PÉ DIABÉTICO Flashcards

(69 cards)

1
Q

Diabetes Melito: Pé diabético

A

maior causa de internação em DM.

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Q

Pé diabético: epidemio

A
50 a 60 anos com mais de 10 anos de doença, masc., controle irregular glicemia, retino e nefropatia
Mais no DM II
50 – 70 % causas de amputação não traumática
80% Effort
67% amputação futura contra-lateral
45% nos próximos 5 anos.
Alta taxa de mortalidade após amputação:
20% durante internação – 10% (Effort) 
50% nos próximos 3 anos.
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3
Q

Pé diabético: tempo

A
Após 10 anos de doença:
60-70%  neuropatia
15-20%  vasculopatia
Alta morbidade
Alto custo para paciente e sociedade.
Função imune alterada
Aumento de 80% risco de celulite 
4x risco de osteomielite
2x risco de sepse e morte por infecção
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4
Q

Fatores de Risco para o Pé Diabético

A

Neuropatia Periférica

Doença Vascular Periférica

Atraso no Reparo Ósseo

Alteração no Sistema Imune

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5
Q

Neuropatia Periférica

A

Grande responsável pelas úlceras no pé diabético (maior fator de risco-15%)
Polineuropatia distal, simétrica
Preditores – tempo de doença e controle glicemico
3 formas: autonômica/ sensitiva/ motora

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6
Q

Neuropatia Periférica: fisiopato

A

Aumento de espécies reativas de oxigênio, devido aumento dos níveis de glicose no sangue
Óxido nítrico e Peróxido de hidrogênio
Causam danos por meio de isquemias nervosas
Apoptose , desmielinização nervosa e alterações nos canais iônicos

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7
Q

Neuropatia Periférica: formas

A

Sensitiva: Desmielinização segmentar, Altera propriocepção

Autonômica: Pele seca, quebradiça, diminui capacidade barreira

Motora: fraqueza muscular e defomidade do pé

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8
Q

Neuropatia Periférica: Autonômica

A

Diminui sudorese - Pele seca, quebradiça e irritável
Barreira natural de proteção
Rachaduras na pele pelas quais bactéricas podem penetrar
Perda tônus simpático – vasoconstrição – aumento pressão capilar – espessamento membrana – shunt arteriovenoso 🡪 aumento fluxo sanguineo
*60 a 70% do DM tem alteração neuropática

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9
Q

Neuropatia Periférica: Sensitiva

A
  • mais importante (Efort)
    Desmielinização
    Altera o metabolismo das céls de Schwann

Perda de sensibilidade
Alteração na propriocepção
Artropatia de Charcot

30% dos DM com mais de 40anos tem alteração da sensibilidade dos pés

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10
Q

Neuropatia Periférica: Motora

A

Desbalanço musculatura extrínseca e intriseca
Fraqueza / paralisia dos intrínsecos do pé

Pé cavo
Dedos garra ou martelo
Pode gerar úlcera em proeminências ósseas
Varo e valgo dos dedos e hálux
Contratura T. aquiles 🡪 Rebaixamento da cabeça dos metatarsos

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11
Q

Doença Vascular Periférica

A

Macroangiopática

Microangiopática

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12
Q

Doença Vascular Periférica: Microangiopática

A

Espessamento da íntima dos capilares e arteríolas.
Alteração na difusão de nutrientes e migração de leucócitos
Presente em 50% dos pré-diabéticos
Lesão endotélio vascular – microtromboses e obstrução capilar

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13
Q

Doença Vascular Periférica: Macroangiopática

A

Oclusão arterial (aterosclerose ) – aumenta LDL
50% após 10 anos de doença
Mais precoce, rápida evolução
Obstruções abaixo da região poplítea
2x mais chance que pop normal para DAOP
Alta relação com hábitos de vida
Presença da DAOP aumenta 9x chance úlceras

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14
Q

Pé diabético: Etiologia

A

Vasculopatia
Responsável pela dor e gangrena no pé diabético.

