LESÕES LIGAMENTARES AGUDAS DO TORNOZELO Flashcards

(46 cards)

1
Q

Epidemio

A

85% das lesões de tornozelo = entorse
85% - Envolvimento lateral – trauma em inversão

Pouco mais comum em mulheres
Homem mais lesão de sindesmose e compartimento medial

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2
Q

Fatores de risco

A

(entorse)
Pessoas mais altas
IMC alto
Basquete, Cheerleader, Rugby

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3
Q

Anatomia

A

Ligamento deltóide(MEDIAL)
Complexo ligamentar lateral
Sindesmose

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4
Q

Ligamento deltóide

A

(MEDIAL)
Estabilizador da parte medial
Restritor primário do valgo
Restritor secundário da anteriorização do tálus
Porção profunda e superficial

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5
Q

Ligamento deltóide: porção profunda

A

principal
Maior restritor contra translação lateral
2 porções: ligamento tibiotalar profundo anterior e posterior (o mais forte de todos) – intraarticular;extrasinovial
Do tálus ao MM

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6
Q

Ligamento deltóide: porção superficial

A

3 porções: tibionavicular, tibiocalcaneo, tibiotalar superficial posterior

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7
Q

Complexo ligamentar lateral

A

Ligamento Calcâneofibular
Ligamento Talofibular Anterior
Ligamento Talofibular Posterior

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8
Q

Ligamento Talofibular Anterior

A

LFTA
O mais frágil – o mais rompido
Frouxo na dorsiflexão.
Função primária: restritor translação anterior do tálus (posição neutra)

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9
Q

Ligamento Calcâneofibular

A

Único ligamento que é extracapsular
Espessamento da bainha dos fibulares.
Tenso na dorsiflexão e inversão.
Restritor primário da adução em qualquer posição e varo

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10
Q

Ligamento Talofibular Posterior

A

O mais forte da parte lateral
Tensão máxima na dorsiflexão, quando é restritor primário da RE, auxiliando complexo medial.
Torna-se restritor da adução e RI na falha dos demais.

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11
Q

Sindesmose

A

Mantêm a relação entre tibia e fíbula distal
Dorsiflexão: permite a fíbula transladar, rodar e migrar proximal
Permite também a fíbula absorver 16% da carga axial.

4 componentes
Ligamento tibiofibular infero anterior

Ligamento tibiofibular infero posterior
Ligamento tibiofibular transverso inferior

Ligamento tibiofibular interósseo

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12
Q

Ligamento tibiofibular infero anterior

A

Ligamento de Baxter (segmento desse ligamento que se insere na fíbula distal e pode causar impacto anterolateral no tálus)
Tuberculo de Tillaux-Chaput 🡪 Mais lesado. Tenso em dorsiflexão
Tuberculo de Wagstaff na Fibula

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13
Q

Ligamento tibiofibular infero posterior

A

Tuberculo de Volkman 🡪 O mais resistente desse complexo

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14
Q

Ligamento tibiofibular transverso inferior

A

Inferior e profundo ao infero-posterior

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15
Q

Ligamento tibiofibular interósseo

A

Na membrana interossea

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16
Q

Mecanismo de trauma

A

RI, flexão plantar e inversão
RE, abdução (+ lesão deltóide), hiperdorsiflexão

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17
Q

Diagnóstico

A

Dor, crepitação
História de trauma torcional
Dor e edema na topografia do ligamento
Palpar todas as inserções ligamentares
Palpar proeminências ósseas
Limitação da ADM
Diagnóstico clínico mais acurado em 5 dias após lesão

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18
Q

Diagnóstico testes

A

Teste Stress Anteroposterior (Gaveta)
Teste Stress Inversão
Testes Stress Eversão
Teste da rotação do talo
Teste da compressão lateral da perna

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19
Q

Teste Stress Anteroposterior (Gaveta)

A

Indica ruptura do talofibular anterior/ capsula anterolateral
Sinal da Sucção - Vácuo
Melhor colocar Polegar pra sentir no ML
Manobra:
pct sentado
Rotação neutra ou pequena flexão plantar
Pequena rotação interna
Stress anterior -> Degrau pelo tálus
Avaliar subluxação mortalha (qualitativo)

