Fraturas do calcâneo Flashcards

(67 cards)

1
Q

Anatomia

A

Faceta posterior
Tuberosidade do calcaneo (“corpo”)
Processos lateral e medial
Tróclea fibular
Sustentaculo do talus

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2
Q

Faceta posterior

A

principalmente sustentação do peso

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3
Q

Lateral

A

Origem abdutor 5º dedo

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4
Q

Medial

A

Origem abdutor hálux

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5
Q

Tuberosidade do calcaneo (“corpo”)

A

possui os processos lateral e medial

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6
Q

Tróclea fibular

A

separa os tendões fibulares

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7
Q

Sustentaculo do talus

A

proeminência medial que sustenta a faca articular talar média, tendão FLH passa inferior (faz um fulcro)

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8
Q

Vascularização

A

45% vascularização artéria Tibial posterior (medial)
45% artéria calcanear lateral (lateral)
10% seio tarso

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9
Q

Epidemiologia

A

2% todas as fraturas → Fx mais frequente tarso (60-70%)
90% em homens entre 21-45a
Maioria trabalhadores de indústria → impacto econômico
Mecanismos de trauma de alta energia

60-75% fx desviadas e intra-articulares
50% lesões associadas

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10
Q

lesões associadas

A

10% fraturas coluna lombar
26% lesões em membros inferiores (Fx pilão, platô, colo tálus)
5-10% fx bilaterais
Compartimental (central profundo): 10%
50% com garra / rigidez
Exposta 10%

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11
Q

Mecanismos de Trauma

A

Queda local elevado
Acidente automobilístico
Mecanismo Essex-Lopresti
Mecanismo de Carr

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12
Q

Mecanismo de Carr

A

2 linhas primárias
Explicam os padrões de fratura em língua e em depressão e a formação dos fragmentos superolateral e anterolateral
Longitudinal
Fragmentos Medial + Lateral
Fx continua para Faceta anterior ou articulação calcaneocubóide
Transversa
Fragmentos Anterior + Posterior
De lateral → Medial
Fx continua medialmente e divide a faceta medial
Lateralmente se estende para inferior → ou para plantar ou para anterior

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13
Q

Mecanismo Essex-Lopresti

A

Fratura inicia-se Lateral → Medial
Divide calcâneo em parede lateral e corpo
Força remanescente é dissipada no sustentáculo medial
Força pode continuar e linha da fratura se estender para processo anterior ou articulação calcaneocubóide→ fragmento anterolateral
Se for na direção posterior → faceta posterior → fratura com depressão articular
Se força direcionada axial → fratura tipo língua

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14
Q

Triangulo neutro

A

Trabeculas de tração que se estandem da cortical inferior do calcaneo combinam-se com trabeculas de compressão que apoioam as facetas articular posterior e anterior. A Área entre essas trabeculas gera o triangulo neutro

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15
Q

Sinais e sintomas

A

Lesão de partes moles

Sinais lesão intra-articular

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16
Q

Sinais lesão intra-articular

A

Perda altura calcâneo
Encurtamento e alargamento retropé
Mau alinhamento em varo

Diminui ângulo de Bohler
Aumenta ângulo de Gissane

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17
Q

Lesão de partes moles

A

Necrose cutânea → região posterior por fx em língua desviada
Fx expostas (7-17%)

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18
Q

Fx expostas

A

Pior prognóstico
Mais complicações e mais gastos
Lesão partes moles é o principal fator prognóstico nas fx expostas
Lavagem com 9 litros de solução salina
Debridamento agressivo
Estabilização provisória percutânea (fios de K ou FE)
ATBprofilaxia
Reconstrução tardia é recomendado

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19
Q

fraturas expostas mediais

A

Se > 4cm, não pode ser fechada ou instável após 7-10d
Lavagem com solução salina + ATB
Debridamentos seriados até ferida limpa
Se < 4cm, passível de fechamento e estável
RAFI assim que condições de partes moles

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20
Q

Exames Complementares

A

Rx
AP do pé
Perfil retropé
Axial calcâneo (Harris)
Série tornozelo (Broden)
Coluna lombar de rotina

TAC
Corte axial, semicoronal de 30º e sagital
Cortes 3-5mm para analise adequada
Fraturas intra-articulares

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21
Q

Exame radiográfico - Perfil

A

Ângulo de Böhler: 20-40o
Ângulo de Gissane: 120-140º
Triângulo neutro (trabéculas)

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22
Q

Angulo de Bohler

A

Linha traçada a partir do ponto mais alto do processo anterior do calcaneo até o ponto mais alto da faceta posterior, e uma linha traçada traçada tangenciando a borda superior da tuberosidade.

