CIR 03 - Hemorragia Digestiva I (Abordagem e conduta) Flashcards
(44 cards)
Hemorragia digestiva mais comum: alta ou baixa
Alta (80%)
Marco anatômico que divide as hemorragias digestivas
Ângulo de Treitz (duodenojejunal)
Manifestações das hemorragias digestivas
- Hematêmese (define HDA)
- Melena (sugere HDA)
- Hematoquezia (não confirma HDB, 10-20% decorrem de HDA*)
*de grande volume
Causas de hemorragia digestiva alta
- Doença ulcerosa péptica (principal etiologia)
- Ruptura de varizes esofágicas
- Laceração de Mallory-Weiss
- Lesão de Dieulafoy
- Hemobilia
- Neoplasia
Causas de hemorragia digestiva baixa
- Doença diverticular (principal etiologia)
- Angiodisplasia
- Câncer colorretal
- Divertículo de Meckel
Principais causas de hemorragia digestiva baixa nas crianças
Intussuscepçao e divertículo de Meckel
Atendimento inicial na hemorragia digestiva
Seguir ABC - estabilização clínica
Ressuscitação volêmica: atingir uma PAS de 100 mmHg e FC < 100 bpm
Indicação de hemoderivados na hemorragia digestiva
Perda volêmica ≥ classe III
Principal local de sangramento na doença ulcerosa péptica
- Parede posterior do duodeno (artéria gastroduodenal)
- Se gástrica: alta (artéria gástrica esquerda)
Exame diagnóstico para hemorragia digestiva alta
Endoscopia digestiva alta:
- Precoce: 24h
- Se varizes: 12h
- Ausência de sinais de sangramento: suspeitar de HDB
- Sangramento, mas sem identificar a causa: nova EDA
- Sonda nasogástrica não é recomendada de rotina
Tratamento da hemorragia por doença ulcerosa péptica
- IBP* + EDA
*Ex: Pantoprazol ou Esomeprazol IV 80 mg + 8 mg/h
Classificação de Forrest
Estima o risco de ressangramento
- I: Ativa (90% - risco alto)
- IA - pulsátil
- IB - não pulsátil
- II: Hemorragia recente
- IIA - vaso visível (50% - risco alto)
- IIB - coágulo (30% - risco intermediário)
- IIC - hematina - black spots (10% - risco baixo)
- III: Sem sinais
- Úlcera com base clara (5% - risco baixo)
Quando indicar tratamento endoscópico na hemorragia por doença ulcerosa péptica
Forrest IA, IB e IIA
Epinefrina + eletrocoagulação ou hemoclipes
Conduta na falha de controle do sangramento com endoscopia na doença ulcerosa péptica
Angioembolização ou cirurgia
Definição e fator de risco para laceração de Mallory-Weiss
- Lacerações de mucosa e submucosa na JEG
- Vômitos vigorosos de repetição (ex: pós libação alcoólica, hiperêmese gravídica)
Diagnóstico e tratamento de laceração de Mallory-Weiss
EDA - autolimitado em 90% dos casos
Sangramento ativo: epinefrina + eletrocoagulação
Diagnóstico diferencial laceração de Mallory-Weiss e síndrome de Boerhaave
Na síndrome de Boerhaave, devido a perfuração do esôfago, o paciente pode apresentar enfisema subcutâneo, pneumomediastino ou pneumoperitônio
Definição de lesão de Dieulafoy
Artéria tortuosa e dilatada na submucosa do TGI, circundada por mucosa normal
Local mais comum da lesão de Dieulafoy
Estômago (pequena curvatura, próximo à JEG)
Diagnóstico e tratamento da lesão de Dieulafoy
- EDA: ponto sangrante circundado por mucosa normal
- Hemostasia endoscópica (epinefrina + eletrocoagulação ou hemoclipe)
- Refratários: angioembolização
Clínica da hemobilia
- Trauma ou manipulação das vias biliares
- Tríade de Philip Sandblom ou de Quincke: HDA (melena) + dor em QSD + icterícia
Diagnóstico da hemobilia
- EDA: saída de sangue da ampola de Vater
- Angio-TC
Tratamento da hemobilia
Angioembolização
Exame mais sensível na hemorragia digestiva baixa e suas desvantagens
Cintilografia
- Não define o local e não é terapêutica
0,1 ml/min