HPIM 305 - Hepatite toxica Induzida Por Medicamentos Flashcards

0
Q

ATB que mais frequentemente está envolvido na hepatite toxica:

A

amoxicilina + ácido clavulanico

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1
Q

Alterações morfológicas hepáticas de Acetominofeno e Tetracloreto de carbono:

A

Necrose centro-lobular

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2
Q

A maior parte da hepatotoxicieade medicamentosa é mediada por:

A

Metabolito tóxico da fase I

Porém a depleccao de glutationa, que impede a inactivacao dos compostos prejudiciais pela glutationa S transferase também pode contribuir

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3
Q

Fármacos associados a colestase ductopénica:

A

Carbamazepina, clorpromazina, antidepressivos tricíclico

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4
Q

Fármaco associado a formação de granulomas hepáticos:

A

Sulfonamidas

Amiodarona (raramente)

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5
Q

Geralmente a hepatotoxicidade não é mais frequente em pessoas com doença hepática crónica!!!
Excepções:

A

Ácido acetilsalicílico (AAS)
Metotrexato
Isoniazida
Tx antiretrovírica para o HIV

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6
Q

Tx não recomendadas para hepatites tóxicas:

A

Glicocorticóides para hepatotoxicidade com características alérgicas

Silibinina para a intoxicação por cogumelos

Ácido ursodesoxicólico para a hepatotoxicidade com características colestáticas

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7
Q

Acetominofeno, Toxina directa, necrose centro-lobular, doses:

A

Dose 10 a 15 g é suficiente para evidenciar lesão hepática

Dose > 25 g leva normalmente a hepatite fulminante

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8
Q

Níveis sanguíneos de acetominofeno correlacionam-se com a lesão hepática:

A

> 300 ug/mL às 4 h – Alta probabilidade de lesão

< 150 ug/mL às 4 h – Lesão altamente improvável

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9
Q

Clínica e períodos na intoxicação por acetominofeno:

A

Manifestações iniciais (4-12h): sintomas GI (náuseas, dor, etc.) e choque
Evidência de lesão hepática (24-48 h)
Lesão hepática máxima (4–6 dias)

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10
Q

Possível marcador diagnóstico (cromatografia) de intoxicacao por acetominofeno:

A

Composto acetominofeno-proteína

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11
Q

Como se comportam as transaminases nos doentes tratados com acetominofeno:

A

Aumento das transaminases em 31-44% indivíduos normais tratados com 4g/dia paracetamol durante 14 dias.
Aumentos transitórios e não associados a elevação da bilirrubina!
Relevância clínica continua por esclarecer.

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12
Q

Doses de acetominofeno recomendadas pela FDA:

A

FDA recomenda que a dose máxima diária de acetominofeno passe dos 4g atuais para 3.25g! (menos ainda nos doentes com doença hepática crónica)

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13
Q

Infecção HCV e acetominofeno?

A

infeção pelo HCV aumente o risco de lesão hepática aguda em doentes hospitalizados por intoxicação por acetominofeno

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14
Q

Acetominofeno pode se dar em cirroticos?

A

O uso de acetominofeno em doentes cirróticos não foi associado a descompensação hepática

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15
Q

Tx de superdosagem de acetominofeno:

A

Medidas gerais
Lavagem gástrica
Carvão activado ou colestiramina PO até 30 min após ingestão)

Tx com base no nível plasmático de acetominofeno:
> 200 ug/mL às 4 horas ou
> 100 ug/mL às 8 horas
DAR N- acetilcisteína -> Redução da gravidade da necrose hepática e mortalidade

16
Q

N- acetilcisteína, intoxicação de acetominofeno como actua? Quando dar e quando parar?

A

Actua providenciando grupos sulfidril que se ligam aos metabolitos tóxicos ou estimulando a síntese de glutationa
Iniciar nas primeiras 8 h, eficaz mesmo até 24-36h
Redução da gravidade da necrose hepática e mortalidade

Tratamento pode ser descontinuado quando os níveis plasmáticos de acetominofeno indicam que o risco de lesão hepática é baixo

17
Q

Intoxicação por acetominofeno, marcador que pode indicar necessidade de transplante:

A

Níveis de lactato no sangue arterial > 3,5 mmoL em doentes com insuficiência hepática aguda = Elevada probabilidade de necessitar de transplante hepático

18
Q

Complicações tardia de intoxicação por acetominofeno:

A

Geralmente não ocorrem sequelas após intoxicação por paracetamol.

