GIN 01 - Síndromes de Transmissão Sexual Flashcards

(88 cards)

1
Q

Etapas principais para diagnóstico das vulvovaginites

A

Aspecto do corrimento + pH vaginal + teste das aminas + microscopia a fresco

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Q

pH e flora vaginal normais

A

4,0-4,5 (menacme) com predomínio de Lactobacillus

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3
Q

Em quais casos de vulvovaginite não é necessário tratar os parceiros?

A

Candidíase e vaginose bacteriana

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Q

Conceito:

Mucorreia

A

Conteúdo vaginal acima do normal - ausência de inflamação vaginal, muco claro e límpido

Diferente do corrimento

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Q

Principais agentes etiológicos das vulvovaginites

A

Gardnerella vaginalis, Candida albicans, Trichomonas vaginalis

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6
Q

Causa da vaginose bacteriana

A

Desequilíbrio da flora vaginal + crescimento polimicrobiano de bactérias anaeróbias (principal: Gardnerella vaginalis)

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7
Q

Característica do corrimendo da vaginose bacteriana

A

Corrimento branco-acinzentado com odor fétido que piora durante a menstruação e após coito

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8
Q

Diagnóstico de vaginose bacteriana

A

Critérios de Amsel (3 de 4):
- Corrimento branco-acinzentado
- pH vaginal > 4,5
- Teste das aminas (+)
- Clue cells

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9
Q

Padrão-ouro para diagnóstico de vaginose bacteriana

A

Critérios de Nugent (Gram) > 7

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10
Q

Primeira opção de tratamento da vaginose bacteriana

A
  • Metronidazol 250 mg, 2 cp VO, 12/12h, por 7d
    OU
  • Metronidazol gel vaginal 100 mg/g, um aplicador cheio, via vaginal, à noite ao deitar, por 5d
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11
Q

Segunda opção de tratamento da vaginose bacteriana

A

Clindamicina

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12
Q

Tratamento da vaginose bacteriana em gestantes (esquema)

A
  • Metronidazol 250 mg, 2 cp VO, 12/12h, por 7d
    OU
  • Metronidazol gel vaginal 100 mg/g, um aplicador cheio, via vaginal, à noite ao deitar, por 5d
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13
Q

Clínica da candidíase vulvovaginal

A

Corrimento esbranquiçado, grumoso + prurido/ardência + dispareunia superficial

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14
Q

Diagnóstico da candidíase vulvovaginal

A
  • Corrimento esbranquiçado
  • Prurido/ardência
  • pH vaginal < 4,5
  • Teste das aminas (-)
  • Hifas e pseudo-hifas
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15
Q

Primeira opção de tratamento da candidíase vulvovaginal

A
  • Miconazol creme 2%, um aplicador via vaginal à noite ao deitar, por 7 dias
    OU
  • Nistatina 100.000 UI, um aplicador via vaginal à noite ao deitar, por 14 dias

Pode ser feito em gestantes e lactantes

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16
Q

Segunda opção de tratamento da candidíase vulvovaginal

A

Fluconazol 150 mg, 1 cp VO, dose única

Contraindicado em gestantes e lactantes

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17
Q

Candidíase vulvovaginal recorrente definição e tratamento

A

≥ 4 episódios/ano
Fluconazol 150 mg VO D1, D4 e D7 + 1 cp semanal por 6 meses

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18
Q

Diagnóstico da tricomoníase

A
  • Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso
  • pH > 5,0
  • Teste das aminas (+/-)
  • Colo em framboesa (colpite)
  • Protozoário flagelado à microscopia
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19
Q

Teste de Schiller na tricomoníase

A

Colo em “pele de onça”

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20
Q

Primeira opção de tratamento da tricomoníase

A
  • Metronidazol 400 mg, 5 cp VO, dose única
    OU
  • Metronidazol 250 mg, 2 cp VO, 12/12h, por 7d

Pode ser feito em gestantes e lactantes

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21
Q

Tratamento das parcerias sexuais em caso de tricomoníase

A

Metronidazol 400 mg, 5 cp VO, dose única

Esquema em dose única é preferencial para aumentar adesão

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22
Q

Diagnóstico da vaginose citolítica

A
  • Leucorreia + prurido vulvar
  • pH vaginal < 4,5
  • Sem patógenos à microscopia
  • Aumento de lactobacilos e citólise

