Doenças exantemáticas Flashcards

(74 cards)

1
Q

Qual o agente etiológico do sarampo e como é transmitido?

A

Morbillivirus (família Paramyxoviridae). Transmissão por gotículas (altíssima contagiosidade – cerca de 90%).

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2
Q

Quais são as 4 fases clínicas do sarampo?

A

Incubação: 8–12 dias (assintomático)

Pródromo (catarral): 3–5 dias com febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, fotofobia, prostração

Exantemática: exantema maculopapular craniocaudal, manchas de Köplik (enantema), febre continua alta

Convalescença: descamação furfurácea + hiperpigmentação residual + tosse persistente por até 10 dias

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3
Q

Como é o exantema do sarampo?

A

Morbiliforme : máculas e pápulas avermelhadas confluentes ou não com áreas de pele sã de permeio.

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4
Q

O que são as manchas de Köplik?

A

Pequenas lesões branco-acinzentadas em mucosa jugal (região dos molares), com halo eritematoso — sinal patognomônico de sarampo

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5
Q

Quais são as principais complicações do sarampo?

A

Pneumonia (principal causa de óbito)

Otite média aguda

Laringotraqueobronquite

Encefalite aguda

Panencefalite esclerosante subaguda (tardia)

Diarreia perdedora de proteína

Ceratoconjuntivite, miocardite

Reativação de tuberculose

Maior gravidade em menores de 1 ano → risco de óbito

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6
Q

Como é feito o diagnóstico do sarampo?

A

Principalmente clínico. Confirmação por IgM específica ou RT-PCR (se disponível).

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7
Q

Qual é o tratamento do sarampo?

A

✅ Suporte: antitérmicos, hidratação, higiene ocular, isolamento respiratório.
⚠️ Vitamina A é recomendada em menores de 5 anos.

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8
Q

Quais medidas de bloqueio devem ser feitas após contato com sarampo?

A

Vacina até 72h após contato

Imunoglobulina até 6 dias para <1 ano, imunossuprimidos e gestantes suscetíveis

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9
Q

A partir de quando o paciente deixa de ser contagioso?

A

O sarampo não é mais contagioso após o 6º dia do início do exantema.

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10
Q

Qual a principal medida preventiva contra o sarampo?

A

Vacina tríplice viral (SCR) aos 12 meses com reforço aos 15 meses.

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11
Q

Qual o agente etiológico da escarlatina e sua faixa etária típica?

A

EBHGA - Streptococcus pyogenes (toxina eritrogênica). Crianças de 3 a 12 anos.

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12
Q

Como é o quadro clínico da escarlatina?

A

Início abrupto com febre alta, vômitos, faringite purulenta, exantema micropapular (pele em lixa), mais intenso em dobras (sinal de Pastia), palidez perioral (sinal de Filatov), língua em framboesa.

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13
Q

Como é o exantema da escarlatina?

A

Escarlatiniforme : Exantema difuso, puntiforme, eritematoso, de início cervical com progressão para tronco e membros. Descamação laminar nas palmas e plantas na convalescença.

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14
Q

Quais complicações podem ocorrer na escarlatina?

A

Febre reumática, glomerulonefrite difusa aguda (GNDA), abscesso peritonsilar, otite média.

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15
Q

Como se faz o diagnóstico da escarlatina?

A

Clínico + cultura de orofaringe ou teste rápido para estreptococo. Leucocitose é comum.

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16
Q

Qual é o tratamento da escarlatina?

A

Penicilina benzatina IM (dose única) ou amoxicilina VO por 10 dias.

Ou eritromicina - 30-50mg/kg/dia de 6/6h por 7 dias

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17
Q

Como é a prevenção da escarlatina?

A

Não há vacina. Prevenção feita com diagnóstico e tratamento precoce da faringite estreptocócica.

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18
Q

Qual o agente etiológico e forma de transmissão da rubéola?

A

Rubivírus (família Togaviridae). Transmissão respiratória e transplacentária (rubéola congênita).

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19
Q

Qual a clínica típica da rubéola pós-natal?

A

Febre baixa, exantema maculopapular róseo não confluente, início craniocaudal, adenomegalia retroauricular e occipital, enantema palatino (sinal de Forchheimer).

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20
Q

Qual a principal característica do exantema da rubéola?

A

Róseo, discreto, não confluente, com resolução rápida em até 3 dias, sem descamação.

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21
Q

Quais complicações podem ocorrer na rubéola congênita?

A

✅ Tríade clássica:

Catarata congênita

Surdez neurossensorial

Cardiopatia congênita (PCA, estenose de artéria pulmonar)

Outras: microcefalia, retinopatia, hepatomegalia, púrpura (“blueberry muffin”).

