Hemorragia Digestiva Flashcards

(90 cards)

1
Q

Tipos de apresentação clínica de uma hemorragia digestiva

A

Hematêmese (HDA)
Melena (HDA): sangramento digerido
Hematoquezia (HDB): sangue misturado com as fezes
Enterorragia (HDB): sangue vivo saindo pelo ânus do paciente, sem a presença de fezes

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2
Q

Diferença entre a localização da HDA e da HBD

A

HDA: acima do Ângulo de Treitz
HDB: abaixo do Ângulo de Treitz

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3
Q

HDA ou HDB: Qual a mais prevalente?

A

HDA é mais prevalente (60%)

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4
Q

O que é o Ângulo de Treitz

A

Ângulo formado ao nível da junção do duodeno e jejuno (onde fica fixo o intestino)

Flexura duodenojejunal: está ligada à parede abdominal posterior pelo músculo suspensório (ligamento) do duodeno, também chamada de ligamento de Treitz.

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5
Q

Abordagem INICIAL de todas as HDAs e HDBs

A

Classificação do choque
Estabilização hemodinâmica

Dieta Zero
SNG aberta
1000 ml SF EV
Omeprazol 40 mg EV
SVD

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6
Q

Parâmetros das Classes 2 da classificação do choque

A

FC 100-120
FR 20-30
Diurese 20-30
PAS normal
Reposição com Cristaloide

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7
Q

Parâmetros das Classes 3 da classificação do choque

A

FC 120-140
FR 30-40
Diurese 5-15
PAS diminuída
Reposição com Cristaloide e Sangue

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8
Q

Como interpretar o retorno que vem na SNG aberta

A

Se tiver sangue: confirma HDA

Sem sangue ou bile: não afasta HDA (o piloro pode estar fechado e ainda ter hemorragia no duodeno)

Tem bile mas não tem sangue: provavelmente não é HDA

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9
Q

Qual o primeiro exame a ser feito em uma hemorragia digestiva? Dentro de quanto tempo?

A

EDA dentro das 24h

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10
Q

Faz EDA mesmo com suspeita de HDB?

A

Sim

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11
Q

Por que é necessário estabilidade hemodinâmica para a realização da EDA?

A

Pois iremos sedar o paciente
(Sedação leve)

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12
Q

É obrigatório fazer o preparo antes da realização de uma colonoscopia?

A

Não é obrigatório, mas aumenta a acurácia do método

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13
Q

A colonoscopia é boa para avaliar o canal anal. V ou F?

A

Não é um bom método para avaliar o canal anal (para isso temos a anuscopia)

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14
Q

EDA e Colonoscopia são métodos diagnósticos e terapêuticos. V ou F?

A

Verdadeiro

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15
Q

Que regiões a EDA avalia bem?

A

Esôfago
Estômago
Até 2ª porção do duodeno

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16
Q

Que regiões a Colonoscopia avalia bem?

A

Reto
Cólon
Íleo distal (transição íleo-cecal)

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17
Q

A sedação para Colonoscopia é mais profunda que a da EDA?

A

Sim.

Pois iremos insuflar gás para permitir avaliação do TGI que estava comprimido

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18
Q

Cintilografia é um exame terapêutico?

A

Não. Apenas diagnóstico.

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19
Q

Qual exame tem maior sensibilidade: cintilografia ou arteriografia?

A

Cintilografia.
Já detecta sangramentos pequenos de 0.1 ml/min

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20
Q

Desvantagem da cintilografia

A

Não define bem de onde vem o sangramento

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21
Q

Arteriografia é diagnóstica e terapêutica?

A

Sim. Pode fazer embolizações.

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22
Q

Quando solicitamos uma arteriografia?

A

Após uma cintilografia positiva, para descobrir de onde vem o sangramento

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23
Q

Arteriografia detecta sangramentos a partir de que fluxo?

A

0,5 a 1 ml/min

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24
Q

Por onde iniciamos a realização da Arteriografia?