Faz diagnóstico diferencial com candidíase vulvovaginal

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23
Q

Tratamento da vaginose citolítica

A

Alcalinização com duchas vaginais com bicarbonato de sódio

30 a 60g diluído em 1L de água morna

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24
Q

Diagnóstico da vaginite atrófica

A
  • Corrimento amarelado + prurido vulvar
  • pH vaginal > 5,0
  • Sem patógenos à microscopia
  • Aumento de PMN e de células basais e parabasais
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25
Tratamento da **vaginite atrófica**
Estrogenioterapia tópica
26
Diagnóstico da **vaginite descamativa**
- Conteúdo **purulento** - pH alcalino - Predomínio de células profundas, basais e parabasais - ↑ PMN - Flora vaginal tipo 3 → cocos Gram+
27
Tratamento da **vaginite descamativa**
Clindamicina creme 2%
28
Agentes etiológicos da **cervicite** e **uretrite**
*Neisseria gonorrhoeae* e *Chlamydia trachomatis*
29
Clínica da **cervicite**
- Corrimento cervical (endocervicite) mucopurulento - Colo hiperemiado, friável - Sinusiorragia, dispareunia
30
Clínica da **uretrite**
- Secreção uretral mucopurulenta - Dor, eritrema, prurido uretral - Disúria, estrangúria
31
Diagnóstico da **cervicite e uretrite**
Clínico na maioria das vezes Laboratório: - Biologia molecular (NAAT) - clamídia - Biologia molecular (NAAT) ou cultura (Thayer-Martin) - gonococo Gram disponível (principalmente em caso de uretrite) - diplococo Gram-negativo intracelular: - Positivo: tratar gonococo + clamídia - Negativo: tratar clamídia
32
Tratamento da **cervicite e uretrite - infecção gonocócica não complicada** (PCDT IST - MS)
**Ceftriaxona** 500 mg IM, dose única **+** **Azitromicina** 500 mg, 2cp VO, dose única
33
Tratamento da **cervicite e uretrite - infecção por clamídia** (PCDT IST - MS)
**Azitromicina** 500 mg, 2cp VO, dose única **OU Doxiciclina** (exceto em gestantes) 100 mg, 1cp VO, 12/12h, por 7 dias
34
Tratamento da parceria sexual em caso de **cervicite e/ou uretrite**
**Ceftriaxona** 500 mg IM, dose única **+** **Azitromicina** 500 mg, 2cp VO, dose única
35
Complicação da **cervicite**
Doença inflamatória pélvica (DIP)
36
Agentes etiológicos primários da **DIP**
*Neisseria gonorrhoeae* e *Chlamydia trachomatis* são patógenos primários, pois a infecção é polimicrobiana
37
Fatores de risco para **DIP**
IST prévia, coitarca precoce, tampão e ducha vaginal, múltiplas parcerias
38
Clínica da **DIP**
- Dor hipogástrica, dor anexial e dor à mobilização do colo - Febre - Secreção endocervical - Colo friável, sinusiorragia
39
Diagnóstico de **DIP**
3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério elaborado - **Critérios maiores** ou mínimos: - Dor hipogástrica, dor anexial e dor à mobilização do colo - **Critérios menores** ou adicionais: - Febre, leucocitose, VHS/PCR ↑, cervicite, comprovação de gonococo, clamídia ou micoplasma - **Critérios elaborados** ou definitivos: - Endometrite (histopatológico), abscesso tubo-ovariano (ATO) ou abscesso no fundo de saco de Douglas (USGTV/RM) ou DIP na laparoscopia
40
Indicação de tratamento ambulatorial na **DIP**
Monif 1: endometrite e/ou salpingite sem peritonite (DIP não complicada)
41
Esquema do tratamento ambulatorial na **DIP**
**Ceftriaxona** 500 mg IM dose única + **Doxiciclina** 100 mg VO 12/12h 14d + **Metronidazol** 400-500 mg VO 12/12h 14d
42
Indicação de tratamento hospitalar na **DIP**
- Monif 2 (peritonite) - Monif 3 (oclusão tubária ou abscesso tubo-ovariano) - Monif 4 (abscesso tubo-ovariano roto) - Gestante - Ausência de melhora após 72h - Intolerância ou baixa adesão ao tratamento - Estado geral grave: febre, vômitos - Dificuldade na exclusão de emergência cirúrgica (apendicite, ectópica)
