CP T4 - Tronco II + Membro Inferior (1) Flashcards

1
Q

Reconstrução da Parede abdominal?

A

• Situações clínicas

  • Trauma
  • Infeção (fasceíte necrotizante)
  • Ressecção tumoral
  • Hérnias parede abdominal anterior recurrentes
  • Defeitos congénitos
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2
Q

Princípos de tratametno Cirúrgico?

A
  1. Proteção e cobertura das vísceras intra-abdominais (Prioridade sobre os outros aspetos)
  2. Suporte fascial adequado - reparar e prevenir hérnia (Reparar estrutura musculoaponevrótica)
  3. Contorno de superfície adequado (Limitando a extensão das cicatrizes)

Pode não ser possível atingir o 3 princípios na mesma cirurgia, sendo necessárias várias cirurgias consequentes até estes objetivos serem atingidos

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3
Q

Algoritmo?

A
  1. Encerramento primário - evitar tensão
  2. Rede (Deverá ser sempre a 1a opção, desde que consigamos aproximar os tecidos sem exercer tensão excessiva, que pode levar a necrose, deiscência ou infeção.)
  3. Matrix dérmica humana acelular (ex: Alloderm, Allomax) (Também utilizado para a reconstrução da mama imediata, para reconstrução direta do implante. Contudo, o mesmo não acontece no abdómen, visto que esta matriz não tem capacidade de retenção de contenção da parede abdominal)
  4. Enxertos autólogos de fáscia ou de pele (derme, pele parcial) (Ou pele total)
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4
Q

Enxerto Autólogo de Fáscia Lata?

A

• Enxerto de fáscia lata com 20 por 15 cm de maiores dimensões
Reparação musculoaponevrótica bem sucedida, com único efeito lateral sendo a cicatriz na face lateral da coxa.
Contorno do abdómen aceitável.

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5
Q

Enxerto Autólogo de Derme?

A
    • A epiderme + gordura subcutânea foram removidas.
    • A área dadora utilizada foi a própria parede abdominal, fazendo uso do excesso cutâneo apresentado no slide anterior.
    • A força tensil de um enxerto de derme é muito considerável e eficiente para reconstruir a componente aponevrótica da parede abdominal
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6
Q

Enxerto Autólogo de Pele Parcial?

A
    • A espessura é tão pequena que é possível ver à transparência
    • Em situações de emergência, este tipo de enxerto pode ser colocado diretamente sobre o conteúdo visceral ou sobre uma rede
    • Serve como cobertura temporária das vísceras, sendo programado posteriormente um segundo tempo operatório para reconstrução desta mesma região abdominal
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7
Q
  1. Reconstrução com tecidos locais?
A
  1. Separação de componentes
    Utiliza tecidos locais. Saber as diferentes componentes da bainha dos retos acima e abaixo da linha arqueada. Útil para tratar defeitos da linha média. Podemos duplicar o avanço realizando a técnica no lado contralateral.
  2. Expansão tecidular
    Todos os tecidos vivos respondem de forma dinâmica às solicitações físicas que lhe são aplicadas. Uso de expansores temporários de silicone para aumentar a superfície cutânea.
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8
Q

Contra Indicações de 4 e 5?

