Uretra e penis Flashcards
(31 cards)
Frente
Verso
Qual o tipo histológico mais comum do câncer de uretra em homens, e qual a principal localização anatômica envolvida?
Carcinoma urotelial (64,1%), mais comum na uretra prostática. Já a uretra peniana abriga predominantemente carcinoma espinocelular (90%).
Quais são os principais fatores de risco para carcinoma de uretra masculina?
Irritação crônica, infecções, estreitamentos uretrais e infecções sexualmente transmissíveis, especialmente HPV16.
Como ocorre a drenagem linfática da uretra masculina e sua implicação no estadiamento do câncer?
A uretra anterior drena para linfonodos inguinais, enquanto a posterior drena para linfonodos ilíacos externos, obturatórios e hipogástricos, fundamentais para o TNM.
Quais exames são fundamentais para o estadiamento inicial do câncer uretral invasivo?
TC de tórax, abdome e pelve, e RM com gadolínio para avaliação local da extensão da doença.
Qual o tratamento de escolha para tumores uretrais não invasivos (Ta, Tis, T1)?
Ressecção transuretral com acompanhamento; casos selecionados podem receber BCG intrauretral.
Quando está indicada a penectomia parcial ou total no câncer de uretra?
Tumores T2 distais (corpo esponjoso) indicam penectomia parcial; uretra proximal ou panuretral: penectomia total.
Qual a taxa de sobrevida em 5 anos para tumores uretrais localizados em estágio I (T1N0M0)?
Aproximadamente 59%.
Quais são os principais esquemas de QT neoadjuvante para câncer uretral avançado?
Cisplatina com gemcitabina e ifosfamida (CGI), ITP (ifosfamida, paclitaxel, cisplatina), ou Gem-FLP (gemcitabina, 5-FU, leucovorin, cisplatina).
Qual histologia de câncer uretral se beneficia comprovadamente de tratamento multimodal?
Carcinoma urotelial, com ganho de sobrevida com associação QT + RT + cirurgia (HR 0,61).
Qual abordagem é recomendada para carcinoma uretral feminino em estágio inicial distal (Ta, T1)?
Ressecção cirúrgica local ou braquiterapia, com preservação da continência e meato.
Quais tumores uretrais femininos têm pior prognóstico e exigem abordagem mais agressiva?
Tumores proximais e volumosos (T3-T4), que exigem exenteração pélvica anterior e/ou QT+RT combinadas.
Quais são os sítios mais comuns de metástase no câncer de uretra feminina?
Pulmões, fígado e ossos.
Qual carcinoma peniano in situ é classicamente descrito como lesão vermelha e aveludada da glande?
Eritroplasia de Queyrat (CIS do pênis).
Qual a taxa de resposta completa ao uso tópico de 5-FU em carcinoma in situ do pênis?
57% de resposta completa, com 80% mantendo resposta duradoura média de 34 meses.
Qual o principal preditor de sobrevida em câncer peniano invasivo?
Presença e extensão de metástases em linfonodos inguinais.
Como a invasão do corpo cavernoso (T3) influencia o tratamento do câncer peniano?
Geralmente requer penectomia total com uretroplastia perineal; lesões T1/T2 podem ser tratadas com cirurgia conservadora.
Qual benefício real foi observado com linfadenectomia inguinal precoce em pacientes cN0 com alto risco?
Sobrevida em 6 anos de 84% a 92% versus 33% se feita após progressão clínica.
O que representa a mutação TP53 no carcinoma peniano não relacionado a HPV?
Mutação oncogênica ou perda de função do p53, associada a pior prognóstico e agressividade tumoral.
Qual o papel da biópsia de linfonodo sentinela (DSNB) no câncer peniano cN0?
Avaliação minimamente invasiva do risco de metástases ocultas; sensibilidade geral de 88%.
Quais são os esquemas recomendados como QT neoadjuvante para doença localmente avançada (N2/N3) no câncer de pênis?
TIP (cisplatina, ifosfamida, paclitaxel) ou TPF (cisplatina, paclitaxel, 5-FU).
O que determina a indicação de dissecção pélvica associada à inguinal no câncer peniano?
Presença de mais de 2 linfonodos positivos ou extensão extranodal (ENE).
Quais efeitos adversos mais graves estão associados à braquiterapia peniana?
Úlcera necrótica não cicatrizante (6–26%) e estenose meatal (9–45%).
Quais pacientes podem ser candidatos à terapia com anti-EGFR no câncer de pênis?
Pacientes com superexpressão ou amplificação de EGFR, apesar da falta de padronização atual da indicação.