Diminuição desse angulo sugere que a faceta posterior sofreu colapso, com isso ocorre desvio do peso corporal na direção anterior.

Melhor fator prognóstico

na depressao articular diminui

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23
Q

Angulo de Gissane

A

Duas estruturas corticais que se prolongam lateralmente: uma ao longo da margem posterior da faceta posterior e outra se estendendo anteriormente a parte mais alta do processo anterior.

na depressao articular aumenta

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24
Q

Sinal da dupla densidade

A

Somente a metade lateral da faceta posterior é fraturada
Sutentáculo tálus permanece normal
Ângulos de Bohler e Gissane normais
Tubérculo gira na direção plantar

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25
Outras incidências radiográficas
AP → fx até articulação calcâno cuboide Harris Incidência de Broden
26
Incidência de Broden
Projeção no RX da superf articular da faceta post Pé em flexão neutra, perna RI 30-40º Centrado no ML: 4 radiografias – 40, 30, 20 e 10º em direção cranial 40º ve a parte mais anterior da faceta posterior e 10ºa anterior Incidência de mortalha pode substituir Deve ser usado no intra-op ara avaliar redução articular
27
Incidência de Harris
(45°cefálico) → Alargamento do retropé e varo/valgo Visualização da articulação Angulação do fragmento tuberosidade
28
TAC
30° Semi-coronal Faceta posterior Sustentáculo Retropé Posição tendões FLH e fibulares Classificar fraturas Axial Alargamento Fx calcâneo-cuboide Aspecto anteroinferior da faceta posterior Sustentáculo Sagital Faceta posterior Tuberosidade calcâneo Processo anterior
29
Classificação
Essex Lopresti AO Sanders
30
Classificação: Essex Lopresti
Língua (necrose pele): 21% Fragmento articular junto com fragmento da tuberosidade Depressão Articular Fragmento articular separado da tuberosidade Pouca informação prognóstica
31
Classificação: AO
Osso 82 A1 -> Avulsão do tendão de Aquiles com parte da tiberosidade B2 -> Fratura deslocada anterior à articulação C2 -> Deslocada, intra-articular e envolve articulação subtalar
32
Classificação: Sanders geral
TAC corte coronal Avalia padrão traço fx da faceta posterior Corte que avalia sustentaculo talus Sem desvio <2mm Lingua verdadeira (extra-articular) = tipo IIC Se traço língua para articulação = tipo IIB
33
Classificação: Sanders tipos
Faceta posterior é dividida 3 linhas de fx A,B e C – Linhas de lateral para medial Resulta 4 partes: lateral, central, medial e sustentáculo Tipo I: todas fx sem desvio, independente do num de linhas de fx Tipo II: fx 2 partes faceta post com base na linha (IIA, IIB, IIC) Tipo III: fx 3 partes com 1 frag depressão central (IIIAB, IIIAC, IIIBC) Tipo IV: fx 4 partes; cominutivas
34
Tratamento Conservador: indicações
Fx extra-articulares não desviadas ou com desvio minimo Fx intra-articulares não desviadas Fratura do processo anterior com <25% do envolvimento da articulação calcaneo cuboidea Fraturas em pacientes ruins (diabeticos, vasculopatia , ...)
35
Tratamento Conservador: como
Imobilização até melhora hematoma Exercícios p/ ADM: subtalar e tornozelo Sem carga por 12 semanas Moderada evidência de que não há diferença significativa em dor e desfecho funcional entre tto cirúrgico e conservador Tto cirúrgico → auxilia retorno ao trabalho e o impacto econômico pode ser menor
36
Tratamento Cirúrgico: indicações
Fx Intra-Art com desvio da faceta posterior Fx Processo Anterior com art CC > 25% Desvio da Tuberosidade Calcaneo Fx-Lx Expostas
37
Tratamento Cirúrgico: quando operar?
Nas primeiras 3 semanas Primeiras 12-24h Esperar até10-14 dias Teste do Enrugamento
38
