MICOSES Flashcards
(22 cards)
Qual o agente etiológico da paracoccidioidomicose?
Paracoccidioides brasilensis
Quais os fatores de risco para paracoccidioidomicose?
Profissões relaxionadas ao manejo de solo, tabagismo, etilismo.
Quais os caminhos da clínica para a paracoccidioidomicose em termos de resposta imunológica?
Determinado pela resposta imunológica predominante:
- TH1 -> infecção contida, pode permanecer latente e reativar no futuro.
- TH2 -> sintomatologia presente, quadro mais grave.
Quais as formas da paracoccidioidomicose e seus quadros clínicos respectivos? (3)
- Forma latente -> assintomático.
- Forma aguda -> adenomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia, manifestaçõs digestivas, lesões cutâneas ou de mucosas, envolvimento osteoarticular, comprometimento pulmonar, febre, perda de peso, anorexia e emagrecimento.
OBS.: Pode haver envolvimento adrenal com hiperpigmentação cutânea, anorexia e hipotensão - Forma crônica -> febre, emagrecimento, acometimento cutâneo-mucoso, rouquidão, tosse seca, odinofagia, acometimento pulmonar.
Quais padrões clássicos podem ser identificados na oroscopia e na radiografia de tórax da paracoccidioidomicose? (2)
- Lesão mucosa amoriforme -> bolinhas vermelhas na mucosa oral.
- Radiografia com padrão em asa de borboleta -> infiltrado simétrico peri-hilar, predominando em terços médios.
Quando suspeitar de paracoccidioidomicose?
Quadro arrastado de ao menos 4 semanas com TB e doenças semelhantes descartadas.
Quais os principais sintomas para se pensar em paracoccidioidomicose?
- Tosse com ou sem expectoração e dispneia;
- Sialorréia, odinofagia, rouquidão;
- Lesão ulcerada na mucosa nasal ou oral;
- Lesões cutâneas, como úlceras, vegetações, nódulos, placas etc;
- Adenomegalia cervical ou generalizada, com ou sem supuração e fistulização;
- Criança ou adulto jovem com hepatoesplenomegalia e/ou tumoração abdominal.
Como classificar a paracoccidioidomicose? (3)
- Residual -> manifestações sequelares.
- Leve -> perda ponderal abaixo de 5% e envolvimento de um único órgão.
- Grave -> perda ponderal maior de 10%, comprometimento pulmonar grave, acometimento de outro órgãos, presença de linfonodomegalia de múltiplas cadeias, anticorpos elevados.
Como fazer o diagnóstico de paracoccidioidomicose?
- Visualização direta em amostra de escarro, aspirado de linfonodo, biópsia, etc -> padrão ouro.
- Sorologia para acompanhamento de titulação.
Como é feito o tratamento da paracoccidioidomicose? (3)
- Quadro leve -> itraconazol VO por 6-9 meses.
- Quadro moderado -> itraconazol VO por 12 a 18 meses.
- Quadro grave -> anfotericina B EV até melhora e depois itraconazol VO por 12 a 24 meses.
Como é feito o acompanhamento do paciente com paracoccidioidomicose? (2)
- Primeiro ano -> avaliar melhora clínica e monitorização laboratorial geral + anticorpos a cada 6 meses + radiografia.
- Segundo ano -> consulta semestral para avaliar laboratorial geral + radiografia + anticorpos.
Quais os critérios de cura para paracoccidioidomicose?
- Clínicos -> cicatrização da lesão, involução de linfadenopatias e recuperação/estabilização do quadro pulmonar.
- Micológicos -> negativação do exame de identificação.
- Radiológico -> opacidades e lesões cavitárias adquirem padrão linear indicando fibrose.
- Imunológico -> negativação dos títulos de anticorpos ou estabilização em valores baixos (1:2).
Qual o agente etiológico da histoplasmose?
Histoplasma capsulatum
Qual a epidemiologia da histoplasmose?
Destaque para o RJ, presente em cavernas, edifícios abandonados, porões, forros, ou locais com aves.
Quais as principais formas de histoplasmose e seu quadro clínico? (3)
- Pulmonar aguda -> quadro gripal com palidez cutânea, aumento de gânglios linfáticos e hepatoesplenomegalia, tende a regressão espontânea.
- Pulmonar crônica -> febre baixa, adinamia, perda ponderal, tosse mucopurulenta, dor torácica e dispneia de esforço.
- Disseminada -> prevalente no HIV+; cursa com febre arrastada, tosse, dispneia, hepatoesplenomegalia, anemia, trombocitopenia e leucopenia.
Quais os achados na radiografia da histoplasmose? (2)
- Pulmonar aguda -> Linfonodomegalia hilar bilateral com infiltrado reticulonodular bilateral difuso, cavidades e nódulos difusos ou isolados.
- Pulmonar crônica -> infiltrado progressivo em lobo superior, cavidades e sinais de fibrose, em TC, nódulos com calcificação central são característicos da forma nodular.
Como fazer o diagnóstico da histoplasmose?
Clínica + epidemiologia + laboratório/imagem.
- Testes -> cultura de sangue, escarro ou lavado (lento crescimento); detecção do antígeno histoplasmina (rápido, 24-48 horas após coleta); sorologias (demora 2-6 semanas para positivar).
Como fazer o tratamento da histoplasmose?
- Pulmonar aguda leve -> itraconazol, VO, por 6-12 semanas.
- Pulmonar aguda grave -> anfotericina B pro 1 a 2 semanas + manutenção ou não com itraconazol, VO, por 6-12 semanas.
- Pulmonar crônica -> itraconazol por 12 a 24 meses.
- Disseminada HIV- -> anfotericina B por 1 a 2 semanas + itraconazol, VO, por 12 meses.
- Disseminada HIV+ -> ataque com anfotericina B por 1 semana + anfotericina B 3x por semana até dose alvo + itraconazol, VO, por 3 dias + itraconazol, VO, por tempo indeterminado de manutenção.
Qual o agente etiológico da criptococose?
Cryptococcus neoformans
Qual o quadro clínico da criptococose?
Em geral -> Lesões pulmonares autolimitadas assintomáticas podendo evoluir com forma disseminada e meningoencefalite.
Se sintomático -> febre, tosse produtiva, dor torácica, perda de peso, cefaleia, neuropatia, alteração de NC, letargia, perda de memória, sinais de irritação meníngea e coma.
Como é feito o diagnóstico da criptococose?
Tinta da China ou prova do látex para criptococo.
Como é feito o tratamento da criptococose?
- Forma pulmonar -> fluconazol ou itraconazol por 6 a 12 meses.
- Forma disseminada -> anfotericina B + fluconazol por 14 dias.
OBS.: No paciente AIDS fazer manutenção com fluconazol até CD4 > 200 por mais de 6 meses.