Mg2+ e aumento da disponibilidade de vários nutrientes.

● Adubação química: o fornecimento de nutrientes pela adubação química favorece o desenvolvimento das culturas e, assim, a cobertura do solo.

● Adubação orgânica: tem efeito similar à adubação química, além de fornecer matéria orgânica ao solo, o que traz benefícios na agregação, porosidade, dentre outros.

● Adubação verde: a incorporação ao solo de adubos verdes (principalmente plantas leguminosas) tem efeitos benéficos semelhantes à adubação orgânica, mas adicionalmente favorece a ciclagem de nutrientes pela ação do sistema radicular do adubo verde.

● Cultivo mínimo: a redução das operações de preparo do solo é benéfica, pois a menor mobilização do solo durante o preparo o torna menos suscetível à ação erosiva do escoamento superficial.

● Plantio direto: o plantio direto é um sistema de cultivo que se baseia em três princípios:
(i) não revolvimento do solo;
(ii) rotação de culturas;
(iii) cobertura permanente do solo.

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41
Q

Quais são as práticas vegetativas de controle de erosão do solo?

A

As práticas vegetativas fazem uso da vegetação para proteger o solo contra a ação erosiva das gotas de chuva e do escoamento superficial. A densidade da cobertura vegetal é o principal fator que afeta a eficiência das práticas vegetativas de controle da erosão.

● Florestamento e reflorestamento: a implantação de florestas é bastante interessante nos terrenos de baixa capacidade de produção ou particularmente sensíveis, como os muito declivosos ou próximos de cursos d’água.

● Rotação de culturas: a alternância de cultivo de diferentes espécies vegetais em sequência temporal em determinada área traz inúmeros benefícios, como ciclagem de nutrientes, quebra do ciclo de pragas e doenças, manutenção da cobertura vegetal, dentre outros.

● Pastagens: as pastagens, quando bem manejadas, fornecem boa cobertura ao solo, sendo boa alternativa para locais com baixa capacidade de produção de outras culturas.

● Plantas de cobertura: têm como objetivo a manutenção da cobertura do solo. Além do benefício de proteção, a ação do sistema radicular favorece a agregação e estruturação do solo, além de aportarem consideráveis volumes de matéria orgânica.

● Cultura em faixas: consiste na disposição das lavouras em faixas, com espécies diferentes em faixas alternadas, de modo a promover a disposição alternada de plantas com diferentes densidades de cobertura seguindo o nível do terreno.

● Cordões vegetados: são formados por fileiras de vegetação permanente dispostas seguindo o nível do terreno. Os cordões vegetados podem vir a dar origem a estruturas semelhantes a terraços ao longo dos anos, devendo ser implantados com o mesmo espaçamento desses.

● Alternância de capinas: consiste em realizar o controle de plantas daninhas em linhas ou ruas alternadas, de modo a intercalar locais nos quais não foi feito ainda o controle com locais em que a vegetação espontânea foi controlada.

● Roçada: roçar as plantas daninhas em vez da capina com mobilização da camada superficial favorece a cobertura do solo, porém exige maior frequência de operações.

● Faixas de bordadura: têm a finalidade de controlar a erosão nas bordas dos terrenos e ao longo de caminhos, servindo de anteparo para o escoamento originado dentro das gleba ou nas áreas vizinhas.

● Quebra-ventos: são barreiras densas de árvores ou outras plantas de grande porte dispostos ao redor das áreas cultivadas, especialmente em locais sujeitos à erosão eólica o com ventos muito fortes.

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42
Q

Quais são as práticas mecânicas de controle de erosão do solo?

A

As práticas mecânicas de controle da erosão envolvem o plantio em nível e a construção de estruturas artificiais para interceptação e condução do escoamento superficial, de modo que não atinja energia suficiente para provocar o desprendimento das partículas de solo.
Seu uso se faz necessário, já que nem sempre apenas as práticas edáficas e vegetativas são suficientes para o adequado controle da erosão, principalmente em regiões com ocorrência de chuvas de maior intensidade. As obras de terra para controle da erosão incluem os terraços, os canais escoadouros e as bacias de captação.

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43
Q

O que é terraceamento e quais os tipos de terraços?

A

A construção de terraços para interceptação e condução ou infiltração do escoamento superficial é uma das práticas mais eficientes de controle da erosão, porém seu custo de implantação é elevado por exigir a movimentação de grande quantidade de solo. Os terraços geralmente apresentam uma porção mais elevada, o dique ou camalhão, e uma porção escavada onde a água se acumula ou escoa, o canal.

  • Terraços de retenção: são contruídos em nível para acúmulo de água e sua posterior infiltração.
    São recomendados apenas para solos com boa permeabilidade, como latossolos.
  • Terraços de drenagem (ou em gradiente): são contruídos com uma inclinação que permite a drenagem disciplinada da água do escomanto superficial sem que atinja velocidades erosivas.
    São recomendados para solos com permebilidade lenta a moderada.
  • Terrações mistos: são contruídos prevendo um determinado volume de ácumulo de água, bem como a drenagem do excesso quando esse limite é alcançado.
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44
Q

O que são terrações tipo Nichols?

A

São construídos com movimentação de solo apenas de cima para baixo, originando um único canal, que pela sua profundidade, não pode ser cultivado, o que acarreta em maior perda de área útil.

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45
Q

O que são terrações tipo Manghun?

A

São contruídos com movimentação do solo tanto a montante (acima) quanto a jusante (abaixo) do camalhão, o que resulta num canal mais largo, raso e com maior capacidade de retenção de água.

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46
Q

Quanto a largura da faixa de movimentação de terra, os terraços se classificam como?

A

Os terraços de base estreita têm até 3,0 m de largura. Seu uso em geral é recomendado para pequenas propriedades em locais declivosos (declividade de 12 a 18%) onde não seja possível a construção de terraços de base média ou larga.

Os terraços de base média têm entre 3,0 e 6,0 m de largura. Seu uso é recomendado para locais com declividade de 8 a 12% e quando há disponibilidade de maquinário de pequeno ou médio porte.

Os terraços de base larga envolvem a movimentação de terra em faixas de 6,0 a 12,0 m de largura. Seu uso é recomendado em locais de relevos mais suavizados, com declividades inferiores a 12% e preferencialmente até 6 a 8%. Apesar de ter um elevado custo de construção pela grande quantidade de solo mobilizada, permite o cultivo em toda a sua superfície.

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47
Q

Quais os principais objetivos do revolvimento do solo?

A
  • Controle de plantas daninhas, diminuindo a competição com a cultura.
  • Preparo do leito de semeadura, garantindo condições adequadas para germinação das sementes e emergência e desenvolvimento das plantas.
  • Rompimento de camadas compactadas, aumentando o desenvolvimento do sistema radicular e a capacidade de infiltração de água.
  • Incorporação de corretivos, estercos, fertilizantes e outros insumos.
  • Enterrio e incorporação de restos vegetais para controle fitossanitário, adubação verde ou preparo para operações subsequentes.
  • Nivelamento da superfície do terreno.
  • Controle de pragas e doenças.
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48
Q

O que é preparo inicial do solo?

A

O preparo inicial do solo compreende as operações iniciais sobre uma vegetação natural ou regenerada, ou, ainda, as necessidades de criar as condições de implantação de culturas se utilizando de movimentação de terra para tornar a superfície regular e fácil trabalhável.

Possui a finalidade de dar condições para que a terra possa receber semente e mudas de plantas cultivadas, incorporando novas áreas à produção de novas pastagens ou culturas.

Considera-se o preparo inicial do solo como as operações de desmatamento e movimentação de terra.

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49
Q

Quais são as partículas primárias do solo?

