Hemato: hemostasia Flashcards

1
Q

ANTICOAGULAÇÃO - VARFARINA

Manejo da intoxicação por cumarínicos

A
  1. RNI > 4,5 OU sangramento leve: suspensão + vitamina K oral
  2. Sangramento grave: suspensão + vitamina K EV +/- complexo protrombínico/PFC
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2
Q

ANTICOAGULAÇÃO - GESTAÇÃO

Como realizar anticoagulação na gestação (3)

A
  1. Heparina no 1º trimestre (varfarina é teratogênica no primeiro trimestre!)
  2. 12/14-36 semanas: varfarina
  3. 36+ semanas: heparina, para melhor controle hemostático durante o parto
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3
Q

ANTICOAGULAÇÃO

Dose profilática e terapêutica para HNF e enoxaparina e formas de monitoramento

A

HNF:
- Profilática: 5.000 UI SC 8/8h ou 12/12h
- Terapêutica: infusão contínua (BIC)
- Monitoramento: TTPa a cada 6h

Enoxaparina:
- Profilática: 40 mg SC 1x/d
- Terapêutica: 1 mg/kg SC de 12/12h
- Monitoramento: atividade anti-Xa

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4
Q

ANTICOAGULAÇÃO

Quando suspeitar de deficiência de vitamina K? (3)

A
  1. Sangramento (sobretudo de hemostasia secundária)
  2. Alargamento de TP/RNI e, em casos mais graves, TTPa
  3. Fator de risco para deficiência de vitamina K:
    - Insuficiência hepática
    - Colangite
    - Pancreatite
    - Fibrose cística
    - Doença celíaca e DII
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5
Q

ANTICOAGULAÇÃO - VARFARINA

Dose inicial, manejo do RNI durante internação e manejo da dose ambulatorialmente (4)

A
  1. 5 mg/d nos 2 primeiros dias
  2. Dosagem do RNI diário a partir do terceiro dia
  3. Ajuste da dose com base no RNI e alta após 2 medidas consecutivas no alvo
  4. Ambulatorialmente: dosagem de RNI 1x/sem - 1x/mês com ajuste da dose semanal com base no RNI
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6
Q

SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDEO

SAAF: etiologias (2), diagnóstico clínico-laboratorial (2/3), investigação adicional e tratamento (2)

A

Etiologias:
- Primária
- Secundária: LES

Diagnóstico clínico-laboratorial:
- Clínico: tromboses arterias ou venosas OU desfechos gestacionais negativos (3 abortos < 10 sem OU 1 aborto > 10 sem OU 1 parto prematuro por pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária)
- Laboratorial: anticardiolipidina E/OU anticoagulante lúpico E/OU antibeta2-glicoproteína
~~ Testados duas vezes com 12 semanas de diferença

Investigação adicional:
- Investigação de LES, sobretudo em pacientes com outras características

Tratamento:
- Profilaxia secundária de tromboembolismo venoso: DOACs ou varfarina (obrigatório ser varfarina se triplo positivo)
- Profilaxia secundária de tromboembolismo arterial: varfarina +/- AAS (se alto RCV)

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7
Q

INTOXICAÇÃO

Anticoagulantes e antídotos (3)

A
  1. HPNF - protamina
  2. Varfarina - vitamina K
  3. Rivaroxabana - andexanet
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8
Q

HEMOSTASIA

Fisiologia da hemostasia primária, secundária e terciária e reguladores do processo

A

Primária:
- Adesão plaquetária ao endotélio (fator de von Willebrand)
- Ativação plaquetária (P2Y12 e tromboxano A2)
- Agregação plaquetária (fibrinogênio) —> plug plaquetário

Secundária:
- Ativação das vias extrínseca e intrínseca da cascata de coagulação, formando a fibrina, que estabiliza o plug plaquetário

Terciária:
- Ativação da plasmina, que degrada a fibrina e dissolve o trombo, evitando a oclusão vascular
- Regulação negativa das proteínas C e S e da antitrombina sobre as vias de coagulação, evitando seu ativação excessiva (anticoagulantes naturais)

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9
Q

PLAQUETOPENIA

Manejo da plaquetopenia e causas

A

Descartar pseudoplaquetopenia:
- Colher hemograma no citrato, em vez do EDTA
- Esfregaço de sangue periférico (plaquetas agrupadas são contadas pela máquina como uma só)

Descartar emergências hematológicas de plaquetopenia (precisa do esfregaço!):
- Microangiopatias trombóticas (provas de hemólise, esquizócitos) –> se suspeita, fazer escore PLASMIC para avaliar risco de PTT e necessidade de plasmaférese precoce
- Leucemias agudas (blastos em sangue periférico)

Causas de plaquetopenia isolada:
- Hiperesplenismo (hipertensão portal)
- PTI
- Medicamentos (heparina, vancomicina, tazocin, sulfa, carbamazepina)
- Infecções virais (HIV, hepatites B e C, CMV, EBV, H pylori)
- Autoimunidade (LES e SAAF) e imunodeficiências
- LLC e linfoma