43
Esquema do tratamento hospitalar na **DIP**
Ceftriaxona 1g IV 14d + Doxiciclina 100 mg VO 12/12h 14d + Metronidazol 400 mg IV 12/12h 14d - suspender esquema parenteral 24h após cessação dos sintomas e seguir com tratamento por via oral por 14 dias
44
Indicação de tratamento cirúrgico na **DIP**
- Falha do tratamento clínico - Massa pélvica que persiste ou aumenta apesar do tratamento - Suspeita de rotura de ATO - tamanho do ATO (> 8-10 cm) - Abscesso de fundo de saco de Douglas - Hemoperitônio
45
Conduta nas parcerias sexuais em caso de **DIP**
- Tratamento das parcerias dos 2 meses pré-DIP - Ceftriaxona 500 mg IM, dose única + Azitromicina 500 mg, 2cp VO, dose única
46
Manejo do DIU em casos de **DIP**
- Não há necessidade de remoção do dispositivo - Se for retirar: somente após 2 doses do esquema terapêutico
47
Complicações precoces da **DIP**
- Abscesso tubo-ovariano - Fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (perihepatite - inflamação da cápsula do fígado) - Morte
48
Complicações tardias da **DIP**
- **D**ispareunia - **D**or pélvica crônica - **I**nfertilidade - **P**renhez ectópica - **S**índrome de Fitz-Hugh-Curtis fase crônica (aderências em “corda de violino”)
49
Diagnóstico diferencial das **úlceras genitais**
- Número de úlceras: - Múltiplas: herpes, cancro mole e donovanose - Única: sífilis e linfogranuloma venéreo - Dor: - Dolorosas: herpes (fundo limpo e vesículas) e cancro mole (fundo purulento) - Indolores: linfogranuloma, sífilis e donovanose - Adenopatia com fistulização: - Presente: cancro mole (orifício único) e linfogranuloma (múltiplos orifícios) - Ausente: herpes, sífilis e donovanose ## Footnote Dica: herpes faz diagnóstico diferencial com cancro mole e sífilis com linfogranuloma venéreo
50
Abordagem sindrômica das **úlceras genitais**
- Lesão ≤ 4 semanas: tratar sífilis e cancroide Lesão > 4 semanas: - Tratar sífilis e cancroide - Avaliar donovanose e linfogranuloma + biópsia
51
Agentes etiológicos das **úlceras genitais**
- **Sífilis:** *Treponema pallidum* - **Herpes:** Herpes simplex tipo 2 (genital) e tipo 1 (oral) - **Cancro mole:** *Haemophilus ducreyi** - **Linfogranuloma venéreo:** *Chlamydia trachomatis* L1, L2 e L3 - **Donovanose:** *Klebsiella granulomatis* | *Dica: **mo**le Hae**mo**philus
52
Formas clínicas da **sífilis** adquirida
- **Sífilis recente:** primária, secundária e latente recente (< 1 ano) - **Sífilis tardia:** latente tardia (> 1 ano), latente com duração ignorada e terciária
53
Clínica da **sífilis primária**
- **Cancro duro:** úlcera genital única e indolor, borda bem definida e regular, base endurecida e fundo limpo - Linfadenopatia regional sem fistulização
54
Características e principais **testes treponêmicos** e **não treponêmicos**
- **Treponêmico (teste rápido, FTA-Abs)¹:** positiva primeiro, permanecem reagentes mesmo após tratamento - **Não treponêmico (VDRL, RPR)²:** positiva 1-3 semanas, são quantificáveis e monitoram a resposta ao tratamento | ¹Outros: ELISA/EQL/CMIA, TPHA/TPPA/MHATP ²Outros: USR, TRUST
55
Confirmação diagnóstica da **sífilis**
- **1 teste treponêmico reagente + 1 teste não treponêmico reagente** - Iniciar, se possível, com teste treponêmico (preferencialmente teste rápido) - Pedir **3º teste em caso de discordância** - outro **teste treponêmico** com metodologia diferente - **Gestantes:** um teste positivo - iniciar tratamento enquanto aguarda confirmação
56
Padrão-ouro para diagnóstico de **sífilis primária e secundária**
Exame em campo escuro
57