A

As partículas primárias do solo (argila, silte e areia) geralmente se encontram agrupadas, formando partículas maiores (agregados), dando ao solo a sua estrutura.
As partículas do solo areia, silte e argila, apresentam características diferenciadas, tanto do ponto de vista físico e químico, como mineralógico, influenciando em grande parte os processos que governam a dinâmica do solo.

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50
Q

O que é o intemperismo?

A

O intemperismo é o conjunto de modificação de ordem física (desagregação) e química (decomposição) que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra.

Os fatores que controlam a ação do intemperismo são o clima, relevo, fauna e a flora, a rocha parental, e o tempo de exposição aos agentes intempéricos.

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51
Q

Como são os solos com horizonte B latossólico?

A

São bastante desenvolvidos, profundos, marcados pelo intemperismo intenso e com pouca diferenciação entre os horizontes (perfil homogêneo).

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52
Q

Quais são os 5 fatores que influênciam na formação do solo?

A

Material de origem ou rocha
parental (M); tempo ou idade (I); clima (C); relevo (R); e organismos vivos (O).

A atuação desses últimos quatro fatores em diferente intensidades sobre o material de origem (M), podem resultar diferentes tipos de solo.

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53
Q

Quais são os fatores USLE (equação universal de perda de solo)?

A

Os fatores da USLE são a erodibilidade do solo (K) e a erosividade da chuva (R).

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54
Q

O plantio direto contribui para redução das perdas por lixiviação?

A

Sim, já que promove aumento da CTC do solo pelo aumento dos teores de matéria orgânica. Esse aumento, porém, restringe-se à superfície, não às demais camadas do solo.

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55
Q

Quais são os princípios básicos do manejo direto do solo?

A
  • o não revolvimento;
  • a cobertura permanente;
  • e a rotação de culturas.
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56
Q

O que são sulcos, ravinas e voçorocas?

A

É formação de grandes buracos de erosão causados pela chuva e intempéries, em solos onde a vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas

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57
Q

A agricultura que busca promover e melhorar a saúde dos agroecossistemas, aumentando a biodiversidade e favorecendo a atividade biológica do solo e os ciclos ecológicos é a conhecida como?

A

Agricultura biológica.

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58
Q

O que é a medição da tensão e água no solo?

A

É um método preciso e bastante utilizado, em que se determina a tensão de água do solo por tensiômetros. A partir do monitoramento diário, a irrigação é iniciada quando a energia de retenção da água no solo atinge um valor crítico para a cultura.

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59
Q

A definição do momento de irrigar pode ser determinada por diferentes métodos. O método que se baseia na capacidade do solo de armazenar água disponível para suprir a demanda de água da evapotranspiração da cultura é o?

A

Método do turno de regação.

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60
Q

Deve-se evitar a coleta de amostras simples de solo próximas a casas, brejos, voçorosas, árvores e sulcos de erosão. Assim, nos sistemas de plantio direto, a profundidade de amostragem será?

A

0 a 10 cm.

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61
Q

O que é Sistema de Informação Geográfica (SIG)?

A

É todo software e hardware que realiza funções como a coleta, o armazenamento, a análise e o tratamento de dados georreferenciados. Esses sistemas são utilizados para o mapeamento de elementos da superfície terrestre e para a espacialização de fenômenos de diversas naturezas que acontecem sobre ela, o que os torna uma ferramenta muito prática e de grande importância para o planejamento urbano e ambiental.

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62
Q

Qual é o principal componente do Sistema de Informação Geográfica (SIG)?

A

O banco de dados.

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63
Q

Os dados espaciais em um SIG podem ser de qual tipo?

A

Vetoriais (vector) ou matriciais (raster).

Eles exprimem, respectivamente, a localização e a descrição de um elemento ou área.

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64
Q

A estrutura hierárquica dos SIG segue um mesmo padrão quando pensamos nos elementos que os integram. Diante disso, podemos dizer que todo Sistema de Informação Geográfica se encontra estruturado de qual maneira?

A

Interface: formada entre o usuário e o software.

Entrada e integração de dados: dá início ao processamento das informações geográficas.

Consulta e análise espacial: tratamento e análise dos dados levando-se em consideração os seus aspectos espaciais (isto é, geográficos).

Visualização de plotagem: proporciona a montagem do mapa por meio da seleção de todas ou de parte das informações inseridas anteriormente.

Gerência de dados: referente ao armazenamento e à recuperação dos dados geográficos que ficam no banco de dados geográficos, a parte fundamental do SIG.

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65
Q

Os dados espaciais analisados e processados em um Sistema de Informações Geográficas (SIG) podem ser classificados como?

A

Dados vetoriais (vetor): apresentam aspectos da superfície terrestre convertidos em gráficos simples, e determinam a sua posição ou localização de forma bastante precisa no mapa. Os elementos a serem representados são convertidos em pontos, linhas ou polígonos. Esses dados são gerados e armazenados no formato shapefile (.shp).

Dados raster (matricial): são associados à descrição de uma imagem inserida no sistema, e constituem-se de uma matriz que representa cada um dos pixels dessa imagem. Os pixels, que possuem números diferentes, representam uma parte da área retratada e determinam pequenas variações nos aspectos físicos da área de forma bastante precisa, coisa que os dados vetoriais não conseguem captar.

66
Q

O que são sistemas agrícolas tradicionais?

A

Sistemas agrícolas tradicionais são sistemas de produção nos quais os elementos culturais, ecológicos, históricos e socioeconômicos interagem, no tempo e no espaço, configurando diferentes arranjos e técnicas produtivas que, em seu conjunto, se mostram resilientes e sustentáveis, gerando paisagens características.

Segundo a EMBRAPA: Define-se Sistema Agrícola Tradicional (SAT) como um conjunto estruturado, que é formado por elementos interdependentes: plantas cultivadas e criação de animais, redes sociais, artefatos, sistemas alimentares, saberes, normas, direitos e outras manifestações associadas. Esses elementos envolvem espaços e agroecossistemas manejados, formas de transformação dos produtos agrícolas e cultura material e imaterial associada, bem como sistemas alimentares locais que interagem e resultam na agricultura, na pecuária e no extrativismo.

67
Q

O que é sistema orgânico?

A

Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que se adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável, empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente.

68
Q

O que a agricultura biológica busca desenvolver?

A

A agricultura biológica busca promover e melhorar a saúde dos agroecossistemas, aumentando a biodiversidade e favorecendo a atividade biológica do solo e os ciclos ecológicos.

69
Q

O que é produção integrada?

A

A produção integrada inclui diferentes sistemas (lavoura, pecuária e floresta) em uma única área. A combinação de diferentes atividades possibilita aumento do bem-estar animal e da matéria orgânica do solo, bem como a redução da pressão no solo e dos riscos de erosão.

Apesar da produção integrada minimizar os impactos socioambientais, ela não tem como princípio norteador a não utilização dos insumos sintéticos e sementes transgênicas.

70
Q

O que sistema agroflorestal?

A

Os sistemas agroflorestais são um tipo de sistema de produção integrada em que se incorpora o componente arbóreo à unidade de produção, podendo empregar espécies frutíferas, madeireiras ou fornecedoras de produtos florestais não madeireiros.

71
Q

Quais as vantagens e desvantagens do sistema agroflorestal?

A

VANTAGENS: O componente arbóreo favorece a ciclagem de nutrientes (absorção de nutrientes pelo sistema radicular mais profundo e sua incorporação às camadas superficiais pela deposição de serrapilheira), o controle de plantas daninhas (sombreamento), a proteção do solo contra a erosão (cobertura), o conforto térmico animal (em pastagens integradas), além dos benefícios econômicos (produção de frutos, reserva de capital na forma de madeira).

DESVANTAGENS: além da complexidade técnica e de comercialização da produção diversificada, podemos destacar a competição entre os diferentes componentes do sistemas (luz, água, nutrientes), dificuldades de mecanização das áreas e danos aos demais componentes pela colheita e transporte da madeira.

