Orto T5 - Coluna Degenerativa (1) Flashcards

1
Q

Lombalgia?

A

A lombalgia é uma das principais causas de dor crónica
A dor, aguda ou crónica, pode ser constante, intermitente, ou aparecer apenas em certas posições ou atividades
A dor pode ser localizada, referida ou irradiada para outras áreas, e assumir diferentes características

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2
Q

Epidemiologia de Lombalgia?

A
  • Afeta 80% das pessoas durante toda a sua vida (30% diariamente)
  • Representa mais de 50% das causas de incapacidade
  • 25-30% da população tem alguma limitação da atividade por problemas da coluna
  • Traumatismo lombar prévio (dor aguda)
  • Artrose das mãos, joelhos ou ancas
  • Tabagismo e alcoolismo
  • Atividades
  • Nível social e educacional mais baixo
  • Insatisfação laboral
  • Gravidez (24 a 56%)
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3
Q

Processo degenerativo?

A
  • Regressão dos vasos intradiscais (2-4 A)
  • Carga axial aumenta com o peso corporal
  • Lamelas fibrosas começam a protrudir
  • Primeiras queixas relacionadas com o disco >12 A
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4
Q

Processo degenerativo 20-60 anos?

A
Fibroblastos e condrócitos mal nutridos produzem fibras de má qualidade
Alterações da matriz, desidratação
->
Roturas radiais e circulares no ânulo
->
Sequestros seguem o caminho de menor resistência
->
Abaulamentos, Protrusões, Extrusões (Hérnia discal)
->
Lumbago
Lombalgia discogénica crónica
Síndrome de compressão radicular
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5
Q

Processo degenerativo >60 anos?

A

O disco disco perde água e torna-se fibrótico e firme
->
O deslizamento dos tecidos discais centrais deixa de progredir
->
Rigidez confortável da coluna envelhecida

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6
Q

Dor discogénica?

A
    • O disco é inervado pelo ramo sinuvertebral ou recorrente
    • Em discos degenerativos lombares verificou-se a penetração de terminais livres na parte posterior do ânulo e mesmo do núcleo pulposo
    • Alterações na composição e propriedades estruturais
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7
Q

Dor facetária?

A
    • As facetas são inervadas pelos ramos posteriores de 2 ou 3 nervos espinhais adjacentes (ramo médio)
    • Frequentemente sede de osteoartrose, associada à degenerescência discal com reação sinovial, destruição da cartilagem e formação de osteófitos
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8
Q

Dor óssea?

A
    • Fracturas, infecção, tumores envolvendo o periósseo e o osso, ou microfracturas decorrentes do processo degenerativo
    • Por RMN verifica-se alteração de sinal das plataformas vertebrais adjacentes a um disco
    • Localmente, há aumento da pressão intra óssea em 55%, diminuição do pH e aumento da pCO2
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9
Q

Dor muscular e ligamentar?

A
    • Postura, má ergonomia, stress e fadiga muscular crónica
    • Défice de condicionamento e alteração dos sistemas propriocetivos
    • Perda da elasticidade e espessamento ligamentar
    • Instabilidade segmentar e deformidade
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10
Q

Nociceção?

A
    • Sensitização dos terminais livres, fibras nervosas e neurónios superiores (altas concentrações de neuropéptidos nocicetivos, substância P, CGRP)
    • Edema crónico e fibrose nervosa
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11
Q

Diagnóstico?

A
    • A história clínica e o exame físico combinados com as modernas técnicas de imagem só identificam corretamente as causas em 10 – 20% dos casos agudos e 10 – 40% dos casos crónicos
    • As técnicas invasivas de diagnóstico poderão aumentar a capacidade diagnóstica até aos 70 – 80%
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12
Q

Dor aguda?

Dor cronica?

A

Dor de início recente e de provável duração limitada, havendo normalmente uma definição temporal e/ou causal

É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação temporal e/ou causal, que produz sofrimento, podendo manifestar-se com várias características e gerar diversos estádios patológicos

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13
Q

Classificação da dor de acordo com o tipo?

