Hidratação Venosa - Parte Teórica Flashcards
(29 cards)
Distribuição de água pelos compartimentos
2/3 Intracelular
1/3 extracelular -> 3/4 interstício e 1/4 plasma
Diarreia isotônica
-Mesma concentração de eletrólitos e água dentro e fora da célula (perdas proporcionais)
-Redução do LEC (os líquidos perdidos são o meio extracelular = fezes e vômitos) e nenhuma alteração do LIC
->90% dos casos das crianças
Principal manifestação da diarreia isotônica
fezes diarreicas e vômitos
Sódio plasmático e osmolaridade plasmática na diarreia isotônica
Na+ plasmático entre 130-150 mEq/L (normal)
Osmolaridade plasmática (concentração de solutos no sangue) entre 280 e 310 Osm/L (normal)
Quadro clínico da desidratação isotônica
Espoliação (perda de líquido e eletrólitos) do líquido vascular (LEC):
-Alterações do EG
-Irritação, ansiedade
-Prostração
-Palidez
-Colapso circulatório: extremidades frias e cianóticas, pulso rápido e fraco, diminuição da área cardíaca
-Oligúria ou anúria
-Sede intensa
Desidratação hipotônica
Perda de sódio maior que de água (diminuição de Na+ no LEC -> menor osmolaridade no LEC) -> o sódio vai para o meio intracelular e água entra para tentar dissolver -> edema celular (principalmente nos neurônios)
Sódio plasmático e osmolaridade plasmática na diarreia hipotônica
Hiponatremia: <135 mEq/L (normal de 130 a 150)
Osmolaridade plasmática diminuída (concentração de solutos no sangue baixo) < 280 mOsm/L
Pode ser encontrado no desidratado hipotônico
Desnutrido (10% a mais de água que o normal)
Tubulopatias (dificulta a absorção de Na+)
Fibrose cística (má absorção de Na+)
Doenças diarreicas com perda de Na+, como cólera
Quadro clínico da desidratação hipotônica
-Edema de células do SNC -> sonolência, letargia, agitação, convulsão, coma
-Espoliação do LEC (sangue mais concentrado, já que a H2O passou para o LIC) -> choque (diminui PA e perfusão), oligúria ou anúria (menos sangue para o rim filtrar)
-Espoliação do líquido intersticial: sinal da prega (esse líquido ajudava a manter a hidratação do tecido)
-Ausência de sede (células cheias de água), mucosas úmidas, sinais nurológicos
Desidratação hipertônica
-Rara em crianças
-Perda maior de H2O que eletrólitos -> maior concentração de sais no LEC e saída de água do LIC para tentar diluir o LEC -> desidratação intracelular
Sódio plasmático e osmolaridade plasmática na desidratação hipertônica
Hipernatremia: >150mEq/L
Osmolaridade plasmática > 310 mOsm/L
Principais causas para desidratação hipertônica
-Reposição com soluções hipertônicas
-Diabetes (glicose elevada atrai água para fora das células)
-Diuréticos osmóticos (tiram H2O, mas não tiram os eletrólitos)
-Ingestão aumentade e Na, por exemplo, TRO mal feita
-Oferta exagerada de sódio (iatrogênica)
-Pouca ingesta de água
Quadro clínico da desidratação hipertônica
Febre alta
Sede intensa (células sem água)
Irritabilidade, meningismo, convulsões, coma
Indicações da via EV
desidratação grave
distúrbios HE e ácido-báscio
falha da TRO (sinais línicos de desidratação mesmo após o início da RO)
Avaliação do sucesso da TRO pela recuperação do peso (resultados)
> 20% = sucesso da TRO = clinicamente hidrata até 6h após -> seguir para fase de manutenção
< 20% depois de 2h = otimizar TRO com a gastróclise -> se continuar < 20% significa falha da TRO = parte para o plano C (EV)
OU
se hidratado seguir para fase manutenção
Avaliação do sucesso da TRO pela recuperação do peso (cálculo)
(Peso atual - peso inicial em gramas) x 100/ volume ingerido por ml
Fases da hidratação endovenosa
-Expansão: tirar a criança do estado de desidratação
-Manutenção: garante H2O, glicose, Na e K para homeostase
-Reposição: evitar nova desidratação repondo perdas
Fase de expansão (esquema clássico)
o volume a ser administrado é 5% do peso (em g) em ml -> metade de SF e metade de SG5%
adm em 1-2h e sem melhora da micção repetir em 4h
Fase de expansão quando choque hemodinâmico (esquema clássico)
Usar 20ml/Kg de SF
Velocidade: 20 min ou aberto
Fase de expansão quando é cardiopata, desnutrido grave ou há hipernatremia (esquema clássico)
20ml/kg em 1 hora (em caso de choque hemodinâmico é 20/ml/kg em 20 min)
SF x Ringer Lactato
SF: a vantagem é que proporciona uma melhor vigilânica, mas a desvantagem é que não oferece glicose (fonte de caloria = prevenção de desnutrição)
Ringer lactato: pode gerar hiperpotassemia antes de se estabelecer uma boa diurese (a hiperpotassemia aumenta a contratilidade cardíaca, aumento FC e RC)
Fase de manutenção (esquema clássico) - parâmetros
O parâmetro são as Kcal consumidas em 24h
Para cada 100Kcal é preciso de: 100ml de volume
3 meq de Na+
8g de glicose
2,5 meq de K+
Fase de manutenção (esquema clássico) - cálculo das Kcal/24h de acordo com o peso
-até 10kg: 100kcal para cada 1kg
-10 a 20kg: 1000kcal (referente aos 10kg) + 50kcal por cada 1kg a mais que 10
- >20kg: 1500kcal (referente aos 20kg) + 20kcal por cada 1kg a mais que 20
Fase de manutenção (esquema clássico) - parâmetros SG10%, SF e KCl19,1%
SG 10%: divide o valor do ml necessário por 0,1g/ml
SF: divide o valor do Na+ necessário por 0,15 meq/ml
OU a proporção é 1:5 de SF e 4:5 de SG10%, então multiplicaria os ml por essas proporções (não precisa aplicar os parâmetros para Na+ e glicose)
KCl: divide o valor do K+ necessário por 2,5 meq/ml