72
Q

A combinação dos diferentes elementos (espécies arbóreas, cultivos agrícolas, criação de animais) geram distintos Sistemas Agroflorestais (SAFs). Os quatro (4) tipos de sistemas agroflorestais, considerando-se a combinação dos diferentes elementos supracitados (espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, de forma simultânea ou em sequência temporal), são?

A

● Sistemas agrossilviculturais: árvores com culturas anuais;

● Sistemas agrossilvipastoris: árvores com culturas e pastagens;

● Sistemas silvipastoris: árvores e pastagens;

● Sistemas de enriquecimento de capoeiras com espécies de importância econômica.

73
Q

Quais são os princípios da produção agroecológica?

A

Os sistemas de produção de base ecológica se baseiam em um conjunto de princípios que buscam equilibrar produção agrícola, processos ecológicos, serviços ecossistêmicos e fatores socioeconômicoculturais. Esses princípios norteiam a criação e o desenvolvimento desses sistemas de produção sustentável.

I. Redução a dependência de insumos comerciais: substituição de insumos químicos, como por exemplo fertilizantes, por técnicas naturais que possibilitam o desenvolvimento total da qualidade do solo.

II. Utilização de recursos renováveis e disponíveis no local: esse princípio indica a importância em se otimizar a utilização dos recursos locais, que são comumente descartados como restos culturais, estercos, cinzas, resíduos caseiros e agroindustriais.

III. Ênfase na ciclagem de nutrientes: um dos fundamentos da Agroecologia é a necessidade de esforços para manutenção dos nutrientes para o desenvolvimento das plantas. Esse controle é feito por meio de práticas naturais que tenham como foco a melhoria da qualidade do solo. Nesse sentido, são utilizados, por exemplo, cultivos vegetais que auxiliam na mobilização desses nutrientes em diversas camadas do solo.

IV. Inserção de espécies que criem diversidade funcional no sistema: inserção inteligente de espécies que vão contribuir para o equilíbrio e satisfação das necessidades dos agroecossistemas. Essas espécies vão substituir a função dos insumos químicos.

V. Criação de sistemas adaptados às condições locais: esse princípio destaca que características regionais e os benefícios dos microambientes devem ser aproveitados ao máximo.

VI. Manutenção da diversidade e da continuidade espacial e temporal da produção: a diversificação por meio de policultivos e sistemas integrados garante maior disponibilidade de produtos agrícolas ao longo do tempo, enquanto a agricultura convencional é extremamente concentrada em estreitas janelas de safras. Além de diversificar a produção, o aumento da biodiversidade no agroecossistemas favorece a reciclagem de nutrientes e os processos de regulação populacional (competição, predação).

VII. Otimização dos rendimentos, sem ultrapassar a capacidade produtiva do ecossistema original: a agroecologia tem como objetivo alcançar níveis satisfatórios de produtividade sem, contudo, prejudicar a sustentabilidade do sistema de produção a longo prazo.

VIII. Resgate e conservação da diversidade genética local: as espécies nativas de cada local deverão ser preservadas, pois elas possuem os atributos necessários para se desenvolverem bem em determinadas regiões.

IX. Resgate e conservação dos conhecimentos e da cultura locais: vimos que a Agroecologia valoriza todas as dimensões da sustentabilidade. Esse princípio se apoia na dimensão social, destacando as experiências e o saber empírico dos produtores locais.

74
Q

Quais são os principais processos ecológicos nos agroecossistemas?

A

A ciclagem de nutrientes, as relações praga/hospedeiro e a sucessão ecológica são os processos ecológicos mais explorados na agricultura de base agroecológica.

Esses processos ocorrem no agroecossistema, onde a interação de fatores bióticos e abióticos controla os fluxos de matéria, energia e as relações ecológicas.

75
Q

No sistema agroecológico o controle de pragas e doenças se dá principalmente pela aplicação de quais métodos?

A

Os métodos culturais envolvem as práticas de manejo que buscam beneficiar o desenvolvimento da cultura. Cobertura do solo, espaçamento, estrutura da comunidade vegetal, diversificação, manejo do mato, podas, adubação são práticas de manejo que afetam a incidência de pragas e doenças no agroecossistema.

Os métodos biológicos envolvem principalmente o controle biológico conservativo, que é favorecido pela maior biodiversidade do agroecossistema.

76
Q

O que a permacultura busca?

A

Busca a integração da produção animal à vegetal.
Associa práticas antigas e modernas para construção de uma agricultura permanente.

77
Q

O que é agricultura biodinâmica?

A

É um sistema de manejo agrícola baseada nos princípios da antroposofia, sistema filosófico e prático de desenvolvimento do ser humano, utilizando a diversificação da produção, a
integração entre as atividades e autosustentabilidade da propriedade.

78
Q

O que é a agroecologia?

A

Tem o agroecossistema como unidade básica de estudo e manejo e que busca a visão integrada das dimensões ecológica, produtiva, socioeconômica e cultural.

79
Q

A umidade do solo pode ser determinada por diferentes métodos. Como é realizado o método direto e indireto?

A

O método direto se baseia na secagem do solo em estufa, sendo a umidade determinada em função da massa de água perdida.

Os métodos indiretos se baseiam na determinação de propriedades fortemente afetadas pela umidade, mas mais prontamente determinadas em campo, como resistência elétrica (método de Bouyoucos, com eletrodos em bloco de gesso, e método de Colman, com eletrodos em fibra de vidro) e constante dielétrica (reflectometria no domínio do tempo ou TDR) .

80
Q

A água é retida no solo por quais forças?

A

A água é retida no solo por forças de adsorção e capilaridade.

A adsorção se deve à ação das forças de adesão, que é um fenômeno de superfície e consiste na atração das moléculas de água pelas partículas do solo.

E coesão, que é a atração das moléculas de água entre si.

Relacionado a esses dois processos, a presença de poros de pequeno diâmetro no solo também condiciona a retenção de água pela ação do fenômeno de capilaridade.

81
Q

A avaliação da distribuição da água no solo se baseia em seu potencial energético, que é o seu potencial?

A água se move no solo devido a qual processo?

A

A avaliação da distribuição da água no solo se baseia no seu estado energético, ou seja, o seu potencial hídrico.

O potencial total da água no solo representa o somatório de todos os trabalhos realizados para levar a água do estado padrão (água pura, cujo potencial total é definido como 0 por convenção) até uma determinada condição no solo.

A água se move no solo devido à existência de uma diferença (ou gradiente) de potencial hídrico entre dois pontos. A água sempre se move do maior potencial para o menor potencial, isto é, sempre do estado de maior energia potencial para o de menor energia potencial.

82
Q

Quais são os componentes do potencial total da água?

A

𝛹𝑇 =𝛹𝑔+𝛹𝑜+𝛹𝑝+𝛹𝑚

● Componente gravitacional: aparece na definição de ΨT devido à presença do campo gravitacional terrestre. Esse componente está sempre presente, sendo determinado a partir de um referencial de posição arbitrário, sendo positivo acima desse referencial e negativo abaixo. Em geral, adota-se a superfície do solo como referencial de posição.

● Componente osmótico: compõe o potencial total, já que a água no solo é uma solução de nutrientes e outros solutos, enquanto a água em seu estado padrão é pura. Contudo, devido à baixa concentração da solução do solo, frequentemente á desconsiderada no cálculo de ΨT.

● Componente de pressão: ocorre apenas no solo saturado e tem valor sempre positivo. É numericamente igual à altura da coluna de água acima de determinado ponto considerado no solo.

● Componente matricial: consiste na soma de todos os outros trabalhos que envolvem a interação entre a matriz sólida do solo e a água. Seu valor é sempre negativo no solo não saturado, sendo nulo no solo saturado (mutuamente exclusivo com Ψp).

