Doenças Benignas do Esôfago Flashcards

(72 cards)

1
Q

Largura usual do esôfago

A

1-2 cm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O esôfago está anterior ou posterior à aorta?

A

Esôfago fica anteriormente à Aorta

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual camada o esôfago não possui?

A

Não possui serosa.

Possui adventícia (tecido conjuntivo frouxo). Ele dilata mais e Tem uma proteção menor.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quantas camadas musculares o esôfago possui?

A

2 camadas musculares
-Circular interna
-Longitudinal externa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais os 2 plexos presentes no esôfago?

A

Plexo submucoso de Meissner (submucosa)

Plexo de Auerbach (muscular - plexo mioentérico)

O TGI tem o seu próprio sistema nervoso, que é o SNEntérico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual o músculo que compõe o EES?

A

Músculo cricofaríngeo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a pressão basal do EES e do EEI?

A

EES: 60 mmHg
EEI: 6-26 mmHg

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que é o Triângulo de Killian?

A

Zona de baixa pressão entre os músculos Faríngeo Inferior e o Músculo Cricofaríngeo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Como a noradrenalina (SNSimpático) atua no esôfago?

A

Inibe a motilidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Como a acetilcolina (SNParassimpático - nervo vago) atua no esôfago?

A

Estimula a motilidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como ocorre a liberação do EEI?

A

Chegou alimento –> pressão intraluminal aumenta –> acetilcolina estimula a motilidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual a diferença entre disfagia de trasnferência e de condução?

A

Transferência: disfagia alta, disfunção neurológica/muscular/mecânica (divertículos), paciente engasga, tem dificuldade de começar a se alimentar.

Condução: paciente se sente entalado, o alimento não consegue ser conduzido, disfunção mecânica e motora

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

A acalásia é uma disfagia de trasnferência ou condução?

A

Condução

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

O que é acalasia?

A

Dificuldade de relaxamento do EEI
Hipertensão luminal, dilatação e aperistalse

Doença motora do esôfago

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Etiologias da acalasia

A

Idiopática
Degeneração neurológica
Trauma
Infecção (Chagas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Fisiopatologia do megaesôgado chagásico

A

Perda das células do plexo de Aeurbach e Meissner

O Trypanosoma cruzi é responsável pela destruição dos plexos mioentéricos (de Auerbach), que são responsáveis pelo controle da motilidade esofágica passando a haver dificuldade de relaxamento do esfíncter esofagiano inferior, culminando com a retenção alimentar no esôfago.

A destruição dos plexos de Auerbach e de Meissner causam um déficit na peristalse e no relaxamento do EEI.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Porque o esôfago costuma dilatar?

A

Pois não tem serosa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Características da acalasia

A

Déficit de relaxamento do EEI
Hipertonia do EEI (alguns casos)
Perda do peristaltismo

aumento de contratilidade no esôfago distal, na região do EEI

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a principal causa de acalásia?

A

É a idiopática (primária)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quadro clinico da acalasia

A

Disfagia
Regurgitação (pois a comida não consegue chegar ao estômago)
Perda de peso (pois é difícil se alimentar)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

A acalasia é uma condição pré-maligna? Pode evoluir para câncer de esôfago?

A

Sim.

Isso se dá devido a fermentação de alimentos não digeridos –> irritação da mucosa –> metaplasia –> displasia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual tipo de neoplasia está mais associada a acalasia?

A

Geralmente está associado a carcinoma de células escamosas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Diferençiação entre neoplasia de esôfago e acalasia

A

Acalasia: Procedência do NE/área endêmica de chagas, progressão mais lenta

Neoplasia: estado geral ruim, anêmico, desnutrido

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Que exame de imagem utilizamos para diagnosticar acalasia?