Neuropatia

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15
Q

Pé diabético: Atraso no Reparo Ósseo

A

Calo ósseo é mais frágil
Menor proliferação de celulas no local de fratura
Menor mecanismo de estabilidade

Tratamento com insulina melhora o reparo
(visto em estudos com ratos)

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16
Q

Pé diabético: Alteração no Sistema Imune

A

Defeitos na resposta de leucócitos à infecções
Quimiotaxia, aderência e fagocitose
Risco de 80% maior de celulite
Risco 4 vezes maior de osteomielite
Risco 2 vezes maior de sepse e morte por infecção

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17
Q

Pé diabético: Úlcera

A

Perda de sensibilidade
Necrose tissular abaixo de epitélio indolor
Alterações ósseas com aumento da pressão
Ulceração da pele
Contaminação por microorganismos locais
Continuidade da agressão pela ausência de dor.
Infecção e aprofundamento da lesão.

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18
Q

Pé diabético: Evolução

A
Perda da sensibilidade de proteção
Lesão Inicial
Cavidade Central Indolor
Ulceraçao da Pele
Contaminação Secundaria
Continuidade da Agressão 
Aumenta Necrose
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19
Q

Úlcera Neuropática X Isquemica

A

Classificaçao de Liverpool

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20
Q

Pé diabético: Classificaçao de Liverpool

A
Neuropática:
Área de carga
Hiperceratose
Indolor ao debridamento
Sangrante ao debridar
Base bem perfundida
Isquemica:
Base fibrótica
Não sangrante
Sem hiperceratose
Dolorosa ao debridar
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21
Q

Pé diabético: Infeçção

A

Polimicrobiana
Mais abrangente do que aparenta (POLIMICROBIANA)
G+, G-, aeróbias e anaeróbias
Estafilococos e Estreptococos: + comuns
Proteus e Enterococos – aneróbicas + encontradas
Difícil diagnóstico na fase aguda.

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22
Q

Pé diabético: Infeçção: Rx

A

Após 7 a 10 dias do quadro agudo
Sensibilidade: 75%

REABSORÇÃO OSSEA
LESOES LITICAS

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23
Q

Pé diabético: Infeçção: RNM

A

Padrão-Ouro (+ SENSIVEL)
VER MAIS PARTES MOLES
HIPOSSINAL EM T1
HIPER EM T2

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24
Q

Pé diabético: Infeçção: Dx diferencial

A

Celulite
Abscesso superficial e profundo
Fasciíte necrotizante
Osteomielite aguda ou crônica agudizada