83
Q

A relação entre o potencial matricial e a umidade do solo define qual curva?

A

Define a curva de retenção de água ou curva característica de água do solo.

84
Q

Para altas e baixas umidades do solo predominam quais forças?

A

Para altas umidades, predominam os fenômenos de capilaridade, que são mais fortemente afetados pela estrutura do solo.

Para baixas umidades, predominam as forças de adsorção, com maior influência da textura e superfície específica.

85
Q

O potencial matricial também tem relação com a definição da capacidade de água disponível (CAD) para as plantas, que representa o intervalo de umidade que vai da capacidade de capo ao ponto de murcha permanente. O que é capacidade de campo e ponto de murcha permanente?

A

O ponto de murcha permanente indica a umidade do solo em que uma planta em crescimento ativo sofre uma primeira perda de turgescência das folhas, da qual não mais se recupera mesmo quando colocada em atmosfera saturada e no escuro.

A capacidade de campo é uma condição transitória do solo, representando a umidade do solo quando, após a sua saturação e estando com a evaporação impedida, a velocidade de movimento descendente da água praticamente cessa. Essa condição em geral ocorre após dois a três dias de drenagem em solos com textura e estrutura uniformes.

86
Q

Qual é a importância, os desafios, as tecnologias inovadoras e as práticas sustentáveis da irrigação?

A

Importância: Aumento da produtividade e segurança alimentar, especialmente em regiões áridas e semiáridas.

Desafios: Uso eficiente da água, minimização dos impactos ambientais, adaptação às mudanças climáticas.

Tecnologias inovadoras: Irrigação por gotejamento, microaspersão, automação, sensores de umidade do solo, reuso de água.

Práticas sustentáveis: Manejo da água e do solo, cultivos resistentes à seca, agricultura de precisão.

87
Q

O que é déficit atual de água no solo?

A

Representa a diferença entre a umidade do solo e a umidade crítica para determinada cultura.

88
Q

O que é água facilmente disponível?

A

Representa a fração da água disponível mais fracamente retida ao solo, sendo determinada pela diferença entre a CAD e a umidade crítica para a cultura (umidade abaixo da qual a produtividade começa a ser reduzida).

89
Q

O que é a arenização do solo?

A

A arenização consiste no processo de formação de bancos de areia no solo, em um fenômeno equivalente à desertificação, diferenciando-se desta por manifestar-se em áreas de clima úmido e relativamente chuvoso, além de ser comum em solos de composição previamente arenosa.

A arenização é o processo de retirada de cobertura vegetal em solos arenosos em região de clima úmido com regime de chuva constantes.

90
Q

A desertificação é um fenômeno complexo que se origina da interação entre alguns fatores. Quais são?

A

Fatores do meio físico, bióticos, políticos e socioeconômicos.

91
Q

A inundação do solo acarreta diversas alterações químicas no solo, como?

A
  • aumento de pH pelo consumo de H+ (“autocalagem”).
  • neutralização do Al3+.
  • maior disponibilidade de Fe.
  • maior disponibilidade de P.
  • perdas de N por desnitrificação (por esse motivo, em lavouras de arroz inundado, utilizam-se apenas fontes amoniacais de N).
92
Q

Como é a irrigação por tabuleiros?

A

Na irrigação em tabuleiros a água é aplicada em tabuleiros planos limitados por diques.

Largamente empregado para irrigação do arroz, sendo um dos sistemas mais usados e de maior expressão geográfica no Brasil e no mundo.

A inundação pode ser intermitente (a lâmina de irrigação é aplicada e retida até que seja infiltrada ou drenada) ou contínua (a lâmina é mantida pela aplicação de vazão constante).

Possibilita diversas vantagens, como boa eficiência em solos com baixa capacidade de infiltração, economia de mão-de-obra, controle de plantas daninhas, redução das perdas por escoamento e maior aproveitamento das chuvas.

Contudo, os diques e canais limitam a movimentação do maquinário e reduzem a área útil de cultivo, além do sistema não ser compatível com culturas sensíveis ao encharcamento.

93
Q

A determinação da camada de amostragem do solo é realizada de acordo com a camada diagnóstica para a recomendação de corretivos da acidez e adubação. Para culturas em sistema convencional, com revolvimento do solo, a camada de amostragem indicada é de?

A

0 a 20 cm.

94
Q

A determinação da camada de amostragem do solo é realizada de acordo com a camada diagnóstica para a recomendação de corretivos da acidez e adubação. Para culturas em sistemas de plantio direto consolidado, sem revolvimento do solo, a profundidade a ser coletada deve ser de?

A

0 a 10 cm.

95
Q

Como é realizada a coleta de amostras do solo em lavouras perenes?

A

Em lavouras perenes (café, frutíferas e essências orestais) é comum que a amostragem seja feita apenas na área sob a projeção da copa das plantas.
Contudo, quando se deseja conhecer a fertilidade de toda a área, a amostragem também pode ser feita nas entrelinhas, obtendo-se duas amostras distintas.

96
Q

O que é cultura perene?

A

A cultura perene é aquela que pode demorar a se tornar produtiva, como no caso de espécies frutíferas ou da silvicultura. Em outras palavras, a cultura perene não morre logo após a colheita, podendo oferecer muitos frutos ou biomassa antes de precisar de reposição.

97
Q

Qual a melhor época de coleta de amostra do solo?

A

A coleta pode ser feita em qualquer época do ano, mas o ideal é no início do período da seca, pois o solo ainda vai estar em boas condições de umidade para facilitar a coleta e o produtor terá tempo para adquirir os insumos e realizar o plantio ou semeadura no início da estação chuvosa.

No caso de áreas de pastagem, a coleta de solo deve ocorrer dois a três meses antes do máximo crescimento vegetativo da forrageira.

Para lavouras perenes em produção, a coleta deve ser feita de preferência após a colheita.

98
Q

O que são talhões/glebas homogêneas?

A

É a área a ser amostrada que deve ser dividida em talhões/glebas homogêneas, que deverão ser separadas pela cor do solo, textura (arenoso ou argiloso), topografia, vegetação presente, manejo etc.

Para cada área homogênea delimitada, serão coletadas várias amostras simples que constituirão uma amostra composta que será enviada para análise no laboratório.

99
Q

Existem diferentes tipos de drenagem superficial. Quais são?

A

Sistema natural: conduzem a água pelas depressões naturais do terreno.

Sistema em camalhão: construção de camalhões largos e compridos que conduzem o escoamento superficial.

Sistema interceptor: construídos na base de encostas para interceptar os escoamentos superficial e subterrâneo proveniente das áreas mais altas.

Sistema com drenos rasos e paralelos: valetas escavadas perpendicularmente à declividade do terreno.

Sistematização do terreno: uniformização da área por escavação dos locais mais altos e aterramento dos locais mais baixos, evitando acúmulo de água na superfície do solo.

99
Q

Quais características devem ser consideradas para se separar as glebas na avaliação da fertilidade?

A

Cada gleba deve apresentar uniformidade quanto à declividade, classe, textura e cor do solo, além do histórico de utilização (correções, adubações, sequência de culturas e práticas conservacionistas).

100
Q

Na maioria dos projetos de irrigação é preciso realizar a drenagem do terreno. Por que a drenagem superficial é necessária?

A

O objetivo da drenagem superficial é a coleta e remoção do escoamento superficial.

101
Q

O que é capacidade de campo?

A

Nem toda a água do solo se encontra disponível para as plantas. Uma parte, que ocupa os poros maiores, é rapidamente drenada.

Quando a taxa de drenagem se torna muito pequena, o solo encontra-se na capacidade de campo.

Essa condição representa, na irrigação, o máximo de água que deve ser aplicada ao solo, pois qualquer excesso além disso seria perdido por drenagem.

