INFECÇÕES DE PARTES MOLES Flashcards
(39 cards)
Qual o agente etiológico da erisipela?
Streptococcus pyogenes
Qual o grupo de risco para desenvolvimento da erisipela?
Diabéticos, obesos e portadores de IVP.
Qual o quadro clínico da erisipela?
Lesão eritematosa elevada de bordas delimitadas e aumento da temperatura local + alteração de cor e relevo da pele + sinais flogísticos clássicos (dor, calor, rubor, edema).
Qual o quadro clínico da erisipela de maior gravidade?
Erisipela bolhosa -> acúmulo de líquido linfático no subcutâneo levando ao surgimento de bolhas com difícil acesso pelo ATB.
Cite as principais complicações da erisipela
Celulite, necrose tecidual, fasceíte necrotizante e síndrome do choque tóxico estreptocócico.
Quais os sinais de alarme da erisipela?
Dor desproporcional ao exame físico, bolhas violáceas, hemorragia cutânea, perda de sensibilidade, progressão rápida e presença de gás no tecido.
Como de dá o tratamento da erisipela? (3)
- Quadro leve + comunitário + sem comorbidades = amoxicilina ou penicilina benzatina.
- Quadro leve + comunitário + com comorbidades = amoxicilina + clavulanato.
- Quadro grave = penicilina cristalina EV.
Obs.: considerar predinisona se necessário.
Qual o agente etiológico do impetigo?
Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.
Qual o grupo de risco para impetigo?
Crianças de todas as idades (destaque para 3 a 5 anos).
Quais os tipos e os respectivos agentes causadores de impetigo?
- Crostoso -> Streptococcus pyogenes.
- Bolhoso -> Staphylococcus aureus
Descreva o quadro clínico do impetigo crostoso.
- Lesão eritematosa maculopapular que evolui para vesícula e pústula crostosa melicérica em face, geralmente perioral ou em MMII em pele previamente traumatizada.
- É indolor, possivelmente pruriginosa e sem repercussões sistêmicas.
Descreva o quadro clínico do impetigo bolhoso.
- Lesão vesicular que se transforma em bolhas de parede fina, flácida, indolor e com conteúdo amarelo claro.
- Em geral sem repercussões sistêmicas.
Qual o tratamento do impetigo? (2)
- Tópico -> bacitracina.
- Sistêmico -> cefalexina ou azitromicina (se falha de tratamento tópico).
Descreva o quadro de síndrome da pele escaldada estafilocócica
Febre alta, prostração, eritema difuso e doloroso com descamação da pele aos pequenos toques (Sinal de Nikolsky).
Quais os principais agente etiológico da celulite?
- Staphylococcus aureus
- Streptococcus pyogenes.
Qual o quadro clínico da celulite?
- Lesão eritematosa de bordas mal delimitadas com aumento da temperatura local.
Qual o tratamento da celulite?
- Comunidade -> oxacilina.
- Hospitalar -> piperacilina-tazobactam + vancomicina.
- Se mordedura animal ou humana -> amoxicilina + clavulanato.
Como conduzir as profilaxias pós mordedura animal?
- Raiva -> observar animal por 10 dias se possível, se morte, seguir com imunoglobulina. Se impossível observar seguir com profilaxia.
- Tétano -> profilaxia com vacina (não fazer se: paciente vacinado há 10 anos com ferida superficial ou há 5 com ferida profunda).
- Infecção -> somente se profundo com amoxicilina-clavulanato.
Qual a principal complicação da celulite?
Abcesso -> tratar com drenagem + ATB a depender do patógeno (em gerar considerar aureus).
Quais os agentes etiológicos da fasciite necrotizante?
Depende do tipo:
Tipo 1 -> flora mista.
Tipo 2 -> Streptococcus pyogenes.
Como o quadro clínico da fasciite necrotizante tipo 1 e 2 se diferenciam?
Tipo 1 -> Progressão rápida, com eritema, áreas necróticas, anestesia e dor. Cursa ainda com bolhas de gás nos tecidos infiltrados, exsudato de odor fétido e é mais comum em pós cirúrgicos e paciente DM2 e com DVP.
Tipo 2 -> Progressão rápida, com eritema, áreas necróticas, anestesia e dor. Não forma bolhas gasosas mas sim violáceas e o exsudato é escasso, seroso e inodoro, sem crepitações. Em geral ocorre após traumas penetrantes.
Cite uma complicação da fasciite necrotizante tipo 2
Síndrome do choque tóxico estreptocócico (50% dos casos).
Como suspeitar da fasciite necrotizante?
Dor desproporcional ao exame físico e de rápida progressão.
Descreva a síndrome de Fournier
Fasciite necrotizante perineal masculina comum em diabéticos e etilistas crônicos.