Tratamento Cirúrgico: Sequência de Tratamento
Restaurar congruência faceta posterior da subtalar Restaurar altura calcâneo (ângulo Bohler) Redução da largura calcâneo Descompressão tunel dos fibulares Realinhamento (valgo 5º) da tuberosidade posterior Redução calcaneo-cuboide
39
Tratamento Cirúrgico: Opções
Fixação Percutânea Abordagem Lateral Extensa Abordagem medial Artrodese subtalar primária
40
Fixação Percutânea: indicações
Reservado padrões Fx relativamente simples 61-72% bons resultados Indicações Sanders IIC tipo língua Tuberosidade posterior desviada (bico) Redução e estabilização temporária, emergência, de fraturas com comprometimento grave o iminente dos tecidos moles, em decorrência do desvio Pacientes com contra-indicações relativas para cx aberta Pode ser usado como tto definitivo
41
Fixação Percutânea: passos
Paciente em decúbito ventral ou lateral → pernas em tesoura. Áplicar dois pinos guias rosqueadosem paralelo no fragmento em lingua. Faz a manobra de redução de Essex Lopresti. Avançar o pino guia em direção ao processo anterior, apçlicar parafuso canulado
42
Manobra de Essex Lopresti
Fio se K no fragmento proximal
43
Abordagem Lateral Extensa
Paciente em decúbito lateral Acabar a cirurgia em 2h30min devido ao garrote Incisão 2cm acima maléolo lateral ao lado aquiles Curva para calcaneocuoide ou 5 MTT Flap espessura total → até 3cm Se subluxação tendões fibulares → reparar retináculo superior fibulares no msm tempo cirúrgico Placas bloqueadas podem ser usadas para ossos de má qualidade Risco: sural Usa mais o acesso seio do tarso (ver)
44
Abordagem Medial
Acesso Medial (McReynolds): insuficiente para restaurar a superfície articular Risco do feixe VN – N. Plantar Medial
45
Abordagem Combinada
medial + lateral Vantagens Redução acurada do fragmento do sustentáculo (medial) Exposição da subtalar para redução acurada (lateral) Desvantagens Dificuldade para descompressão lateral (pequena incisão) Dificuldade fixação do fragmento da tuberosidade para o fragmento do sustentáculo Necessita exposição e afastamento do feixe neurovascular medial
46
Artrodese subtalar primária
Indicações: Fraturas muito cominutivas – Sanders IV Impossibilidade de redução Grave dano à cartilagem Ausência de superfície articular Bons resultados Enxertia óssea (no tratamento com RAFI o enxerto não tem evidência)
47
Fraturas-Luxações
Geralmente com impacção fragmento superolateral no corpo calcâneo Fx em língua ou depressão Desvio lateral para articulação talo-fibular Pode fraturar maléolo lateral e deslocar tendões fibulares Associado com retropé em varo Associado a lesões ligamentares Tto cirúrgico → acesso lateral o quanto antes
48
Fratura do Sustentaculum Tali
Rara (geralmente passa desapercebida no Rx inicial) Considerada extra-articular, mas pode envolver a articulação Associada com Fx tnz e pé ipsilaterais RAFI através de acesso medial com bons resultados Se não tratado cirurgicamente, a pseudoartrose pode levar a Sd Túnel do Tarso pela migração do fragment medial
49
Fratura Processo Anterior
Dor, edema, equimose retropé anterolateral Distal ao seio do tarso, facilmente palpável Resultam de inversão forçada + flexão plantar Aumenta tensão ligamento bifurcado Produz Fratura por avulsão Fx continua até articulação calcaneocuboide com pouco desvio RAFI para fragmentos da calcaneocuboide > 25% Pequenos ou micro-parafusos Placas de mini fragmentos
50
Fx Tuberosidade Posterior Calcâneo
Raras → pensa-se estarem associadas a fraturas por insuficiência em osso osteopênico Fraturas em “bico” ou avulsão Resultam mais comumente de tração violenta do TS Tb pode ocorrer após tropeço/queda com pé dorsifletido Dor e edema região posterior retropé Fraqueza flexão plantar contra resistência