**Fenômeno prozona** nos testes para diagnóstico de **sífilis**
- VDRL negativo em paciente com sífilis - Em soros com altos títulos de anticorpos (excesso de treponemas) pode não ocorrer aglutinação antígeno-anticorpo nas diluições iniciais - Para evitar, deve-se diluir o soro
58
Causas de resultados falso-positivos nos **testes não treponêmicos**
Gravidez, lupus, SAF, doença de Chagas, hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, tuberculose etc.
59
Tratamento da **sífilis** adquirida
- **Sífilis recente:** primária / secundária / latente recente (< 1 ano): **2,4 milhões de unidades** (1,2 em cada glúteo) IM, **dose única** - **Sífilis tardia:** terciária / latente tardia (> 1 ano) / latente indeterminada: 2,4 milhões de unidades IM, **1x/sem por 3 semanas** (total: 7,2 milhões UI) - **Reiniciar esquema:** se intervalo entre as doses ultrapassar 14 dias em não gestantes ou 9 dias em gestantes
60
Controle de cura da **sífilis**
VDRL mensal (gestante) e trimestral até 1 ano (população geral)
61
Conduta em caso de **sífilis** e alergia à benzilpenicilina benzatina na gestação
Dessensibilização à benzilpenicilina benzatina
62
Definição de **cicatriz sorológica** de **sífilis**
Persistência de resultados reagentes em testes não treponêmicos após o tratamento adequado e com queda prévia da titulação em pelo menos duas diluições, quando descartada nova exposição de risco durante o período analisado
63
Critérios de retratamento de **sífilis**
Reativação ou reinfecção: - Ausência de redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses (sífilis recente) ou 12 meses (sífilis tardia) - Aumento da titulação em duas diluições ou mais - Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos **Investigar neurossífilis** por meio de punção lombar quando não houver exposição sexual no período que justifique uma reinfecção ou se PVHIV
64
Esquema utilizado no retratamento de **sífilis**
O esquema de retratamento dependerá da reclassificação do caso (ex: paciente recebeu tratamento para sífilis tardia, apresentou resposta inicial satisfatória, porém evoluiu com aumento dos títulos de VDRL em menos de 1 ano - nesse caso o retratamento é feito com o esquema para sífilis recente)
65
Tratamento inadequado de **sífilis** na gestação
- Incompleto ou com outra medicação - Iniciado há menos de 30 dias do parto
66
Tratamento das parcerias sexuais na **sífilis**
- Exposição à pessoa com sífilis (até os 90 dias anteriores) - Tratamento presuntivo com 2,4 milhões de unidade IM, dose única
67
**Reação de Jarisch-Herxheimer**
- Reação aguda autolimitada que pode ocorrer 24h após a primeira dose de penicilina, principalmente nas fases primária e secundária da sífilis - Clínica: febre, cefaleia, mialgia, piora das lesões iniciais - duração de 12-24h - Conduta: se necessário, AINE e antitérmico
68
Clínica do **herpes genital**
- Vesículas e úlceras rasas, dolorosas, de fundo limpo - Adenopatia dolorosa que não fistuliza
69
Tratamento da **primoinfecção herpética** e da **recorrência**
**Aciclovir** 200 mg, 2 cp VO, 8/8h por 7-10d (primoinfecção) ou 5d (recorrência)
70
Tratamento supressivo do **herpes genital** - indicação e esquema
- ≥ 6 episódios ao ano - Aciclovir 200 mg, 2 cp VO, 12/12h por 6 meses
71
Conduta no **herpes genital** na gestação
- Lesão ativa no canal: **cesariana** - Profilaxia: Aciclovir - > 36 sem até o parto
72
Clínica e achado na microscopia do **cancro mole ou cancroide**
- Úlceras múltiplas, dolorosas, fundo sujo - Adenopatia que fistuliza por orifício único - Microscopia com Gram: bacilos Gram-negativos dispostos em ”cardume de peixe”
73
Tratamento do **cancro mole ou cancroide**
