Pneumo - Infeções Respiratórias e Bronquiectasias Flashcards

(128 cards)

1
Q

Pneumonia

A

Inflamação aguda do parênquima pulmonar de origem infecciosa

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2
Q

As vias respiratórias baixas são estéreis. Quais são os mecanismos de filtração e limpeza?

A
Epitélio ciliado
Muco
Tosse
Imunoglobulinas alveolares
Macrófagos e linfócitos alveolares
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3
Q

4 fases da evolução de uma pneumonia

A

Edema
Hepatização vermelha
Hepatização cinzenta
Resolução

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4
Q

Alvéolos preenchidos por exsudado proteináceo

A

Fase de edema da pneumonia

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5
Q

Exsudado intraalveolar rico em bactérias e eritrócitos

A

Hepatização vermelha

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6
Q

Exsudado intraalveolar rico em neutrófilos, com destruição das bactérias e eritrócitos presentes

A

Hepatização cinzenta

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7
Q

Fase da pneumonia em que a célula dominante é o macrófago

A

Resolução

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8
Q

Fase de edema da pneumonia

A

Alvéolos preenchidos por exsudado proteináceo

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9
Q

Hepatização vermelha

A

Exsudado intraalveolar rico em bactérias e eritrócitos

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10
Q

Hepatização cinzenta

A

Exsudado intraalveolar rico em neutrófilos, com destruição das bactérias e eritrócitos presentes

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11
Q

Resolução da pneumonia

A

Fase da pneumonia em que a célula dominante é o macrófago

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12
Q

4 grandes formas de transmissão de uma pneumonia

A

Aspiração da nasofaringe
Inalação de agentes infecciosos
Disseminação hematogénea
Inoculação direta e disseminação contígua

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13
Q

Situações em que a aspiração de secreções da nasofaringe é maior

A

Sono
Alterações do estado de consciência
Disfunção da orofaringe / deglutição

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14
Q

Condição necessária à inalação de agentes infecciosos

A

Partículas infecciosas menores que 0,5 um.

tuberculose, legionelose…

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15
Q

Quando é que a idade é factor de risco para infeção respiratória?

A

< 5 anos

> 65 anos

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16
Q

Factores de risco para pneumonia

A
Extremos da idade
Desnutrição
Tabagismo
Alcoolismo
ABT prévia
Comorbilidades
Baixos recursos económicos
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17
Q

Que comorbilidades estão mais associadas ao aparecimento de pneumonias?

A

DM
DPOC
Imunossupressão

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18
Q

Apresentação clínica de uma pneumonia típica

A
Início súbito
Febre
Sudorese / clafrios
Tosse produtiva
Dispneia / taquipneia
Dor pleurítica
Mialgias
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19
Q

Apresentação clínica de pneumonia no idoso

A

Confusão
Prostração
Descompensação de comorbilidades
(menos sintomas respiratórios)

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20
Q

Apresentação clínica da pneumonia atípica

A
Início insidioso
Tosse seca
Dispneia
Sintomas gerais (influenza-like)
Raio X mais grave que as queixas
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21
Q

PAC

A

Pneumonia adquirida na comunidade

Em ambulatório ou nas 48h após internamento

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22
Q

PACS

A

Pneumonia Associada a Cuidados de Saúde

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23
Q

Pneumonia nosocomial

A

Adquirida 48h após internamento ou até 10 dias após a alta.

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24
Q

Critérios para PACS

A

Internado pelo menos 2 dias em hospital de agudos nos 90 dias anteriores
Residente em instituição de cuidados prolongados
Submetido a quimio ou hemodialise nos últimos 30 dias
Convivente com doente infetado com bichinho multirresistente

