T15 - Abordagem do Doente Oncológico (1) Flashcards

1
Q

Abordagem do Doente Oncológico?

A
    • Há um aumento da incidência e da mortalidade por cancro.
    • É a segunda causa de morte.
    • Para muitas neoplasias é possível obter a cura e para outras é possível aumentar asobrevivência muito para além do que seria de esperar pela história natural da doença.
    • Em muitos casos o cancro deixou de ser uma doença fatal tornando-se numa doença crónica.
    • A doença oncológica é um grave problema de saúde pública : económicos e sociais
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2
Q

Cuidados centrados no doente?

A
    • o doente é participante ativo do seu processo de doença e cura , um plano de cuidados único e individual
    • comunicação e envolvimento dos doentes e familiares nas opções de tratamento e nos potenciais resultados
    • envolver o doente em todos os aspetos do seu tratamento e incentivar a procura da melhor solução na gestão do tratamento
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3
Q

Humanização dos cuidados prestados?

A
    • choque do diagnóstico
    • dor
    • stress
    • restrições ao desempenho físico e intelectual
    • limitações à atividade diária
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4
Q

Sucesso terapêutico?

A
    • sobrevivência
    • complicações
    • recidiva

A sobrevivência, as recidivas, as alterações da imagem, os tipos e duração de tratamentos, a forma como influencia as atividades de vida individuais e familiares, fazem do cancro uma doença que exige o envolvimento de uma equipa multidisciplinar que adapte cada vez mais os cuidados às necessidades dos doentes

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5
Q

Esporádicos vs Hereditários?

A
    • Esporádicos => Fatores ambientais & Fatores genéticos & Interação gene / ambiente => Mutações somáticas
    • Hereditários => Mutações germinativas
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6
Q

Cancro Esporádico - Prevenção?

A

Prevenção primária :

    • Nível comportamental e estilo de vida
    • Principais fatores de risco modificáveis

Visa evitar ou remover fatores de risco ou causais antes que se desenvolva o mecanismo patológico que levará à doença.
• Recorre a meios dirigidos : a nível individual, a grupos selecionados à população em geral.

Objetivo - diminuição da incidência da doença pelo controlo de fatores de risco ou causas associadas, bem como a diminuição do risco médio de doença na população.

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7
Q

Cancro Esporádico - Prevenção - Exemplos?

A
  • CCR - associado ao estilo de vida “ocidental” caracterizado por uma dieta desequilibrada, pelo sedentarismo e pelo consumo de álcool e de tabaco.
  • C Mama - associada ao estilo de vida “ocidental” tanto no que se refere aos fatores que contribuem para a obesidade como no que se refere às opções que dizem respeito à maternidade.
  • C Gástrico - o principal fator de risco desta doença é a infeção pela bactéria Helicobacter pylori
  • C Pele - o mais perigoso é o melanoma, pois cerca de 15 a 20% dos doentes com este tipo de cancro morrerão da doença. O principal fator de risco é a exposição aos raios ultra-violeta
  • C Útero - o principal fator de risco é uma infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV) que é sexualmente transmissível.
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8
Q

Cancro Esporádico - Principais fatores de risco modificáveis?

A
  • Tabaco - tabaco está associado a 22% dos casos de cancro registados anualmente. Para além de todos os benefícios conhecidos para a saúde, deixar de fumar reduz o risco de cancro nas vias respiratórias, mas também na bexiga, no estômago, no rim, no colo do útero, colo-rectal e esófago.
  • Obesidade – quando mais elevado for o índice de massa corporal (IMC) maior é o risco. Além do cancro da mama, útero, rim, colo-retal, estômago, fígado, pâncreas, ovários e tiroide. A gordura em excesso aumenta a inflamação e a produção de hormonas (estrogénios, testosterona e insulina), que favorece a carcinogénese
  • Proteção solar - a prevenção deve começar na infância. Evitar o sol e usar um creme solar com um fator de proteção igual ou superior a 30 na praia ou atividades ao ar livre. Frequentar solários é também desaconselhado.
  • Prática de exercício físico - Praticar exercício físico reduz o risco de cancro.
  • Dieta - dieta pobre em gorduras, sal e açúcar e privilegiar alimentos frescos, ricos em vitaminas, fibra e antioxidantes. A carne vermelha e processada, bebidas alcoólicas estão associadas ao aumento do risco de cancro
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9
Q

Cancro Esporádico - Principais fatores de risco modificáveis - Infeções?

A
  • HPV é considerado o agente infecioso mais importante no desenvolvimento do cancro. A ele se atribuem 100% dos casos de cancro do colo do útero e 5,2% do total de casos no mundo para ambos os sexos.
  • H. pylori no desenvolvimento do cancro gástrico está bem estabelecido e desde 1994. A bactéria está associada ao desenvolvimento do carcinoma e do linfoma gástrico.
  • HBV e o HCV são responsáveis pela maioria dos carcinomas hepáticos
  • HIV - o Sarcoma de Kaposi e o linfoma não-Hodgkin
  • Vírus Epstein-Barr - Linfoma de Burkitt linfoma de Hodgkin e carcinoma de nasofaringe
  • Schistosoma haematobium - carcinoma de bexiga
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10
Q

Cancro Esporádico - Principais fatores de risco não modificáveis?