Em alguns doentes, a administração prolongada ou repetida de acetaminofeno em doses terapêuticas pareceu conduzir ao aparecimento de hepatite crónica e cirrose.

19
Q

Histologia da intoxicação por haloteno:

A

Histologia: = Necrose hepática maciça na Hepatite viral

20
Q

Valproato de sódio, Reacção tóxica e idiossincrásica;

Elevação assintomática das transaminases em:

A

45%; sem importância clínica

21
Q

Indivíduos susceptíveis a intoxicação por Valproato de sódio:

A

Crianças –nas crianças à espera de transplante, o valproato é o antiepilético mais vezes implicado;
(= à eritromicina mas ≠ da isoniazida e halotano)

Deficiências das enzimas mitocondriais (prevenido pela administração ev de carnitina)

22
Q

Histologia de intoxicação por Valproato de sódio:

A

Esteatose microvesicular;
Necrose hepática em ponte
Lesão dos ductos biliares

23
Q

Quem da esteatose microvesicular:

A

Hepatite D
Tetraciclina IV > a 1.5g
Valproato de sódio

24
Q

Amiadorona, clínica e transaminases:

A

Elevação das transaminases em 15-50% (dias a meses);

Doença clinicamente importante em < 5%;

25
Q

No caso de doença hepática clinicamente aparente com Amiodarona, o que podemos encontrar no fígado:

A

Lesão hepática “pseudo-alcoólica”:
Esteatose
Infiltrado neutrofílico
Corpos hialinos de Mallory
Granulomas hepáticos (ocasionalmente)
Lesão hepatocelular ou colestática (raramente)

A presença ao ME de corpúsculos lamelares lisossómicos faz o DD

26
Q

Intoxicação por eritromicina, clínica:

A

Clínica (nas primeiras 2 a 3 semanas de tx)
Náuseas, vómitos, dor HCDir, icterícia.
Leucocitose + Elevação moderada das transamínases
≈Colecistite aguda ou colangite bacteriana (D.D)

27
Q

Tipo de reacção hepática que pode ocorrer com contraceptivos orais:

A

Reacção colestatica

28
Q

Indivíduos susceptíveis a reacção colestatica com contraceptivos orais e clínica:

A

Indivíduos susceptíveis:
hx de icterícia ou prurido da gravidez, Hx familiar
ACO estão CI em pessoas com hx recorrente de icterícia da gravidez

Clínica – Prurido e icterícia; SEM manifestações de hipersensibilidade

29
Q

Histologia de intoxicação por esteróides anabolicos:

A

Colestase SEM inflamação nem necrose.

Outros efeitos: 
Dilatação sinusoidal periférica 
Peliose hepática 
Adenomas hepáticos 
Carcinoma hepatocelular
30
Q

Estatinas que tipos de reacções hepáticas podem dar:

% de doentes

A

Reacção idiossincrásica; hepatocelular e colestática mista;

Em 1 a 2 % dos doentes – aumento reversível das transaminases (> 3 vezes)

31
Q

Reacções hepáticas Estatinas, recomendações imptts:

A

A monitorização das provas hepáticas não é necessária, uma vez que a elevação das transaminases não é diferente da com placebo!

Elevação assintomática e isolada das transaminases durante a terapêutica não exige suspensão da terapêutica

A sua toxicidade não está aumentada no doentes com Hepatite C crónica ou esteatose hepática.

32
Q

Super dose de vitamina A o que pode gerar no fígado?

A

hipertensão portal sem cirrose, fenómeno veno-oclusivos

33
Q

Fármacos puramente idiossincrásicos :

A

Halotano
Fenitoína
Suflametoxazol

(Estes Também têm um imp componente de hipersensibilidade
≠ da metildopa, isoniazida e ACO)