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25
Pneumonia de aspiração
Quando ocorre aspiração de ácido gástrico, que induz pneumonite química que pode sobreinfetar com bactérias
26
Percentagem de PAC que tem necessidade de internamento hospitalar
25%
27
Mortalidade da PAC
1-5%
28
Mortalidade da PAC com internamento hospitalar
17,2%
29
Agentes mais comuns de PAC típica
Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae Staphylococcus aureus
30
A etiologia da PAC não é determinada em...
40-60% dos casos
31
Agentes atípicos de pneumonia mais frequentes
Mycoplasma pneumoniae Legionella pneumophila Chlamydia pneumoniae
32
Agente de pneumonia típico da criança com menos de 5 anos
H. influenza
33
Agente de pneumonia típico do jovem
Mycoplasma pneumoniae
34
Agente de pneumonia típico do doente com DPOC
Moraxella catarrhalis
35
Agente de pneumonia típico do toxicodependente
Staphylococcus aureus
36
Agente de pneumonia típico do indivíduo com mais de 65 anos
S. pneuoniae
37
Bichinhos típicos da pneumonia do doente com fibrose quística?
Pseudomonas aeruginosa Bulkholderia cepacea Staphylococcus aureus
38
Escalas usadas na avaliação de uma pneumonia
PSI | CURB-65 / CRB-65
39
Factores avaliados pelo CURB-65
``` Confusão Urémia Frequência Respiratória Pressão arterial Idade ```
40
Quando é que a urémia confere 1 ponto na classificação CURB-65?
Quando Urémia > 20 mg/dL
41
Quando é que a frequência respiratória confere 1 ponto na classificação CURB-65?
Quando FR >/= 30 ciclos / min
42
Quando é que a pressão arterial confere 1 ponto na classificação CURB-65?
Pressão sistólica < 90 mmHg OU Pressão diastólica < 60 mmHg
43
Quando é que a idade confere 1 ponto na classificação CURB-65?
Quando > 65 anos
44
CURB-65 = 0
Baixo risco - considerar tratamento em casa
45
CURB-65 = 1
Baixo risco- considerar tratamento em casa
46
CURB-65 = 2
Internar em enfermaria
47
CURB-65 = 3
Hospitalizar e considerar UCI
48
CURB-65 = 4
Hospitalizar e considerar UCI
49
CURB-65 = 5
Hospitalizar e considerar UCI
50
De acordo com o CURB-65, quando considerar tratamento em casa?
CURB-65 = 0 ou 1
51
De acordo com o CURB-65, quando internar em enfermaria?
CURB-65 = 2
52
De acordo com o CURB-65, quando considerar UCI?
CURB-65 = 3, 4 ou 5
53
Qual é a diferença entre o CURB-65 e o CRB-65?
O CRB-65 não considera a Urémia.
54
CRB-65 = 0
Tratar em casa
55
CRB - 65 = 1
Considerar referenciar a hospital
56
CRB-65 = 2
Considerar referenciar a hospital
57
CRB-65 = 3
Referenciação urgente ao hospital
58
CRB-65 = 4
Referenciação urgente ao hospital
59
Cuidados a ter no doente com pneumonia tratado em ambulatório
Fazer Rx tórax Reavaliar em urgência se não melhorar em 48-72h Reavaliar à 6ª-8ª semana, com novo Rx, se fumador ou > 50 anos
60
Numa pneumonia tratada em ambulatório, no fumador e no doente com > 50 anos, devo...
Reavaliar com novo raio-X após a 6ª-8ª semana
61
Em que situação reavalio uma pneumonia em urgência?
Se não melhorar em 48-72h
62
O doente que está a ser tratado para pneumonia em meio hospitalar deve ser admitido em UCI
Se apresentar 1 de: - Necessidade ventilação mecânica - Choque séptico Se apresentar 2 de: - TA sistólica < 90 mmHg - Envolvimento multilobar - PaO2 / FiO2 < 250
63
Abordagem etiológica da PAC no doente internado
``` Duas hemoculturas Exame direto e cultural da expectoração Antigenúria Legionella e S. pneumoniae Exame direto e cultural do L. pleural Técnicas invasivas (se falência terapêutica ou DDx) ```