A
  • Envelhecimento - O risco da maioria dos cancros aumenta com a idade
  • Etnia ou raça - Algumas diferenças podem refletir características genéticas específicas, embora outras podem estar relacionadas a estilos de vida e exposições ambientais
  • Hereditariedade - Os genes de cancros hereditários respondem por 4% de todos os cancros. Outros genes afetam a suscetibilidade aos fatores de risco para o câncer
  • Sexo - Certos cancros ocorrem apenas num sexo são devido a diferenças anatômicas, como próstata e útero, enquanto que outros ocorrem em ambos os sexos, mas com taxas marcadamente diferentes, como bexiga e mama
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11
Q

Cancro Esporádico - Prevenção Secundária - Rastreio e Diagnóstico Precoce?

A
# Corresponde à deteção precoce em indivíduos assintomáticos para a situação em estudo.
# Rastreio dos cancros :
- colo de útero
- mama
- próstata
- cólon e reto
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12
Q

Cancro Esporádico - Prevenção Terciária?

A
    • limitar a progressão da doença
    • evitar ou diminuir as consequências ou complicações da doença como as insuficiências, incapacidades, sequelas, sofrimento ou ansiedade, morte precoce
    • promover a adaptação do doente às consequências inevitáveis (situações incuráveis)
    • prevenir recorrências da doença, ou seja, controla-la e estabiliza-la
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13
Q

Cancro Hereditário?

A

Objetivos

    • Estabelecer o diagnóstico molecular de
    • Identificar a mutação genética germinativa

Resultados:

    • Identificação da mutação genética
    • Identificação dos Portadores da mutação genética
    • Identificação dos não Portadores da mutação genética
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14
Q

Cancro Hereditário - Programas de Vigilância Clínica e Rastreio?

A
    • Portadores assintomáticos da mutação genética
    • Portadores da mutação genética com expressão clínica da doença
    • Elementos em risco, de desenvolverem a doença, de famílias em que os testes genéticos não foram conclusivos ou não foram realizados
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15
Q

Cancro Hereditário - Investigação Multidisciplinar?

A
    • Básica
    • Clínica
    • Biologia molecular
    • Diagnóstico

Equipa multidisciplinar

    • Terapêutica
    • Seguimento
  • protocolos terapêuticos
  • integralidade dos tratamentos
  • comissão coordenação oncológica
  • registos oncológicos
  • auto-avaliação de indicadores de qualidade
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16
Q

Cancro Hereditário - Diagnóstico?

A
# Clínica
-- assintomáticos / sintomáticos

Meios Auxiliares de diagnóstico

    • estudo analítico (marcadores tumorais)
    • estudos endoscópicos
    • estudos radiológicos
    • biópsias
    • tomografia computorizada
    • ressonância magnética nuclear
    • PET
    • cintigrafia
17
Q

Cancro Hereditário - Diagnóstico - Extra?

A
    • O médico propõe o tratamento que julga mais adequado para o doente na situação em concreto
    • Na altura do diagnóstico, os doentes procuram esclarecimento, mas necessitam de tempo para entender e absorver os detalhes e as implicações
    • O objetivo é o doente entender e ser entendido
    • Na partilha de informação os profissionais utilizam, muitas vezes, termos médicos que os doentes não entendem pelo que não ficam esclarecidos
    • Comunicar más notícias, de modo a diminuir o desconforto, o medo ou ansiedade em demasia
18
Q

Uma comunicação que reduz ansiedade?

A
    • é aquela que prepara o doente para o diagnóstico
    • que fornece ao doente a informação necessária para que possa tomar decisões
    • que discute opções de tratamento
    • transmite uma sensação de conforto ao doente
# Confidencialidade
-- o doente deve informar seu médico sobre com quem pode ou não pode falar sobre sua condição
19
Q

Reunião de Grupo Oncológico?

A
# Estratégia terapêutica
• Cirurgia
• Terapêutica neo-adjuvante
• Quimioterapia
• Cuidados paliativos
20
Q

Cirurgia Pré-operatória?

A
  • Consentimento informado
  • Estado nutricional
  • Anemia
  • Desiquilíbrio hidro-electrólitico
  • Controlo glicémico
  • Provas funcionais respiratórias
  • Consulta de estomoterapia
  • Profilaxia tromboembolismo pulmonar
  • Preparação cólica
  • Profilaxia antibiótica
  • Otimizar as co-morbilidades
  • Consentimento Banco de Tecidos
21
Q

Cirurgia Período peri-operatório?

A
  • Controlar perdas hemáticas
  • Vigilância débito urinário
  • Repicagem antibiótica
  • Temperatura corporal
22
Q

Cirurgia Pós-operatório?

A
  • Identificação precoce de complicações
  • Continuação da profilaxia do TEP
  • Ensino de estomas
  • Reposição eletrolítica
  • Cuidados de penso
23
Q

Estomoterapia?

A
  • Ostomia tem origem na palavra grega stoma
  • Uma ostomia é uma abertura cirurgicamente criada do trato digestivo ou urinário na superfície corporal, quando há necessidade de desviar, temporária ou permanentemente, o trânsito normal
  • As ostomias digestivas podem ser de alimentação e de eliminação

Ostomias de alimentação: gastrostomias e as jejunostomias
Ostomias de eliminação : ileostomias e as colostomias