Umidade máxima do solo a ser atingida pela irrigação.

102
Q

O que é ponto de murcha permanente?

A

À medida que o solo seca, a água torna-se cada vez mais fortemente retida à superfície das partículas sólidas. Em determinado ponto, a água encontra-se tão fortemente retida que simplesmente não pode mais ser absorvia pelas plantas. Essa condição representa o ponto de murcha permanente.

Não representa a umidade mínima a partir da qual é feita a aplicação de água.

103
Q

O que o fator de disponibilidade representa?

A

O fator de disponibilidade representa a proporção da água disponível total que pode ser consumida pela cultura mantendo sua máxima atividade vegetativa.

104
Q

O que é dotação de rega? E por quais métodos ela pode ser determinada?

A

A dotação de rega é a definição do momento de irrigar e pode ser determinada por diferentes métodos:

Medição da água na planta;

Sintomas de deficiência hídrica;

Medição da umidade do solo;

Medição da tensão de água no solo;

Determinação da evapotranspiração;

Método do turno de rega (mais utilizado).

105
Q

O que é o turno de rega?

A

Representa o período em dias entre duas irrigações consecutivas. Assim, representa o tempo necessário para que a lâmina de água armazenada no solo seja consumida pela evapotranspiração da cultura.

106
Q

Qual é a formação do Conselho Nacional de Recuros Hídricos?

A

I - Representantes dos Ministérios e Secretarias da Presidência da República com atuação no gerenciamento ou no uso de recursos hídricos.

II - Representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.

III - Representantes dos usuários dos recursos hídricos.

IV - Representantes das organizações civis de recursos hídricos.

107
Q

O que é a irrigação por superfície?
Quais são os dois sistemas principais?
Quais são suas características?

A

Constitui o método mais antigo de irrigação, em que a água é aplicada por gravidade sobre a superfície do solo. Assim, enquanto percorre a área, a água infiltra-se e é disponibilizada às plantas. De acordo com a forma de aplicação da água, são caracterizados dois sistemas principais:

Irrigação por inundação: a água é aplicada em toda a área de cultivo que é rodeada por diques, permitindo o acúmulo de água em seu interior de forma permanente ou temporária.

Irrigação por sulcos: a água é aplicada em sulcos escavados no solo entre as linhas de plantio.

Se caracteriza pela simplicidade operacional e pelos baixos custos de implantação em áreas planas.

Em terrenos com relevo mais ondulado necessita de sistematização, tornando o a prática bastante onerosa.

Adequa-se melhor em solos menos permeáveis e é pouco exigente quanto a qualidade da água, contudo essa deve estar disponível em grandes quantidades.

Adequa-se em lugares com vento muito forte, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar.

108
Q

Quais são as fases de aplicação de água por irrigação por superfície?

A

Fase de avanço: vai do início da aplicação da água até sua chegada ao final da área. O tempo de avanço deve ser tal que minimize as perdas de água por percolação, mas de modo que não provoque erosão do solo.

Fase de reposição: começa no fim da fase anterior e termina quando o fornecimento de água é interrompido.

Fase de depleção: inicia-se no fim da fase anterior e termina quando algum ponto na superfície do solo é exposto.

Fase de recessão: começa no fim da fase anterior e termina quando não há mais água na superfície do solo.

109
Q

Quais as desvantagens da irrigação superficial?

A

Perdas de água por escoamento superficial no final dos sulcos e por percolação profunda ao longo dos sulcos; aumento do risco de erosão por concentração do escoamento
superficial nos sulcos; limitações ao tráfego de máquinas; e dificuldade de se uniformizar a aplicação de água e de se automatizar o sistema.

110
Q

O que é irrigação por inundação e quais os principais tipo e características?

A

Nesse sistema, a inundação pode ser permanente, para culturas que se adaptam ao alagamento, principalmente o arroz; ou temporária, apenas por tempo suficiente para aplicação da lâmina de irrigação desejada.

Os principais tipos de irrigação por inundação são:

Irrigação por faixas: a água se movimenta longitudinalmente ao longo de faixas do terreno limitadas por diques paralelos.

A inundação é temporária, apenas para aplicar a lâmina de irrigação. Exige sistematização e terrenos planos (declividade até 1%), demandando menos mão-de-obra para irrigação e resultando em menor interferência nas operações mecanizadas.

Irrigação em tabuleiros: a água é aplicada em tabuleiros planos limitados por diques. É um dos sistemas mais usados e de maior expressão geográfica no Brasil e no mundo. A inundação pode ser intermitente (a lâmina de irrigação é aplicada e retida até que seja infiltrada ou drenada) ou contínua (a lâmina é mantida pela aplicação de vazão constante).

Possibilita diversas vantagens, como boa eficiência em solos com baixa capacidade de infiltração, economia de mão - de - obra, controle de plantas daninhas, redução das perdas por escoamento e maior aproveitamento das chuvas. Contudo, os diques e canais limitam a movimentação do maquinário e reduzem a área útil de cultivo.

111
Q

O que é a irrigação por subsuperfície ou subterrânea e quais os tipos?

A

Na irrigação por subsuperfície ou irrigação subterrânea, a água é aplicada abaixo da superfície do solo, atingindo o sistema radicular das plantas por ascensão capilar.

Elevação do lençol freático: o lençol freático é mantido em uma profundidade que permita o suprimento de água para as raízes por ascensão capilar.

Gotejamento enterrado: os gotejadores são instalados abaixo da profundidade de crescimento do sistema radicular.

Subirrigação: sistema empregado em cultivo protegido para irrigação de vasos em bandejas ou bancadas fechadas nas laterais com solução nutritiva.

112
Q

O que é irrigação por aspersão, e suas características?

A

Na irrigação por aspersão, a água é aplicada sobre toda a área irrigada na forma de pequenas gotas, semelhante a uma chuva artificial. A água sob pressão passa através de pequenos orifícios ou bocais e é fracionada em pequenas gotas.

Quanto a classificação, podem ser:

Quanto à presença ou não de linhas laterais:

Sistemas com linhas laterais:

  • Linhas laterias fixas
  • Com aspersores
  • Mangueiras perfuradas
  • Em malha
  • Linhas laterais móveis ou portáteis
  • Linhas laterais mecanizadas
  • Pivô central
  • Sistemas lineares
  • Lateral rolante

Sistemas sem linhas laterias (aspersor canhão):

  • Autopropelido
  • Tracionado a cabo
  • Carretel enrolador
  • Montagem direta

Quanto a mobilidade:

Sistemas fixos:

  • Fixos permanentes
  • Fixos portáteis
  • Em malha

Sistemas móveis:

  • Movimentação manual
  • Aspersão portátil
  • Aspersão semiportátil
  • Canhão hidráulico portátil
  • Aspersão por mangueiras
  • Movimentação mecânica
  • Deslocamento longitudinal
  • Deslocamento lateral
  • Deslocamento radial (pivô central)
  • Autopropelido

Quanto ao tipo de sistema:

Sistemas convencionais:

  • Fixos permanentes
  • Fixos temporários
  • Semifixos
  • Portáteis

Sistemas mecanizados:

  • Linhas laterais autopropelidas
  • Aspersores autopropelidos
  • Montagem direta
113
Q

Quais as vantagens e desvantagens da irrigação por aspersão?

A

O método de irrigação por aspersão foi desenvolvido pela impossibilidade de utilização da irrigação por superfície em diversas circunstâncias, apresentando diversas vantagens:

Em relação à irrigação por superfície, não requer sistematização do terreno e nem a construção de canais, diques e sulcos, permitindo melhor aproveitamento da área; além do transporte da água ser feito
em tubulações, o que reduz as perdas por percolação e evaporação em canais.

Adapta-se a diferentes condições de cultura e solo.