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25
Pé diabético: Diagnóstico de osteomielite
Cultura e antibiograma Teste do probe Rx: confunde com artropatia de Charcot, 7 a 10 dias após início do quadro. TAC: pouco contraste com partes moles Cintilografia: sensibilidade, especificidade RNM: melhor método, avalia medular óssea
26
Pé diabético: Abordagem clínica
``` Queixas relacionadas ao pé DM Hábitos de vida Fatores relacionados aos pés Lesões e cx prévias ``` Exame físico: Vascular Neurológico Ortopédico
27
Pé diabético: Exame Vascular
Palpação dos pulsos da a. tibial posterior e dorsal do pé Presente / diminuído / ausente Trofismo da pele e presença de pêlos Temperatura do pé: normal / diminuída / aumentada Coloração da pele: normal / pálida / cianótica Índice sistólico/isquêmico Mais sensível: Pressão em dedo do pé Angiografia padrão ouro
28
Índice sistólico/isquêmico:
< 1 : dç vascular periférica 1 – 0,45 : possível de tto ortopédico < 0,45 : dç vascular periférica grave – cx vascular
29
Pé diabético: Exame Neurológico
Sensibilidade: Monofilamentos de Semmes Weinstein - Motor: Reflexos, força musc.
30
Pé diabético: Semmes Weisten
estesiometro Explicar teste ao paciente e fazer primeiro em área normal (mão ou antebraço) Evitar área de calosidade ou ulcera Aplicar filamento perpendicular a pele, sem deixar filamento correr Qto maior o diâmetro, maior a força para curva-lo Estímulo de 2 segundos Começar do mais fino – verde (0,05g)
31
Pé diabético: Semmes - Weisten: INTERPRETAÇÃO
2G (ROXO): SENSIBILIDADE PROTETORA DIMINUIDA 4G (VERMELHO): PERDA SENSIBILIDADE PROTETORA Lembrar do 5,07-Limitrofe para desenvolver complicações
32
Pé diabético: Classificação de Wagner
0 a 5
33
Pé diabético: RX
Rotina realizar Ap+P com carga + obliquas Diagnóstico de Osteomielite dificil em associaçao com infecçao Reaçao periosteal diafise dos MTT osteolise na cabeça MTT e base das falanges esclerose cortical, erosões justa articular
34
Pé diabético: Tratamento
``` Equipe multidisciplinar Controle dos fatores de risco Mudança nos hábitos de vida Controle glicêmico Prevenção de deformidades e úlceras Fraturas demoram mais para consolidar Controle e tratamento das lesões existentes. DEPENDE DO GRAU ```
35
Pé diabético: Tratamento GRAU ZERO
Profilaxia ulcera Orientação Medico Educacional Pé em Risco Uso de Palmilhas e sapatos adequados
36
Pé diabético: Pé em Risco
``` ORDEM CRESCENTE Diabetes Neuropatia sensitiva Neuropatia motora Alterações cutâneas ```
37
Pé diabético: TTO Grau I e II
Gesso de contato total ``` Úlcera plantar- DEBRIDAR Distribui pressão Diminui edema Cuidar proeminência Trocas Periódicas Média 6s Até 3cm ```
38
Pé diabético: TTO Grau III
Infecção Ativa ``` Internamento ATB amplo espectro Drenagem + Debridamento amplo Curativo a vácuo Retorno ao Grau I e II ```
39
Pé diabético: TTO Grau IV
Gangrena Antepé Seca – automumificação Umida - amputação
40
Amputações
Avaliação no ato operatório Avaliar condição vascular Ressecar todo tecido doente
41
Amputações: NÍVEIS
``` Dedos Raios Transmetatarsal Desarticulação tarso-metatarsal ( Lisfranc ) Desarticulação no médiopé ( Chopart ) Desarticulação no tornozelo ( Syme ) ```
42
Syme
``` Sai o talus Syme com tudo Vantagens: Mantém comprimento do membro Usa o coxim calcâneo Fácil adaptação de prótese Desvantagens: Retardo de cicatrização no coto Úlcera por falta de propriocepção ```
43
Boyd
Tira o talus e mantem o calcaneo | Não há migração do coxim
44
Pirogoff
Remove antepé e talus Artrodese tibiocalcanea Rotacao de 50-90 graus do calcâneo, parte posterior distal Permite deambular sem prótese
45
Pé diabético: TTO Grau V
Gangrena Pé Nenhum procedimento local Paciente toxêmico - urgência Amputação: Avaliar nível acima ou abaixo do joelho de acordo com as condições vasculares.
46
Amputacao Membro isquemico
x de Burgess Flap muscular longo posterior, tibia mais curta em relaçao a amputacao não isquemica Não deve ser feito miodese
47
Pé diabético: Tratamento Cirúrgico
``` Debridamento Ressecção de proeminências: Queilectomia Ressecção artroplasticas Amputação (dedos, raios, antepé, nível ótimo) Estabilização com implantes Alongamento do tendão de aquiles ```