A

Artéria Mesentérica Superior

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25
A cápsula endoscópica é bom para avaliar que região do TGI?
Intestino delgado. Regiões em que a EDA e Colono não chegam.
26
Cápsula endoscópica é terapêutica?
Não
27
Indicação de realização da cápsula endoscópica
Sangramento obscuro (Sabemos que sangra, mas não sabemos de onde vem)
28
Contraindicação de cápsula endoscópica
Quando há presença de oclusões
29
3 principais causas de HDA
UVLA Úlcera Varizes gastroesofágicas Laceração de Malory-Weiss
30
Qual mais comum: HDA não varicosa ou varicosa?
Não varicosa (80%)
31
Causas de HDA não varicosa
Úlcera, gastrite, esofagite Mallory-Weiss Dieulafoy Lesão aguda mucosa gástrica Ectasia vascular antral Hemobilia Hemossucus pancreático Neoplasia
32
Causa de HDA varicosa
Hipertensão portal
33
Qual a úlcera péptica que mais sangra e por que?
Duodenal Úlcera péptica duodenal de parede posterior Pois penetra a Artéria Gastroduodenal (que passa por trás do duodeno)
34
A úlcera péptica que mais perfura é aquela de _________________ Já as de __________________costumam apresentar, mais frequentemente, sangramentos.
parede anterior do duodeno parede posterior ## Footnote Sigla “SP” para memorizar – Sangramento, Posterior
35
Tratamento da úlcera péptica
IBP Expansão volêmica Dieta Zero EDA
36
Classificação de Forrest das Úlceras Pépticas
1A: sangramento em jato, arterial 1B: sangramento em babação, venoso 2A: vaso visível 2B: coágulo aderido, hematoma 2C: mancha de hematina plana 3:sem sinal de sangramento recente, úlcera com fundo limpo
37
O que é a Classificação de Forrest?
Classificação das úlceras sangrantes, que avalia a chance de ressangramento
38
Que classes da classificação de Forrest tem maior risco de ressangramento? O que fazer?
1A, 1B e 2A Muitas, vezes, precisando fazer um tratamento duplo
39
Porque deixar paciente com hemorragia digestiva em dieta zero?
-Alimento pode estimular o sangramento -Pode precisar realizar algum exame -Pode rebaixar o NC pelo grau de choque e broncoaspirar
40
Perfil do paciente com laceração de Mallory-Weiss
HDA Alcoolista Vômitos refratários
41
Tratamento da Laceração de Mallory-Weiss
Tratar a causa do vômito IBP
42
O que é Boerhaave
Perfuração esofágica secundária a episódios eméticos É muito grave Cirurgia urgente
43
O que é a Tríade de Mackler?
Presente na Boerhaave Vômito Dor torácica Enfisema
44
Que achado em exame de imagem vemos na Boerhaave?
Pneumomediastino ao redor da aorta e do saco pericárdico Faz mediastinite. é GRAVE
45
O que é a lesão de Dieulafoy
Lesão arterial de um vaso na submucosa na pequena curvatura gástrica. Secção da submucosa gástrica. Pode chocar o paciente. Tratamento por EDA. Tratamento é a realização de terapia térmica ou esclerosante quadros de muitos vômitos com sangue e que não há alteração na EDA
46
O que é a ectasia vascular antral
"Estômago em melancia" Dilatação de vênulas no antro Podem sangrar
47
Que tipo de paciente costuma ter Ectasia vascular antral "estômago em melancia"?
Paciente cirróticos ou com Esclerodermia
48
Quando desconfiar de Ectasia Vascular Antral?
Anemia Ferropriva Pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva
49
Tratamento da Ectasia Vascular Antral
EDA e cirurgia
50
Em que contexto é comum a formação de uma fístula aorto-entérica
Comum em um aneurisma de aorta recentemente corrigido com prótese A prótese infecta e comunica a aorta com o intestino
51
Com que exame podemos dar o diagnóstico de uma fístula aorto-entérica?
TC Gás ao redor da aorta denotando infecção na prótese, que pode fistulizar com o intestino
52
O que é a Tríade de Sandbloom?
Presente na hemobilia Dor HCD HDA Icterícia
53
O que vemos na EDA em uma hemobilia?
Saída de sangue pela papila de Vater
54
Causas de hemobilia
Trauma Manipulação das vvbb Tumor
55
Tratamento da Hemobilia
Arteriografia (embolização da artéria hepática) CPRE (prótese endoscópica)
56
Quando é comum hemossucus pancreaticus?
Pseudocisto pancreático pós -pancreatitie, que invadiu a artéria esplênica. Sangue cai dentro do pseudocisto, que manda sangue para o TGI.
57
De onde vem o sangramento no hemossucus pancreático
Através do Ducto Pancretático (Wirsung)
58
Tratamento do hemossucus pancreaticus
Arteriografia ou Pancreatectomia
59
Causas de lesão aguda da mucosa gástrica
Gastrite de estresse Isquemia gástrica (parede gástrica descola e sangra) Paciente grave em UTI Coagulopatia e AVM Trauma e queimaduras (úlcera de Curling) IRA ou Insuf Hepática Pós-op de grande porte
60
Tratamento da lesão aguda de mucosa gástrica
Tratar choque IBP
61
Causas de HDB
"D" Divertículo, Divertículo de Meckel Displasia aDenocarcinoma Doença orificial
62
Características da Angiodisplasia
Malformação A-V degenerativa Vasos da submucosa em aspecto aracneiforme Comuns no ceco Hematoquezia indolor