Possibilidade de aplicação de diferentes lâminas de irrigação a partir da montagem do sistema e da escolha dos aspersores.

Apresenta boa uniformidade e eficiência de aplicação da água.

Compatível com outras finalidades, como para controle do microclina, controle de geadas e quimigação (aplicação de produtos fitossanitários e adubação foliar).

O método de irrigação por aspersão pode apresentar algumas limitações:

  • Ventos acima de 4,0 m/s são uma limitação muito forte.
  • Condições de altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar acentuam as perdas de água por evaporação.
  • Custo inicial pode ser bastante elevado, principalmente nos sistemas motorizados com maior grau de automação, enquanto alguns sistema móveis podem ter custo operacional elevado pela demanda de mão-de-obra.
  • O emprego de pressões de serviço elevadas e maiores vazões gera maiores gastos com energia elétrica.
  • Os sistemas são mais tecnificados, demandando conhecimentos técnicos e cuidados na utilização dos equipamentos. O funcionamento e vida útil destes podem ser comprometidos pela qualidade da água.
  • Pode favorecer a ocorrência de doenças e provocar desprendimento de flores e frutos.
  • Solos expostos podem sofrer selamento superficial com o impacto das gotas, o que reduz grandemente a velocidade de infiltração.
  • Pode haver interferência das culturas mais altas na distribuição da água, reduzindo a uniformidade da aplicação.
114
Q

O que é sistema de irrigação localizada, quais as características, vantagens e desvantagens?

A

O método de irrigação localizada (também chamado de microirrigação) consiste na aplicação de água apenas em parte da área cultivada (geralmente até 20 - 30% da área) com baixas vazões e alta frequência.

Esse método é particularmente adequado em locais em que a água é cara ou escassa, em solos afetados por sais, culturas com alto valor agregado e produtores com bom conhecimento técnico.

As principais características desse método são:

Baixa vazão demandada, já que apenas uma fração da área cultivada (próximo às plantas) recebe água.

Alta frequência de aplicação, com turnos de rega comumente de um a três dias.

Aplicação localizada próximo às plantas, mantendo o sistema radicular em condições ótimas de umidade.

Baixa vazão e baixa pressão de serviço dos emissores.

Como vantagens desse método, destacam-se:

Menor perda de água por evaporação, escoamento e percolação, garantindo maior eficiência de aplicação, que chega a 90-95%.

Maior produtividade das culturas, pela manutenção da umidade em condições ótimas ao longo do tempo e pela possibilidade de adubação juntamente com a irrigação (fertirrigação).

Melhor controle fitossanitário, já que não há molhamento foliar e não há aplicação de água nas entrelinhas (as plantas daninhas não são irrigadas).

Não interfere com outras práticas de manejo, como tráfego de máquinas, pulverizações (aspersão provoca remoção dos produtos aplicados nas folhas) e controle de plantas daninhas nas entrelinhas.

Adapta-se a diferentes condições de solo e de relevo.

Pode ser usado com água salina (solução do solo diluída próximo às raízes pela maior umidade, acúmulo de sais na periferia do bulbo molhado).

Como desvantagens do método, tem-se:

Emissores muito sujeitos a entupimento, pois os orifícios são bastante estreitos.

Concentração de raízes no volume de solo do bulbo molhado.

Alto custo inicial dos sistemas, já que é um sistema fixo (implantado em toda a área cultivada).

Necessidade de reposição de peças (entupimento, danos), comumente importadas.

115
Q

Qual a área irrigada no Brasil e quais são as regiões com maior irrigação? E qual é o método de irrigação mais utilizado?

A

7 milhões de ha.

  1. Sudeste.
  2. Sul.
  3. Nordeste.
  4. Centro-Oeste.
  5. Norte.

O método de irrigação mais empregado é a aspersão (48% da área irrigada), principalmente nos sistemas convencional e por pivô central, ainda que o uso de autopropelidos seja bastante comum.

116
Q

O que é a Fertirrigação?

A

A fertirrigação é a prática de aplicação de fertilizantes através dos sistemas de irrigação, sendo um tipo de quimigação (aplicação de produtos químicos via água de irrigação, como fertilizantes e agrotóxicos).

117
Q

Quais são os principais benefícios da drenagem do solo e seus principais impactos ambientas?

A

Os principais benefícios da drenagem de áreas agrícolas são:

  • Incorporação de novas áreas à produção agrícola, por exemplo, áreas sujeitas ao encharcamento em várzeas;
  • Aumento da produtividade, devido à melhor aeração do solo, maior atividade microbiana, aumento da profundidade efetiva do sistema radicular, aumento da disponibilidade de N (aumento da mineralização e da fixação biológica de N e redução das perdas de N por desnitrificação);
  • Favorece a mecanização, já que melhora as condições de trafegabilidade na área ao reduzir o excesso de água no solo, que o torna altamente suscetível à compactação;
  • Permite o controle da salinidade do solo e a recuperação de solos salinos pela aplicação de lâminas
    generosas de água para lixiviação de sais e sua remoção da área pelo sistema de drenagem.

A drenagem é uma prática que gera alguns impactos ambientais, como:

  • Alteração do regime de descarga da água subterrânea, aumentando o escoamento durante a época de chuvas e reduzindo-a durante o período seco;
  • Subsidência de solos orgânicos, pois o aumento da aeração promovido pela drenagem aumenta a
    taxa de decomposição da matéria orgânica, levando ao “encolhimento do solo”. Adicionalmente, as camadas
    antes saturadas perdem a sustentação hidrostática dada pela água, favorecendo a compressão do solo;
  • O movimento de contaminantes no solo é favorecido, bem como sua chegada aos corpos d’água
    receptores.
118
Q

Como funciona o sistema de drenagem superficial?

A

Nesse método, a intensidade máxima de precipitação é estimada para aquela região em função de determinado tempo de retorno. A vazão da enxurrada é então determinada a partir da área de drenagem e do coeficiente de escoamento.

Existem diferentes tipos de drenagem superficial:

  • Sistema natural: conduzem a água pelas depressões naturais do terreno.
  • Sistema em camalhão: construção de camalhões largos e compridos que conduzem o escoamento superficial.
  • Sistema interceptor: construídos na base de encostas para interceptar os escoamentos superficial e subterrâneo proveniente das áreas mais altas.
  • Sistema com drenos rasos e paralelos: valetas escavadas perpendicularmente à declividade do terreno.
  • Sistematização do terreno: uniformização da área por escavação dos locais mais altos e aterramento dos locais mais baixos, evitando acúmulo de água na superfície do solo.
119
Q

Como funciona o sistema de drenagem subterrânea?

A

Na drenagem subterrânea, os drenos podem ser abertos ou cobertos. Os drenos abertos nada mais são que canais escavados no terreno, efetuando tanto drenagem superficial quanto subterrânea. Sua construção é menos onerosa e seu funcionamento pode ser facilmente inspecionado, porém limitam a movimentação de máquinas e animais na área.

Tipos de drenos subterrâneos:

  • Natural: acompanha as partes mais baixas do terreno.
  • Interceptor: colocados na base de encostas, interceptando as linhas de fluxo.
  • Grade: os drenos laterais são paralelos entre si e perpendiculares aos drenos coletores.
  • Espinha de peixe: os drenos laterais são paralelos entre si e são posicionados inclinados em relação aos drenos coletores.
120
Q

O que é salinidade do solo e salinização?

A

A ocorrência de solos salinos é comum em regiões áridas e semiáridas, nas quais a quantidade de água evapotranspirada é maior que a quantidade de água precipitada, ou seja, não há água suficiente para promover a lixiviação do solo, propiciando acúmulo de sais como cloretos, carbonatos, sulfatos e nitratos de Ca2+, Mg2+, K+ e Na+.