A

Esofagograma baritado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Achado de acalasia no Esofagograma baritado
"Bico de pássaro"/"Chama de vela" Dilatação esofágica, tortuosidades e angulações Aperistalse (retendo muito contraste) Retardo de esvaziamento
26
Quando devemos evitar realizar Esofagograma baritado?
Evitar nas suspeitas de perfuração esofágica, para o bário não irritar a cavidade
27
Qual o exame padrão ouro para diagnóstico de acalasia?
Manometria do esôfago * Uma nova opção é o Endoluminal Functional Lumen Imaging Probe (EndoflipTM)
28
Hipertensão do EEI (>35) EEI não relaxará com a deglutição Corpo esofagiano hipertenso Contrações espelhadas + peristaltismo disfuncionante Ondas de baixa amplitude (falha de tônus muscular)
29
Grau 1 da classificação de Mascarenhas e Rezende
Esôfago de calibre normal (<4 cm) Trânsito lento Pequena retenção do contraste
30
Grau 2 da classificação de Mascarenhas e Rezende
Dilatação 4-7 cm Pequeno a moderado aumento de calibre Retenção leve a moderada de contraste Ondas terciárias *As ondas terciárias são patológicas e ocorrem sem continuidade, criando uma defesa do esôfago contra um obstáculo criado por ele mesmo.
31
Grau 3 da classificação de Mascarenhas e Rezende
Dilatação 7-10 cm Grande retenção de contraste Atividade motora reduzida Hipotonia do esôfago distal Ondas terciárias
32
Grau 4 da classificação de Mascarenhas e Rezende
Dilatação>10cm Dolicomegaesôfago Atônico, alongado, reservatório Invade campos pulmonares Descansa sobre a cúpula frênica esquerda
33
Acalasia tem cura?
Não. Ocorre degeneração de fibras nervosas e fibras musculares. Nenhum tratamento pode reverter degeneração celular. Podemos frear a aceleração da doença.
34
Qual o intuito do tratamento da acalasia?
Reduzir a pressão de relaxamento do EEI através de fármacos ou ruptura mecânica das fibras musculares
35
Tratamento clínico da acalasia
Nitratos (relaxa a musculatura lisa vascular e do esôfago) BCC (relaxa a musculatura lisa vascular e do esôfago) Inibidores 5-fosfodiesterase Anticolinérgicos Agonistas-beta-adrenérgicos
36
Efeitos colaterais dos nitratos
Cefaleia Rubor Hipotensão
37
Como é administrado o nitrato?
Dinitrato de isossorbida 5 mg Tomar 1 comprimido via SL 10-15 minutos antes das refeições
38
Tratamento endoscópico da acalasia
Toxina botulínica (bloqueia as fibras excitatórias produtoras de acetilcolina, relaxando a musculatura) Dilatação pneumática POEM (miotomia endoscópica perioral) - fibras circulares (camada muscular interna)
39
Tratamento cirúrgico da acalasia
1. Miotomia de Heller associada a fundoplicatura PARCIAL. Rompe as 2 camadas musculares (circular interna e longitudinal externa) -Cardiomiotomia a Heller videolaparoscópica (padrão-ouro) 2. Esofagectomia: megaesôfago grau 4 ou refratários ao tratamento por miotomia
40
Tratamento grau 1 da acalasia (<4 cm)
Nitrato BCC Botox *Dilatação pneumatica e POEM pode ser realizada também. É minimamente invasiva. Não perfura camada submucosa. POEM =Miotomia endoscópica peroral
41
Botox substitui miotomia à Heller?
Não. Botox é um paliativo, com altas chances de recidiva
42
Tratamento grau 2 da acalasia (4-7 cm)
Dilatação pneumatica POEM *Miotomia a Heller pode ser realizada também
43
Tratamento grau 3 da acalasia (7-10 cm)
Miotomia a Heller *Alguns autores elegem POEM como procedimento de escolha
44
Tratamento grau 4 da acalasia (>10 cm)
Esofagectomia (ressecção trans-hiatal do esôfago)
45
O que é o divertículo de Zenker?
É um falso divertículo (mucosa e submucosa apenas) Herniação da mucosa e submucosa entre os múculos faríngeo inferior e cricofaríngeo Triângulo de Killian (posterior)
46
Epidemiologia do divertículo de Zenker
Homens Idosos Lado esquerdo
47
Quadro clínico do Divertículo de Zenker
Disfagia (compressão) Halitose (está entrando comida nesse "saquinho") Massa cervical Regurgitação de material não digerido (está entrando comida nesse "saquinho") Dor retroesternal Aspiração
48
Fisiologia do surgimento do divertículo de Zenker
