Fisiopatologia das Arritmias Flashcards

(93 cards)

1
Q

Definição de arritmia

A

Distúrbio do ritmo cardíaco.

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2
Q

Capacidade de uma célula despolarizar gerando espontaneamente um potencial de ação.

A

Automaticidade

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3
Q

Células com automatocidade

A

Células PACEMAKER

SA, principalmente

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4
Q

Fase 0 do PA cardíaco

A

Grande influxo de sódio (despolarização).

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5
Q

Fases de repolarização do PA cardíaco.

A
Fase 1 (saída de K+ e Cl-)
Fase 2 (entrada de Ca2+ e saída de K+)
Fase 3 (saída de K+)
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6
Q

Fase 2

A

O cálcio entra na célula e o potássio sai - “plateau”

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7
Q

Fase 3

A

O potássio sai da célula.

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8
Q

Fase 4

A

Fase de repouso, manutenção do potencial de membrana.

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9
Q

Fase 1

A

Potássio e cloro saem da célula

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10
Q

Período em que é impossível estimular a célula.

A

Período Refratário ABSOLUTO

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11
Q

Período mais tardio em que é possível haver nova estimulação da célula.

A

Período refratário RELATIVO (explica as arritmias)

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12
Q

O que representa a onda P?

A

Despolarização atrial

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13
Q

O que representa o espaço entre P e QRS?

A

O tempo de propagação do PA para os ventrículos

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14
Q

O que representa o QRS?

A

Despolarização ventricular

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15
Q

O que representa a onda T?

A

Repolarização ventricular.

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16
Q

A que corresponde a onda U?

A

Fase final da repolarização ventricular.

Raro

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17
Q

Quando é que é mais comum ver uma onda onda U? (3)

A

Hipotermia
Pré-afogamento
Hipocaliémia

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18
Q

Derivações pré-cordiais

A
V1 - 4º EIC dto
V2 - 4º EIC esq
V3 - entre V2 e V4
V4 - 5º EIC esq médioclavicular
V5 - 5º EIC esq axilar anterior 
V6 - 5º EIC esq axilar média
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19
Q

Quanto tempo corresponde um quadradinho pequenino (1mm) no ECG?

A

0.04 segundos

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20
Q

Intervalo PR normal

A

0.12-0.20 segundos
(3-5 caixinhas pequeninas)
Começa logo no início da onda P e acaba no início de QRS

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21
Q

Intervalo QRS normal

A

<0.10 segundos

<2.5 pequenas caixinhas

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22
Q

Intervalo QT normal

A

<0.44 segundos
(< 11 caixinhas pequeninas)
QT começa em Q e acaba no fim de T

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23
Q

A quanto tempo corresponde 1 quadrado grande?

A

200 ms

40ms x 5

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24
Q

Intervalo PR maior do que um quadrado grande.