A salinidade do solo pode se originar da ascensão capilar em lençol freático pouco profundo (a água sobe em direção à superfície por capilaridade, evaporando e deixando para trás os solutos), adubações excessivas e irrigação com água salina.

121
Q

Quais são os efeitos deletérios da salinização nas plantas e no solo?

A

Provoca toxidez generalizada
caracterizada pela queima do ápice e das bordas das folhas; toxidez específica por cloro, boro e sódio; e aumento do potencial osmótico da água do solo, reduzindo sua disponibilidade.

No solo, o excesso de Na provoca dispersão das argilas, resultando na formação da estrutura prismática característica dos solos salinos que é bastante limitante à movimentação de água.

122
Q

Quais as ações de salinização e recuperação dos solos?

A
  • Realização de drenagem adequada, evitando lençol freático próximo da superfície (acúmulo de sais por ascensão capilar).
  • Lixiviação do excesso de sais.
  • Uso de culturas mais tolerantes à salinidade, como alfafa, aveia, algodão e forrageiras do gênero Cynodon.
  • Emprego de métodos de irrigação próprios para solos salinos (como gotejamento).
123
Q

Quais são os principais sistemas de irrigação localizada?

A

São o gotejamento e a
microaspersão (perceba que o gotejamento enterrado pode ser considerado um método de irrigação localizada ou de subsuperfície).

124
Q

De acordo com a lei de agrotóxicos, quais são as definições de agrotóxicos e afins, componentes e produtos de controle ambiental?

A

Lei nº 7.802/1989

I - agrotóxicos e afins:

a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;

b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;

II - componentes: os princípios ativos, os produtos técnicos, suas matérias-primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricação de agrotóxicos e afins.

Lei 14.785/2023

I - agrotóxicos: produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens ou na proteção de florestas plantadas, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;

II - afins: substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, fitorreguladores, ativadores de planta, protetores e outros com finalidades específicas;

III - produtos de controle ambiental: produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de proteção de florestas nativas ou de outros ecossistemas e de ambientes hídricos, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos;

125
Q

De acordo com a Lei nº 7.802/1989, a receita agrônomica será expedida em quantas vias? E o estabelecimento comercial deverá mantê-la por quantos anos?
A receita é específica para determinada cultura ou problema fitossanitário, devendo conter quais informações?

A

2 vias - a primeira fica com o usuário e a segunda com o estabelecimento comercial.

Prazo de 2 anos.

I - nome do usuário, da propriedade e sua localização;

II - diagnóstico;

III - recomendação para que o usuário leia atentamente o rótulo e a bula do produto;

IV - recomendação técnica com as seguintes informações:

  • nome do produto comercial que deverá ser utilizado e de eventuais produtos equivalentes;
  • cultura e áreas onde serão aplicados;
  • doses de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas;
  • modalidade de aplicação, com anotação de instruções específicas, quando necessário, e, obrigatoriamente, nos casos de aplicação aérea;
  • época de aplicação;
  • intervalo de segurança;
126
Q

Produtos de baixa periculosidade poderão ter dispensada a exigência do receituário a partir de análise
dos órgãos responsáveis? A dispensa da receita constará em quais locais do produto?

A

Sim.

A dispensa da receita constará do rótulo e da bula do produto, acrescida de eventuais recomendações necessárias.

127
Q

A Lei 14.785/2023 (Nova Lei de Agrotóxicos), instituiu o Sistema Unificado de Cadastro e de Utilização de Agrotóxicos e de Produtos de Controle Ambiental Informatizado, de abrangência nacional, que será implantado, mantido e atualizado pelos órgãos registrantes, no âmbito de suas competências.
Quem deverá estar cadastrado nesse sistema?

A

Deverão ser cadastrados no Sistema de que trata o caput os estabelecimentos produtores, manipuladores, importadores e exportadores, as instituições dedicadas à pesquisa e à experimentação, os distribuidores, os profissionais legalmente habilitados, os agricultores usuários e as prestadoras de serviços para terceiros na aplicação de agrotóxicos e de produtos de controle ambiental.

128
Q

A Lei 14.785/2023 (Nova Lei de Agrotóxicos), alterou a forma de prescrição do receituário agronômico, substituindo a emissão física da receita em duas vias pela emissão eletrônica no sistema informatizado. O receituário agronômico eletrônico obtido do Sistema Unificado de Cadastro e de Utilização de Agrotóxicos e de Produtos de Controle Ambiental Informatizado deverá conter, no mínimo quais informações?

A

I - nome do usuário e endereço;

II - cultura e área ou volumes tratados;

III - local da aplicação e endereço;

IV - nome comercial do produto usado;

V - quantidade empregada do produto comercial;

VI - forma de aplicação;

VII - data da prestação do serviço;

VIII - precauções de uso e recomendações gerais relativas à saúde humana, a animais domésticos e à proteção ao meio ambiente;

IX - identificação e assinatura do responsável técnico, do aplicador e do usuário.

129
Q

A habilitação profissional para prescrição de receituário agronômico é competência de quais profissionais?

A

Engenheiros Agrônomos, Engenheiros Florestais e Técnicos Agrícolas.

130
Q

De acordo com a Lei 7.802/1989, as responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem a quem?

A

a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida;

b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais;

131
Q

De acordo com a Lei 14.785/2023, as responsabilidades pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente por ocasião da produção, da comercialização, da utilização e do transporte de agrotóxicos, de produtos de controle ambiental e afins, bem como por ocasião da destinação de embalagens vazias, cabem a quem?

A

I - ao profissional, quando for comprovada receita errada ou constatada imperícia, imprudência ou negligência;

II - ao usuário ou ao prestador de serviços, quando tiver procedido em desacordo com o receituário agronômico ou as recomendações do fabricante e dos órgãos registrantes e sanitário ambientais;

132
Q

A criação de uma Agência de Água é condicionada ao atendimento de quais requisitos?

A

I - prévia existência do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica;

II - viabilidade financeira assegurada pela cobrança do uso dos recursos hídricos em sua área de atuação.

133
Q

Quais as Competências das Agências de Água, no âmbito de sua área de atuação?

A

I - manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos em sua área de atuação;

II - manter o cadastro de usuários de recursos hídricos;

III - efetuar, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos;

V - acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos em sua área de atuação;

VI - gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação;

VII - celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de suas competências;

VIII - elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-la à apreciação do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica;

IX - promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de atuação;

X - elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica;

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica:

a) o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes;

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos;

c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.

134
Q

Quais são consideradas organizações civis de recursos hídricos?

A

I - consórcios e associações intermunicipais de bacias hidrográficas;

II - associações regionais, locais ou setoriais de usuários de recursos hídricos;

III - organizações técnicas e de ensino e pesquisa com interesse na área de recursos hídricos;

IV - organizações não-governamentais com objetivos de defesa de interesses difusos e coletivos da sociedade;

V - outras organizações reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.

135
Q

Em relação à Dinâmica dos nutrientes e adubação, especificamente sobre o Nitrogênio - N, a adubação nitrogenada tem baixa eficiência, em geral entre 40-70%. O N pode ser perdido por quais processos?

A

O N pode ser perdido tanto para a atmosfera (por volatilização e desnitrificação), quanto para as camadas mais profundas do solo/lençol freático por lixiviação.

136
Q

Para certificação de grupos de produtores, as inspeções por inspetores internos do sistema de controle devem abranger todas as unidades de produção, mas as inspeções pela certificadora podem ser feitas por?

A

AMOSTRAGEM.

137
Q

A ocorrência de solos salinos é comum em quais regiões?

A

A ocorrência de solos salinos é comum em regiões áridas e semiáridas, nas quais a quantidade de água evapotranspirada é maior que a quantidade de água precipitada, ou seja, não há água suficiente para promover a lixiviação do solo, propiciando acúmulo de sais como cloretos, carbonatos, sulfatos e nitratos de Ca2+, Mg2+, K+ e Na+.