64
Principais complicações da PAC
Abcesso pulmonar | Empiema
65
Quando é que um doente deve iniciar terapêutica antibiótica para PAC?
Imediatamente, preferencialmente até 2h após diagnóstico (colher hemoculturas primeiro)
66
A escolha da antibioterapia na PAC depende de...
Local de tratamento Gravidade da pneumonia Factores modificadores
67
A terapêutica na PAC consiste em...
ANTIBIOTERAPIA Hidratação Cinesiterapia respiratória
68
PAC, sem necessidade de internamento. Sem comorbilidades. Sem ATB nos últimos 3 meses. Que ATB prescrever?
Amoxicilina 500 mg 8/8h durante 7 dias
69
PAC, sem necessidade de internamento. Com comorbilidades. Que ATB prescrever?
``` Amoxicilina 1g 8/8h + Azitromicina (500 mg/dia) OU Claritromicina (500 mg 12/12h) OU Doxicilina (200 mg inicial e 100 mg 12/12h) ```
70
PAC, sem necessidade de internamento. Sem comorbilidades. Com ATB nos últimos 3 meses. Que ATB prescrever?
``` Amoxicilina 1g 8/8h + Azitromicina (500 mg/dia) OU Claritromicina (500 mg 12/12h) OU Doxicilina (200 mg inicial e 100 mg 12/12h) ```
71
Comorbilidades que alteram ATB nas pneumonias
``` DPOC DM Doença cardíaca Doença hepática DRC Neoplasia Alcoolismo Esplenectomia ```
72
Primeira linha de ATB empírica na pneumonia em internamento, em doentes SEM suspeita de pneumonia de aspiração
Amoxiclav (ou cefalosporina 2ª/3ª) + macrólido (ou fluoroquinolona)
73
Segunda linha de ATB empírica na pneumonia em internamento, em doentes SEM suspeita de pneumonia de aspiração
Amoxiclav ( ou cefalosporina de 2ª ou 3ª) + doxiciclina
74
Primeira linha de ATB empírica na pneumonia em internamento, em doentes COM suspeita de pneumonia de aspiração
``` Amoxiclav (EM ALTA DOSE) OU Piptaz OU Clindamicina OU Carbapenemo ```
75
Factores de risco para P. aeruginosa na UCI
``` Doença estrutural do pulmão Corticoterapia sistémica ATB de largo espectro no último mês Desnutrição DPOC grave (FQ!!!) ```
76
1ª opção de tratamento para a pneumonia na UCI sem factores de risco para P. aeruginosa
Amoxiclav (ou cefalosporina 3ª ou piptaz) + Macrólido (ou fluoroquinolona)
77
Primeira linha para doentes com pneumonia na UCI com factores de risco para P. aeruginosa
Piptaz + Fluoroquinolona
78
Alternativa para doentes com pneumonia na UCI com factores de risco para P. aeruginosa
Piptaz + Aminoglicosídeo + Fluoroquinolona (ou macrólido)
79
Duração da ATB na PAC sem agente identificado, em ambulatório
7-10 dias
80
Duração da ATB na PAC sem agente identificado, em enfermaria
10-14 dias
81
Duração da ATB na PAC sem agente identificado, em UCI
10-21 dias
82
Duração da ATB para S. pneumoniae
7-10 dias
83
Duração da ATB para Mycoplasma e Chlamydia
10-14 dias
84
Duração da ATB para Legionella pneumophila
21 dias
85
Quem deve fazer a vacina anti-gripal?
``` Imunodeprimidos Doença crónica > 65 anos Grávidas Profissionais de saúde ```
86
A transmissão da tuberculose requer...
Contacto intenso e prolongado com pessoa contaminada
87
Apresentação clínica da tuberculose
``` Expetoração (hemoptoica) Toracalgia Febre Sudorese Astenia Perda de peso (sintomas prolongados) ```
88
Quando suspeito de tuberculose?
Sintomas respiratórios com 2-3 semanas OU Hemoptises (independentemente da duração)
89
Rx Tórax na TB primária
Infiltrados ou opacidades parenquimatosas (segmento/lobo) Adenopatias Atelectasias segmentares Derrame unilateral
90
Rx Tórax na TB secundária
``` Condensações Cavitações Derrame pleural Tuberculomas Fibrose ```
