Cario: cardiomiopatias Flashcards

(43 cards)

1
Q

Cardiomiopatias

Quais são os 3 tipos de cardiomiopatias?

A

Dilatada
Hipertrófica
Restritiva

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Q

Cardiomiopatias

Causas cardiomiopatia dilatada (9)

A

Causa principal: idiopática (50%)
DILATADA
* Drogas: álcool, cocaína, antineoplásicos (antraciclinas e transtuzumabe)
* Infecções: viral, por HIV e Chagas
* Lupus e outras autoimunes
* Adrenalina (descarga de catecolaminas – Takotsudo)
* Tireoidopatias: tanto hipo, quanto hipertireoidismo
* Arritmias: fibrilação atrial (taquicardiomiopatia)
* Desnutrição grave
* A tão sonhada gravidez (periparto)

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3
Q

Cardiomiopatias

Apresentação da cardiomiopatia dilatada

A

Dilatação das cavidades com disfunção sistólica

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4
Q

Cardiomiopatias

Tratamento inicial CMD

A

Tratamento inicial com IECA/BRA, Beta-bloqueador (carvedilol, metoprolol e bisoprolol) e espironolactona

Perda de função sistólica = parece ICFER

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5
Q

Cardiomiopatias

Quadro clínico cardíaco na doença de Chagas

A

Acometimento biventricular (mais do VD no começo = congestão sistêmica e pulmão limpo)
Tromboembólico por aneurisma nos ventrículos

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6
Q

Cardiomiopatias

Alterações ECG na doença de Chagas (2)

A

Bloqueio de ramo direito (BRD)
* padrão orelha de coelho em V1 – seta vermelha

Bloqueio divisional antero-superior esquerdo (BDASE)
* ondas negativas em D II, D III e aVF – setas verdes

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7
Q

Cardiomiopatias

Alteração ECO na doença de Chagas

A

Aneurisma em dedo de luva no ápice do VE

Pode formar trombos

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8
Q

Cardiomiopatias

Quando pensar em Takotsuco (4)

A

Síndrome coronariana aguda
Desencadeada por estresse físico ou emocional (briga no relacionamento, no trabalho)
Mulheres pós menopausa
Cateterismo sem obstrução ou < 50%

Por questões de prevalência, até que se prove o contrário, síndrome coronariana aguda é IAM!
Takotsubo apenas quando cateterismo é inocente

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9
Q

Cardiomiopatias

Aspecto do coração no exame de imagem no Takotsubo (2)

A

Balonamento apical (acinesia do ápice ventricular)
Hipercontratibilidade dos seguimentos basais do ventrículo (dilatação difusa e contração basal)

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10
Q

Cardiomiopatias

ECG no Takotsubo (2)

A

Elevação de ST
Inversão de ondas T

Similar ao IAM

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11
Q

Cardiomiopatias

Quando pensar em miocardite aguda (3)

A

Crianças/adolescentes/adultos jovens
Quadro de IC aguda
Sintomas gripais

Exceção: quadro tiver também poliartralgia: pensar em febre reumática

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12
Q

Cardiomiopatias

V ou F: sorologias virais são úteis na miocardite aguda

A

Falso: acurácia muito baixa (< 4%)

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13
Q

Cardiomiopatias

Principal causa de miocardite aguda

A

Infecção viral

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14
Q

Cardiomiopatias

Quando pensar em cardiomiopatia periparto (4)

A

Quadro de IC (dispneia, intolerância ao esforço, edema de MMII)
Dilatação ventricular
Disfunção sistólica, do último mês da gestação até 5 meses após o parto
Mulheres sem cardiomiopatias prévias

Mais comum: primeiro mês pós parto

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15
Q

Cardiomiopatias

Fatores de risco para cardiomiopatia periparto (5)

A

GANHE:
* Gemelares
* Age > 30 anos
* Negra
* HAS
* Eclâmpsia (e Pré-Eclâmpsia)

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16
Q

Cardiomiopatias

Possível causa da cardiomiopatia periparto

A

Produção excessiva de prolactina

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17
Q

Cardiomiopatias

Tratamento cardiomiopatia periparto

A

Bromocriptina (inibe prolactina)
Tratar como se fosse ICFER:
* nitrato e hidralazina, metoprolol durante a gravidez
* adicionar IECA no pós-parto

Já que é causada possivelmente por metabólitos da prolactina

Não pode usar IECA/BRA na gestação.
Espironolactona e BRA não pode na amamentação.

