D. Processual Penal 6 Flashcards
(34 cards)
Em que momento pode ser decretada a prisão preventiva, segundo o Art. 311 do CPP?
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal.
Quem pode requerer a decretação da prisão preventiva conforme o Art. 311 do CPP?
Ministério Público, querelante (autor da queixa-crime), assistente da acusação ou autoridade policial (por representação).
A prisão preventiva pode ser decretada de ofício pelo juiz?
Não. O juiz só pode decretá-la mediante provocação: requerimento do MP, do querelante, do assistente ou representação da autoridade policial.
A prisão preventiva pode ser decretada na fase de investigação policial?
Sim, conforme o Art. 311, é cabível tanto na fase de investigação quanto no processo penal.
Quais são as finalidades da prisão preventiva segundo o Art. 312 do CPP?
- Garantir a ordem pública;
- Garantir a ordem econômica;
- Conveniência da instrução criminal;
- Assegurar a aplicação da lei penal.
Quais são os requisitos objetivos da prisão preventiva no Art. 312?
- Prova da existência do crime (materialidade);
- Indício suficiente de autoria;
- Perigo gerado pela liberdade do imputado.
O que prevê o §1º do Art. 312 sobre o descumprimento de medidas cautelares?
A prisão preventiva poderá ser decretada se o investigado descumprir qualquer obrigação imposta por medidas cautelares diversas da prisão.
O que exige o §2º do Art. 312 sobre a fundamentação da prisão preventiva?
A decisão deve ser motivada e fundamentada com base em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a prisão.
Quando será admitida a prisão preventiva segundo o inciso I do Art. 313 do CPP?
Quando se tratar de crime doloso com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos.
Quando será admitida a prisão preventiva segundo o inciso II do Art. 313 do CPP?
Quando o acusado tiver condenação anterior por crime doloso, em sentença com trânsito em julgado (ressalvadas as exceções legais).
Quando será admitida a prisão preventiva segundo o inciso III do Art. 313 do CPP?
Em casos de violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir medidas protetivas de urgência.
Quando a prisão preventiva é admitida conforme o §1º do Art. 313 do CPP?
Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou falta de elementos suficientes para esclarecê-la. A pessoa deve ser libertada após a identificação, salvo outra justificativa legal.
O que veda o §2º do Art. 313 do CPP quanto à prisão preventiva?
É vedada a decretação da prisão preventiva para antecipação do cumprimento da pena ou como decorrência automática de investigação criminal, denúncia ou recebimento desta.
Art. 315 – Caput: Qual a exigência geral quanto à decisão sobre prisão preventiva?
A decisão que decreta, substitui ou nega a prisão preventiva deve ser sempre motivada e fundamentada.
Art. 315 – §1º: O que o juiz deve indicar ao motivar a prisão preventiva?
Deve indicar fatos concretos, novos ou contemporâneos que justifiquem a adoção da prisão preventiva ou de outra medida cautelar.
Art. 315 – §2º, I: Por que citar apenas normas legais não fundamenta a prisão preventiva?
Porque não basta reproduzir a lei; é necessário explicar como ela se aplica ao caso concreto.
Art. 315 – §2º, II: Por que o uso de conceitos vagos invalida a motivação da prisão preventiva?
Porque o juiz deve explicar concretamente o motivo da aplicação desses conceitos no caso analisado.
Art. 315 – §2º, III: Por que justificativas genéricas não fundamentam a prisão preventiva?
Porque razões genéricas poderiam justificar qualquer prisão, sem relação específica com os fatos do processo.
Art. 315 – §2º, IV: O que torna a motivação da prisão preventiva insuficiente quanto aos argumentos da defesa?
Quando o juiz não enfrenta os argumentos relevantes da parte, capazes de contrariar sua conclusão.
Art. 315 – §2º, V: Quando a citação de precedente ou súmula é inadequada na prisão preventiva?
Quando o juiz não demonstra que o caso concreto se ajusta aos fundamentos determinantes do precedente ou súmula invocados.
Art. 315 – §2º, VI: Quando o juiz não segue jurisprudência, o que ele deve fazer para fundamentar a prisão preventiva?
Deve justificar a distinção entre os casos ou a superação do entendimento. Caso contrário, a decisão será considerada não fundamentada.
Art. 316 – Caput: Quando o juiz pode revogar ou decretar novamente a prisão preventiva?
O juiz pode revogar a prisão preventiva, de ofício ou a pedido das partes, se constatar que não há mais motivo para sua manutenção.
Também pode decretá-la novamente se surgirem novas razões que a justifiquem.
Art. 316 – Parágrafo único: O que deve ser feito obrigatoriamente a cada 90 dias após a decretação da prisão preventiva?
O órgão que decretou a prisão preventiva deve revisar, de ofício, a necessidade de sua manutenção a cada 90 dias, com decisão motivada e fundamentada.
Se não fizer isso, a prisão se torna ilegal.
O que é a prisão domiciliar segundo o Art. 317 do CPP?
É o recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, podendo sair apenas com autorização judicial.
Art. 317 do CPP define a prisão domiciliar como uma medida de restrição de liberdade que ocorre na residência do acusado.