Orto T3 - Traumatologia do Membro Superior (1) Flashcards

1
Q

Luxação Esternoclavicular - Introdução?

A

. Rara
. A luxação traumática da articulação esternoclavicular geralmente decorre de um acidente de alta energia (acidente de viação, desporto de contacto)
. Pode ser anterior, a mais comum ou posterior, a mais grave, pelo risco de lesão das estruturas mediastínicas

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2
Q

Luxação Esternoclavicular - Anatomia?

A

. A clavícula é o primeiro osso a ossificar e a fise medial é a última a encerrar (20-25anos)
. A articulação esternoclavicular é uma articulação incongruente com menos de 50% de contacto ósseo, em que a estabilidade depende de estruturas ligamentares (ligamentos esternoclaviculares, cápsula, ligamentos costoclaviculares e disco intra-articular)

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3
Q

Luxação Esternoclavicular - Apresentação Clínica?

A

Sintomas
. Se luxação anterior deformidade com tumefação palpável
. Se luxação posterior dispneia, disfagia, taquipneia, estridor
Exame Físico
. À palpação proeminência exacerbada com a abdução e elevação do membro
. Diminuição do arco de mobilidade
. Se lesão neurovascular parestesias, congestão venosa ou diminuição do pulso comparativamente ao membro contralateral

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4
Q

Luxação Esternoclavicular - Exames Complementares de Diagnóstico?

A

Radiografia
. Incidência AP
. Incidência serendipity (ampola com tilt cefálico 40o)
. Permite melhor visualização da articulação esternoclavicular
. Se luxação anterior clavícula acima da clavícula contralateral
. Se luxação posterior clavícula abaixo da clavícula contralateral
Tomografia computarizada
. Exame de eleição, permitindo a visualização das estruturas mediastínicas
. Permite o diagnóstico diferencial com fraturas da fise

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5
Q

Luxação Esternoclavicular - Tratamento Conservador?

A

. Subluxações atraumáticas ou luxações anteriores crónicas (> 3 semanas)
. Tratamento sintomático com suspensão braquial
. Retorno à atividade sem restrições aos 3 meses

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6
Q

Luxação Esternoclavicular - Tratamento Cirúrgico?

A

. Redução fechada sob anestesia e/ou cirurgia torácica em luxações anteriores e posteriores agudas
. Redução aberta e reconstrução ligamentar em luxações posteriores se redução fechada sem sucesso
. Excisão clavícula medial se luxação crónica/recorrente ou dor persistente

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7
Q

Luxação Esternoclavicular - Complicações?

A

. Dor crónica

. Instabilidade

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8
Q

Fraturas da Clavívula - Introdução?

A

. Comuns (até 4% de todas as fraturas nos adultos)
. Geralmente ocorrem em doentes jovens, ativos; mais frequente no sexo masculino
. Queda sobre membro em extensão ou trauma direto do ombro
. 80% diáfise, 15% terço distal e 5% terço medial

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9
Q

Fraturas da Clavívula - Anatomia?

A

. Zona de fragilidade na junção 1/3 externo com 1/3 médio, não protegida por estruturas ligamentares ou musculares
. Em fraturas desviadas fragmento lateral com desvio posterosuperior por ação do músculo esternocleidomastoideo; fragmento medial com desvio inferomedial por ação do músculo peitoral

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10
Q

Fraturas da Clavívula - Apresentação Clínica?

A

Sintomas
. Dor
Exame Físico
. Deformidade, tenting da pele (fratura óssea iminente)

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11
Q

Fraturas da Clavívula - MCDs?

A

Radiografia
. Incidência AP
. Zanca view (tilt cefálico 20o) permitindo determinar desvio superior/inferior
Tomografia computorizada
. Pode ajudar a avaliar desvio, encurtamento, cominução, extensão articular, lesão vascular e não união

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12
Q

Fraturas da Clavívula - Tratamento?

A

Conservador
. Maioria das fraturas tratadas de forma conservadora
. Tratamento sintomático com suspensão braquial com exercícios de reforço às 6-8 semanas
. Fraturas do terço externo com maior taxa de não união comparativamente fraturas do terço médio

Cirúrgico
Indicações absolutas
. Fraturas expostas ou com exposição iminente
. Fraturas com lesão neurovascular associada

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13
Q

Fraturas da Clavívula - Complicações?

A
. Não consolidação
. Consolidação viciosa
. Lesão neurovascular
. Proeminência do material de osteossíntese
. Infeção
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14
Q

Luxação Acromioclavicular - Introdução?