A
    • As 2 técnicas anteriores não podem ser utilizadas em indivíduos submetidos a múltiplos procedimentos cirurgicos, utilização de rede prostética ou infeção de partes moles.
    • Nestes casos, deve ser utilizado retalhos pediculados, i.e. com vascularização própria.
    • Os mais usados são os retalhos mmusculares, musculocutâneos ou perfurantes.
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9
Q
  1. Reconstrução com retalhos pediculados (M ou MC ou P)?
A
  1. Retalho anterolateral da coxa (ALT)
  2. Tensor da fáscia lata
  3. Gracilis
  4. Reto femural
  5. Retalhos propeller (pediculados numa perfurante particular)
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10
Q
  1. Retalho Livre Re-inervado?
A
    • Retalho miocutâneo de grande dorsal livre re-inervado com nervo motor do reto abdominal
    • Foi colocado na região do defeito, revascularizado por anastomoses microcirurgicas aos vasos epigástricos inferiores e reinverdo por neurorrafia um dos nervos motores do reto abdominal, para que este músculo possa voltar a ter tónus muscular e contração voluntária.
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11
Q
  1. Terapêutica com vácuo?
A
    • Apenas em contextos muito seletivos; é uma técnica que promove a cicatrização tecidular
    • Utiliza-se esponja esterilizada, tubo ligado a máquina que produz vácuo e penso impermeável sobre a ferida para garantir realização do vácuo sobre a mesma.
    • Esta técnica é vantajosa por manter ambiente da ferida húmido, diminui edema, aumenta vascularização, diminui libertação de mediadores inflamatórios, aumenta produção de colagénio > promoção da cicatrização tecidular.
    • Normalmente reservada para doentes com compromisso da cicatrização ou leitos infetados.
    • Pode ser utilizado como modo preparatório para qualquer uma das técnicas reconstrutivas
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12
Q

Úlceras de Pressão?

A
    • Escaras ou úlceras de decúbito.
    • Resulta da pressão excessiva.
    • Este tipo de lesões podem aparecer em posições que não de decúbito dorsal, desde que aplicação uma pressão excessiva, como aquando o uso de talas ou gessos, ou cintas apertadas sobre eminências ósseas.
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13
Q

Processo de Úlceras de Pressão?

A
  • Pressão constante pode provocar isquemia tecidular nas camadas próximas a proeminências ósseas resultando em necrose tecidular
  • Este fenómeno pode surgir após 2 horas de pressão ininterrupta
  • Fenómeno iceberg
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14
Q

Estadiamento e Incidência de Úlceras de Pressão?

A

Estadiamento:
• Estadio I – eritema
• Estadio II – ulcera cutânea + necrose do tec celular subcutaneo
• Estadio III – estadio II + necrose muscular
• Estadio IV – estadio III + osso ou articulação expostos

Incidência
• Doente acamado em meio hospitalar – 10-15 %
• Doentes em UCI – 33 %
• Tetraplegia – 60 %
• Doentes com fratura bacia – 66 %
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15
Q

Tratamento não cirúrgico de Ulceras de Pressão?

A
  • Penso apropriado, desbridamento químico/cirúrgico
  • Infeção sistémica/sépis muito rara com ponto de partida em ulcera de pressão – importante procurar outras fontes (ITU ou do trato respiratório)
  • Infeção da ulcera (sinais de celulite local) tratar com desbridamento cirúrgico e antibioterapia tópica
  • Antibioterapia sistémica não está normalmente indicada, pelo menos por períodos prolongados
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16
Q

Tratamento cirúrgico de Ulceras de Pressão?

A
  • Normalmente proposto em doentes com patologia reversível e com bom estado geral (hemoglobina e albumina)
  • Desbridamento excisional – inclui ulcera + bolsa + áreas calcificadas
  • Ostectomias parciais ou totais devem ser evitadas pois criam outros pontos de pressão (Reduzir eminências ósseas não funciona, porque se verifica a transferência de pontos de pressão para outras áreas ósseas adjacentes. Recomedada quando osso está manifestamente desvitalizado)
  • Encerramento da ferida com tecido saudável, durável, com capacidade de almofadamento adequado sobre a proeminência óssea (retalhos musculocutâneos versus fasciocutâneos)

Retalhos musculocutâneos - Maior capacidade de preenchimento do espaço morto em profundidade e capacidade de contenção da infeção
Retalhos fasciocutâneos - Mais resistente aos movimentos de deslizamento e compressão

17
Q

Prevenção de Úlceras de Pressão?

A
  • Manter pele limpa e seca
  • Cuidado apropriado – mudança de posição de 2 em 2 horas
  • Otimização do estado nutricional
  • Aliviar pressão com colchão apropriado anti-escaras (silicone, insuflável), almofadas, protetores de calcanhar
  • Leito fluidificado (clinitron) – gold standard para prevenção (Utilizado em doentes bem ventilados durante longos períodos)