CIR 02 - Síndrome Disfágica e outras doenças do esôfago Flashcards

(45 cards)

1
Q

Clínica e causas de disfagia de transferência

A

Engasgo
- Doenças musculares (miastenia gravis, miopatias inflamatórias, distrofia musculares)
- Doenças neurológicas (AVE, esclerose múltipla, ELA, Parkinson, demências)

Também chamada de disfagia orofaríngea

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2
Q

Clínica e causas de disfagia de condução

A

Entalo
- Obstrução mecânica: divertículos (Zenker), anel de Schatzki, tumores, estenose péptica
- Distúrbio motor: acalasia, espasmo esofagiano difuso

Também chamada de disfagia esofagiana

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3
Q

Abordagem inicial na síndrome disfágica

A

Esofagografia baritada

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4
Q

Localização do divertículo de Zenker

A

Triângulo de Killian*

*Região da parede posterior da hipofaringe situada entre as fibras oblíquas do músculo tireofaríngeo e as fibras horizontais do cricofaríngeo

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5
Q

Tipo, mecanismo e fisiopatologia do divertículo de Zenker

A

Falso¹ / por pulsão² / hipertonia do EES

¹Formado apenas por mucosa e submucosa
²Surge devido ao aumento da pressão interna do órgão

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6
Q

Clínica do divertículo de Zenker

A
  • Disfagia, regurgitação, halitose, perda de peso
  • Massa palpável - alívio com compressão
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7
Q

Padrão-ouro para diagnóstico de divertículo de Zenker

A

Esofagografia baritada

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8
Q

Padrão encontrado na esofagografia baritada do divertículo de Zenker

A

Imagem em adição na hipofaringe

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9
Q

Tratamento do divertículo de Zenker

A

Cirurgia:
- < 2 cm: miotomia do EES
- > 2 cm: Miotomia + diverticulopexia (até 5 cm) ou diverticulectomia

ou

Miotomia + diverticulotomia por EDA

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10
Q

Causas do divertículo médio-esofágico

A
  • Linfonodos inflamatórios ou infecções fibrosantes no mediastino
  • Distúrbios motores (acalasia)
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11
Q

Tipo e mecanismo do divertículo médio-esofágico causado por linfonodo inflamatório

A

Verdadeiro / tração

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12
Q

Causa, mecanismo e tipo do divertículo epifrênico

A

Distúrbios motores / pulsão / falso

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13
Q

Clínica do anel de Schatzki

A

Disfagia intermitente - grandes pedaços de alimentos (síndrome do Steakhouse)

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14
Q

Diagnóstico do anel de Shatzki

A

Esofagografia baritada: estreitamento laminar no corpo do esôfago

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15
Q

Tratamento do anel de Schatzki

A

Dilatação endoscópica

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16
Q

Achados fisiopatológicos da acalasia

A
  • Hipertonia do EEI
  • Perda do relaxamento fisiológico do EEI
  • Peristalse anormal (aperistalse)
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17
Q

Clínica da acalasia

A

Disfagia progressiva, regurgitação de alimentos não digeridos, perda de peso, halitose, broncoaspirações

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18
Q

Exames solicitados na suspeita de acalasia

A
  • Esofagografia baritada: exame inicial nas síndromes disfágicas
  • EDA: afastar neoplasia
  • Esofagomanometria: padrão-ouro*

*O padrão-ouro é a esofagomanometria de alta resolução

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19
Q

Achados da esofagografia baritada na acalasia

A
  • Retenção de contraste
  • Alargamento do corpo do esôfago
  • Sinal do “bico de pássaro” (“chama de vela”)
20
Q

Achados da esofagomanometria na acalasia

A
  • Hipertonia do EEI
  • Perda do relaxamento fisiológico do EEI
  • Peristalse anormal (aperistalse)
21
Q

Classificação de Mascarenhas

A

Esofagografia na acalasia:
- I: até 4 cm
- II: 4-7 cm
- III: 7-10 cm
- IV: > 10 cm (dolicomegaesôfago - esôfago em sigmoide)

22
Q

Classificação de Chicago na acalasia

A

Todos os tipos: IRP ≥ 15 mmHg¹
Tipo I ou clássica: ausência de pressurização no esôfago e DCI² < 100 mmHg.s.cm
Tipo II: pressurização panesofágica em ≥ 20% das deglutições
Tipo III ou espástica: picos de contração e DCI > 450 mmHg.s.cm