63
Tratamento das angiodisplasias sangrantes
Coagulação Ligadura Esclerose Embolização
64
O que é um divertículo de Meckel
Anomalia congênita mais frequente do TGI Divertículo verdadeiro (todas as camadas) Principal causa de sangramento em crianças (<2 anos)
65
Porque divertículo de Meckel pode sangrar?
Pois 50% dos pacientes tem um tecido gástrico ectópico que secreta HCl, que ulcera a região
66
Porque ocorre a formação do divertículo de Meckel?
Devido ao não fechamento do Ducto Onfalomesentérico
67
Diagnóstico do divertículo de Meckel
Cintilografia com tecnécio
68
O que é a hérnia de littré?
Divertículo de Meckel dentro de uma hérnia inguinal
69
O que é sangramento obscuro?
Sangramento sem identificação do sítio após EDA e Colono vê que está sangrando, mas não sabe de onde
70
Principal causa de sangramento obscuro (sangrando, mas não sabe de onde)?
Angiodisplasia (jejuno)
71
Conduta em um sangramento obscuro (sangrando, mas não sabe de onde)
Repetir EDA e Colono Avaliar delgado (cintilo, angiografia, cápsula)
72
O que é sangramento oculto?
Anemia ferropriva ou Pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva Mas não vê sangramento
73
Conduta no sangramento oculto (Não vê o sangramento, mas sabe que está sangrando pois tem sangue oculto nas fezes positivo ou anemia ferropriva)
Colonoscopia e EDA para excluir Neoplasia
74
Hematoquezia de grande monta associado à instabilidade hemodinâmica, deve-se pensar em HDA ou HDB?
HDA. 10 a 15% das hematoquezias graves são HDA. Se hematoquezia importante com instabilidade hemodinâmica ou relação ureia/creatinina>100 deve-se pensar em HDA realizando-se EDA.
75
Pontos anatômicos que dividem o TGI em alto e baixo nas hemorragias digestivas e na obstrução intestinal
Hemorragias digestivas: ligamento de Treitz Obstrução intestinal: válvula ileocecal.
76
Em todo caso de HDB, é imprescindível a realização de endoscopia digestiva alta antes da colonoscopia?
Sim. Exceto em casos que possam ser identificados por retoscopia, como a presença de hemorroidas.
77
Se após a realização de EDA e colonoscopia, a causa da HDB não for indicada, o próximo passo diagnóstico a ser realizado é a ___________
Arteriografia
78
Arteriografia: deve ser iniciado através da artéria _______
A. mesentérica superior
79
A ligadura elástica é profilaxia secundária das varizes esofágicas. V ou F?
Verdadeiro
80
O que é a terapêutica endoscópica combinada, feita diante de uma hemorragia ativa?
Injeção esclerosante e termocoagulação
81
Localização do Divertículo de Meckel
Na borda anti-mesentérica do íleo, entre 100-150 cm de distância da válvula íleo-cecal.
82
Divertículo de Meckel tem que ser operado sempre?
Não. Se assintomático e achado incidental, a conduta pode ser expectante. Quando sintomático, tem indicação absoluta de ser ressecado.
83
Qual a principal causa de obstrução intestinal por Divertículo de Meckel?
intussuscepção intestinal
84
O que é a Úlcera de Curling?
Úlcera duodenal que surge como consequência de uma queimadura extensa (secundária ao stress)
85
Quais as principais causas de hemorragia digestiva alta e baixa?
Alta: UVLA (úlceras, varizes esofágicas e lacerações) Baixa: DDDD (Divertículos, angioDisplasias, aDenocarcinomas, doenças orificiais)
86
Qual exame ajuda a diferenciar uma hemorragia digestiva alta de uma hemorragia digestiva baixa?
Ureia e creatinina A relação entre ureia/creatinina > 100 apresenta sensibilidade de cerca de 95% para o diagnóstico de hemorragia digestiva alta (HDA), uma vez que haverá reabsorção das proteínas no TGI, elevando a uréia plasmática.
87
Tratamento das hemorróidas internas
hemorróidas internas grau I devem ser tratadas com tratamento clínico, grau II pode-se lançar mão de ligadura elástica, grau III inicial pode-se utilizar ligadura elástica e grau III avançado pode-se realizar procedimento cirúrgico. Grau IV indica cirurgia.
88
profilaxias que se deve receber após um sangramento digestivo de origem varicosa
O paciente deve receber já na admissão a profilaxia com uso de antibióticos, para prevenção de peritonite bacteriana espontânea. Em paciente com hemorragia digestiva alta, principalmente de origem varicosa, é necessário a realização de antibioticoprofilaxia com cipro ou norfloxacina para diminuir o risco de ITU, ITR e PBE.
89
A hemorragia digestiva varicosa é tratada com ___________, que é um vasoconstrictor esplânctico potente.
terlipressina
90
No paciente com hemorragia digestiva alta por varizes esofágicas, devemos suspender o BB?
Sim. O betabloqueador deve ser suspenso em todo paciente com sangramento do trato gastrointestinal, porque o paciente necessita da taquicardia reflexa para compensar o quadro de hipovolemia. O betabloqueador no quadro agudo pode piorar o choque. Além disso, ele não deve ser iniciado imediatamente, mas 48-72 h após a melhora clínica.