20
Q

Teste Stress Inversão

A

Ou stress em varo
Lesão ligamentos laterais (fibulocalcaneo e capsula lateral)
Melhor realizado com flexão plantar

Tilt tálus: (mais sensível que GA)
15 graus: talofibular anterior
15-30 graus: talofibular anterior + calcaneofibular
> 30 graus: os três laterais
Não há consenso: autor Campbell ≥ 10 graus tilt comparado com contralateral
Não é necessário de rotina

21
Q

Testes Stress Eversão

A

Rupturas completas do deltóide, sindesmose tibiofibular ou fratura do ML
Tálus desloca lateralmente
RX com Stress Rotação Externa:
Lesão deltóide
Lauge –Hansen: Supinação-RE (fx fíbula e mortalha reduzida)
Obs: pequeno tilt talar pode ter em TNZ normal
Contralateral

22
Q

Teste da rotação do talo

A

Avaliar integridade da sindesmose tibiofibular distal

Manter tíbia distal fixa

Realizar RE do pé, tendo como fulcro a mão que envolve calcanhar

Teste + : dor aguda na topografia sindesmose

23
Q

Teste da compressão lateral da perna

A

Teste de Pillings

Avaliar acometimento dos ligamentos e articulação tíbiofibular distal

Compressão firme no terço médio da perna, fíbula contra tíbia

Fíbula é elástica → ocorre arqueamento → stress nos ligamentos e articulação tíbiofibular distal