A

Definição
. Lesão traumática da articulação acromioclavicular com disrupção dos ligamentos acromioclaviculares ou coracoclaviculares

Epidemiologia
. Comum (até 9% das lesões do ombro)
. Mais comum em homens e atletas
. Traumatismo direto do ombro

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15
Q

Luxação Acromioclavicular - Anatomia?

A

. Articulação entre a omoplata (acrómio medial) e clavícula lateral
. Estabilidade estática:
- ligamentos acromioclaviculares, que controlam mobilidade horizontal e estabilidade anteroposterior
- ligamentos coracoclaviculares (conóide e trapezóide) que controlam mobilidade vertical e estabilidade supero-inferior
. Estabilidade dinâmica:
- músculos deltóide e trapézio

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16
Q

Luxação Acromioclavicular - Apresentação Clínica?

A

Sintomas
. Dor na topografia da articulação acromioclavicular

Exame físico
. Dor palpação clavícula lateral ou articulação acromioclavicular
. Contorno anormal do ombro comparativamente ao contralateral
. Cross-body addution test para avaliar a estabilidade horizontal

17
Q

Luxação Acromioclavicular - MCDs?

A

Radiografia
. Incidência AP bilateral, permite comparar o desvio com o lado contralateral
. Incidência axilar, permite diagnóstico da luxação posterior
. Zanca view
. Cross-body adduction view

18
Q

Luxação Acromioclavicular - Classificação Rockwood?

A

. Tipo I - entorse da articulação acromioclavicular
. Tipo II – rutura dos ligamentos acromioclaviculares e entorse dos ligamentos coracoclaviculares
. Tipo III – rutura ambos ligamentos acromioclaviculares e coracoclaviculares
. Tipo IV - tipo III + desvio posterior da clavícula
. Tipo V - tipo III + desinserção trapézio e deltóide
. Tipo VI - Tipo III + clavícula subacromial ou subcoracóide

19
Q

Luxação Acromioclavicular - Tratamento?

A

Conservador
. Tipo I e II- tratamento sintomático com suspensão braquial (sete dias a duas semanas)
. Tipo III- pode ser tratada de forma de forma conservadora na maioria dos casos;

Cirúrgico
. Tipo III- lesões agudas em trabalhadores pesados e atletas ou em lesões crónicas refratárias ao tratamento conservador
. Tipo IV-VI

20
Q

Luxação Acromioclavicular - Complicações?

A

. Dor residual
. Artrose
. Fratura da coracoide
. Falência da osteossíntese

21
Q

Fraturas do Úmero Proximal - Mecanismo?

A

. Queda de baixa energia em idosos com osso osteoporótico

. Traumatismo de alta energia em jovens

22
Q

Fraturas do Úmero Proximal - Anatomia?

A

. Estudos recentes sugerem que artéria circunflexa umeral posterior é a principal artéria responsável pela vascularização da cabeça umeral
. Inserções musculares dos músculos peitoral maior, supraespinhoso, infraespinhoso, redondo menor e subescapular conferem os desvios aos fragmentos

23
Q

Fraturas do Úmero Proximal - Apresentação Clínica?

A
Sintomas
. Dor e edema
. Diminuição do arco de mobilidade
Exame Físico
. Equimose
. Exame neurovascular:
. Lesão nervo axilar mais comum (avaliar função do músculo deltóide)
. Lesão arterial pode não ser detetada pela extensa circulação colateral
24
Q

Fraturas do Úmero Proximal - MCDs?

A
Radiografia
. Incidência AP verdadeira
. Incidência axilar
. Incidência Y escapular
Tomografia computarizada
. Permite avaliar cominução intra-articular
. Planeamento pré-operatório
25
Q

Fraturas do Úmero Proximal - Classificação de Neer?

A

. 1-, 2- 3- e 4- partes
. Partes : superfície articular, grande e pequena tuberosidades e diáfise
. Parte definida como desvio maior 1cm ou angulação superior a 45o

26
Q

Fraturas do Úmero Proximal - Tratamento?

A

Conservador
. Tratamento sintomático com suspensão braquial
. Fraturas minimamente desviadas do colo cirúrgico e colo anatómico
. Fraturas grande tuberosidade com desvio < 5mm
. Fraturas em pacientes não candidatos cirúrgicos
Cirúrgico
. Fraturas grande tuberosidade com desvio > 5mm
. Fraturas 2-, 3- e 4- partes

27
Q

Fraturas do Úmero Proximal - Complicações?

A
. Necrose avascular
. Lesão neurovascular (lesão nervo axilar é a lesão mais comum)
. Consolidação viciosa
. Atraso consolidação
. Artrose pós-traumática