A

> 200 ms

Bloqueio atrioventricular de primeiro grau

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25
Intervalo QRS maior que 3 quadrados pequenos
> 120 ms | Bloqueio do ramo esquerdo ou direito do feixe de His
26
Mais do que uma onda R
R' | típico de bloqueios completos do ramo direito
27
Derivação DI
Do braço direito para o baixo esquerdo.
28
Interpretação sistematizada de ECG (8)
``` 1 - verificar voltagem do traçado 2 - ritmo (sinusal) 3 - FC 4 - eixo cardíaco (normal, desvio?) 5 - Auriculograma (P) 6 - Intervalos (duração) 7 - QRS (morfologia, duração) 8 - segmento ST ```
29
Como calcular a frequência cardíaca num ECG?
1500/número de quadradinhos entre dois Rs OU Mnemónica dos 300-150-100-75-60-50
30
DIII
Do braço esquerdo para o pé
31
Como está o Lead I no eixo normal, no desvio direito e no desvio esquerdo?
Normal - positivo Desvio direito - Negativo Desvio esquerdo - Postivo
32
Como está o Lead II no eixo normal, no desvio direito e no desvio esquerdo?
Normal - Positovo Desvio direito - Positivo ou negativo Desvio esquerdo - Negativo
33
Como está o Lead III no eixo normal, no desvio direito e no desvio esquerdo?
Normal - Positivo ou negativo Desvio direito - Positivo Desvio esquerdo - negativo
34
Tipos de mecanismos nas arritmias (3)
Alt. da Formação de impulsos elétricos? (automaticidade, atividade deflagrada) Alt. da Condução? (reentrada, bloqueio) Alt. Mista?
35
Como é que a automaticidade pode estar diminuida?
Ativação do SNParassimpático
36
Como é que a automaticidade pode estar aumentada?
Estimulação SNSimpático - Aumento da frequência cardíaca (via corrente If) - Limiar de potencial de ação mais negativo
37
Como é que o ritmo de escape pode estar alterado?
Nódulo sinusal suprimido - pacemaker latente domina | Estimulação vagal aumentada
38
Como é que pode haver aumento de automaticidade dos pacemakers latentes?
por Catecolaminas, hipoxémia, isquémia, distúrbios eletrolíticos, toxicidade -> Overdrive supression (FC superior ao NS)
39
AUTOMATICIDADE ANORMAL
Lesão do tecido cardíaco faz com que células fora do sistema de condução especializado adquiram capacidade de despolarizar espontaneamente. Podem ser pacemakers dominantes - ritmo ectópico anormal.
40
Atividade "deflagrada" (triggered) precoce
Impulso iniciado por uma pós-despolarização, DURANTE A REPOLARIZAÇÃO (fases 2-3, torsades de pointes)
41
Atividade "deflagrada" (triggered) tardia
Impulso iniciado por uma pós-despolarização, APÓS A REPOLARIZAÇÃO (intoxicação digitálicos)
42
Bloqueio
Na maioria dos casos, os impulsos são bloqueados em FC elevadas por recuperação incompleta do período refratário. Causa isquémica, fibrose, inflamação, fármacos...
43
Arritmia por reentrada
MAIS COMUM O impulso elétrico da via condutora normal confunde-se com vias acessórias e pode voltar por essa via, despolarizando o nó sinoatrial repetidamente.
44
Arritmias por reentrada tendem a ser mais bradiarritmias ou taquiarritmias?
É ERRADO PRESUMIR ISSO. | Pelo mecanismo da arritmia, não se pode perceber se dá bradiarritmia ou taquiarritmia.
45
FC normal em repouso
60-100
46
Taquiarritmia supraventricular
Nas aurículas ou no nó atrioventricular.
47
Taquiarritmia ventricular
É mais grave.
48
BRADICARDIA SINUSAL
Frequente e benigna. FC baixa (<60 bpm) ritmo sinusal (complexos normais) -> está tudo bem As pessoas vivem mais. Acontece em atletas e durante o sono. Se não for sintomático, não se deve fazer nada.
49
Fármacos que podem levar a bradicardia sinusal
Beta blockers Antagonistas de canais de cálcio Digoxina
50
Que tipo de arritmia causa o hipotiroidismo, mais frequentemente?
Bradicardia sinusal
51
Ausência de despolarização auricolar com assistolia ventricular (falha NS) Duração não é múltiplo do intervalo sinusal. Se prolongar, pode ocorrer batimentos de escape
PAUSA SINUSAL | Só se faz alguma coisa se for sintomático.
52
Porque é que pode não haver ondas P no ritmo de escape?
Porque o estímulo se origina no nó AV ou mais abaixo, pelo que a despolarização atrial não ocorre da mesma forma, ou não ocorre Alguma estimulação a posteriori pode acontecer - ondas
53
FC - 30 a 40 bpm QRS muito alargados Que situação é essa?
Bradicardia por ritmo de escape ventricular (o pacemaker dominante é ventricular)
54
Atraso em PR > 200ms (5q) Bloqueio mais frequente Pode ser fisiológico. Normalmente assintomático.
Bloqueio atriventricular de 1º grau | Não se costuma fazer terapêutica
55
Aumento progressivo do intervalo PR até ausência de QRS. Corresponde ao bloqueio NAV acima do feixe de His. Benigno.
Bloqueio atriventricular de 2º grau Mobitz tipo 1 (WENCKEBACH)
56