A
DOR NOCICETIVA
Aguda
Penetrante
Compressão
Pressão
Palpitante
Dolorosa
DOR NEUROPÁTICA
Formigueiro
Picadas
Ardor
Latejante
Lancinante
Sensação de choque elétrico
Sensibilidade ao calor e frio
Provocada pelo toque, ao roçar ou pela
pressão

Ambos os tipos podem associar-se á dormencia

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14
Q

Exame físico?

A

Inspecção (desvios, assimetrias)
Palpação (contractura paravertebral, pontos dolorosos, trigger points)
Mobilidades (passiva, activa)
Exame neurológico

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15
Q

Exames complementares – RX?

A
    • Radiografias AP e Perfil para avaliação do alinhamento e anatomia óssea
    • 70-95% dos adultos assintomáticos entre os 60 e os 65 anos apresentam alterações radiográficas
    • O pedido, por rotina, de incidências oblíquas, dinâmicas e spot lateral não se justifica a não ser em casos clinicamente recomendados ou no planeamento pré-operatório
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16
Q

Exames complementares – TAC?

A
    • Excelente visualização da anatomia óssea e articular, estenose e hérnias de disco
    • Escolha secundária após RMN ou quando esta está contra-indicada
    • Mielo-TAC só quando a RMN está contra-indicada
17
Q

Exames complementares – RMN?

A

– Actualmente é o método de imagem de escolha no estudo da lombalgia
› Não necessita de radiação ionizante
› Proporciona excelente distinção entre os diferentes tecidos das partes moles
› Oferece uma melhor visualização de qualquer alteração da medula óssea ou dos elementos intracanalares

– Alterações presentes em 30-60% dos indivíduos assintomáticos, numa frequência crescente com a idade

18
Q

Técnicas invasivas de diagnóstico?

A
    • O bloqueio diagnóstico de uma estrutura inervada com capacidade de gerar dor pode ser realizado para testar a hipótese de que a estrutura alvo é a origem da dor do paciente
    • Infiltraºões da coluna
19
Q

Ver protocolo de diagnóstioc de lombalgia crónica PPT

A

Ver protocolo de diagnóstioc de lombalgia crónica PPT

20
Q

Objetivos no tratamento da dor?

A

Dor aguda
• Eliminar a causa
• Proporcionar uma analgesia rápida e eficaz
Dor crónica
• Reduzir a dor
• Limitar o compromisso funcional
• Manter ou melhorar a mobilidade articular (nas patologias músculoesqueléticas)

21
Q

Tratamento conservador?

A
› Agentes farmacológicos
› Curto período de repouso (agudo)
› Fisioterapia e hidroterapia
› Fortalecimento muscular
› Ortóteses
› Estimulação elétrica nervosa cutânea
› Injeções esteroides epidurais
› Bloqueios radiculares
› Infiltrações
22
Q

Escada analgésica OMS?

A


Não Opioides – Dor Ligeira (EVA 1-3)
Adjuvantes analgésicos


Opioides Minor – Dor Ligeira a Moderada (EVA 4-6)
Não Opioide
Adjuvantes analgésicos


Opioides Major – Dor Moderada a Intensa (EVA 7-10)
Não Opioide
Adjuvantes analgésicos

23
Q

Prognóstico?

A

5 a 20% evoluem para a cronicidade:
• Persistir no tratamento conservador (multimodal)
• Alterações ergonómicas e evicção de tarefas desencadeantes de dor
• Terapia comportamental, biofeedback, escola da coluna, …

24
Q

Técnicas invasivas de tratamento?

A

IDET, nucleoplastia, ozono, neurotomia por radiofrequência

Evidência limitada

25
Q

Tratamento cirúrgico?

A

– Realizado em menos de 5% dos doentes se ausência de alterações neurológicas
• Artrodese, Artroplastia
– A considerar apenas se após um período de 6 a 12 meses de tratamento conservador persistir dor significativa e se a causa for identificável