é originada por pulsão, pois quando existe aumento da pressão com a deglutição, a fragilidade da parede hipofaríngea posterior (triângulo de killian) faz com que ocorra a herniação, formando o divertículo falso.
49
Tratamento de divertículo de zenker de até 2 cm
Miotomia simples do M. cricofaríngeo
50
Tratamento de divertículo de zenker de 2-5 cm
Dohlman (procedimento endoscópico de secção do septo entre o divertículo e o esôfago) É uma forma de juntar os 2 lúmens formados pela herniação, não necessitando de ressecção do divertículo.
51
Tratamento de divertículo de zenker >5 cm
Diverticulopexia ou Diverticulectomia + miotomia
52
O que é o Divertículo Parabrônquico
Divertículo verdadeiro Processo inflamatórios mediastinais tracionam a parede esofágica Mais comuns a direita
53
Qual o mecanismo de formação dos divertículos esofagianos falsos?
Pulsão/Pressão
54
Qual o mecanismo de formação dos divertículos esofagianos verdadeiros?
Tração
55
Tratamento do Divertículo Parabrônquico e do Epifrênico <2 cm
Expectante
56
Tratamento do Divertículo Parabrônquico e do Epifrênico sintomático ou >2 cm
Cirurgia
57
O que é o Divertículo epifrênico?
Divertículo falso (pulsão) Associado a distúrbios de motilidade Disfagia e dor torácica Mais comuns a direita | ocorrem logo acima do diafragma
58
Tratamento de anéis e membranas esofágicas
Dilatação esofágica +- IBP (pois alguns estão associados a DRGE)
59
Exames utilizados no diagnóstico de anéis e membranas esofágicas
Esofagograma baritado EDA (biopsia)
60
O que é a síndrome de Plummer-Vinson?
Disfagia Anemia ferropriva Anel esofágico proximal ## Footnote caracteriza-se por disfagia cervical, deficiência de ferro e presença de membrana esofágica mudança de coloração da língua, que passa a apresentar uma cor vermelho-brilhante como resultado da atrofia das papilas gustativas. aumento do risco de desenvolvimento de carcinoma CEC
61
O que é o anel de Schatzki?
Estreitamento distal Associado a DRGE Epitélio escamoso + células colunares abaixo DRGE pode gerar esse anel, assim como a ingestão acentuada de comprimidos. Na região acima do anel, há epitélio escamoso, abaixo epitélio glandular. ## Footnote É de origem congênita ou causado por danos de longo prazo do refluxo ácido do estômago (DRGE)
62
Tratamento do Anel de Schatzki
dilatação através de EDA em casos refratários.
63
Paciente com moderada disfagia para líquidos deve ter como suspeita clínica inicial:
Acalasia Diante de pacientes com disfagia moderada exclusivamente para líquidos ou que já se inicia para líquidos e sólidos devemos pensar em distúrbios motores do esôfago. Já em se tratando de disfagia que se apresenta inicialmente para sólidos e evolui posteriormente para líquidos, devemos levantar a hipótese de distúrbios anatômicos ou estruturais do esôfago.
64
Pacientes com disfagia moderada exclusivamente para líquidos ou que já se inicia para líquidos e sólidos devemos pensar em _____________
distúrbios motores do esôfago (ex: acalasia)
65
Disfagia que se apresenta inicialmente para sólidos e evolui posteriormente para líquidos, devemos levantar a hipótese de:
distúrbios anatômicos ou estruturais do esôfago
66
A ________ é o padrão-ouro para o tratamento da acalasia
Miotomia de Heller laparoscópica com fundoplicatura parcial
67
Qual o tumor benigno mais comum do esôfago?
Leiomioma (localizado abaixo da camada mucosa) 2/3 distais do esôfago
68
Localização mais frequente do leiomioma de esôfago
2/3 distais do esôfago
69
Tratamento do leiomioma de esôfago
Ressecção da lesão, sem necessidade de esofagectomia.
70
É necessário biópsia para confirmação diagnóstica de um leiomioma esofagiano?
Não é necessário de biópsia, a imagem pela endoscopia e tomografia é muito específica para essa lesão, e não é indicada a biópsia pelo risco de perfuração.
71
Esofagocardiomiotomia: realiza-se um corte na musculatura (miotomia) do esôfago (____ cm) e de parte do início do estômago (____ cm)
6 cm pra cima 3 cm pra baixo
72
Em que situação de acalásia está indicada a esofagectomia?
A esofagectomia só é a opção nos casos de Grau IV de Rezende Mascarenhas, quando se tem um dolicomegaesôfago acima de 10cm.