Falha intermitente da condução da onda P sem alteração do intervalo PR ou do PP precedente. Bloqueio ABAIXO do feixe de HIS (QRS normalmente alargado) Pode progredir para bloqueio completo
Bloqueio atrioventricular de 2º grau Mobitz tipo 2 Este é muito perigoso, pode indicar-se pacemaker.
57
Ondas P constantes, sem relação com QRS (alargados) Atividade atrial e ventricular DISSOCIADA Causas: EAM, degeneração do sist. condução Sintomático
Bloqueio atriventricular de 3º grau (completo) Pacemaker indicado
58
Ritmo Idioventricular
FC - 20 a 40 bpm Ausência de ondas P (falência do pacemaker) QRS alargado Acontece em doença coronária ou EAM após lesão de reperfusão. Passa espontaneamente
59
Tudo normal Frequência cardíaca alta (100-180) Gradual
TAQUICARDIA SINUSAL - SUPRAVENTRICULAR!
60
Causas não fisiológicas para uma taquicardia sinusal (4)
Anemia Hipertiroidismo Febre Hipovolémia
61
Ondas P precoces com morfologia diferente QRS normal (estreito) Fisiológico ou com patologia Sensação de palpitações
Extrassístole auricular
62
Ritmo caótico - irregularmente irregular (anárquico) Freq. Auricular 350-600 bpm Freq. Ventricular 140-160 bpm
Fibrilhação Auricular 1-2% da população 8-10% das pessoas com mais de 80 anos Muitas ondinhas pequeninas
63
Maior complicação de uma fibrilhação auricular
AVC isquémico | Risco 5x superior por trombos murais
64
Fibrilhação auricular com menos de 48 horas. Qual a terapêutica? (2)
Cardioversão elétrica | Antiarrítmico (amiodarona)
65
Fibrilhação auricular com mais de 48 horas. Qual a terapêutica indicada? (3)
Life saving - choque Ecocardiograma esofágico - não há trombos - choque Hipocoagulação 4 semanas e volta pra ser tratado
66
Fatores precipitantes para fibrilhação auricular (6)
``` Doença coronária IC HTA Patologia pulmonar Hipertiroidismo Álcool ```
67
Principal local de formação de trombos murais
Apêndice atrial esquerdo
68
Atividade auricular regular (180-350 bpm) Dentes de serra Mecanismo de reentrada no anel tricúspide Risco tromboembólico Coexistente com patologia cardíaca
Flutter Auricular
69
Arritmias que começam e acabam abruptamente
Arritmias paroxísticas supraventriculares
70
Arritmias paroxísticas supraventriculares (2)
Taquicardia de reentrada no NAV | Taquiarritmia de reentrada auriculoventricular
71
Síndrome Wolff-Parkinson-White
``` Taquicárdia de reentrada AV com estímulos retrógrados por via acessória sintomática. PQ curto (<120ms) Onda delta QRS alargado ```
72
Focal ou multi focal Pelo menos 3 ondas P diferentes. Em contexto de hipoxémia e patologia respiratória grave.
Taquicardia auricular
73
Ritmo regular 100-180 atrial bpm Onda P normal Massagem carotídea - bpm diminui
Taquicárdia sinusal
74
Ritmo regular 140-250 atrial bpm Onda P escondida ou retrógrada Massagem carotídea - para subitamente
Taquiaritmia supraventricular de reentrada
75
Ritmo regular 130-250 bpm atrial Onda P anormal Massagem carotídea - bloqueio AV pode aumentar - não reverte
Taquicárdia atrial focal
76
Ritmo regular 180-350 bpm atrial Onda P em dente de serra Massagem carotídea - Bloqueio AV pode aumentar
Flutter Atrial
77
Ritmo irregular | 3 formas de ondas P
Taquicardia atrial multifocal
78
Ritmo irregular | Sem ondas P distintas
Fibrilhação atrial
79
Em que é que uma extrassístole ventricular difere de uma auricular?
QRS mais alargado | Sem ondas P
80
BIGEMINISMO
ESV por cada batimento sinusal
81
TRIGEMINISMO
ESV por cada 2 batimentos sinusais
82
3 ou mais ESV QRS alargados FC elevada Sem ondas P
Taquicárdia ventricular
83
Taquicárdia ventricular não mantida.
Dura menos de 30 segundos
84
Taquicárdia ventricular mantida
Dura mais de 30 segundos | Indicação para cardioversão
85
Taquicárdia ventricular monomórfica
É monofocal
86
Taquicárdia ventricular com padrão de QRS que aumenta e diminui. Surge em situações em que o QT está prolongado. Fácil tratamento
TORSADE DE POINTES
87
ECG desorganizado, sem QRS. | Sem débito cardíaco eficaz (paragem cardiorrespiratória)
Fibrilhação Ventricular | DESFIBRILHAÇÃO ELÉTRICA EMERGENTE
88
Doenças Arrítmicas Primárias
Doenças congénitas hereditárias associadas a morte súbita.
89
Mutação SCN5A (canais de sódio) Grande risco de morte súbita ECG típico
Síndrome de Brugada | Supra ST curvilíneo com T invertido em V1 e V2
90
Intervalo QT aumentado (acima de 440-450)
Genes que codificam canais Na+, Ca2+ e K+
91
As pessoas morrem classicamente a nadar devido ao impacto térmico quando mergulham.
Síndrome QT longo tipo I
92
As pessoas morrem ao serem expostas a um barulho muito agudo, como um despertador muito alto
Síndrome QT longo tipo II
93
A pessoa morre durante o sono (síndrome do QT longo)
tipo III