¹Pressão de relaxamento (demonstra falha de relaxamento do EEI)
²Contração distal

23
Q

Principais formas de tratamento da acalasia

A
  • POEM (peroral endoscopic myotomy) - principalmente na espástica (tipo III)
  • Cardiomiotomia a Heller + fundoplicatura parcial
  • Dilatação pneumática
24
Q

Tratamento farmacológico da acalasia

A

Nitrato, bloqueadores dos canais de cálcio, Sildenafil / Toxina botulínica

Escolha nos paciente que não querem ou não toleram cirurgia

25
Indicação de esofagectomia na **acalasia**
Grau IV (dolicomegaesôfago) ou refratário
26
Clínica do **espasmo esofagiano difuso**
Disfagia e cólica esofágica (precordialgia)
27
Achado na esofagografia barita no **espasmo esofagiano difuso**
Esôfago em saca-rolhas
28
Achado na esofagomanometria no **espasmo esofagiano difuso**
Contrações simultâneas do corpo do esôfago
29
**Síndrome de Plummer-Vinson**
Presença de anel hipofaríngeo + disfagia + anemia ferropriva
30
Epidemiologia da **esofagite eosinofílica**
Homens 20-50 anos Associação com rinite / asma / dermatite atópica / alergia alimentar
31
Clínica da **esofagite eosinofílica**
Disfagia, impactação alimentar, dor torácica, pirose e regurgitação ácida
32
Diagnóstico da **esofagite eosinofílica**
- EDA + biópsias esofágicas: - **≥ 15 eosinófilos/campo** - Anéis circulares (traqueização) / sulcos lineares / estenoses
33
Tratamento da **esofagite eosinofílica**
- Dieta: retirar principais gatilhos imunológicos (leite / ovo / soja / trigo / nozes / frutos do mar) - Supressão ácida: IBP em dose plena - Corticoide tópico: spray inalatório (Fluticasona, Budesonida) - aplicar na boca e deglutir - Imunobiológico (Dupilumabe): refratários - Dilatação endoscópica: estenoses refratárias
34
Epidemiologia das **esofagites infecciosas**
Pacientes imunodeprimidos (AIDS / QT / transplantados)
35
Principais agentes etiológicos das **esofagites infecciosas**
*Candida albicans*, Herpes vírus e CMV
36
Características endoscópicas das **esofagites infecciosas**
Candida: placas brancacentas Herpes: ulcerações “em vulcão” CMV: ulcerações lineares e profundas
37
Características histopatológicas das **esofagites infecciosas**
Candida: hifas e leveduras Herpes: inclusão viral do tipo A de Cowdry CMV: inclusão viral em “olho de coruja”
38
Tratamento das **esofagites infecciosas**
Candida: Fluconazol VO 7-14d Herpes: Aciclovir VO 14-21d CMV: Ganciclovir IV 14-21d
39
Principais substâncias relacionadas à **esofagite cáustica** e mecanismo de lesão
Alcalina - soda cáustica - necrose liquefativa Ácida - ácido clorídrico - necrose coagulativa
40
Principais órgãos lesados ao ingerir substâncias alcalinas e ácidas
Alcalinas - esôfago Ácidas - estômago
41
Condutas iniciais na **esofagite cáustica**
- Avaliar lesão de vias aéreas (IOT se necessário) - Dieta zero - Hidratação IV / analgesia / IBP - Avaliar presença de perfuração: TC de tórax e abdome - Se perfuração: esofagectomia + ATB - Sem perfuração: EDA em até 24h
42
Medidas que não devem ser adotadas na **esofagite cáustica**
- Induzir vômito - Agentes neutralizantes (reação exotérmica) - Carvão ativado - Passagem de SNG às cegas
43
Clínica da **perfuração esofágica (síndrome de Boerhaave)**
Tríade de Mackler: vômitos + dor torácica + enfisema subcutâneo
44
Diagnóstico da **perfuração esofágica (síndrome de Boerhaave)**
Esofagografia contrastada (Gastrografin ou bário) ou TC com contraste oral
45
Tratamento da **perfuração esofágica (síndrome de Boerhaave)**
- Antibioticoterapia ampla (+/- antifúngico) - < 24h: rafia em 2 planos + retalho - > 24h: exclusão esofágica (esofagostomia + GTT) - Drenagem ampla: drenos de tórax +/- VATS ou toracotomia