48
As úlceras plantares do pé diabético são conseqüência da diminuição da Sensibilidade, tendo pouca relação com a hiperpressão. ( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei
ERRADO; úlcera plantar é sinônimo de pressão mecânica aumentada em área de sensibilidade diminuída. Pé diabético: infec do pé é causa + comum de internação do diabético.
49
No pé diabetico, a ulcera plantar entre 1 e 3 cm de diametro e bom pulso periferico deve ser tratada com desbridamento e enxertia de pele. Certo ( ) errado( )
Errado Qualquer ulcera localizada no antepe menos ou igual a 3 cm pode ser tratada com gesso oclusivo de cicatrizacao. Mesmo a osteomielite, se localizada em pequena area do osso adjacente a ulcera, pode ser tratada pela tecnica de aparelho gessado.
50
A neuropatia diabetica em sua forma motora gera deformidades principalmente na regiao do antepe. Certo ( ) errado( )
Certo Pode ser dividida em motora, sensitiva e autonomica. A motora resulta em fraqueza, atrofia e disfuncao muscular. As manifestacoes clinicas incluem deformidade nos artelhossecundaria ao desequilibrio entre musculatura extensora e flexora do pe. Frequentemente resulta em deformidades, com proeminencia plantar da cabeca dos metatarsais e garra dos artelhos.
51
No pé diabético grau IV de WAGNER e índice sistólico do tornozelo de 0,6, a amputação indicada é A)no primeiro raio. B)Na articulação de CHOPART. C)Do tipo SYME. D)No terço médio da perna
C Conduta no Grau IV: Se a gangrena for seca, sem infecção e limitada, como por exemplo em um dedo do pé, pode-se aguardar a mumificação e auto-amputação, isto é, a área necrótica funciona como curativo biológico enquanto ocorre a granulação. Entretanto, se houver infecção, a amputação aberta estará indicada. O envolvimento de múltiplos dedos ou raios pode requerer amputação transmetatarsal ou desarticulação de Lisfranc, desde que a perfusão permita. Se houver pulso palpável na artéria tibial posterior ou índice sistólico do tornozelo maior que 0.45, pode ser realizada a amputação tipo Syme
52
``` No pé diabético, segundo a classificação de WAGNER, a osteomielite está presente a partir do grau A) 0. B) 1. C) 2. D) 3. ```
D
53
A ulcera plantar apresentada na figura ao lado sem evidencia de osteomielite é classificada de acordo com a classificação de Wagner em: (Figura mostrava ulcera plantar profunda atingindo fascia e tendões sem osteomielite ou abscesso) A)2 B)3 C)4 D)5
A
54
Seguimento clinico paciente com pé diabético: tempo
Sem deformidade e sem neuropatia: anual Sem deformidade e com neuropatia: semestral Com deformidade e com neuropatia: 4 meses +úlcera: 2 meses
55
Exame físico do pe diabedico
Deformidades (garra dos dedos menores) silverskiold- avaliar o pé equino avaliar reflexos- aquileu probe to bone- exame mais especifico para osteomielite Acompanhar e medir as úlceras
56
Cultura da úlcera?
Não, frequentemente colonizadas Se for fazer: depois de debridar
57
Pé diabético: Classificação
Wagner | Brodsky
58
Pé diabético: Classificação Brodsky
0 a 3 igual wagner subtipos A, B, C e D
59
Pé diabético: Classificação Brodsky A
Sem isquemia
60
Pé diabético: Classificação Brodsky B
Isquemia sem gangrena
61
Pé diabético: Classificação Brodsky C
Gangrena parcial
62
Pé diabético: Classificação Brodsky D
Gangrena total
63
Pé diabético: Classificação de Wagner 0
Grau 0: pele íntegra, Pé em risco
64
Pé diabético: Classificação de Wagner I
Grau I: úlcera superficial (pele e subcutâneo)
65
Pé diabético: Classificação de Wagner II
Grau II: úlcera mais profunda ( fáscia, tendões, cápsula, ligamentos)
66
Pé diabético: Classificação de Wagner III
Grau III: acometimento ósseo ou infecção ativa (abscesso, celulite ou osteomielite )
67
Pé diabético: Classificação de Wagner IV
Grau IV: gangrena do antepé
68
Pé diabético: Classificação de Wagner V
Grau V: gangrena de todo pé.
69
Gesso de contato total
6-17% pode evoluir com nova úlcera Deve ser trocado constantemente Robofoot tem menos aderencia ulceras no antepe mais faceis de tratar do que no medio e retrope