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18
Q

Cardiomiopatias

V ou F: recomenda-se não engravidar novamente caso cardiomiopatia periparto

A

Verdadeiro, especialmente se FEVE bateu < 50%

Tende à reicidiva nas próximas gestações

19
Q

Cardiomiopatias

Característica cardiomiopatia restritiva

A

Função ventricular preservada, mas a diástole está prejudicada (músculo não relaxa)

20
Q

Cardiomiopatias

Tipos de amiloidose (2)

A

Transtirretina (ATTR)
Cadeiras leves (AL)

21
Q

Cardiomiopatias

Investigação amiloidose (2):

A

Biópsia glândulas salivares ou gordura abdominal

22
Q

Cardiomiopatias

Amiloidose: achado no ECO

A

Brilho aumentado na região septal (padrão infiltrativo)

Hipertrofia

23
Q

Cardiomiopatias

Amiloidose: exame padrão ouro

A

Cintilografia

24
Q

Cardiomiopatias

Amiloidose: achado no ECG

A

QRS pequeno (perda de amplitude)

Hipertrofia extensa que não gera potencial elétrico

Doença infiltrava: menor condução = perda de amplitude
Comum bloqueio completo de ramo esquerdo

25
# Cardiomiopatias Amiloidose: padrão de Strain no ECO
Padrão cereja de bolo ## Footnote A redução do strain é mais pronunciada nos segmentos basais e médios do ventrículo esquerdo, enquanto o ápice ventricular (a "cereja") é preservado
26
# Cardiomiopatias Característica na cardiomiopatia hipertrófica
Hipertrofia do VE (difusa ou localizada) ## Footnote Geralmente parede septal assimétrica
27
# Cardiomiopatias Característica do sopro na cardiomiopatia hipertrófica
Sopro sistólico ejetivo, rude, meso-tele-sistólico, cresce e decresce (formato de diamante)
28
# Cardiomiopatias Manobras que aumentam o sopro na cardiomiopatia hipertrófica (3)
**Valsalva**, ortostatismo, nitrato | Manobras que **reduzem** o retorno venoso aumentam o sopro
29
# Cardiomiopatias Manobras que diminuem o sopro na cardiomiopatia hipertrófica (2)
Handgrip, cócoras | Manobras que **aumentam** o retorno venoso diminuem o sopro
30
# Cardiomiopatias Como diferenciar o sopro da cardiomiopatia hipertrófica e da estenose aórtica
Valsalva e ortostatismo aumentam o sopro na cardiomiopatia, mas diminuem na estenose aórtica
31
# Cardiomiopatias Qual cardiomiopatia possui pulso com dois picos sistólicos (Bisferiens)?
Cardiomiopatia hipertrófica ## Footnote Obstrução é no meio da sístole, portanto têm pulsos quando a sístole está melhor (começo e fim)
32
# Cardiomiopatias Cardiomiopatia hipertrófica: alterações no ECG (3)
Onda S profunda em V1 e onda R alta em V5 e V6. Infradesnivelamento do segmento ST em V4. V5 e V6. Alterações difusas da onda T: DI, DII, DIII, aVF, aVR, V4-V6
33
# Cardiomiopatias Cardiomiopatia hipertrófica: tratamento
Betabloqueadores, verapamil ## Footnote Já que o problema é muito músculo obstruindo a via de saída = tratamento é diminuir a contração do miocárdio
34
# Cardiomiopatias Quais medicamentos não usar na cardiomiopatia hipertrófica? (2)
Digitálico (aumenta a contração) Nitrato (diminui retorno venoso = coração murcho = obstrui mais)
35
# Cardiomiopatias Cardiomiopatia hipertrófica: conduta caso tratamento medicamentoso seja ineficaz (3):
Cardiomiectomia (de escolha) Ablação septal alcoólica Estimulação cardíaca artificial (marca-passo no VD)
36
# Cardiomiopatias Quadro clássico da cardiomiopatia hipertrófica
Jovem, síncope, precordialgia ao esforço, com sopro sistólico que aumenta com Valsalva
37
# Cardiomiopatias Fatores de risco para morte súbita em cardiomiopatia hipertrófica (5):
Septo >30mm HFam de morte súbita Episódio de síncope Taquicardia registrada em exame (Holter) RMC com fibrose > 15%
38
# Cardiomiopatias Característica cardiomiopatia arritmogênica do VD
Substituição fibrogordurosa no VD | Aneurismas e dilatação do ventrículo direito
39
# Cardiomiopatias Cardiomiopatia arritmogênica do VD: alterações no ECG (2)
Ondas T invertidas Onda Épsilon – entalhe terminal do complexo QRS (forma de W) ## Footnote Derivações que evidenciam a câmara direitas: V1, V2 e V3
40
# Cardiomiopatias V ou F: para cardiomiopatia dilatada, a ressonância magnética é superior ao ECO
Verdadeiro: no estudo inicial | Acompanhamento: ECO
41
# Cardiomiopatias Sintomas cardiomiopatia hipertrófica (4)
Dispneia Pré-síncope e síncope Angina Morte súbita ## Footnote Podem ser assintomáticos
42
# Cardiomiopatias Cardiomiopatia restritiva: tratamento
Cirúrgico
43
# Cardiomiopatias V ou F: betabloqueadores e bloqueadores de canais de cálcio são tolerados em cardiomiopatia restritiva
Falso | Induzem hipotensão e bradicardia