24
Q

Exames Complementares

A

Radiografia
Artrografia, tenografia de fibulares
US
RNM: escolha

25
Radiografia
Espaço claro medial > 4mm Ruptura do deltóide e tibiofibulares Espaço claro tibiofibular Normal ≤ 5 mm Sobreposição tibiofibular Normal ≥ 10 mm
26
RNM
Pode diferenciar camada superficial e profunda Bom para atletas competitivos Não invasivo Axial: talofibular anterior e posterior, camadas profundas coleteral medial e tibionavicular Coronal: calcaneofibular, talofibular posterior, tibiocalcaneano, tibiotalar posterior.
27
CLASSIFICAÇÃO
O’DONOGHUE CLANTON E MCGARVEY Lesão de sindesmose Tibiofibular Inferior: Edwards e DeLee
28
O’DONOGHUE
Tipo I: estiramento Tipo II: lesão ligamentar incompleta Tipo III: lesão ligamentar completa
29
CLANTON E MCGARVEY
Estabilidade e nível funcional do paciente Orienta tratamento Tipo I: estável clinicamente = tto sintomático Tipo II: instável Grupo 1: não atleta ou idoso = tto funcional Grupo 2: atleta ou alta demanda Tipo A: RX normal = tto funcional Tipo B: Rx alterado = cirurgia Tipo C: instabilidade subtalar = tto funcional
30
Edwards e DeLee
na ausência de fratura I: subluxação lateral da fíbula II: deformação plástica da fíbula III: luxação posterior rotatória da fíbula IV: luxação superior do tálus
31
Diagnóstico diferencial
Causas de dor após entorses: Lesões osteocondrais Lesões: sural, fibular superficial Tendões fibulares e TP Impacto Sindesmose Coalisão tarsal Doenças reumatológicas/colágeno Tumores
32
Tratamento Agudo
Conservador Tipo I e II: brace funcional e reabilitação precoce Permite alongamento e cicatrizar na posição anatômica Imobilização: Retira dor e edema Porém mobilidade precoce é superior Treinamento proprioceptivo Lesão grau III Lesão lateral – tratamento funcional Período curto de imobilização com BRACE ou enfaixamento Carga precoce Fisioterapia com ADM e treino neuromuscular
33
Vantagens: tto Conservador
Recuperação rápida da ADM Retorno precoce para trabalho e atividade física Estabilidade não é comprometida Reconstrução secundária (ou reparo tardio) Pode ser feito após anos com mesmo resultado
34
Indicações possíveis de tratamento cirúrgico
Avulsões ósseas grandes Dano ligamentar grave (medial e/ou lateral) Instabilidade recorrente lesao osteocondral instavel Atletas?
35
Reparo Agudo Ligamento Deltóide
Indicação: Jovens e meia idade Com tilt anormal ou translação tálus Defeito ligamento palpável Raramente isolado Fx ML, sindesmose Recomendável: RNM e RX com Stress Tamanho, grau de ruptura Se lesão isolada: Gesso bota 4-6 semanas Exploração cirúrgica Deslocamento irredutível
36
Reparo Agudo Ruptura Tibiofibular Distal
Geralmente associado Fx MM e/ou Fx ML alta, Lig. Deltóide Fator de risco: homens e atletas profissionais Diagnóstico Squeeze Test Teste com Stress Rotação Externa Lesão isolada (rara) Manipulação fechada Mantem aberto no controle -> cirurgia Cirurgia Redução fechada e fixação percutânea Redução aberta e fixação direta (preferência)
37
Lesão de sindesmose: reparo
Lesão de sindesmose – tratamento cirúrgico Parafusos com 3 ou 4 corticais 4,5 mm 2 a 3 cm proximal a superfície articular Angulação 20 a 30° (posterolateral -> anteromedial) Se retirar parafuso = 3 a 4 meses Antes da carga total Endobutton Seguro, não rígido Cicatrização mais rápida
38
Ruptura Aguda Ligamentos Laterais: tto
Talofibular anterior isolado = conservador Indicação de reparo agudo Lesão de pelo menos 2 ligamentos laterais (talofibular anterior e calcaneofibular) Atletas jovens Reparo: sutura não absorvível, ponto transósseo se fragmento (Técnica de Staples, Black; Broström)
39
29. Questão: Na lesão isolada da sindesmose tibiofibular, o tipo III de EDWARDS e DeLEE corresponde à A) luxação posterior da fíbula. B) subluxação superior do tálus. C) subluxação lateral com deformidade plástica da fíbula. D) luxação anterior da fíbula.
a
40
O ligamento mais comumente lesado no entorse do tornozelo é o fíbulo talar posterior. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
errado Anterior!!!: 60-70% Posterior é o mais forte
41
Na lesão do ligamento deltoide associada à lesão da sindesmose tibiofibular, o tálus desloca-se a) lateralmente na manobra de estresse em eversão. b) medialmente na manobra de estresse em inversão. c) anteriormente na manobra de gaveta anterior. d) posteriormente na manobra de gaveta posterior.
a Manobra Eversão positiva: Lesão do deltóide com fratura maleolar ou lesão sindesmose Pode se positiva no caso de lesao sindesmose isolada
42
Em relação as entorses e lesoes ligamentares do tnz, assinale a incorreta A. lesões laterais: 85% dos casos B. LCF lesionado em mais de 50% das lesões laterais C. Integridade do LTFA avaliada na GA com tnz em posição neutra D. lesões agudas grau III são de tratamento cirúrgico
d Sempre inicia conservador, até no grau III Cx se falha no conservador
43
41. O componente mais forte do complexo do ligamento deltoide é o A) tibionavicular. B) tibiocalcaneano. C) tibiotalar anterior. D) tibiotalar posterior.
d
44
47. Na fratura do maléolo lateral, a radiografia sob estresse para detecção de lesão do ligamento deltóide deve ser realizada em A) pronação e rotação lateral. B) pronação e rotação medial. C) supinação e rotação medial. D) supinação e rotação lateral.
d
45
Exame físico: quais estruturas fazer palpação
Fibula proximal maleolos base do 5 mtt navicular LFTA Fibulocalcaneo sindesmose reavaliar em 5 dias
46
OQM: TTO agudo
Independe do grau Sempre fazer tratamento funcional Imobilização (robofoot, aircast): demora 6 semanas para cicatrização ligamentar 80% evolui bem Obejtivo é evitar instabilidade recorrente