51
Fx Tuberosidade Posterior Calcâneo: indicações cx
Indicações de reparo cirúrgico Pele região posterior em risco Porção óssea posterior muito proeminente Tríceps sural incompetente Avulsões envolvendo superfície articular
52
Fx Tuberosidade Posterior Calcâneo: tipos
1)Fx-Avulsão 2)Reduçao e fixaçao imediata → risco de necrose de pele 3)Fratura Infrabursal do terço posterior da tuberosidade
53
Complicações
Deiscência FO OMC Perda de redução Tendinite fibulares Dor lateral tnz, dor calcanhar, exostose posterior Luxação fibulares Lesão Nervosa Artrose póstraumática Consolidação viciosa
54
Deiscência FO
Complicação mais comum após tto cx – 25% No ápice da incisão Fatores risco → Tabagismo, DM, fx exposta, IMC alto Tratamento da superficial Bota gessada com janela Parar ADM + ATB VO Tratamento da profunda Debridamentos + ATB guiado por cultura 6 semanas EV Aparelhos de pressão negativa Flap fasciocutâneo do braço
55
OMC
1 a 4% das fx fechadas; 19% fx abertas Remoção implantes + debridamento agressivo Espaçador com ATB + 6 semanas ATB EV Debridamentos seriados → Artrodese subtalar → Amputação
56
Perda de redução
início precoce carga (iniciar só após 8 sem)
57
Tendinite fibulares
Em geral, apos tto conservador (colisão lateral) Acesso lateral Kocher (cicatrização) Material síntese – RMS Tto com AINE +FST
58
Lesão Nervosa
15% acesso lateral (n. sural → proximal ou distal) 25% acesso medial (ramo calcâneo do tibial) Neuropraxia ou neuroma ou laceração Compressão ou encarceramento do n. Tibial: + comum apos tto conservador (exostose, consolidação viciosa) Tratamento pode ser com neurólise e descompressão
59
Luxação fibulares
reconstrução do retináculo superior
60
Artrose póstraumática
Subtalar Rápida evolução se má redução fratura Pode aparecer mesmo com boa redução da fratura Lesão da cartilagem no momento do trauma Dor grave e incapacidade functional Tto conservador → AINE, FST, calçados adequados Tto cirúrgico → RMS + artrodese subtalar Calcaneocuboide Má redução fragmento anterolateral Após tratamento conservador
61
Consolidação viciosa
Varo mais comum Tratamento- tipos de Sanders I. Exostectomia lateral + tenólise fibulares II. Exostectomia lateral + tenólise fibulares + artrodese subtalar III.Exostectomia lateral + tenólise fibulares + artrodese subtalar + osteotomia para correção mau alinhamento e encurtamento do retropé (Dwyer)
62
Cirurgias Tardias
Exostectomia da parede lateral Artrodese tríplice Artrodese subtalar in situ Artrodese subtalar com distração + enxerto Osteotomias - valgizante - varizante - deslizamento
63
Sobre as fraturas de calcâneo, assinale a correta A) representam 40% das fx dos ossos do tarso, ocorrendo em sua maioria com pctes dos 30-50 anos B)a integridade do fragmento do sustentáculo do tálus, preso ao mesmo pelo ligm interósso, é importante para parâmetro cirúrgico C)a consolidação viciosa da fx do calcâneo geralmente ocorre em valgo D) a perda da altura cursa cronicamente com sintomas de impacto posterior do tnz
B
64
Na fx articular do calcâneo A) a classificação de Essex Lopresti é tomográfica B) o angulo de Gissane não é importante na avaliação inicial C) a classificação de Sanders baseia-se na cominuição e desvio da faceta posterior D) a classificação de Sanders é baseada na incidência de Harris
C
65
Na imagem ao lado (Canale) o que está demonstrado: A. Domo do talus B. Colo do talus C. Faceta. Post. Calcaneo D. Faceta media calcaneo
B
66
cortes TC para avaliar fratura calcaneo - calcaneocuboidea, faceta posterior e tuberosidade do calcaneo?
axial, coronal, sagital
67
Fragmento constante
superomedial que contem sustentaculo do talus TC