TEP Flashcards
(16 cards)
O que é embolia pulmonar (TEP)?
É a obstrução de uma ou mais artérias pulmonares, geralmente por trombos originados das veias profundas dos membros inferiores ou pelve, causando bloqueio do fluxo sanguíneo pulmonar e podendo levar à insuficiência cardíaca direita e morte se não tratada rapidamente.
Qual a fisiopatologia básica do TEP?
O êmbolo impacta a circulação pulmonar, causando desequilíbrio ventilação/perfusão (V/Q), aumento do espaço morto pulmonar, vasoconstrição mediada por plaquetas e aumento da pressão no ventrículo direito, podendo evoluir para choque obstrutivo.
Quais são os principais fatores de risco para TEP?
- Imobilidade prolongada
- Cirurgias extensas
- Câncer
- Trauma
- Uso de anticoncepcionais com estrogênio
- Reposição hormonal
- Gravidez/puerpério
- Varizes
- Obesidade
- Tabagismo
- Insuficiência cardíaca
- DPOC
- Distúrbios de coagulação
- Idade avançada
Quais são os sintomas mais comuns de embolia pulmonar?
- Dispneia súbita
- Dor torácica pleurítica
- Taquicardia
- Tosse
- Hemoptise
- Síncope
- Ansiedade
- Sudorese
- Cianose
- Hipotensão ou parada cardiorrespiratória (em casos graves)
Qual é o sinal clínico mais comum no TEP?
Taquipneia (respiração rápida).
Como deve ser feita a avaliação inicial de um paciente com suspeita de TEP?
Avaliação da probabilidade clínica (escore de Wells), oximetria de pulso, radiografia de tórax, ECG e gasometria arterial. Exames complementares ajudam no diagnóstico diferencial e gravidade.
Quais exames confirmam o diagnóstico de TEP?
- Angiotomografia de tórax (exame de escolha na maioria dos casos)
- Cintilografia V/Q (em casos de contraindicação à TC)
- Ecocardiograma transtorácico (em instabilidade hemodinâmica)
- USG Doppler de MMII (para pesquisa de TVP associada)
Para que serve o D-dímero no diagnóstico do TEP?
Tem alto valor preditivo negativo: D-dímero normal praticamente exclui TEP em pacientes de baixa ou intermediária probabilidade clínica. Não serve para confirmar TEP devido à baixa especificidade.
O que é o escore de Wells e como ele é usado?
Escore clínico que estima a probabilidade pré-teste de TEP, orientando a necessidade de exames adicionais (imagem ou D-dímero).
Qual o tratamento inicial de todo paciente com suspeita de TEP?
Suporte básico (oxigenoterapia, monitorização, acesso venoso), início precoce de anticoagulação plena (HBPM, HNF ou NOACs) mesmo antes da confirmação diagnóstica, se não houver contraindicação.
Quando está indicada a trombólise no TEP?
Em pacientes com instabilidade hemodinâmica (choque ou hipotensão persistente), para dissolver rapidamente o trombo e restaurar o fluxo pulmonar.
Quais são as contraindicações absolutas à trombólise no TEP?
- Hemorragia ativa
- AVC hemorrágico prévio
- Neoplasia ou malformação vascular cerebral
- Cirurgia ou trauma recente de grande porte
- Entre outras.
Quando considerar filtro de veia cava inferior?
Em pacientes com contraindicação absoluta à anticoagulação ou TEP recorrente apesar de anticoagulação adequada.
Por quanto tempo manter a anticoagulação após um episódio de TEP?
- Fator transitório: 3 a 6 meses
- Sem fator desencadeante ou neoplasia: anticoagulação por tempo indefinido (individualizar).
Quais são as principais medidas preventivas para TEP?
- Mobilização precoce
- Anticoagulação profilática em pacientes de risco
- Uso de meias elásticas ou dispositivos de compressão pneumática em hospitalizados.
Qual é o principal erro a evitar na abordagem do TEP?
Não solicitar exames de imagem desnecessários em pacientes de baixa probabilidade clínica e D-dímero normal; sempre estratificar o risco antes de avançar na investigação.