Prostatite Flashcards
O que é a prostatite?
É o processo inflamatório da próstata. Existem dois grandes grupos de
prostatites, a prostatite aguda e a prostatite crônica.
O que é a prostatite aguda
A aguda é sempre bacteriana,
causada pelas mesmas bactérias da infecção urinária; E. coli principalmente, é
responsável por 70% da infecções urinárias, é um bacilo Gram negativo, e também
causa a maioria das prostatites.
O que é a prostatite crônica?
A prostatite crônica é mais chata, pois ela pode ser bacteriana na maioria das
vezes, mas ela pode ser não-bacteriana, que aí é chamada de Síndrome da Dor
Pélvica Crônica. É a fibromialgia do urologista, porque o paciente tem dor mas não dá
para achar uma explicação anatomopatológica
Com o cursa a prostatite aguda
- Prostatite aguda é uma síndrome infecciosa aguda, com presença de febre,
calafrio, queda do estado geral, taquicardia, sudorese e sintomas locais, como dor
perineal. - A irradiação da dor da prostatite segue para o períneo e o paciente chega com
queixa de dor e incômodo “entre o ânus e o saco”.
Além disso, o paciente pode relatar
LUTS, como dissúria, justamente por conta do inchaço/edema da próstata e obstrução da uretra prostática.
Quando que eu tenho sintomas sistêmicos e quando eu tenho sintomas locais?
infecções em órgãos sólidos (pielonefrite, prostatite, orquite) normalmente cursam com síndrome infecciosa sistêmica (febre, calafrio etc).
Já em infecções de víscera oca (cistite, gastroenterocolite) não cursam, comumente, com febre e possuem um efeito mais local.
É feito exame de toque retal na prostatite aguda?
Não se faz exame de toque retal em pacientes com prostatite aguda, pois há
possibilidade de haver abscesso e pus no local, que pode acabar espalhando a infecção
sistemicamente se examinado. Porém se for realizado o toque retal, a próstata estará
edemaciada, aumentada e mole.
PSA e espermograma na prostatite aguda
- PSA
Pacientes com prostatite vão possuir o PSA altíssimo, acima de 100-200, quando o normal é 4. - ESPERMOCULTURA
Na prática, a espermocultura não é eficiente para o diagnóstico de prostatite, pois não há forma de coletar o esperma do paciente de forma estéril para esse exame, portanto os resultados não seriam conclusivos, logo que haveria bactérias da próstata, mãos, períneo, reto
Testes dos 2 fracos prostatite aguda
- Na suspeita de prostatite, primeiro faz uma coleta de urina do paciente (que serve como amostra controle) e depois realiza massagem prostática durante 1o minutos.
- Então faz uma segunda coleta de urina após e os 2 vão para o laboratório.
- A primeira amostra não possui alterações, porém a segunda contém uma pequena quantidade de secreção seminal, que sai na uretra após a massagem e é coletada com a urina.
- O teste dos 2 frascos é recomendado para pacientes em que já estão sendo
tratados, porém esse tratamento não está sendo eficiente. Nesse momento, faz-se
necessário procurar por uma bactéria resistente.
Tratamento da prostatite aguda
- Baseado na epidemiologia, são utilizados antibióticos para bactérias gram
negativas (pois a principal causadora é a E. coli) e os principais são Bactrim, Sulfametoxazol, Trimetoprima e quinolonas - No caso de teste dos 2 frascos positivo, é utilizado o antibiótico específico para a bactéria encontrada, porém normalmente não é a realidade, pois normalmente é tratamento empírico.
- O tratamento é no mínimo de 4 semanas, devido a barreira hematoprostática que
não permite que o antibiótico penetre tão bem na próstata. Por isso requere uma exposição ao antibiótico prolongada. - Na presença de abscesso é necessária drenagem, e pacientes com sinais de
sepse (hipotensão, taquicardia, desidratação) é necessário internamento e tratamento
com antibiótico endovenoso até melhorar. Quando houver a melhora, utiliza-se o
antibiótico VO por mais 4 semanas.
Qual é o curso da prostatite crônica
- É uma infecção fria, que não evolui com efeito sistêmico, porém as bactérias são as mesmas.
- O paciente queixa de dificuldade para urinar já a um tempo, com ardência e às vezes há
melhora ou piora, não há febre - Normalmente já foi realizada uma pesquisa de outras doenças prostéticas, porém nada é encontrado. São sintomas arrastados, crônicos, marcadospor dor perineal leve e dificuldade miccional.
- Da mesma forma que a doença aguda, o único teste que fornece a microbiologia prostática será o teste dos 2 frascos.
Tratamento
- Além disso, não possui uma forma de saber se a prostatite crônica é bacteriana
ou não. - No caso da bacteriana, o uso de antibiótico (Bactrim e quinolonas) por 4 semanas já causa melhora do quadro, mas se não há melhora, a causa não é bacteriana.
- Nesse caso, a prostatite crônica não bacteriana não possui tratamento específico, assim como a fibromialgia e serão usados métodos de tratamento de dor crônica.
- Na prostatite crônica bacteriana é utilizado Bactrim e Quinolonas são as primeiras opções ou qualquer outro antibiótico que a bactéria da amostra for sensível.
- Na prostatite não bacteriana também podem ser usados alfa-bloqueadores caso o
paciente não urine bem, anti-inflamatórios somente nas crises (para proteção renal) e
antidepressivos tricíclicos (amitriptilina auxilia na dor crônica e é bem eficaz). Por último, pode ser indicada fisioterapia com biofeedback,