Patologia: Inflamação Crônica a Granulomatosa Flashcards
(15 cards)
1
Q
Inflamação crônica.
A
- Inflamação prolongada (semanas ou meses) na qual a inflamação ativa, a destruição tecidual e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente.
- Células predominantes: linfócitos, macrófagos (infiltrado mononuclear).
- Aumento dos fenômenos de cura, de reparo, que frequentemente estão presentes em uma frequência aumentada (fibrose e angiogênese).
- Sinais cardinais: geralmente, pouco evidentes ou inexistentes.
- Quem causa: parasitos intracelulares/ facultativos, exposição prolongada/ substância tóxicas, doenças autoimunes, neoplasias/outras doenças crônicas.
2
Q
Características morfológicas da inflamação crônica.
A
- Inltração de célula mononucleares: macrófagos, linfócitos, plasmócitos.
- Destruição tecidual induzida pelo agente ofensivo persistente ou por células inflamatórias
- Tentativas de cura pela troca de tecido danificado por tecido conjuntivo, pela angiogênese e pela fibrose.
3
Q
Tipos de inflamação crônica.
A
- Específica: ocorre formação de um granuloma ao redor do agente agressor.
- Inespecífica: infiltrado está disposto difusamente, de modo que não é possível, apenas observando a disposição do infiltrado inflamatório, descobrir quem é o agente causador do processo inflamatório.
4
Q
Inflamação crônica granulomatosa.
A
- Forma de de inflamação crônica caracterizada por coleções de macrófagos ativados, com linfócitos T, e às vezes associados à necrose central.
- O granuloma é uma tentativa celular de conter um agente agressor difícil de erradicar.
5
Q
Formação dos granulomas.
A
- Agente invasor: proliferação de macrófagos (tentativa de fagocitar o agente).
- Macrófagos sofrem sinalização por citocinas e podem adquirir um padrão semelhante a célula epitelial: passa a se chamar célula epitelióide.
- Macrófagos podem se fundir, dando origem às células gigantes multinucleadas: as células gigante ocupam a porção central do granuloma.
- Na periferia, proliferam fibroblastos (suporte) e vasos sanguíneos (nutrição do granuloma).
- Com o crescimento de granuloma, sua porção central pode sofrer necrose caseosa, devido a carência nutricional: forma-se, então, um centro necrótico.
6
Q
Granuloma epitelioide/ imunogênico.
A
- Macrófagos agrupam-se e formam pregas interdigitantes entre si, unindo-os de forma semelhante a células epiteliais (células epitelioides).
- As células epitelioides tendem a se organizar em camadas concêntricas em torno do agente inflamatório.
- O agente etiológico é um parasito geralmente, mas alguns minerais podem induzir esse tipo de resposta.
- Alta migração celular.
- Ocorre a formação de células gigantes de Langerhans: células multinucleadas com núcleos organizados na periferia, comumente encontradas na tuberculose.
- Evolução: os granulomas epitelioides evoluem para cura por fibrose.
7
Q
Granuloma do tipo corpo estranho.
A
- Provocados por agentes particulados inertes, não imunogênicos.
- Este tipo de granuloma é mais frouxo, e as células epitelioides não formam paliçadas típicas.
- Ocorre a formação de células gigantes/ multinucleadas, com núcleos distribuídos irregularmente no citoplasma.
- Células epitelioides escassas.
8
Q
Inflamação crônica supurativa.
A
- Possui tecido de granulação.
- Apresenta zona de abcesso, com presença de pus.
- Pus: necrose liquefativa. Onde houve supuração e está repleto de piócitos, fibrina e restos de células mortas do parênquima.
9
Q
Inflamação crônica proliferativa/ hiperplásica.
A
- São inflamações crônicas que se acompanham de acentuada neoformação conjuntivovascular (fenômeno reparativo cicatricial exagerado) ou de hiperplasia de componentes do parênquima do órgão.
- Tais inflamações ocorrem sobretudo em mucosas, tornando mais espessas e salientes suas formações anatômicas normais (papilas, dobras).
- As glândulas e os componentes da lâmina própria podem formar elevações na superfície (pólipos), sendo a inflamação denominada poliposa (ex: retite, colite, cistite poliposas).
10
Q
Inflamação crônica fibrosante/ esclerosante.
A
- É uma inflamação crônica com a deposição de colágeno.
- A neoformação fibrosa excessiva modifica profundamente a arquitetura do órgão e as suas funções.
11
Q
Inflamação crônica atrófica.
A
Tecido ou órgão diminuem de tamanho (atrofia ou hipotrofia).
12
Q
Consequências da inflamação crônica.
A
- Disfunção da mucosa, ulceração na pele, fístulas, reação das vias aéreas (asma), diminuição da absorção intestinal (doença inflamatória intestinal, doença de Crohn), úlceras são dolorosas.
- Fibrose prejudica os músculos, tendões, articulações, o fluxo vascular, o fluxo de fluidos através de dutos.
- Contração do tecido pelos miofibroblastos.
- Substitui o parênquima no cérebro, olhos, testículos, ovários.
13
Q
Distribuição da inflamação no órgão.
A
- Focal: quando atinge um único ou muito poucos pontos.
- Multifocal: quando atinge vários pequenos pontos, esparsamente.
- Localmente extensiva ou extensiva local: quando uma considerável área do órgão é atingida.
- Difusa: quando todo o órgão é atingido.
14
Q
Sinais sistêmicos da inflamação.
A
- Liberação de substâncias de ação geral: ativação do complemento e coagulação do sangue.
- Resposta de fase aguda: ajuste rápido da composição de proteínas do plasma em resposta a um estímulo agressor.
- Febre.
- Exaustão orgânica (caso seja prolongada).
- Alterações hematológicas: redução dos níveis séricos de ferro (essencial para o crescimento bacteriano).
15
Q
Leucocitose na inflamação.
A
- Infecções bacterianas: neutrofilia.
- Infecções virais: linfocitose.
- Alergia e certos parasitos: eosinofilia.