- 1ª: **Azitromicina 500 mg, 2 cp VO, dose única** - 2ª: Ceftriaxona 250 mg IM, dose única
74
Clínica do **linfogranuloma venéreo**
- Pápula/úlcera indolor - Adenopatia dolorosa que fistuliza por múltiplos orifícios (”bico de regador”)
75
Tratamento do **linfogranuloma venéreo**
- 1ª: **Doxiciclina** 100 mg VO, 12/12h por **21 dias** - 2ª: Azitromicina 500 mg, 2 cp VO, 1x/sem por 21 dias
76
Clínica e diagnóstico da **donovanose**
- Úlcera profunda, indolor, crônica, em espelho, sem adenopatia - Biópsia com corpúsculos de Donovan
77
Tratamento da **donovanose**
- 1ª: **Azitromicina 500 mg, 2 cp VO, 1x/sem por 21 dias ou até cicatrização** - 2ª: Doxiciclina 100 mg VO, 12/12h por 21 dias
78
Agente etiológico das **verrugas anogenitais**
Papilomavírus Humano (HPV)
79
Subtipos do **HPV** e suas características
**Mais oncogênicos:** - **16:** carcinoma de células escamosas - **18:** adenocarcinoma **Baixo risco oncogênico: 6 e 11** - Condilomas genitais - Papilomas laríngeos
80
Prevenção primária do HPV
- Vacina anti-HPV: - **Vacina quadrivalente (HPV 6 / 11 / 16 / 18): apenas 1 dose** em meninas e meninos de **9 a 14 anos** (atualização MS em 2024) - Estratégia de resgate de adolescentes até 19 anos não vacinados e inclusão das pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente como grupo prioritário da vacina HPV (MS 2024) **Imunossuprimidos** (transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea, pacientes oncológicos em QT e/ou RT, PVHIV, erro inato da imunidade): 9 a 45 anos, 3 doses (0-2-6 meses) com prescrição médica **Usuários de PrEP:** - 15 a 45 anos, não vacinados - 3 doses (0-2-6 meses) - Esquema incompleto: completar 3 doses
81
Diagnóstico das **verrugas anogenitais**
- Clínico - lesões típicas - Biópsia: casos duvidosos, lesões atípicas, sem resposta ao tto, lesões suspeitas em pacientes imunossuprimidos, suspeita de CA
82
Tratamento das **verrugas anogenitais** nas gestantes
- Ácido Tricloroacético (ATA) 80 ou 90% - Exérese cirúrgica com eletrocautério ou tangencial (shaving): grande nº de lesões e/ou extensa área acometida - Contraindicação (pela teratogenicidade): podofilina, 5-fluorouracil e imiquimode | Objetivo do tratamento: remover lesões
83
Via de parto em caso de **verrugas anogenitais**
- Via obstétrica - Cesariana: obstrução do canal de parto
84
Condutas gerais e burocráticas em caso de **violência sexual**
- Acolhimento - Notificação imediata ao SINAN (< 24h) - Notificação ao Conselho Tutelar < 18 anos - Não exigir BO ou exame de perícia
85
Orientações à paciente em caso de **violência sexual**
Direito (não é obrigatório) a lavrar um boletim de ocorrência e direito a se submeter ao exame de corpo de delito no IML
86
Profilaxia das IST não virais na **violência sexual**
- **A**zitromicina (500 mg, 2 cp) - **Clamídia** - **B**enzilpenicilina benzatina (2,4 milhões de unidades, IM) - **Sífilis** - **C**eftriaxona (500 mg, IM) - **Gonorreia** - **M**etronidazol (500 mg, 4 cp) - **Tricomoníase** | Dica: ABC da Mulher ## Footnote Em até 14 dias
87
Profilaxia das IST virais na **violência sexual**
- **HIV:** - **Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir (TDF + 3TC + DTG)** - Início até 72h, por 28 dias - **Hepatite B:** - Vacinação (0-1-6 meses) + Imunoglobulina* - para não vacinados ou status desconhecido - **HPV:** - Para não vacinados - 9 aos 14 anos: 2 doses (0-6 meses) - 15 aos 45 anos: 3 doses (0-2-6 meses) - Imunossuprimidos 9 aos 45 anos: 3 doses | *Em até 14 dias
88
Método de escolha e tempo ideal para anticoncepção de emergência na **violência sexual**
- **Levonorgestrel 1,5 mg VO** - O mais rápido possível - < 72h (pode até 5 dias)