[2 Ls e 2 Hs - LES (autoimunidades) / LLC // Heparina (medicamentos) / HIV, HCV (vírus)]

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10
Q

PTI

Etiologia e fisiopatologia, clínica e diagnóstico

A

Etiologia e fisiopatologia:
- Produção de autoanticorpos contra plaquetas, que são opsonizadas e destruídas pelo sistema reticuloendotelial

Clínica:
- Plaquetopenia e mais nada
- Em crianças, costuma ser desencadeado por vacinação ou IVAS e ser autolimitada
- Em adultos, costuma não ter desencadeantes e ser crônica

Diagnóstico:
- Diagnóstico de exclusão: plaquetopenia e mais nada + descartadas outras causas de plaquetopenia (medicamentos, infecções virais, autoimunidade, imunodeficiência, LLC)

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11
Q

PTI

Tratamento e consideração sobre transfusão de plaquetas

A

Tratamento:
- Sem sangramento e PLQT > 20-30.000: expectante
- Sangramento OU PLQT < 20-30.000: prednisona
~ prednisona 1 mg/kg/d por 10-14 –> depois desmama em 4-6 sem
- Refratário à prednisona: rituximabe +/- esplenectomia
~ rituximabe (anti-CD20 do linfócito B) - investigar hepatite B, C e tuberculose (latente ou ativa) antes de iniciar a infusão

  • Sangramento grave (quadro agudo): dexametasona + imunoglobulina EV
    ~ dexametasona 40 mg/d por 4 dias
    ~ IGIV dose única

Transfusão de plaquetas:
- Deve ser evitada (pois as plaquetas transfundidas serão destruídas), sendo reservada a casos graves

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12
Q

HIT

Fisiopatologia, clínica e tratamento da HIT (trombocitopenia induzida por heparina)

A

Fisiopatologia:
- Formação de anticorpos contra o complexo heparina-plaqueta, causando destruição plaquetária e ativação da coagulação

Clínica:
- Início até 14 dias após o uso
- Plaquetopenia (nadir 60k)
- TEV (TVP, TEP)

Tratamento:
- Substituir heparina por fondaparinux ou DOACs
- NUNCA mais usar HNF ou HBPM

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13
Q

DVW

Etiologia e fisiopatologia e clínica da doença de von Willebrand

A

Etiologia e fisiopatologia:
- Deficiência do FvW, prejudicando a adesão plaquetária. Pode ser quantitativa (tipo 1 e 3) ou qualitativa (tipo 2).
- Na tipo 3, há deficiência quase total do FvW, causando também deficiência do fator VIII (a outra função do FvW, além da adesão plaquetária, é proteger o fator VIII)

Clínica:
- Sangramento da hemostasia primária: gengivorragia, epistaxe, petéquias
- Na tipo 3: como há deficiência do fator VIII, pode haver sangramento da hemostasia secundária (hemartrose, sangramento muscular, equimose/hematomas extensos)

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14
Q

DVW

Diagnóstico, tratamento e causas secundárias da doença de von Willebrand

A

Diagnóstico:
- Suspeitar quando há clínica de coagulopatia, mas com PLQT, RNI e TTPa normais (exceto na tipo 3, em que há alargamento do TTPa pela deficiência do fator VIII)
- Avaliação quantitativa (dosagem) e qualitativa (atividade) do FvW

Tratamento:
- Desmopressina intranasal
- Reposição do FvW

Causas secundárias:
- Mielofibrose, síndromes mieloproliferativas e linfoproliferativas, neoplasias hematológicas
- Autoimunidade
- Síndrome de Raid (cisalhamento do FvW por estenose aórtica grave)

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15
Q

HEMOSTASIA SECUNDÁRIA

Causas de apenas RNI alargado e teste complementar para diferenciar as causas

A

Apenas RNI:
- Deficiência congênita de fator VII
- Deficiência de vit K (colestase, disabsorção)
- Uso de varfarina
- Cirrose inicial

Teste complementar:
- Reposição empírica de vitamina K
~ Se corrigir: deficiência de vitamina K
~ Se não corrigir: cirrose inicial, uso de varfarina ou deficiência congênita do fator VII

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16
Q

HEMOSTASIA SECUNDÁRIA

Causas de apenas TTPa alargado e teste complementar para diferenciar as causas

A

Apenas TTPa:
- Deficiência congênita de fator VIII, IX ou XI (hemofilias)
- Inibidor de um dos fatores acima / “hemofilia adquirida” (idiopático, neoplasias, autoimunidade ou puerpério)
- Anticorpo anticoagulante lúpico
- Uso de heparina
- Doença de vW tipo 3