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22
Q

Qual o risco gestacional da rubéola?

A

Infecção no 1º trimestre → risco de 85% de rubéola congênita.
Após 20 semanas, risco praticamente nulo.

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23
Q

Como é feito o diagnóstico da rubéola?

A

Clínico. Confirmação com sorologia (IgM e IgG) ou RT-PCR.
No RN: presença de IgM específica + isolamento viral.

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24
Q

Qual o tratamento da rubéola?

A

Suporte clínico. Doença autolimitada na forma pós-natal.

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25
Como prevenir a rubéola e suas complicações?
Vacinação com SCR (tríplice viral) aos 12 meses + reforço aos 15 meses. Gestantes não vacinadas devem receber a vacina após o parto.
26
Qual o agente etiológico e a faixa etária típica do eritema infeccioso?
Parvovírus B19. Afeta crianças entre 5 e 12 anos
27
Como é a apresentação clínica do eritema infeccioso?
✅ Trifásica: Pródromo leve (febre baixa, sintomas inespecíficos) Exantema inicial em “face esbofeteada” Exantema reticulado ou rendilhado em tronco e membros, que pode recorrer com calor/sol
28
Há descamação no eritema infeccioso?
Não
29
Quais as complicações associadas ao parvovírus B19?
Anemia aplásica (em imunossuprimidos), crises em pacientes com hemoglobinopatias, morte fetal (hidropsia) em gestantes infectadas.
30
Como é feito o diagnóstico?
Clínico. Pode-se solicitar IgM/IgG para B19 ou PCR em casos específicos.
31
Existe vacina ou tratamento específico para eritema infeccioso?
Não há vacina. Tratamento é sintomático. Em casos graves, pode-se usar imunoglobulina.
32
Qual o agente etiológico da roséola (exantema súbito)?
Herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) e tipo 7.
33
Qual a faixa etária mais comum da roséola?
Lactentes entre 6 meses e 2 anos.
34
Qual a apresentação clínica típica da roséola?
Febre alta súbita por 3–5 dias, que desaparece bruscamente, seguida por exantema maculopapular que surge principalmente no tronco (único exantema que não é crânio caudal e que aparece após febre).
35
O exantema da roséola costuma coçar? Descama?
Não coça nem descama.
36
Qual complicação neurológica pode ocorrer na roséola?
Convulsão febril (devido à febre alta e súbita).
37
Qual o tratamento da roséola?
Suporte clínico apenas. É autolimitada.
38
Qual o agente etiológico da varicela e como se transmite?
Vírus varicella-zoster (VZV), um herpesvírus humano. Transmissão por via aérea (aerossóis e gotículas) e contato direto com lesões.
39
Qual o período de incubação e de contágio da varicela?
Incubação: 10–21 dias Contágio: de 1 a 2 dias antes do exantema até todas as lesões estarem em crosta (geralmente 7 dias após início do quadro)
40
Qual a faixa etária mais acometida da varicela?
Crianças entre 1 e 10 anos, com maior incidência no pré-escolar.
41
Como é a apresentação clínica típica da varicela?
Febre baixa + mal-estar + exantema pruriginoso Exantema polimórfico (lesões em vários estágios ao mesmo tempo): máculas → pápulas → vesículas → crostas Inicia-se no couro cabeludo/tronco e se espalha centripetamente (face → membros) Pode acometer mucosas (boca, conjuntiva, genitais)
42
A varicela apresenta pródromos?
Sim, mas leves: febre, cefaleia, mal-estar — mais evidentes em adolescentes/adultos.
43
Quais são as complicações mais temidas da varicela?
Infecção bacteriana secundária de pele (impetigo, celulite, fascite) Pneumonia viral (mais comum em adultos, gestantes e imunossuprimidos) Ataxia cerebelar aguda (mais comum complicação neurológica em crianças) Encefalite, meningite, púrpura trombocitopênica Síndrome de Reye (uso de AAS) Varicela congênita ou neonatal grave
44
O que é varicela congênita e como se manifesta?
Infecção no 1º trimestre → microcefalia, catarata, corioretinite, cicatrizes cutâneas, atrofia de membros afetados, lesões oculares, cerebrais e da coluna cervical ou lombossacra, atraso mental. Obs: infecção tem que ser adquirida antes de 20 semanas
45
Quando indicar tratamento antiviral (aciclovir)?
Imunossuprimidos Adolescentes Uso crônico de AAS Gestantes Doença pulmonar crônica Casos graves ou complicados
46
Qual o manejo em imunossuprimidos expostos à varicela?