138
Q

A salinidade do solo é caracterizada por dois parâmetros. Quais?

A

A condutividade elétrica e a porcentagem de saturação de sódio.

139
Q

O que é irrigação superficial, localizada e por aspersão?

A

A irrigação superficial, como o próprio nome sugere, caracteriza-se por prover água sobre a superfície do terreno.

Por sua vez, a irrigação localizada ocorre quando a água é aplicada diretamente em um uma área próxima das raízes das plantas.

Por fim, a irrigação por aspersão é caracterizada pela existência de um aspersor elevado que lança a água no ar, acima da cultura.

140
Q

O que é irrigação de subsuperfície, também chamada de irrigação subterrânea?

A

Tem como principal característica o fato de a água ser aplicada em um nível inferior ao da superfície do solo, especificamente na região das raízes das plantas.

Vale ressaltar que os métodos de irrigação de subsuperfície fundamentam-se no fenômeno de ascensão capilar (capilaridade), isto é, na propriedade física que os fluidos possuem de subir (ou descer) em dutos de diâmetro muito pequeno.

Os principais tipos de sistemas de irrigação de subsuperfície são o gotejamento subterrâneo, a elevação do lençol freático e os sistemas de subirrigação em ambientes protegidos.

141
Q

O que é o processo de salinização?

A

Consiste na acumulação de sais minerais, típico de regiões áridas e semiáridas, que possuem altos índices de evaporação e baixos índices de precipitação.

A lixiviação é um processo natural que ocorre com a lavagem do solo e provoca a perda de nutrientes e sais minerais, principalmente em lugares sem cobertura vegetal.

Ela pode contribuir para a retirada da salinização em locais onde o lençol freático é pouco profundo, penetrando no solo e levando os sais para as camadas mais profundas.

142
Q

De acordo com a PNRH, o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, visa a?

A

I - assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas;

II - diminuir os custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes.

143
Q

Na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, compete o que ao Poder Executivo Federal?

A

I -tomar as providências necessárias à implementação e ao funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

II -outorgar os direitos de uso de recursos hídricos, e regulamentar e fiscalizar os usos, na sua esfera de competência;

III -implantar e gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, em âmbito nacional;

144
Q

De acordo com a PNRH, estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos?

A

I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;

II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;

III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;

IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;

V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.

145
Q

Quais são os São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos?

A

I - os Planos de Recursos Hídricos;

II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água;

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

V - a compensação a municípios;

VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

146
Q

São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos?

A

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

IV - incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.

147
Q

Quais são as diretrizes gerais de ação para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos?

A

I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

II - a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

III - a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;

IV - a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional;

V - a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;

VI - a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.

148
Q

A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se em quais fundamentos?

A

I - a água é um bem de domínio público;

II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;

IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;

V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

149
Q

Quais são os objetivos do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos?

A

I - reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no Brasil;

II - atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de recursos hídricos em todo o território nacional;

III - fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos Hídricos.

150
Q

Quais são princípios básicos para o funcionamento do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos?

A

I - descentralização da obtenção e produção de dados e informações;

II - coordenação unificada do sistema;

III - acesso aos dados e informações garantido à toda a sociedade.

151
Q

Os Comitês de Bacia Hidrográfica terão como área de atuação?

A

I - a totalidade de uma bacia hidrográfica;

II - sub-bacia hidrográfica de tributário do curso de água principal da bacia, ou de tributário desse tributário; ou

III - grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas.

A instituição de Comitês de Bacia Hidrográfica em rios de domínio da União será efetivada por ato do Presidente da República.

152
Q

Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação?

A

I - promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação das entidades intervenientes;

II - arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos;

III - aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia;

IV - acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas;

V - propor ao Conselho Nacional e aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos as acumulações, derivações, captações e lançamentos de pouca expressão, para efeito de isenção da obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos, de acordo com os domínios destes;

VI - estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados;

VII - (VETADO)

VIII - (VETADO)

IX - estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.

Das decisões dos Comitês de Bacia Hidrográfica caberá recurso ao Conselho Nacional ou aos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com sua esfera de competência.

153
Q

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos é composto por?

A

I - representantes dos Ministérios e Secretarias da Presidência da República com atuação no gerenciamento ou no uso de recursos hídricos;

II - representantes indicados pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos;

III - representantes dos usuários dos recursos hídricos;

IV - representantes das organizações civis de recursos hídricos.

O número de representantes do Poder Executivo Federal não poderá exceder à metade mais um do total dos membros do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

154
Q

Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos?

A

I - promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional, estaduais e dos setores usuários;

II - arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos;

III - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados;

IV - deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia Hidrográfica;

V - analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e à Política Nacional de Recursos Hídricos;

VI - estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VII - aprovar propostas de instituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica e estabelecer critérios gerais para a elaboração de seus regimentos;

VIII -(VETADO)

IX – acompanhar a execução e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hídricos e determinar as providências necessárias ao cumprimento de suas metas;

X - estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos e para a cobrança por seu uso.

XI - zelar pela implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB);

XII - estabelecer diretrizes para implementação da PNSB, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);

XIII - apreciar o Relatório de Segurança de Barragens, fazendo, se necessário, recomendações para melhoria da segurança das obras, bem como encaminhá-lo ao Congresso Nacional.

155
Q

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos será gerido por?

A

I - 1 Presidente, que será o Ministro de Estado da Integração e do Desenvolvimento Regional;

II - 1 Secretário-Executivo, que será o titular do órgão integrante da estrutura do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional responsável pela gestão dos recursos hídricos.

156
Q

Compete às Agências de Água, no âmbito de sua área de atuação?

A

I - manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos em sua área de atuação;

II - manter o cadastro de usuários de recursos hídricos;

III - efetuar, mediante delegação do outorgante, a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos;

V - acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos em sua área de atuação;

VI - gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação;

VII - celebrar convênios e contratar financiamentos e serviços para a execução de suas competências;

VIII - elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-la à apreciação do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica;

IX - promover os estudos necessários para a gestão dos recursos hídricos em sua área de atuação;

X - elaborar o Plano de Recursos Hídricos para apreciação do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica;

XI - propor ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica:

a) o enquadramento dos corpos de água nas classes de uso, para encaminhamento ao respectivo Conselho Nacional ou Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, de acordo com o domínio destes;

b) os valores a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos;

c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.

157
Q

Qual o objetivo do regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos?

A

Objetivos assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.

158
Q

Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente a quantos anos?

A

35 anos, renovável.

159
Q

A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva?

A

I - reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;

II - incentivar a racionalização do uso da água;

III - obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos.

160
Q

Como é a classificação dos rios quanto à ordem?

A

A classificação dos rios quanto à ordem é baseada no grau de ramificação dentro de uma bacia hidrográfica.

Rios de primeira ordem são aqueles que não possuem afluentes, enquanto rios de segunda ordem são formados pela junção de dois rios de primeira ordem, e assim por diante.

Geralmente, os cursos d’água maiores possuem um maior número de ramificações.

A ordem do curso d’água principal de uma bacia hidrográfica reflete o grau de ramificação do sistema de drenagem desta bacia.

A ordem de um curso d’água é um número inteiro estabelecido segundo diferentes critérios. Segundo o critério proposto por Horton e modificado por Strahler, a ordem do curso d’água principal de uma bacia hidrográfica é obtida como segue:

i) as pequenas correntes formadoras, isto é, os pequenos canais que não têm tributários, têm ordem 1;

ii) quando dois canais de mesma ordem se encontram, o canal formado é de ordem imediatamente superior;

iii) da junção de dois canais de ordens diferentes resulta um outro cuja ordem será igual a maior dentre os formadores.