Teste complementar:
- Teste da mistura: mistura o sangue do paciente com um sangue sem coagulopatia
~ Se corrigir: deficiência congênita OU DvW tipo 3
~ Se não corrigir: inibidor dos fatores OU anticoagulante lúpico
~ Teste da mistura negativo (não corrige): adicionar fosfolipídeo para diferenciar entre inibidor ou anticoagulante lúpico

17
Q

ANTICOAGULANTES

Mecanismo de ação das heparinas, da varfarina e dos anticoagulantes orais diretos (DOACs)

A

HNF:
- Estimula a ação da antitrombina
- Antídoto: protamina

HBPM:
- Estimula a ação da antitrombina + inibe diretamente o fator Xa
- Antídoto: protamina (menos efetivo do que pra HNF)

Varfarina:
- Inibe os fatores dependentes de vit K (2, 7, 9 e 10)
- Antídoto: vitamina K

DOACs (rivaroxabana, apixabana, dabigatrana):
- Inibe diretamente o fator Xa, exceto a dabigatrana = inibe diretamente a trombina
- Antídoto: andexanet (exceto dabigatrana)

18
Q

HEMOSTASIA SECUNDÁRIA

Causas de RNI e TTPa alargados

A

Ambos RNI e TTPa:
- Deficiência congênita de fator V, X ou fibrinogênio
- Intoxicação por varfarina ou heparina (dose supraterapêutica)
- Uso de DOACs
- Cirrose avançada
- CIVD

19
Q

HEMOFILIAS

Etiologia e fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento

A

Etiologia e fisiopatologia:
- Mutação ligada ao X que causa deficiência dos fatores VIII (hemofilia A), IX (hemofilia B) ou XI (hemofilia C)

Clínica:
- Sangramento de hemostasia secundária
- Artropatia hemofílica (secundária às hemartroses de repetição)

Diagnóstico:
- Apenas TTPa alargado
- Dosagem dos fatores reduzidas

Tratamento:
- Reposição dos fatores de coagulação

20
Q

NORMAIS

Causas de coagulopatias com exames iniciais normais (plaquetas, RNI, TTPa)

A
  • Doença de von Willebrand
  • Disfunção plaquetária por uremia
  • Deficiência do fator XIII
  • Fragilidade vascular
21
Q

TEV

Como decidir o tempo de anticoagulação

A
  • Para todos: mínimo de 3-6 meses

A anticoagulação estendida depende do risco de recorrência:

Baixo risco:
- TEV provocado por fator de risco maior = cirurgia > 30 min, internação >= 3 dias, cesárea, gestação e puerpério e estrógeno
—> anticoagula por apenas 3-6 meses

Alto risco:
- TEV não provocado
- Associado a neoplasia
—> anticoagula indefinidamente

Risco intermediário:
- TEV provocada por fator de risco menor —> tende a anticoagular indefinidamente
- 2+ TEV provocadas por fator de risco maior —> tende a anticoagular por apenas 3-6 meses
- TEV associada a fator de risco persistente (doença autoimune, DII, síndrome nefrótica, uso de estrógeno, obesidade) —> tende a anticoagular indefinidamente na vigência do fator

22
Q

TEV

Quando e como investigar trombofilias e neoplasia

A

Trombofilias:
- TEV não provocado ou provocada por fator de risco leve
- Antecedente familiar de primeiro grau com TEV < 45 anos -> investiga apenas em paciente > 50 anos
- Quadros recorrentes
- Investigar deficiência de antitrombina, proteínas C e S, mutação do fator V de Leiden, mutação da protrombina e SAAF

Neoplasias:
- Investigar sempre
- Apenas anamnese + exame físico + atualização do rastreio

23
Q

CIVD

Causas, fisiopatologia e quadro clínico-laboratorial

A

Causas:
- Sepse
- Trauma
- Neoplasia

Fisiopatologia:
- Ativação excessiva da cascata de coagulação, formando trombos intravasculares, que causam destruição das hemácias na microcirculação (microangiopatia trombótica) e consumo de plaquetas e fatores de coagulação, gerando também hemorragia

Quadro clínico:
- Tromboembolismo e hemorragia
- Anemia hemolítica microangiopática (provas de hemólise e esquizócitos)
- Plaquetopenia
- Alargamento de TP e TTPa
- Redução de fibrinogênio (consumo) e aumento de D-dímero (degradação da fibrina formada em excesso)

24
Q

CIVD

Causas, fisiopatologia e quadro clínico-laboratorial

A

Causas:
- Sepse
- Trauma
- Neoplasia

Fisiopatologia:
- Ativação excessiva da cascata de coagulação, formando trombos intravasculares, que causam destruição das hemácias na microcirculação (microangiopatia trombótica) e consumo de plaquetas e fatores de coagulação, gerando também hemorragia

Quadro clínico:
- Tromboembolismo e hemorragia
- Anemia hemolítica microangiopática (provas de hemólise e esquizócitos)
- Plaquetopenia
- Alargamento de TP e TTPa
- Redução de fibrinogênio (consumo) e aumento de D-dímero (degradação da fibrina formada em excesso)