Administrar imunoglobulina específica anti-VZV até 96 horas após contato.
47
Como é feito o diagnóstico da varicela?
Clínico. Se necessário: PCR, sorologia (IgM/IgG), exame de Tzanck (pouco utilizado).
48
Qual o tratamento geral da varicela?
✅ Suporte: Antipiréticos (evitar AAS → risco de síndrome de Reye) Antipruriginosos Cuidados com higiene da pele para evitar infecção bacteriana Antivirais em grupos de risco
49
Qual a medida de prevenção da varicela?
Vacinação: vacina de vírus vivo atenuado Tetraviral (SCR-V) aos 15 meses 2ª dose aos 4 anos (SBP/SBIN recomendam duas doses) Imunoglobulina específica anti-VZV para imunossuprimidos e gestantes expostas
50
Quando a criança com varicela pode voltar à escola?
Quando todas as lesões estiverem em crosta e não houver febre (geralmente após 7 dias).
51
Qual o agente da mononucleose e seu modo de transmissão?
Vírus Epstein-Barr (EBV). Transmitido por saliva (doença do beijo).
52
Quais são os achados clínicos típicos da mononucleose?
Febre, faringoamigdalite com exsudato, linfadenopatia generalizada (cervical), hepatoesplenomegalia, exantema maculopapular.
53
O que é o sinal de Hoagland na mononucleose?
Edema bipalpebral bilateral.
54
Qual cuidado deve-se ter com antibióticos na mononucleose?
Uso de amoxicilina pode causar rash cutâneo exuberante
55
Como é feito o exame diagnóstico de mononucleose?
Clínico + exames complementares: ➢Cultura do material obtido das tonsilas ➢ HMG ( leucocitose com linfócitos atípicos e anemia). ➢ TGO, TGP E Fosfatase alcalina : aumento discreto. ➢ Sorologia: IgM e IgG para EBV
56
Qual o tratamento da mononucleose?
Suporte: antitérmico, analgésico e corticóides
57
Qual o agente causador da doença mão-pé-boca?
Coxsackie A16 (Enterovírus).
58
Qual o quadro clínico típico da doença mão-pé-boca?
Aftas dolorosas na boca → vesículas em mãos, pés e nádegas. Febre baixa e recusa alimentar são comuns.
59
Qual a via de transmissão da mão-pé-boca? e qual o tratamento?
Oral-fecal e por gotículas respiratórias. Suporte (hidratação, analgésicos). Autolimitada.
60
O que é a SIMP e com o que se relaciona?
Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica- Complicação inflamatória grave pós-COVID-19, com estado hiperinflamatório e disfunção multissistêmica.
61
Quais os sinais clínicos da SIMP?
Febre persistente, dor abdominal, exantema, conjuntivite, hipotensão, edema de extremidades. Pode evoluir com choque e disfunção miocárdica
62
Quais exames laboratoriais são alterados na SIMP?
Elevação de ferritina, PCR, IL-6, D-dímero, TGO/TGP, plaquetopenia, linfopenia.
63
Como é o tratamento da SIMP?
Imunoglobulina IV + corticoide (pulsoterapia se grave). Antibióticos até afastar sepse. Suporte intensivo em UTI.
64
Qual o critério clínico essencial para suspeitar de SIMP?
Febre ≥ 3 dias E pelo menos 2 dos seguintes: Exantema ou conjuntivite não purulenta ou sinais mucocutâneos (tipo Kawasaki) Hipotensão ou choque Disfunção miocárdica, pericardite, valvulite ou alterações de coronária Evidência de coagulopatia (TP, TTPa, D-dímero elevados) Sinais gastrointestinais (dor abdominal intensa, diarreia, vômitos)
65
Quais os principais diagnósticos diferenciais da SIMP?
Doença de Kawasaki atípica Sepse bacteriana grave Choque tóxico estafilocócico/estreptocócico Febres tropicais (dengue grave, leptospirose)
66
Existe prevenção para SIMP?
Vacinação contra COVID-19 reduz o risco de SIMP. Também evita formas graves da infecção inicial.
67
* Doença leve com linfonodomegalia suboccipital e retroauricular e exantema maculopapular róseo
RUBÉOLA
68
“Face esbofeteada” seguida de exantema rendilhado e uma fase de recidiva
ERITEMA INFECCIOSO
69
* Faringite + exantema maculopapular + sinal de filatov + língua em morango ou framboesa
ESCARLATINA
70
Febre alta que desaparece subitamente + exantema iniciado em tronco
Roséola (Exantema súbito)
71
Aftas na boca, lesões em mãos e pés
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
72
Febre alta, tosse, conjuntivite; manchas de köplik; exantema com início na linha de implantação dos cabelos
SARAMPO
73
Exantema polimorfo e pruriginoso
VARICELA
74
Exantema maculopapular urticariforme, associado a placas esbranquiçadas em orofaringe, adenomegalia cervical e esplenomegalia
MONONUCLEOSE