DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES Flashcards
(31 cards)
Qual o agente etiológico da malária?
Plasmodium vivax e falciparum (protozoário)
Qual a epidemiologia da malária?
Região norte, maranhão, mato grosso e litoral norte de SP.
Qual o quadro clínico da malária?
- Inicial -> febre, dor no corpo, cefaleia, fraqueza.
- Crise aguda -> calafrio, sudorese, febre alta com duração de 6-12 horas a cada 2-3 dias.
- Quadro mais grave -> prostração, alteração de NC, dispneia, convulsões, hipotensão, choque, edema pulmonar, hemorragias, icterícia, oligúria.
Cite os critérios de gravidade da malária:
- Clínicos -> dor abdominal intensa, icterícia, palidez, vômitos persistentes, dispneia, cianose, taquicardia, convulsões, etc.
- Laboratoriais -> anemia grave, hipoglicemia, acidose metabólica, insuficiência renal, hiperlactatemia e hiperparasitemia.
Qual a progressão do quadro de malária?
Fase inicial com sintomas inespecíficos -> ataque paroxístico (calafrios, tremor generalizado) por cerca de 1 hora -> fase febril (temperaturas elevadas e bem sintomático) -> remissão (queda da temperatura e melhora clínica).
Como fazer o diagnóstico de malária?
- Teste da gota espessa (identificação do parasita no sangue) -> padrão ouro.
- Esfregaço delgado (diferencia os tipos da malária).
- Teste rápido (detecta o antígeno).
Como guiar o tratamento para malária?
- Sem critérios de gravidade:
- P. falciparum -> artemeter/lumefantrina VO + primaquina VO.
- P. vivax -> cloroquina VO+ primaquina VO. - Com critérios de gravidade:
- Artesunato EV ou clindamicina EV.
Qual a particularidade do tratamento da malária em gestantes?
Contraindicado primaquina. Tratar vivax com cloroquina apenas e falciparum com quinino + clindamicina, se sem gravidade. Com gravidade mantém-se o mesmo tratamento.
Como verificar a cura da malária?
LVC (lâmina de verificação de cura) -> realizar periodicamente para acompanhar evolução.
Qual o agente etiológico da dengue?
Flavivirus
Qual a epidemiologia da dengue?
Região de Campinas
Qual o quadro clínico da dengue? (10)
- Febre alta por 2-7 dias.
- Náuseas.
- Vômitos.
- Exantema maculopapular em face, tronco e membros com ou sem prurido.
- Mialgia.
- Artralgia.
- Cefaleia.
- Dor retro-ocular.
- Petéquias.
- Leucopenia.
Como conduzir a investigação do paciente com suspeita de dengue? (3)
- Classificar a doença.
- Procurar por sinais de alarme -> estado geral, perfusão, pulso, temperatura, hidratação, dor abdominal intensa, queda abrupta da temperatura, hepatomegalia dolorosa, aumento do HT, queda de plaquetas, hemorragias, queda do DU.
- Buscar sinais de choque ou sangramento -> pulso, PA, perfusão, TEC, FC, FR, DU.
OBS.: Comum ocorrer o estreitamento da PA, com diferença entre PAS e PAD < 20.
O que é a prova do laço? (6)
- Aferir PAM.
- Insuflar o manguito até a PAM e mantê-lo por 5 minutos.
- Desenhar um quadrado de 2,5x2,5 no antebraço.
- Contar surgimento de petéquias.
- Se mais de 20 petéquias em adultos ou 10 em crianças.
- Se positiva indica fragilidade capilar e maior risco da forma hemorrágica.
Como fazer o diagnóstico de dengue?
- NS1 -> primeiro a quinto dia de sintomas.
- ELISA ou TR -> a partir do sexto dia de sintomas.
Como classificar o paciente com dengue?
- Grupo A -> suspeita de dengue, paciente estável.
- Grupo B -> prova do laço positiva ou fatores de risco.
- Grupo C -> sinais de alarme.
- Grupo D -> sinais de choque.
Como definir a conduta de acordo com o grupo na dengue?
- Grupo A:
- Solicitar HMG para avaliar HT e plaquetas + testes diagnósticos.
- Hidratação oral.
- Sintomáticos.
- Orientações.
- Retorno no primeiro dia sem febre para reavaliação. - Grupo B:
- Solicitar HMG de urgência + testes diagnósticos.
- Hidratação EV (se hemoconcentração ou plaquetas < 100000) ou hidratação VO.
- Sintomáticos.
- Orientações. - Grupo C:
- Solicitar HMG + albumina + TGO + TGP + Rx de tórax + glicose + ureia + creat + Na + K + coagulograma + gasometria + USG de abdome e tórax se indicado.
- Hidratação EV.
- Reavaliação após com HT. - Grupo D:
- Solicitar HMG + albumina + TGO + TGP + Rx de tórax + glicose + ureia + creat + Na + K + coagulograma + gasometria + USG de abdome e tórax se indicado.
- Hidratação EV agressiva.
- Oferta de O2.
- Reavaliação após com HT.
- Se não houver melhora infundir cristaloide sintético ou albumina.
Quais os critérios para alta do paciente do grupo D?
- Estabilização hemodinâmica durante 48 horas;
- Ausência de febre por 48 horas;
- Melhora visível do quadro clínico;
- Hematócrito normal e estável por 24 horas;
- Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm³.
Qual o agente etiológico da febre maculosa?
Rickettsia rickettsii
Qual a epidemiologia da febre maculosa?
Região de Campinas.
Qual o quadro clínico do paciente com febre maculosa?
Início -> febre alta, cefaleia, mialgia intensa, mal-estar generaliza, náuseas e vômitos.
Específicos -> exantema máculo-papular com evolução centrípeta com predomínio em MMII.
Qual a evolução do exantema da febre maculosa?
Exantema máculo-papular -> petéquias -> lesões hemorrágicas.
Cite os sinais clínicos de gravidade da febre maculosa.
- Edema de MMII.
- Hepatoesplenomegalia.
- Oligúria.
- IRA.
- Edema pulmonar.
- Meningite.
- Coma.
- HDA/HDB.
- Sangramento pulmonar, muco-cutâneo.
Como fazer o diagnóstico da febre maculosa?
- Sorologia por RIFI -> padrão ouro (necessita duas amostras com 2 a 3 semanas de intervalo entre elas).
- Busca do agente -> imuno-histoquimica do tecido ou isolamento no tecido ou no vetor.