91
Prova standard para diagnóstico de tuberculose
Prova da tuberculina
92
Quando é que a prova da tuberculina é positiva?
> 5 mm
93
Situações em que não existe doença, mas a prova da tuberculina dá positivo
Vacina da BCG Contacto antigo Contaminação sem doença
94
Quando a reação de Mantoux não é eficaz, é útil usar...
Prova da IFN-Gama (IGRA)
95
PT positiva em HIV
Qualquer reação deve ser valorizada, mesmo que < 5mm
96
Coloração para TB
Ziehl-Neelsen
97
Bichinho que dá Ziehl-Neelsen positivo mas não é TB
Nocardia
98
Como é que se exclui tuberculose?
3 amostras de boa qualidade negativas em dias diferentes
99
Prova de referência para diagnóstico de TB
Cultura (muito lenta!)
100
Tratamento da TB
Isoniazida + Rifampicina + Etambutol + Piracinamida (2 meses) + Isoniazida + Rifampicina (4 meses)
101
Bronquiectasias são mais frequentes em...
Mulheres e pessoas mais velhas
102
Dilatações anormais e irreversíveis dos brônquios, pela destruição do tecido muscular e elástico
Bronquiectasias
103
Características específicas da fisiopatologia de regiões pulmonares com bronquiectasias
- Inflamação propícia | - Vias colapsáveis
104
Quanto à distribuição, as bronquiectasias podem ser...
Focais ou Difusas
105
Etiologia das bronquiectasias pode ser...
``` Infecciosa Obstrutiva Tração Congénita Malformação Idiopática ```
106
Principais agentes infecciosos relacionados com bronquiectasias
Pseudomonas aeruginosa | H. influenza
107
Causas típicas de bronquiectasias obstrutivas
Corpo estranho Nódulo / neoplasia Compressão extrínseca
108
Causas típicas de bronquiectasias por tração
``` Fibrose pulmonar TB Doença do colagénio Sarcoidose Radiação ```
109
Causas típicas de bronquiectasias congénitas
FQ Défice Alfa-1-AT Discinésia ciliar primária Imunodef. primária
110
Principal causa de bronquiectasias por malformação
Broncomalácia
111
Percentagem de bonquiectasias que são idiopáticas
25-30%
112
Tipos de bronquiectasias quanto à estrutura
Saculares Fusiformes Varicosas
113
Bronquiectasias saculares
Quísticas
114
Bronquiectasias fusiformes
Cilíndricas
115
Bronquiectasias varicosas
Turtuosas
116
Sintomas respiratórios típicos da apresentação clínica de bronquiectasias
Tosse persistente e recorrente Expetoração purulenta Hemoptises Dispneia
117
Pneumonia seguida de tosse crónica é sugestivo de...
Bronquiectasias
118
Achados ao EO sugestivos de bronquiectasias
``` Fervores Roncos Sibilos Hipocratismo digital Sinais de IC direita ```
119
Melhor exame de imagem para bronquiectasias
TAC Tórax
120
Sinais de bronquiectasias à TAC Tórax
Sinal do anel (de sinete) | Aumento da espessura da parede brônquica
121
Faço uma TAC Tórax que mostra bronquiectasias focais. E agora?
Pesquisa de BAAR | Broncoscopia
122
Quadro de bronquiectasias com TAC normal. E agora?
Broncoscopia? Avaliação DRGE?
123
Principal causa de bronquiectasias focais
Obstrutiva
124
Tratamento de agudizações de bronquiectasias
Antibióticos Antiinflamatórios Mucolíticos (aerossol Dnase) Cinesioterapia respiratória
125
Tratamento de bronquiectasias com hemoptises
Resseção cirúrgica | Embolização de artérias brônquicas
126
Terapêutica empírica mais usada na exacerbação de bronquiectasias
Fluoroquinolona
127
A profilaxia das exacerbações das bronquiectasias idiopáticas fazem-se com...
Quinolonas, macrólidos ou amoxicilina per os OU Tobramicina inalatória
128
Terapêutica para as bronquiectasias (em exacerbação) na FQ
Tobramicina (inalada)